Após quase uma semana sobre o jogo na luz, para além da forma sistemática como o Sporting tem sido prejudicado, lemos e ouvimos as diversas reacções e fica claro qual o verdadeiro adversário do Sporting nos últimos anos e no presente. O mundo do futebol permite o aparecimento público de personagens que de outro modo nunca sairiam da mais reles existência anónima. É um mundo traiçoeiro, onde o chico-esperto encontra o meio perfeito para se destacar. Ao lidar com emoções primárias, no fundo aquelas que mais prazer nos dão, várias personagens que pululam neste mundo conseguem passar por homens sérios, daqueles que temos por hábito ouvir e respeitar. As diversas classes dirigentes neste meio actuam por reflexo corporativo, não há qualquer pensamento estruturado, nem capacidade para isso têm, apenas tentam manter-se à tona na imundice onde navegam e que a eles lhe cheira a jasmim. Não têm qualquer pensamento critico, são sabujos e sentem-se bem de chapéu na mão e coluna sempre dobrada, os cornos, esses andam sempre bem rentes ao chão, na esperança de conseguirem lamber alguma migalha que vá caindo.
Usam a forma mais primária para arregimentar hordas de seguidores, estes também sempre esperançosos de agradar ao chefe, para conseguir a posiçãozita, o paiozinho que tanto ouvem falar mas que nunca chegaram, nem chegarão a comer. Não há regras para estes energúmenos, apoiam-se no fito de olharem para este mundo como a tábua de salvação para as suas inexistentes virtudes. É este o sistema contra o qual o nosso Sporting tem que lutar, o jeitinho,o compadrio, as relações que se vão tecendo, nunca para benefício do desporto, mas sim para se manterem a boiar. A vaidade está-lhes no sangue, no lugar da competência e da humildade. São estes seres rastejantes que recebem honras e condecorações, como se se tratassem de homens bons e justos. No fim de cada dia abotoam-se descansados às, para eles, metas atingidas, não querem saber se com isso vão, passo a passo, levando cada vez mais adeptos deste desporto-rei a afastar-se, desiludidos com esta forma de estar no futebol. Mas mesmo que queiram muito instaurar esta forma de actuação como paradigma, que seja este o seu único desiderato, devem saber que aqui no Sporting não baixamos os braços e vamos à luta, o único caminho possível.
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