Ainda o clássico de domingo
I
A falta de experiência dos jogadores do Sporting, face ao FC Porto, é notória. Quanto a mim, foi isto que mais contribuiu para o desequilíbrio entre as duas equipas no domingo. O Record desse dia publicava uma interessante análise do nosso onze titular: a maioria dos jogadores não era ainda sénior quando o Sporting venceu pela última vez no Dragão, com o célebre livre do Rodrigo Tello, em 17 de Março de 2007.
Outro dado incontornável é o que menciono no texto de rescaldo do clássico: há cinco anos que o FCP se mantém invicto no seu estádio em jogos a contar para o campeonato.
Seria altamente improvável que esta tendência se alterasse agora, tendo o Porto pela frente a equipa titular mais jovem da história do Sporting.
Sejamos realistas: FCP, 3 - Sporting, 1 é um resultado normal. Até ao momento só o empate em casa com o Rio Ave ficou aquém do previsto na carreira do nosso clube na Liga.
Agradou-me, por fim, que a atitude global da equipa tenha sido muito mais combativa do que a rendição geral registada, desde o primeiro ao último minuto, no FCP-Sporting da época passada, de tão triste e lamentável memória.
Lembro-me bem de mais desse jogo, aliás marcado por uma arbitragem vergonhosa, ao contrário do que sucedeu com este: só aos 80 minutos fizemos um remate à baliza portista, de bola parada.
II
O essencial é não passar da euforia à depressão. Esse tem sido, desde há muito tempo, o principal problema de muitos sportinguistas.
Já comecei a detectar alguns indícios desse fenómeno em certos comentários que vou lendo nas redes sociais e em dois blogues e meio que ainda fazem do ódio a Bruno de Carvalho a sua senha de identidade e a sua força motriz.
Como diria La Palice, estaríamos hoje muito melhor se antes não tivéssemos estado tão mal, na nossa pior época de todos os tempos...