Subir o Olimpo
A história não diz directamente respeito ao Sporting. Mas regista momentos tão grandiosos e comportamentos tão sublimes na história do desporto e dos seus praticantes, no caso de ciclismo, que me parece plenamente adequada a este espaço. Acaba por, de alguma forma, dizer respeito ao Sporting - ao Sporting e a qualquer clube desportivo, grande ou pequeno.
Quando penso nas origens infantis e juvenis do meu sportinguismo e do meu gosto por variadíssimas actividades desportivas, lembro-me bem das muitas vezes que o meu pai me animou com as suas opiniões e as suas memórias em redor das corridas de bicicletas, realizadas tanto em Portugal como noutros países. Entre estas últimas, recordo sempre as referências entusiasmadas a Gino Bartali e Fausto Coppi, que, para ele, eram os maiores ciclistas de sempre, e à enorme rivalidade entre os dois que, como se pode ler neste post, acabou por assumir dimensões, de humanidade, valentia e compromisso moral, que os elevaram muito para além do estatuto de meros deuses do desporto.
Sobre Agostinho e sobre a importância que, como sportinguista, ele tem para mim já escrevi várias vezes. Aproveito a ligação ao post em causa, publicado num dos melhores blogues portugueses que conheço, para homenagear duas extraordinárias figuras de homens e de atletas, de quem só ouvi falar muito depois dos seus feitos, mas que, com certeza, tiveram, por interposto pai e grande admirador, alguma influência no meu gosto pelo ciclismo, no respeito pelo peso simbólico de Trindade, no afecto por, repito-me, Agostinho, por Marco Chagas e por tantos outros que, tal é a extensão da lista, não posso agora mencionar e na paixão que estes ajudaram a despertar por um Sporting demasiado grande para se confinar a apenas um clube de futebol.