11 Jogos?
11 jogos sem ganhar? Vamos ao contrafactual: se o treinador se chamasse Fernando Vaz, Juca, Mário Lino, Rodrigues Dias, Malcolm Allison, Augusto Inácio, Lazlo Boloni, que se diria, que aconteceria?
Varandas teve um "palpite". Foi buscar um treinador de meia idade, sem currículo, desconhecido. Apresentou-o como "alguém especial" que traria algo novo, um perfume de Ajax. Ok, passou quase um ano. O plantel é, grosso modo, o mesmo. Quais os progressos? Em termos de futebol, tácticos e técnicos, nada se nota - uns laivos ocasionais de um 3x5x2, hoje nem raro, e desconexo. E nada mais, num futebol triste, de repelões. Há outras qualidades? Apoio à formação, que era mote na sua contratação, é nulo. Capacidades na cooptação de reforços acessíveis - com conhecimento de "mercados alternativos" - não se mostrou no defeso. Discurso mobilizador da equipa e da massa adepta, nenhum. Que haverá mais que seja equilibrável com este rosário de insucessos e horizonte de pobre época? Qualidades organizativas, de coordenação interna? Metodologias de treino muito inovadoras que darão frutos a seu tempo? Talvez, mas então que a direcção o diga, que explicite essa crença diante de associados e adeptos, e assim fundamente a continuidade de uma aposta que cada vez mais se mostra o que logo anunciou ser: um erro.
Varandas, por mais capitão do Afeganistão que tenha sido, não é um comandante. É presidente de um clube, primum inter pares, por decisão desses mesmos seus pares. Justifique-se, com a humildade necessária. E arrepie caminho. Mesmo que ocorram mais algumas vitórias de Pirro, esta pobre via está condenada. Só a sua soberba o incompreende.