Alerta máximo
João Capela distinguiu-se na última temporada pela mais incompetente arbitragem nos relvados nacionais. Desvirtuando a justiça desportiva ao fazer vista grossa a duas grandes penalidades cometidas contra o Sporting na deslocação da nossa equipa à Luz, em Abril. "Só uma pessoa no País viu ao contrário", criticou na altura o treinador leonino, Jesualdo Ferreira, dando voz à indignação de todos os desportistas em geral e dos sportinguistas em particular. O Sporting reclamou, o que não serviu de nada: Capela foi até bafejado com uma classificação muito positiva pelo observador a esse jogo de tão triste memória.
Reincidente na incompetência, o mesmo árbitro acaba de bater o seu lamentável recorde pessoal ao inventar duas grandes penalidades e expulsar sem justificação dois jogadores no jogo Braga-Estoril, disputado no último domingo. Espantosamente, os programas televisivos especializados em debates sobre futebol, capazes de discorrer durante horas sobre um fora-de-jogo milimétrico, fizeram de conta que esta escandalosa arbitragem nem ocorreu. Como se fossem patrocinados por aquele detergente que lava mais branco.
Às vezes, no futebol português, parece imperar a norma do padre Américo: não há rapazes maus. Sou até capaz de apostar que Capela voltará a receber boa nota do "observador" de turno, talvez em lista de espera para uma operação às cataratas. E que se ouvirá em fundo a voz de Jesus em mecânica concordância: "Limpinho! Limpinho!"
Precisamos de estar em alerta máximo para que o "limpinho" não se atravesse novamente na rota do Sporting. Dali nada de bom há a esperar.