Ainda os 'casuals'
Não gostei, sinceramente não gostei, da fuga de Vasco Santos (o diretor de segurança do Sporting) à questão dos chamados 'casuals', na entrevista dada ao Record do dia 1 de Novembro. Compreendo a 'dinâmica oratória' auto-defensiva que faz parte do novo jargão do clube. Defender os nossos não é defeito, é virtude. Mas não ter uma palavra de condenação firme do 'hooliganismo', mesmo com todas as interrogações que se possam colocar ao que aconteceu na Alameda das Antas, é uma faceta do novo Sporting que dispenso e acho dispensável. De resto a argumentação usada é contraditória. Por um lado, diz-se - e é certamente exato - que nem as claques e, por maioria de razão, nem o clube têm a ver com o que se passou. Mas, por outro lado, é-se compreensivo, culpando-se apenas o «fogo dos ARD e da polícia e dos outros indivíduos». Custa muito dizer, sem timidez, que, apure-se o que se apurar, o Sporting condena sem hesitação todo este tipo de comportamento de adeptos de qualquer clube? Custa muito colocarmo-nos, também aqui, na dianteira da defesa da ética e do 'fair-play' no desporto? Apenas isto?