João Capela distinguiu-se na última temporada pela mais incompetente arbitragem nos relvados nacionais. Desvirtuando a justiça desportiva ao fazer vista grossa a duas grandes penalidades cometidas contra o Sporting na deslocação da nossa equipa à Luz, em Abril. "Só uma pessoa no País viu ao contrário", criticou na altura o treinador leonino, Jesualdo Ferreira, dando voz à indignação de todos os desportistas em geral e dos sportinguistas em particular. O Sporting reclamou, o que não serviu de nada: Capela foi até bafejado com uma classificação muito positiva pelo observador a esse jogo de tão triste memória.
Reincidente na incompetência, o mesmo árbitro acaba de bater o seu lamentável recorde pessoal ao inventar duas grandes penalidades e expulsar sem justificação dois jogadores no jogo Braga-Estoril, disputado no último domingo. Espantosamente, os programas televisivos especializados em debates sobre futebol, capazes de discorrer durante horas sobre um fora-de-jogo milimétrico, fizeram de conta que esta escandalosa arbitragem nem ocorreu. Como se fossem patrocinados por aquele detergente que lava mais branco.
Às vezes, no futebol português, parece imperar a norma do padre Américo: não há rapazes maus. Sou até capaz de apostar que Capela voltará a receber boa nota do "observador" de turno, talvez em lista de espera para uma operação às cataratas. E que se ouvirá em fundo a voz de Jesus em mecânica concordância: "Limpinho! Limpinho!"
Precisamos de estar em alerta máximo para que o "limpinho" não se atravesse novamente na rota do Sporting. Dali nada de bom há a esperar.
Nada que se compare ao vosso ponta-de-lança Capela. A propósito: o Homem e Jogador (titular da Selecção Nacional de Futebol) a quem você chama "assassino", algo inaceitável mesmo com aspas, é oriundo da escola de formação do Sporting Lisboa e... Benfica.
Isso é que é falta de memória. Como não quero acreditar em memória selectiva peço-lhe, que não confunda a chegada à Senhora da Hora, com a chegada da hora da senhora.
Esse foi o 'carinhoso' epíteto que a vossa juventude hitleriana (este é da minha lavra!) lhe colocou - e daí, eu o escrever entre comas - e berrado a plenos pulmões no José Alvalade, justamente quando o João Pereira jogava no Sport Lisboa ...
Não esperava que os nacionalistas-salazaristas e um tal Machado, os 'skin-heads' do Grupo 1143 - assustadoramente substituídos por girassóis nos corredores do Alvalade - fossem olvidados com tanta facilidade.
O duplo NN, significa tão somente, 'No Name'. E só!
O baptismo de uma claque, na mesmíssima língua, que deu nome ao vosso clube, cujo S e apesar das muitas ligações, não significar 'salazarismo'...
Asseguro-lhe que não somos a mesma pessoa - eu sou muito mais faccioso! - nem tampouco nos conhecemos, mas creio ser mais velho. Só o Amor ao Glorioso, nos vai unindo por aqui!
- p.s. -
Foi o facto de ter citado Chico Buarque, que o levou à dúvida?