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És a nossa Fé!

E se ele viesse para o Sporting?

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Raphael Guerreiro, um dos inesquecíveis campeões europeus de 2016, está sem clube. Terminou o contrato que durante sete anos o ligou ao Borussia Dortmund. Sai com duas Taças da Alemanha e uma Supertaça ali conquistadas.

Está com 29 anos. Na época agora terminada, marcou seis golos e fez 13 assistências em 36 jogos. Bons números para um lateral esquerdo, confirmando que Raphael continua em forma.

Apetece-me fazer a pergunta: gostariam de vê-lo no Sporting?

Nós, há dez anos

 

Adelino Cunha«Parece que Vieira só tem acordos para treinadores que ganham e Jesus só aceita acordos quando perde. Será mais fácil fazerem o óbvio: Jorge Jesus ruma ao Porto e evita ser despedido quando perder o primeiro jogo no Benfica. Basta ligar ao Fernando Santos para saber o que dói. E nós? Nós os falidos? Nós os que quase desceram de divisão? Nós que andámos a levar porrada o ano inteiro? Nós que destituímos um presidente inepto? Nós que estamos reféns da banca? Bem, nós contratámos um treinador. Nós contratámos um novo jogador. Nós abrimos o processo para receber pela venda aciganada do João Moutinho. Nós por cá parece que vamos bem.»

 

Eu: «Fábio Coentrão, vestido de branco, não conseguiu ser campeão em Espanha. Mas procurou compensar o fracasso empurrando para o pódio os que por cá trajam de encarnado. Em vez de bola, serviu-se de palavras. Demonstrando assim que é mais hábil com os pés do que com a língua: a frase dele que serviu para a garrafal manchete do Record de 8 de Maio pode ter acertado em cheio, mas equivocou-se na data: este ano, em matéria de troféus, a Luz ficou às escuras. Fernando Gomes, ex-artilheiro do Porto, gostava de comparar cada golo a um orgasmo. Já o remate verbal de Coentrão funcionou como uma ejaculação precoce. Apetece recomendar-lhe que redija a próxima mensagem ao som do Bolero de Ravel.»

A voz do leitor

«Com esta época futebolística falhada e a grande probabilidade de não estarmos na Liga dos Campeões na próxima época, vem o receio de a distância para os dois principais rivais voltar a aumentar devido ao impacto financeiro directo (prémios de participação) e indirecto (receitas de transferências) dessa ausência. Por isso a próxima época é tão crítica, para mostrar que houve mesmo uma mudança e que o sucedido esta época foi apenas uma excepção e que voltaremos à luta pelo título nacional (já na próxima época) e à Liga dos Campeões (em 24/25).»

 

Luís Ferreira, neste meu texto

2022/2023: marcadores dos nossos golos (fim)

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Pedro Gonçalves 20 (Braga, Rio Ave, Rio Ave, Portimonense, Gil Vicente, Casa Pia, Famalicão, Farense, Braga, Benfica, Vizela, Braga, Chaves, Chaves, Midtjylland, Midtjylland, Arsenal, Casa Pia, Arouca, V. Guimarães)

Paulinho 15 (Tottenham, Casa Pia, Farense, Farense, Marítimo, Marítimo, Marítimo, Braga, Paços de Ferreira, Arouca, Arouca, Portimonense, Arsenal, Boavista, Santa Clara)

Trincão 13 (Eintracht Frankfurt, Portimonense, Portimonense, Marselha, Famalicão, Braga, Estoril, Santa Clara. Casa Pia, Casa Pia, Casa Pia, Paços de Ferreira, Benfica)

Edwards 12 (Braga, Estoril, Eintracht Frankfurt, Boavista, Tottenham, V. Guimarães, V. Guimarães, Farense, Braga, Braga, Santa Clara, Juventus)

Nuno Santos 9 (Braga, Eintracht Frankfurt, Portimonense, Santa Clara, Casa Pia, Paços de Ferreira, Chaves, Boavista, Paços de Ferreira)

Morita 6 (Gil Vicente, Santa Clara, V. Guimarães, Braga, Braga, Famalicão)

Arthur 4 (Tottenham, Eintracht Frankfurt, Farense, V. Guimarães)

Gonçalo Inácio 4 (Rio Ave, Braga, Arsenal, Vizela)

Chermiti 3 (Rio Ave, FC Porto, Paços de Ferreira)

Coates 3 (Midtjylland, Midtjylland, Marítimo)

Porro 3 (Marítimo, Paços de Ferreira, Vizela)

St. Juste 1 (Estoril)

Rochinha 1 (Gil Vicente)

Mateus Fernandes 1 (Farense)

Matheus Reis 1 (Braga)

Bellerín 1 (Estoril)

Esgaio 1 (Famalicão)

Diomande 1 (Benfica)

Matheus Nunes 1 (Rio Ave)

Boateng 1 (autogolo do Rio Ave)

Miguel Silva 1 (autogolo do Marítimo)

Bah 1 (autogolo do Benfica)

Gartenmann 1 (autogolo do Midtjylland)

Salvador Agra 1 (autogolo do Boavista)

Marafona 1 (autogolo do Paços de Ferreira)

Matheus Costa 1 (autogolo do Marítimo)

Ivanildo 1 (autogolo do Vizela)

Vinte e cinco mil

Venho só assinalar o facto: este é o nosso postal n.º 25 mil - tantos são os que já foram publicados no És a Nossa Fé em onze anos e meio de existência.

Um percurso longo, algo atribulado (mas muito menos do que o do clube neste período) e cheio de momentos difíceis. Felizmente intervalados por marcos inesquecíveis, aqui documentados dia após dia, às vezes hora após hora. Destaco a inesquecível conquista do Campeonato da Europa em futebol com quatro jogadores leoninos no onze titular, em Julho de 2016, e sobretudo a gloriosa caminhada para a reconquista do título de campeões nacionais da modalidade após o maior jejum da nossa história, em Maio de 2021. 

Sempre com uma palavra de ordem: amar o Sporting. Modéstia à parte, temos cumprido.

A melhor aquisição para a próxima época...

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... seria alguém como o senhor que aparece acima, alguém como Roger Spry.

Foi Malcolm Allison, que já tinha trabalhado com o Radisic em Alvalade, que o escolheu para o ajudar em Setúbal a transformar um conjunto de pré-reformados numa equipa de futebol que conquistou o título da 2.ª Liga, com métodos revolucionários que incluiam pinturas de futebol americano na cara e bofetões nos treinos, foi Bobby Robson, aconselhado pelo Manuel Fernandes (que com Jordão e outros integrava essa equipa do Setúbal) que o escolheu para o ajudar em Alvalade e depois o levou para o FC Porto. Roger Spry continuou por outras paragens com grande sucesso e deixando sempre saudades por onde passava. Dizia ele: «Basicamente, ensinamos os jogadores a levar porrada e sorrir. O adversário fica a pensar: este gajo é maluco ou é o super-homem.»

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Foi outro membro daquela que foi a melhor equipa técnica de sempre do Sporting, José Mourinho, que muito pôs em causa a figura do preparador físico numa equipa de futebol. Dizia ele que nunca viu um pianista preparar-se a correr à volta do piano e hoje em dia essa figura raramente existe destacada numa equipa técnica.

Ora para mim um dos grandes problemas do Sporting esta época foi exactamente o desempenho físico dos jogadores, com muitos sem condições para aguentar os 90 minutos ao mesmo ritmo, e alguns até a ficarem por meias partes. Isso obrigou em muitos jogos a substituições forçadas, e a finais de jogos penosos onde o apito do árbitro evitou males maiores.

Por isso a figura do preparador físico/mental como era Roger Spry deveria ser equacionada pela "troika" que manda no futebol. Rúben Amorim, também ele praticante de artes marciais, seria o primeiro a ganhar com a adição dum especialista como ele na sua equipa técnica.

Mas para isso é importante reflectir se a posição de preparador físico/mental (Roger Spry demonstrou bem a ligação entre os dois conceitos) deveria ser independente da posição de treinador na estrutura de futebol do clube. Eu acho que sim.

E deixo mais uma foto, com o Radisic do lado esquerdo e o Big Mal do lado direito. Que saudades, ai ai.

 

From left to right: Radisic (Physio), Ademar, Eurico, Jordão, Meszaros ...

SL

Fim de semana excelente nas modalidades

Decorrem as fases finais dos campeonatos das modalidades de pavilhão mais importantes, em formato clássico de 2 voltas no andebol, em play-off nas outras, e neste fim de semana assistimos a grandes exibições e vitórias concludentes.

 

Basquetebol - Na sexta no João Rocha, Sporting 94 - FCPorto 66 (3-0 no play-off, apurado p/ final com o Benfica)

Futsal - No sábado em Porto Salvo, Leões PS 1 - Sporting 3 (1-0 no play-off)

Andebol - No sábado no João Rocha, Sporting 36 - Benfica 31 (Seguimos no 2.º lugar da Liga, a 1 do FC Porto)

Hóquei - No domingo no João Rocha, Sporting 8 - O. Barcelos 4 (3-0 no play-off, apurado p/ final com Benfica ou FC Porto)

 

Sexta e sábado estive lá, no João Rocha, para assistir a dois "amassos" aos rivais que não tiveram hipóteses em nenhum dos casos.

No basquetebol uma equipa com muita raça e capacidade de luta e que conta com 2 americanos de classe extra, Travante e LovettJR, não deu hipóteses e terminou com 28 (!) pontos de vantagem.

No andebol, mesmo com um Kiko Costa em dia negro, mas com o guarda-redes habitualmente suplente Kristensen em grande nível, chegou depressa a 3-0 e depois nunca deixou o Benfica ter vantagem no marcador. Foi o jogo de despedida do Ruesga depois de sete anos ao serviço do clube, Francisco Tavares está também de saída, mas estão reforços na calha para uma equipa extraordinariamente competitiva, que se mais não conseguiu esta época foi porque o plantel é mesmo curto.

Recordemos que no voleibol masculino ficámos pelas meias-finais derrotados pelo Fonte do Bastardo e no feminino fomos derrotados na final pelo AJM/FCPorto.

Continuamos assim na linha da frente das modalidades em Portugal, a par com o Benfica, único clube que compete nas seis modalidades referidas. Mesmo gastando bem menos que o rival e por isso tendo menos estrangeiros de referência nos plantéis. 

Vale mesmo a pena ir ao João Rocha assistir aos play-offs das modalidades preferidas de cada um. Para mim são o andebol e o basquetebol.

SL

Soma e segue

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Foto: Gerardo Santos / Global Imagem

 

Nenhum treinador do Sporting, tanto quanto me lembro, valorizou tanto os jogadores como Rúben Amorim. A confirmar-se a saída de Manuel Ugarte por 60 milhões de euros, para o Chelsea ou para o PSG, esta será uma das raras vezes que um dos nossos sai pela cláusula de rescisão - durante anos havia apenas o registo da transferência de Nani para o Manchester United, em 2007, por 25,5 milhões de euros.

Se isto ocorrer, como tudo indica, o internacional uruguaio torna-se, ao fim de apenas 21 meses em Alvalade, o segundo jogador mais rentável de sempre para o nosso clube - só ultrapassado por Bruno Fernandes, que saiu em Janeiro de 2020 e já nos rendeu 65 milhões de euros.

Os outros três que integram a lista dos cinco mais valiosos para os cofres leoninos, tal como sucedeu com Ugarte, são produto directo do trabalho de Rúben: Nuno Mendes (valeu 45 milhões de euros), Matheus Nunes (45 milhões + 10% de uma futura transferência) e Pedro Porro (45 milhões, rumando ao Tottenham também pela cláusula).

São dados factuais. Que aqui deixo à consideração daqueles que passam o tempo a desconsiderar e a rebaixar o nosso treinador. Saudosos nem sei bem do quê.

Nós, há dez anos

 

Tiago Loureiro: «Uma das ideias que o Presidente do Sporting fez passar na entrevista de ontem foi a existência de uma certa dificuldade nos processos de renovação de alguns dos jogadores mais jovens do clube (suponho que estivesse a falar, muito em particular, de Bruma e Ilori), devido às exageradas exigências colocadas em cima da mesa. É verdade que esses dossiers deviam ter sido resolvidos noutro tempo, por outras pessoas - mas essas já não moram no clube e o tempo não volta atrás. Também é certo que muita da dificuldade é imposta pela vontade dos agentes dos jogadores em obter dividendos com eles - mas esses, cada vez mais, encaram os seus representados como uma mercadoria do qual pretendem extrair o maior lucro possível e não como um atleta que devem ajudar a construir a melhor carreira desportiva. (...) Ter as fotos de Cristiano Ronaldo, Figo ou Nani a forrar as paredes da Academia e as suas histórias na ponta da língua para motivar os miúdos é fácil. Mas mostrar-lhes que o reverso da medalha também acontece, especialmente para quem tem mais olhos que barriga, poderá ser bem mais útil.»

A voz do leitor

«A grande mudança deu-se em 2018. Tem sido difícil a recuperação dos danos sofridos, estamos a caminhar devagar mas no entretanto até já fomos campeões. (...) Na próxima época não se afigura fácil essa tarefa, principalmente pela mais que provável não entrada na Liga do Campeões. Tenho receio que, numa tentativa de não desequilibrar as contas, as aquisições não consigam compensar as vendas e a próxima época seja mais do mesmo.»

 

Leão de Queluz, neste meu texto

Ainda os sub19

Sporting B-Real, 2-1: sofrer para sorrir - Liga 3 - Jornal Record

Os nossos melhores sub19 andam aqui...

 

O Pedro Oliveira traz aqui ao lado a justa homenagem ao Famalicão, campeão nacional no escalão sub19.

O Sporting terminou no 3.º lugar, Famalicão 28, FC Porto 27, Sporting 25, Benfica 23.

Na penúltima jornada da competição o Sporting derrotou em Alcochete o Famalicão por 3-1.

O Sporting alinhou com:

Guilherme Pires; Leonardo Barroso, Pedro Silva, Lucas Taibo e Rodrigo Dias; Alexandre Brito, Manuel Mendonça, Guilherme Santos; Pedro Sanca, Gabriel Tavares e Isnaba Mané.

Ora nesta competição podiam actuar jogadores nascidos em 2004 ou depois. 

E qual é a melhor equipa de sub19 que o Sporting pode apresentar actualmente?

Diego Callai; Gonçalo Esteves, João Muniz, Lucas Taibo e Travassos; Essugo e Mateus Fernandes; Fatawu, Chermiti, Rodrigo Ribeiro e Afonso Moreira.

E ainda ficavam muitos no banco de suplentes como Samuel Justo, Marco Cruz, David Monteiro, etc... que jogam pela B ou pelos sub23 e davam para fazer outra equipa.

Quantos em comum? Um, Lucas Taibo, internacional por Espanha, 1,92m, nascido em 2006. Um craque em potência.

Ou seja, o Famalicão foi campeão nacional de sub19 em confronto com a terceira equipa do Sporting dessa categoria etária. Tão simples como isso. Quanto ao Benfica, a mesma coisa: o FC Porto não tem sub23, como o Famalicão não tem equipa B, pelo que a situação é diferente.

Ora isto nada tem que ver com o que acontecia há uns anos. Por isso, olhar para as classificações dos escalões sem ter em conta esta nova política focada no jogador adoptada por Sporting e Benfica não faz sentido nenhum.

SL

Parabéns ao campeão

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Formação rima com campeão, parece que melhor formação do mundo, afinal não é a do Sch-eixal.

Famalicão 5 -  Benfica 1.

Adenda: O comentário abaixo apareceu no meu "e-mail" para ser aprovado ou rejeitado. Foi rejeitado sem a minha intervenção, não sei se a "culpa" é da plataforma ou de algum administrador com poderes.

Como não é a primeira, nem a segunda, nem a terceira, nem a décima vez, peço, publicamente, para não o fazerem.

Prefiro ser eu a fazer a gestão do que escrevo e a publicar ou não as respostas.

A época terminou e quando alguém não estiver satisfeito com algo, o meu "e-mail" está disponível para todos para os administradores da plataforma e do "blog" e para todos os leitores em geral.

Tenho muita honra em escrever neste "blog" mas quando sair saio como entrei, cabeça levantada, a pensar no jogo seguinte e a custo zero.

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Gonçalo mostra a Paulinho como se faz

Vizela, 1 - Sporting, 2

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Gonçalo Inácio acabou de marcar o nosso primeiro, Pedro Gonçalves e Nuno Santos festejam

Foto: Manuel Fernando Araújo / Lusa

 

Caiu o pano no campeonato nacional de futebol. Com o Sporting no 4.º lugar - atrás de Benfica, FC Porto e Braga. Mau desempenho global da nossa equipa, embora o descalabro tenha ocorrido na primeira volta. A segunda foi muito superior: só dois empates nos últimos 15 jogos. Se tivesse sido sempre assim, estaríamos a lutar pelo título até à derradeira jornada, ontem cumprida.

Valeu a pena lutar até ao fim? Sim, valeu. Para sairmos da prova de cabeça erguida. E para começarmos já agora a testar a próxima época, novamente sob o comando de Rúben Amorim. Mas com novos elementos no plantel. Porque se avizinham saídas difíceis de colmatar. Ugarte, antes de qualquer outro. Talvez também Gonçalo Inácio. Edwards também poderá estar prestes a abandonar Alvalade. Sem esquecer que temos vários jogadores que já não vão para novos, como Adán, Neto e o capitão Coates. 

Rúben começou a fazer experiências neste 34.º e último desafio do campeonato, anteontem, em Vizela. Manteve Israel na baliza mesmo já com o veterano guarda-redes espanhol disponível, instalou Dário no onze titular. Nenhum entusiasmou, valha a verdade.

 

As limitações da nossa manobra defensiva - sentindo-se aqui já a ausência de Ugarte - ficaram transparentes logo ao minuto 6', quando Osmajic galgou terreno em poucos segundos e disparou em cheio contra as nossa redes. Gonçalo Inácio e Dário ficaram desposicionados lá na frente, Coates foi incapaz de acompanhar a passada do veloz montenegrino.

Gonçalo redimiu-se pouco depois. Aproveitando da melhor maneira um lance estudado, num canto marcado de forma irrepreensível por Pedro Gonçalves. Elevou-se acima da defesa e meteu--a no sítio certo. Mostrando a Paulinho como se faz.

Fomos para o intervalo assim, com empate a um. O segundo tempo foi todo nosso: carregámos sem descanso contra o reduto do Vizela. Com mais critério e maior poder de fogo quando Amorim decidiu trocar Dário por Edwards. O inglês desequilibra sempre, mesmo quando está em maré baixa de inspiração - o que nem foi o caso.

 

E lá surgiu o golo da vitória. Aos 85', em lance iniciado com um magistral passe de ruptura de Coates para Pedro Gonçalves romper linhas com a bola dominada e a despejar na área. Visava Chermiti, mas o ex-Sporting Ivanildo antecipou-se e encarregou-se ele próprio de marcar, num autogolo de impecável execução técnica.

Mostrando - também ele - a Paulinho como se faz.

 

Breve análise dos jogadores:

Israel - Podia ter feito melhor no golo sofrido. Foi traído pela hesitação.

Gonçalo Inácio - O canhoto voltou a ser central pela direita. Esperou até ao último jogo para se estrear a marcar no campeonato. Cortes decisivos aos 50' e 57'.

Coates - As pernas já pesam: faltou-lhe velocidade para bater Osmajic. Foi ele a iniciar, numa eficaz recuperação, o lance que nos daria a vitória já quase ao cair do pano.

Matheus Reis - Como central à esquerda, articulou bem com Nuno Santos. Ofereceu golo a Paulinho aos 10': lance desperdiçado.

Esgaio - Falhou nos cruzamentos, sem conseguir fazer a diferença. Condicionado cedo por um amarelo (23'). Perdeu duelos com Kiko Bondoso. Saiu aos 80'.

Dário - Rúben deu-lhe nova oportunidade, mas o jovem médio não correspondeu. Falhou ligação com o ataque, não foi o médio de marcação que ali se impunha. Saiu aos 56'.

Morita - Distinguiu-se no capítulo das recuperações, mais evidente ao recuar para a posição 6, já com Dário fora de campo. Sete, ao todo.

Nuno Santos - Desequilibrou no nosso corredor esquerdo. Ofereceu golo a Paulinho aos 72': lance desperdiçado.

Trincão - Abusou do individualismo e do lance adornado, incapaz de fazer a diferença no chamado futebol sem bola. Ofereceu golo a Paulinho aos 73': lance desperdiçado. Saiu aos 80'.

Pedro Gonçalves - Melhor em campo. Está nos nossos dois golos: assiste de canto e é dele o passe que Ivanildo intercepta para autogolo. Incansável, inconformado.

Paulinho - Falhou emendas (10' e 72'). Desperdiçou passe de Pedro Gonçalves (30'). Chegou atrasado (43'). Cabeceou muito mal (77'). Protesta muito, não marca desde 1 de Abril.

Edwards - Assim que entrou, aos 56', notou-se a diferença: equipa mais dinâmica com ele em campo, pondo a defesa adversária em sentido. Sacou canto mal tocou na bola, arrancou faltas.

Chermiti - Substituiu Trincão aos 80'. Muito móvel na grande área, procurou ser útil. A bola que Ivanildo cortou em autogolo ia parar aos pés dele, no segundo poste.

Bellerín - Rendeu Esgaio aos 80'. Teve tempo para um par de incursões ofensivas revelando boa técnica, com duelos ganhos.

Nós, há dez anos

 

Francisco Melo: «Se há coisa em que a nova presidência do Sporting tem representado uma lufada de ar fresco, é no discurso. Bruno de Carvalho, ultimamente, a propósito do assédio aos leõezinhos da Academia, tem dito o óbvio, o que todo o adepto pensa, mas que, estranhamente, nunca foi afirmado de forma tão categórica e peremptória pelos anteriores presidentes do Sporting no exercício das suas funções.»

 

Francisco Mota Ferreira: «Como o próprio refere, BdC chegou a este mundo há dois meses e está a ser confrontado com realidades que muitos de nós apenas sonhamos ou desconfiamos. Sem ironias de qualquer espécie, se a sua intenção for sincera, BdC poderá representar a diferença e dar ao futebol e ao nosso Clube a "higienização" que se precisa. O meu maior receio é que, à semelhança de muitos que quiseram fazer essa mesma diferença, acabe por ser "engolido" pela "máquina" e seja recordado por ser mais do mesmo. Com a agravante que, na situação que o Sporting está, um erro (ou uma sucessão de erros) poderá acabar de vez com o nosso Clube.»

 

João Paulo Palha: «Segundo A Bola de hoje, o agente do jogador terá dito que Cardozo estava de cabeça quente, teria feito o mesmo com a mãe dele. Este agente é um achado. Há já muito tempo que não me deparava com uma atenuante tão bem engendrada e de tão bom gosto. Do melhor.»

 

José da Xã: «Leonardo Jardim, treinador por quem nutro alguma desconfiança, tem a hipótese única de fazer um bom trabalho com óbvios reflexos num futuro a médio prazo. Fazer melhor que este ano não será difícil, mas os adeptos esperam (e desejam) sempre mais.»

 

Tiago Loureiro: «É obrigatório ler a entrevista do Presidente Bruno de Carvalho ao Record de hoje, na qual, sem medo, mete o dedo em várias feridas: o comportamento dos agentes com o Sporting e sua influência sobre os jogadores, os salários e as despesas principescas praticadas no clube mesmo num cenário de caos financeiro, as dificuldades desportivas que se aproximam, os podres do futebol português e a vontade de fazer diferente, por muito que isso custe. Uma entrevista corajosa e frontal, em que se percebe que, gostando-se ou não, tendo as consequências que tiver, o feitio Bruno de Carvalho é claro: antes quebrar que torcer.»

A voz do leitor

«Temos de comprar um avançado alternativo a Paulinho, ponto. Chermiti ainda é um jogador em crescimento e imaturo e TT se voltar ao Sporting só é alternativa contra blocos subidos no terreno que deixem muito espaço nas costas. Em 2020-21 foi útil, mas hoje toda a gente joga com bloco baixo contra o Sporting, nomeadamente em Alvalade.»

 

Carlos Falcão, neste meu texto

Nós, há dez anos

 

Adelino Cunha«Enquanto o Sporting se afundava à conta de Godinho Lopes, os caríssimos benfiquistas vangloriavam-se das três frentes do Benfica. Não percebo porquê, mas desde ontem que deixei de ouvir falar das três frentes do Benfica. Na verdade, o Benfica mantém-se em três frentes: frente ao Colombo, frente à Segunda Circular e frente às bombas da gasolina. São três frentes, não são?»

 

Francisco Melo: «A equipa de juniores de andebol do Sporting conquistou, este domingo, o seu quarto campeonato de juniores consecutivo. Uma proeza fantástica das nossas camadas jovens e que merece amplo destaque. É caso para, adaptando as célebres palavras de Jesualdo Ferreira, nos perguntarmos por que é que o Sporting, que é uma potência no andebol jovem, não tem conseguido expressar esse domínio a nível sénior.»

Pódio: Pedro Gonçalves, Gonçalo, Edwards

Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Vizela-Sporting pelos três diários desportivos:

 

Pedro Gonçalves: 17

Gonçalo Inácio: 16

Edwards: 15

Matheus Reis: 15

Nuno Santos: 15

Trincão: 14

Morita: 14

Esgaio: 13

Israel: 13

Paulinho: 13

Dário: 12

Bellerín: 11

Chermiti: 11

Coates: 11

 

O Record e O Jogo elegeram Pedro Gonçalves como melhor em campo. A Bola optou por Gonçalo Inácio.

Futebol desbloqueado

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Este é o tipo de futebol que me interessa.

Um futebol de sorrisos e alegria.

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O outro, o futebol de tribunais, de foras-de-jogo, de bloqueios, interessa-me menos.

Duarte Gomes explica tudo, muito bem explicadinho, no final dia, o campeão será aquele que conseguir roubar mais, o que conseguir aguentar-se na bicicleta (excelente capa d' A Bola, hoje) qual dos Armstrongs vencerá?

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Rescaldo do jogo de ontem

Gostei

 

Da terminarmos o campeonato a vencer. Em Vizela, campo difícil. Frente a um adversário motivado e muito incentivado pelo seu público.

 

Da reviravolta. Recuperámos de um resultado desfavorável (golo sofrido logo aos 6'), empatando aos 20', e consumámos o triunfo aos 85'. Triunfo por 2-1. Tudo está bem quando acaba bem.

 

De Pedro Gonçalves. Nada se decidia já neste jogo, que para nós se destinou apenas a cumprir calendário. Mas o nosso n.º 28 suou a camisola, inconformado. Quis sempre mais, quis sempre melhor. Perante uma reduzida mais vibrante falange de adeptos leoninos. Querer é poder: foi dele o passe para o golo inicial, na marcação de um canto, e é ele quem conduz toda a jogada que culmina no segundo. Somou 11 assistências na Liga. Melhor em campo.

 

Da estreia de Gonçalo Inácio a marcar no campeonato. Mesmo no último jogo: foi dele o cabeceamento bem calibrado de que resultou o golo inicial. Fecha a temporada com quatro bolas metidas no fundo das redes - mas para a Liga 2022/2023 foi só este. Ainda a tempo.

 

De Edwards. Estará em vias de abandonar o Sporting para regressar à Premier League? Talvez, algo indiciado pelo facto de ter começado no banco - facto insólito nas opções do treinador. A verdade é que quando entrou, aos 58', logo agitou o jogo, causando desequilíbrios graças à sua excelente técnica. O colectivo leonino beneficiou muito com ele em campo. Se sair, teremos saudades dele.

 

Do autogolo. De Ivanildo Fernandes, aos 85', quando trocou os pés numa bola bombeada por Pedro Gonçalves para Chermiti, ali bem perto. O antigo jogador da formação leonina, que chegou a participar em vários jogos da nossa equipa B, cumpriu enfim um sonho antigo: marcar pela equipa principal do Sporting. Foi o quinto autogolo de que beneficiámos neste campeonato - e o oitavo em toda a temporada. Nenhuma equipa em Portugal se pode gabar do mesmo.

 

De termos cumprido 14 jogos seguidos sem perder. Balanço positivo da nossa segunda volta: 13 vitórias, três empates, apenas uma derrota, com 38 golos marcados e só 13 sofridos. Se tivéssemos feito o mesmo na frustrante primeira volta, chegaríamos ao fim do campeonato com 84 pontos. Merece reflexão.

 

Da nossa folha limpa perante o Vizela. Já os defrontámos em dez partidas - sempre a vencer. Um caso inequívoco de maioria absoluta.

 

De Osmajic. O avançado montenegrino do Vizela, emprestado pelo Cádiz, marcou um grande golo em contra-ataque, beneficiando de uma perda de bola nossa a meio-campo, da falta de velocidade de Coates e da indecisão de Israel, que nem fez a mancha nem cobriu o primeiro poste. Fecha a temporada com oito golos apontados. Fazia-nos falta ter um artilheiro assim.

 

 

Não gostei

 

De Dário. Rúben Amorim apostou nele como titular, mas o jovem da nossa formação esteve muito longe de corresponder à confiança que o treinador nele depositou. Trapalhão, desposicionado, sem conseguir articular-se com os companheiros, não aproveitou esta oportunidade. Tem responsabilidade na perda de bola que conduziu ao golo do Vizela. Saiu aos 56', dando a sensação de que devia ter ficado no balneário logo ao intervalo.

 

De Paulinho. Chega ao fim do campeonato com cinco golos marcados, cifra medíocre para quem joga na posição dele e foi a contratação mais cara de sempre do Sporting. Ontem, mais do mesmo: falhou emendas, chegou tarde aos lances, cabeceou na direcção errada. Seria mais útil à equipa se aplicasse em golos metade da energia que vai desperdiçando em protestos inúteis durante os jogos.

 

De ver Ugarte no banco. Sinal inequívoco de que o internacional uruguaio, digno sucessor de Palhinha, está em vias de deixar o Sporting, supostamente a caminho do futebol inglês. Sentiu-se já a falta dele como tampão no nosso meio-campo, mesmo contra uma equipa como o Vizela, que não pressionou muito. É uma lacuna que se abre no onze titular leonino. Não será Dário a preenchê-la.

 

Da indisciplina. Começa a ser raro haver um jogo do Sporting sem forte sururu no terreno, com actos que não dignificam o futebol nem o nosso emblema. Ontem, mesmo já não havendo objectivos a cumprir excepto a obrigação de vencer, vários jogadores envolveram-se em picardias e gestos antidesportivos totalmente desnecessários. Pedro Gonçalves e Coates deviam ter visto cartões amarelos.

 

De ver vários nossos ex-jogadores com a camisola do Vizela. Bruno Wilson, Ivanildo, Tomás Silva: todos formados em Alcochete. O segundo teve a bondade de retribuir com o autogolo que nos valeu três pontos.

 

Do horário do jogo. Este Vizela-Sporting, parte do qual disputado debaixo de chuva, começou só às 21.15. Não admira que houvesse apenas 3309 espectadores nas bancadas. Inaceitável, termos jogado uma temporada inteira quase sempre a horas impróprias. Como se fôssemos um clube de vão de escada.

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