Parece que é hoje...
Que o jovem Bruma vai ficar a conhecer o seu campo de treinos para os próximos tempos. Alcochete, Seixal, Olival, Istambul, Londres, as opções são intermináveis.
A poucas ou largas horas de conhecermos o desfecho de uma novela que conseguiu a proeza de ser mais irritante do que as da TVI e SIC todas juntas (concedendo, porém, que as visões da Soraia Chaves ou Rita Pereira são sempre bem mais agradáveis do que apanhar a toda a hora o Bebiano Gomes na televisão a perorar sobre tudo e mais alguma coisa...), são dois os desfechos admissíveis: a CAP dá razão ao Sporting, ou a CAP dá razão ao jogador.
Seja qual for a decisão, há uma verdade de antologia que se reforçou particularmente nestes últimos dois meses: nenhum jogador é maior do que o Clube.
O Bruma é bom, pode ser craque, etc, mas o Sporting sobreviveu (poderia ser doutro modo?) à sua ausência e, no que me parece muito feliz, possibilitou-se que surgissem novos valores, outrora desconhecidos (William Carvalho) ou desconsiderados (Wilson Eduardo). Esse é o grande mérito desta conturbada novela.
Há comboios que só param uma vez na estação da vida dos jogadores. A felicidade estampada por Wilson Eduardo quando marcou contra o Arouca, representa a glória pessoal de alguém que colocou tudo no esforço, dedicação e devoção a um Clube, e sobre quem tantos vaticinaram não ter qualidade para integrar a sua equipa principal.
Independentemente do desfecho que se vier a saber, em princípio hoje, o Sporting ganhou uma equipa ou, pelo menos, um punhado de jogadores que está a suar a camisola. Assim saibam continuar a honrar o equipamento que envergam. Assim saiba também o Sporting reconhecer e acarinhar aqueles que não cospem no prato onde comem.