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És a nossa Fé!

Quenda: o nosso segundo melhor negócio

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Os 74,3 milhões de euros que o Sporting se prepara para receber pelas saídas de Quenda (17 anos) e Dário Essugo (20 anos), ambos para o Chelsea, configuram uma das melhores receitas da história leonina.

Cerca de 52,1 milhões pelo nosso ala, 22,2 milhões pelo médio - que vem jogando no Las Palmas, a título de empréstimo. 

Quenda - lançado ainda por Ruben Amorim no onze leonino, onde não tardou a destacar-se, conquistando os adeptos - tem uma vantagem suplementar: vai continuar na próxima temporada ao serviço do Sporting, já emprestado pelo clube londrino, que lhe garante o pagamento do salário. Excelente notícia.

Estamos perante o segundo melhor negócio alguma vez fechado no futebol verde-e-branco. A escassa distância do primeiro. Bruno Fernandes saiu por valor mais elevado (65 milhões de euros), mas tinha custado 9 milhões à SAD leonina em Junho de 2017.  

Quenda entra directamente para o pódio, na segunda posição. Custos, só os da formação.

 

Segue-se Ugarte, que saiu para o PSG por 60 milhões - mas o Sporting tinha apenas 80% do passe dele, recebendo portanto cerca de 48 milhões.

E depois?

Matheus Nunes (Wolverhampton), Porro (Tottenham) e Nuno Mendes (PSG), todos por 45 milhões de euros.

Anos antes tinham saído João Mário por 40 milhões (Inter de Milão), Slimani por 31 milhões (Leicester), Nani por 25,5 milhões (Manchester United) e Adrien igualmente por 25,5 (também para o Leicester).

A lista dos "doze mais" encerra com Gelson Martins (transferido para o Atlético de Madrid por 22,5 milhões) e agora Dário.

 

Uma curiosidade: dois terços destes futebolistas são fruto da nossa formação - a melhor de Portugal e uma das melhores do mundo. 

Outra: oito foram negociados durante o mandato presidencial de Frederico Varandas. Três (João Mário, Slimani e Adrien) são da era Bruno de Carvalho e há um (Nani) ainda do consulado de Filipe Soares Franco.

Há quem não goste? Paciência: as coisas são o que são.

Nós, há dez anos

 

Edmundo Gonçalves: «Sou adepto da estabilidade. Claro que me daria muito prazer conquistar títulos, ir todos os anos para o Marquês, mas a que preço? não me esqueço que o Clube esteve falido num passado muito recente e que poderia ter desaparecido (e sem títulos!). Confio plenamente que o caminho que está a ser trilhado, apostando na recuperação financeira e na academia, nos trará dinheiro e títulos. O dinheiro que nos permitirá segurar as jóias da academia e construir equipas muito mais competitivas que conquistarão os títulos que todos desejamos.»

 

Luciano Amaral: «Este ano, o comportamento foi honroso em todas as provas em que participámos e ainda há uma que podemos ganhar. Já se percebeu que Marco Silva tem uma ideia sobre como as suas equipas devem jogar. Já se percebeu que essa ideia é interessante mas precisa de ser melhorada. Vejo vantagem em deixá-lo melhorar com o Sporting e o Sporting melhorar com ele (já melhorou). Não vejo vantagem nenhuma em livrarmo-nos dele para arranjarmos sabe-se lá bem quem e subir a montanha russa outra vez. Acho que Marco Silva deveria ficar. Assim esteja ele disposto a aturar a maluquice sportinguista. Não é fácil. É só para espíritos fortes.»

 

Tiago Cabral: «Tal como já tinha aqui destacado, Tiago Rodrigues, jogador emprestado pelo porto ao Nacional vai falhar o jogo desta jornada contra o porto. É assim que se disputa um campeonato, onde as trafulhices podem ser feitas sem que ninguém da liga ou federação se importe. A comunicação social também nada faz, informa apenas de forma acritica, talvez temendo algum efeito nas relações que estabelece com determinados clubes.»

 

Eu: «Boas notícias lá para as bandas de Arouca: Joris Kayembe, jogador emprestado pelo FCP que não pôde jogar contra os azuis e brancos na última jornada e nem sequer se sentou no banco de suplentes porque (na versão do treinador Pedro Emanuel) "esteve condicionado toda a semana e não estava em condições para render a cem por cento", melhorou extraordinariamente nos últimos dias e segundo a imprensa de hoje ei-lo enfim recuperado, fino como uma alface, já pronto a defrontar o Gil Vicente no domingo. Aliás a recuperação foi tão espectacular que acaba de ser chamado para integrar a partida contra a Moldávia da selecção belga sub-21. O que só comprova as súbitas melhoras do seu estado de saúde, graças a Deus.»

2024/2025: marcadores dos nossos golos

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Gyökeres 40 (Rio Ave, Nacional, Nacional, Farense, Farense, Farense, FC Porto, Arouca, Lille, AVS, AVS, Casa Pia, Sturm Graz, Famalicão, Nacional, Nacional, Estrela da Amadora, Estrela da Amadora, Estrela da Amadora, Estrela da Amadora, Manchester City, Manchester City, Manchester City, Amarante, Moreirense, Boavista, Santa Clara, V. Guimarães, V. Guimarães, V. Guimarães, FC Porto, Benfica, Rio Ave, Leipzig, AVS, Estoril, Estoril, Casa Pia, Casa Pia, Famalicão)

Harder 10 (AVS, Portimonense, Portimonense, Braga, Braga, Amarante, Santa Clara, Bolonha, Farense, Arouca)

Trincão 9 (Nacional, Nacional, Arouca, Amarante, Boavista, Boavista, V. Guimarães, Nacional, Arouca)

Pedro Gonçalves 5 (FC Porto, Rio Ave, Rio Ave, Nacional, Arouca)

Gonçalo Inácio 5 (FC Porto, Famalicão, Arsenal, Estoril, Casa Pia)

Daniel Bragança 4 (Nacional, Estoril, PSV, Casa Pia)

Geny 4 (FC Porto, Estoril, Benfica, Famalicão)

Edwards 3 (Farense, Amarante, Amarante)

Morten 3 (Nacional, Braga, Rio Ave)

Fresneda 3 (Farense, FC Porto, Famalicão)

Quenda 2 (FC Porto, Famalicão)

Maxi Araújo 2 (Estrela da Amadora, Manchester City)

Morita 2 (Estoril, Braga)

Diomande 2 (Farense, AVS)

Debast 2 (Lille, Gil Vicente)

Nuno Santos 1 (Sturm Graz)

Esgaio 1 (Amarante)

João Simões 1 (Nacional)

Lucas Áfrico 1 (Farense, na própria baliza)

Aderlan Santos 1 (Rio Ave, na própria baliza)

Quem deve sair?

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Excelente notícia: Pedro Gonçalves prepara-se para regressar à nossa equipa após mais de quatro meses de ausência por lesão, ocorrida no último jogo que Ruben Amorim comandou no Sporting. Recordo que o actual treinador ainda não pôde contar com ele. Aliás já tinha acontecido o mesmo no interregno de João Pereira.

Todos saudamos este regresso.

Mas impõe-se a pergunta: quem deverá sair de titular para que ele recupere o lugar no onze? E outra, associada à primeira: em que posição Pedro Gonçalves poderá ser mais útil?

Questões que deixo à consideração dos leitores. Dá um bom debate.

Nós, há dez anos

 

Filipe Arede Nunes: «A notícia já não é de hoje mas o Sporting anunciou que os bilhetes para a final da UEFA Futsal Cup (que se realiza no MEO Arena) esgotaram. Serão mais de 10500 adeptos (na sua larga maioria sportinguistas) que ocuparão por completo as bancadas do maior pavilhão em Portugal. Uma lição de sportinguismo e uma demonstração do eclectismo do nosso clube. Importa salientar que a prova decorre no fim-de-semana de 24 a 26 de Abril e que os bilhetes esgotaram com mais de um mês de antecedência.»

 

Eu: «Quantas vezes, ao longo desta temporada, precisámos de um jogador que «desbloqueasse um jogo que parecia atado» - e que acabou assim mesmo, com um frustrante empate? Por isso faço votos para que Rubio transite sem demora para a equipa principal. Não tenho dúvidas de que assim será. Até porque se adapta ao modelo de jogo de Marco Silva. Um modelo que faz da posse de bola não um fim mas um meio para atingir o golo.»

A voz do leitor

«Mantenho a minha opinião [de] que o plantel da equipa principal deve ser curto, como era apanágio de Rúben Amorim. Rui Borges já deixou pistas que pretende um grupo mais largo para depois gerir e tomar decisões. Percebo, mas num clube como o Sporting não concordo. Nem esta onda de lesões, coisa rara em tantos anos que vejo futebol, me faz mudar de ideias.»

 

Salgas, neste meu texto

Futebol de ataque com Viktor a liderar

Sporting, 3 - Famalicão, 1

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Gyökeres: mais duas assistências e outro golo na sua conta pessoal. Já marcou 40 esta época

Foto: José Sena Goulão / Lusa

 

À medida que prossegue a contagem decrescente para o fim do campeonato, aumenta o nervosismo dos adeptos.

Há semanas abundavam os prognósticos pessimistas: dizia-se que iríamos ser vítimas da onda de lesões, antecipava-se que este mês de Março seria "terrível" para as nossas aspirações ao título. E - como sempre acontece no Sporting, onde nunca falta quem tenha o vício de arrasar quem está enquanto suspira de saudades por quem já foi - medraram até uns palermas a denegrir Rui Borges, alegando que "não é treinador para o Sporting".

Enfim, o costume. Com adeptos destes, não precisamos de inimigos.

Para azar dos derrotistas militantes, a equipa está novamente a jogar muito bem. E a demonstrar o talento que já lhe conhecíamos. Com provas dadas: há três dias recebemos e vencemos o Famalicão, equipa bem orientada e acima da média para o futebol português. Quarto triunfo consecutivo - três na Liga, um na Taça de Portugal. A melhor série com Rui Borges. A isto não é estranho o facto de vários jogadores que estiveram indisponíveis por lesão continuarem a regressar. Já aconteceu com Gyökeres, Morten, Geny, Morita. Agora voltou também Eduardo Quaresma, suplente utilizado.

Falta Pedro Gonçalves: está quase.

 

Seria difícil começar melhor. Haviam decorrido apenas 61 segundos quando Gyökeres, bem ao seu jeito, conduziu um ataque veloz junto à linha esquerda e centrou com precisão para o coração da área. Trincão falhou, mas felizmente apareceu Fresneda como uma seta, desferindo o remate: a bola foi direita às redes.

Marcar no primeiro lance ofensivo dá moral a qualquer equipa. Aconteceu com a nossa. Rui Borges alargou a frente de ataque, sem ponta-de-lança fixo, com Gyökeres a explorar a profundidade nos dois corredores, com Quenda muito móvel a partir das alas, enquanto Trincão arrastava defesas com movimentos interiores e Fresneda (à direita) e Maxi (à esquerda) subiam nos flancos. Por vezes Morita - novamente titular - associava-se à manobra ofensiva, deixando Morten como médio interior posicional. 

A intensa pressão leonina condicionou a saída de bola do Famalicão, onde se destacou o internacional sub-21 Gustavo Sá, sem dúvida um dos mais virtuosos médios do futebol português. Gostava de vê-lo de Leão ao peito.

À meia hora foi-se registando algum equilíbrio, mas equipa visitante só marcou de penálti. Erro lapidar - mais um - de Diomande, que voltou a usar os braços em zona proibida, atingindo um adversário na nuca com um cotovelo. Aranda converteu: estavam decorridos 35 minutos, lá voltava o pessimismo a instalar-se nas bancadas, enquanto o relvado era fustigado por forte chuva.

O empate (1-1) registado ao intervalo era lisonjeiro para o Famalicão. 

 

A segunda parte foi toda nossa. Os jogadores voltaram do intervalo ainda mais moralizados, convictos de que a partir de agora cada jogo é para nós uma final. Com Gyökeres a comandar as tropas, acentuou-se a toada ofensiva da equipa. Num destes lances, Maxi conduziu com habilidade a bola, provocando o contacto com Gustavo Sá. Penálti, bem assinalado e muito bem convertido pelo suspeito do costume, ao minuto 64: Viktor disparou com força, colocando-nos novamente em vantagem.

Já o treinador havia mexido na equipa, refrescando-a e acentuando a dinâmica colectiva, sem perturbar equilíbrios.

Saiu Fresneda, Quenda ocupou o corredor direito, com o esquerdo entregue a Geny, recém-entrado.

Porém, ainda houve tempo para um sobressalto: numa disputa de bola, sem necessidade, Maxi pisou o calcanhar de Gustavo Sá (sempre ele) e foi para a rua, com vermelho directo indiscutível. 

 

Passámos a jogar com dez a partir desse minuto 80, mas não perdemos qualidade. Pelo contrário, sucederam-se os momentos de bom futebol, coroados no terceiro golo - hino ao desporto colectivo, com Morten, Quenda e Trincão a tocarem nela antes de chegar a Viktor e este a cumprir a segunda assistência da noite, deixando-a à mercê do poderoso pé esquerdo do moçambicano. Era o minuto 88, chegávamos ao 3-1, selava-se o resultado.

Respirou-se de alívio nas bancadas. E até os pessimistas do costume saíram do estádio com sorrisos na face.

Faltam oito jornadas para terminar a Liga 2024/2025: queremos que seja em festa.

 

Breve análise dos jogadores:

 

Rui Silva (7) - Confirma-se como pilar da baliza. Grandes defesas a remates de Gustavo Sá (17') e Sorriso (86').

Debast (6) - Começou como central à direita, a partir dos 73' subiu para médio-centro. Cumpriu em ambas as posições.

Diomande (4) - Aos 32' cometeu penálti em lance inofensivo. Precisa de aprender a conter-se nos movimentos com os braços.

Matheus Reis (5) - Rendeu no lugar habitual de Gonçalo Inácio, ausente por castigo. Faltou-lhe alguma ousadia no ataque.

Fresneda (7) - Renasceu com Rui Borges: marcou o primeiro golo (o seu terceiro), cheio de confiança. Nem parece o mesmo.

Morten (6) - Ainda com algum défice físico. Viu um amarelo aos 38' por protestar em excesso. Inicia o terceiro golo.

Morita (6). De novo titular, criou movimentos de ruptura. Fez passe para Maxi ganhar penálti (62'). Quase marcou de chapéu (68').

Maxi Araújo (4). Voltou após castigo. Sacou penálti, mas falhou dois golos cantados (45' e 45'+3). Expulso aos 80' por pisão. 

Quenda (7) - Grande exibição. Serviu bem os colegas. Aos 40', proporcionou defesa da noite a Carevic. Participou no terceiro golo.

Trincão (5) - Falhou emenda à boca da baliza no minuto 1. Mas interveio no terceiro golo com pré-assistência neste seu 45.° jogo da temporada.

Gyökeres (8) - De novo o melhor em campo, facturou pelo terceiro jogo consecutivo. Já marcou 28 golos na Liga. Mais duas assistências agora.

Geny (6) - Substituiu Fresneda aos 60'. Marcou o terceiro, livre de marcação, à ponta-de-lança. Três pontos garantidos aos 88'.

Eduardo Quaresma (5). Regressado de lesão, entrou aos 73', substituindo Morita. Protagonizou um bom desarme aos 75'.

Felicíssimo (-) - Entrou aos 90'+2 para substituir Quenda.

Harder (-) - Substituiu Trincão aos 90'+2.  

Esgaio (-) - Rendeu Morten aos 90'+2.

Conversa da treta

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O seleccionador Roberto Martínez deixou de fora Tomás Araújo da mais recente convocatória da equipa das quinas alegando que o defesa encarnado padece de "lesão crónica".

Acontece que dois dias depois desta exclusão o mesmo jogador alinhou como titular pelo SLB em Vila do Conde, contra o Rio Ave, para o campeonato.

 

O treinador encarnado aludiu a "sobrecarga física", falando desse defesa, que andará "desgastado". Como se nesta altura do campeonato este não fosse um problema de todos os jogadores, não apenas de alguns.

"Vai ser bom para ele descansar nesta paragem de selecções", afirmou Bruno Lage, falando desse defesa. Deixou assim implícito que o seleccionador Martínez beneficiou o Benfica ao excluir Araújo da convocatória. Isto quando o SLB mantém competição acesa com o Sporting para a conquista do campeonato e nenhum dos nossos quatro jogadores foi dispensado da selecção nacional por "sobrecarga física". Sabendo-se que está em causa uma eliminatória a sério, não a feijões: a disputa com a Dinamarca do acesso às meias-finais da Liga das Nações.

 

"Lesão crónica", senhor Martínez? Que disparate. Eventual falta de ritmo de Araújo, que tem transitado de central para lateral no Benfica? Nada a ver. Nesse caso para que teria chamado Renato Veiga, que vem de lesão, esteve quatro semanas afastado dos relvados e neste fim-de-semana apenas aguentou 59 minutos em campo na goleada sofrida pela Juventus em casa da Fiorentina?

Conversa da treta, pois.

Nós, há dez anos

 

Edmundo Gonçalves: «Dez golos em doze jogos, é obra. E não vale a desculpa esfarrapada de que é na equipa B... Eu acredito que se esteja a trabalhar na renovação e ficarei muito desiludido se o miúdo não continuar.»

 

Luciano Amaral: «Mais notícias do colinho, agora em versão estatística. Com direito a recordação e tudo, nomeadamente do campeonato de 2009-2010, em que o número de jogos do Benfica contra 10 foi ainda mais notável. É realmente notável. Glorioso, diria mesmo.»

 

Tiago Cabral: «Tiago Rodrigues, jogador do porto emprestado ao Nacional, completou convenientemente uma série de cinco cartões amarelos, o que o impede de defrontar na próxima jornada o... porto. Tudo estava a bater certo até que, contra a vontade de todos os intervenientes, a lista que saiu dos castigados do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol não o incluiu.»

 

Eu: «São poucos, mas ainda existem alguns. Todos aqueles que persistem em menorizar o Sporting como escola de formação de excelência, ao nível do futebol profissional, têm mais um jogador agora em evidência no campeonato nacional a comprovar os méritos da Academia de Alcochete. E a fazer-lhes engolir um sapo. É Iuri Medeiros.»

Cada tiro, cada melro

"Na sequência da decisão do Conselho de Disciplina, que condenou o jogador Nuno Santos na sanção de suspensão de oito jogos por ocasião do jogo da Supertaça realizado no Estádio Municipal de Aveiro, a Sporting SAD informa que foi hoje notificada do acórdão proferido pelo TAD, no âmbito do processo n.º 67/2024, a qual, concluindo pela procedência do recurso, revogou as sanções aplicadas à Sporting SAD e aos jogadores Nuno Santos e Matheus Reis.

Embora se congratule com a decisão do TAD, a Sporting SAD não pode deixar de censurar o modo leviano como o então Conselho de Disciplina da FPF decidiu suspender um jogador em cerca de um quarto da principal competição nacional, cujos efeitos, por sorte ou infortúnio, apenas não se fizeram sentir no plano desportivo devido a uma grave lesão sofrida pelo atleta. 

A Sporting SAD espera que o novo ciclo federativo do Conselho de Disciplina da FPF represente um momento de viragem, trazendo uma abordagem mais ponderada e sensata a uma actividade fundamental para assegurar a regularidade das competições e a preservação da verdade desportiva."

 

Comunicado da Sporting SAD, sublinhados meus.

Dança das cadeiras

O grande Zeca escreveu um dia uma cantiga que rezava assim: "Eles comem tudo, eles comem tudo, eles comem tudo e não deixam nada".

Este relembrar do grande trovador vem a propósito das recentes eleições para a FPF e das próximas para o COP e para a Liga Portugal.

Se se quiserem dar ao trabalho de ver quem foi eleito na federação de futebol e quem está nas listas para o COP e a LP, facilmente verificarão que há um bailinho mandado, assim a modos que uma mal amanhada dança das cadeiras. O querido Proença da LP para a FPF, o Gomes da FPF para o COP e o Couceiro a afiambrar-se da FPF para a LP.

Percam um tempinho a ver quem compõe a direcção eleita da FPF e quem se avizinha para as outras duas organizações. Escolhidos a dedo.

Uma placa giratória, é o que é. Ou uma corrida ao tacho, diria eu, que não ando distraído.

Curiosamente, grande parte dessa rapaziada torce pelo encarnado. Quem diria?

Pódio: Gyökeres, Rui Silva, Quenda

Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Sporting-Famalicão (3-1) por quatro diários desportivos:

 

Gyökeres: 29

Rui Silva: 25

Quenda: 24

Geny: 23

Fresneda: 22

Morten: 22

Trincão: 22

Debast: 21

Morita: 20

Matheus Reis: 18

Eduardo Quaresma: 17

Maxi Araújo: 14

Diomande: 14

Esgaio: 1 *

Felicíssimo: 1 *

Harder: 1 *

 

Todos os jornais elegeram Gyökeres como melhor em campo.

 

* Estes jogadores, que entraram aos 90'+2 e mal tocaram na bola, só são aqui mencionados devido ao ridículo critério pontual do jornal Record.

Dia de São Patrício, uma atitude

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O futebol é isto.

É assim que vejo o futebol.

Duas equipas e um árbitro.

Lá está ele na foto, devia ser o menos protagonista de todos, sabemos que não é assim.

Não tenho nenhum fetiche com árbitros, nem com arbitragens mas fazem parte do fenómeno futebol e, na minha opinião, não estão acima das críticas.

"Ai, coitadinhos, não podem ser contrariados se não ainda é pior, deixa-os lá prejudicar o Sporting, não fales nisso que ainda pode ser pior, sempre foi assim"

Detesto o conformismo, o encolher de ombros, os acomodados.

Estou preparado para sofrer nas oito jornadas que faltam (nove para o Benfica). Não peço para sermos beneficiados, não peço sequer para não sermos prejudicados (tenho quase 60 anos sei que é normal sermos prejudicados), peço, apenas, para não serem demasiado óbvios. Existe VAR, existem televisões (nos jogos fora do Benfica) todos os adeptos do futebol vêem o que se está a preparar nas jornadas que faltam.

Esta convocatória da selecção portuguesa foi normal?

A atitude:

A partir deste texto apenas aprovarei comentários cujo nome das pessoas que comentam apareça a verde, que estejam validados pela plataforma Sapo. Posso ajudar quem tiver dificuldade em efectuar esse registo.

Rescaldo do jogo de anteontem

 
 

Gostei

 

De outra vitória do Sporting. Terceiro triunfo consecutivo leonino sob o comando de Rui Borges, o que acontece pela primeira vez desde a chegada do actual técnico, no final de Dezembro. Como anfitriões, acabamos vencemos anteontem o Famalicão por 3-1, marca igual à do nosso anterior triunfo frente ao Casa Pia. Na senda do desafio em que eliminámos o Gil Vicente em Barcelos nos quartos-de-final da Taça de Portugal e da vitória sobre o Estoril em casa, para o campeonato. Caso mesmo para dizer: o Sporting soma e segue.

 

De começar a ganhar muito cedo. Bastaram 61 segundos para a metermos lá dentro, logo no nosso primeiro lance de ataque. Proeza de Fresneda, que abriu o activo em Famalicão como se fosse ponta-de-lança. Projectado na ala, graças ao 3-4-3 retomado há um mês por Rui Borges, funcionou como saca-rolhas num desafio que muitos anteviam ser complicado. Afinal não foi, em boa parte graças ao defesa espanhol, que ganhou vida em Alvalade com a chegada do actual treinador. Já leva três golos marcados. É bem provável que não pare aqui.

 

De Gyökeres. Começa a tornar-se monótono: voltou a ser o melhor em campo. Com as suas arrancadas que suscitam aplauso unânime, o sueco pôs os adeptos em delírio encostando a turma minhota às cordas. Outro golo marcado - de penálti, o décimo neste campeonato, sem menor hipótese para o guarda-redes Carevic. Aconteceu aos 64', desfazendo o empate que subsistia desde o minuto 35. E foram também dele os passes para os restantes golos: o primeiro, ainda no minuto inicial do desafio, cruzando a partir da esquerda para Fresneda, e o terceiro, aos 88', oferecendo-o de bandeja a partir da direita para Geny. Números extraordinários: 28 golos nesta Liga, 40 no conjunto das competições, 49 contando com os que já apontou na selecção sueca. Desde Peyroteo, há 78 anos, que o Sporting não tinha um jogador a apontar 40 ou mais golos em duas temporadas consecutiva. Viktor é o maior: ainda está connosco e já temos saudades dele.

 

De Quenda. Alguns imaginariam vê-lo mais contido, agora que acaba de ver o seu passe adquirido pelo Chelsea, naquele que é talvez o mais lucrativo negócio de sempre do Sporting. Puro engano: foi um dos mais activos, dos mais acutilantes, dos que souberam criar mais desequilíbrios até ser rendido, aos 90'+2, numa substituição destinada sobretudo a ouvir aplausos. Bem merecidos. Forçou Carevic à defesa da noite, aos 55', num remate colocadíssimo que levava selo de golo e acabou por embater no ferro já depois da intervenção do guarda-redes. Serviu muito bem Morita (25'), Gyökeres (62' e 67') e Maxi Araújo (68'). Sempre em jogo, melhor sobretudo nas movimentações no corredor direito.

 

De Rui Silva. Outro excelente desempenho: já se tornou num dos pilares da equipa. Boas defesas aos 17' e aos 29', travando remates de Gustavo Sá. Intervenção decisiva aos 86', negando o golo a Sorriso em remate rasteiro e com ressaltos na relva. Veio para ficar.

 

Da nossa segunda parte. Domínio absoluto do Sporting, com vários momentos de puro brilhantismo, com cinco (e às vezes seis) envolvidos na manobra ofensiva. Com os regressos dos lesionados Gyökeres, Morten, Morita e Geny, a equipa recuperou a plena alegria de jogar. É, sem dúvida, a melhor do campeonato em curso. 

 

De Rui Borges. Muito bem novamente a ler o jogo. Fez a mudança que se impunha à hora do jogo, retirando Fresneda por troca com Geny, remetendo o moçambicano à ala esquerda e deslocando Quenda para a direita. Assim pressionámos ainda mais a saída de bola do Famalicão e mesmo a jogar só com dez a partir da expulsão de Maxi Araújo nunca deixámos de manter o domínio da partida. O que se concretizou no terceiro golo, culminando a melhor jogada colectiva do encontro com intervenções de Morten, Trincão, Gyökeres e Geny, que fuzilou as redes e fez as bancadas explodir de alegria, indiferentes à chuva forte que não cessou de cair.

 

De já termos actuado quase com o melhor onze. Faltou Gonçalo Inácio, a cumprir castigo. E falta recuperar Pedro Gonçalves: todos desejamos que o seu regresso esteja para muito breve, logo após esta paragem para jogos das selecções.

 

Do Famalicão. Apresentou-se em Alvalade com uma equipa compacta e organizada, trocando bem a bola e pecando apenas na finalização. O melhor deles é sem dúvida o jovem médio Gustavo Sá, internacional sub-21. Tem apenas 20 anos e já vale 10 milhões de euros, segundo o Transfermarkt. Confesso que não me importaria nada de o ver no plantel leonino.

 

Da nossa liderança reforçada. Continuamos isolados em primeiro. Com 62 pontos. Conseguimos 19 vitórias nestas 26 rondas. Só faltam oito para concretizarmos o maior sonho: a conquista do bicampeonato que nos foge há 74 anos.

 

 

Não gostei

 

Do penálti de Diomande. O jovem central marfinense tem inegável qualidade, mas precisa de corrigir com urgência o seu posicionamento dentro da área. Num lance inofensivo, saltou à bola atingindo Sejk na nuca com o cotovelo. Penálti sem discussão: Aranda converteu-a aos 35'. Assim fomos para o intervalo, empatados 1-1. Sabia a pouco. Naturalmente, instalou-se o nervosismo nas bancadas. Não havia necessidade.

 

Do cartão exibido a Morten. O capitão protestou junto do árbitro de forma demasiado exuberante, gesticulando muito, o que lhe valeu um amarelo aos 38'. Não poderemos contar com ele na próxima jornada, frente ao Estrela da Amadora.

 

De Maxi Araújo. É ele a ganhar aos 62' o penálti que viria a ser convertido por Gyökeres dois minutos depois. Mas não merece nota positiva. Falhou dois golos cantados, aos 45' e aos 45'+3. E fez-se expulsar, sem margem para dúvida, ao calcar de sola o calcanhar de Gustavo Sá em zona livre de perigo. Viu vermelho directo aos 80', forçando o Sporting a jogar 18 minutos com menos um. Outra baixa para o próximo jogo.

 

Do árbitro Miguel Nogueira. Não respeitou elementares regras de equidade, faltando-lhe acção disciplinar sobre os centrais do Famalicão, que placaram Gyökeres confundindo futebol com luta livre. E fez vista grossa a um derrube de Maxi, aos 13', por Rodrigo Pinheiro: ficou um penálti por marcar.

Nós, há dez anos

 

Francisco Melo: «E porque não? Agosto de 2015: Sporting SAD anuncia a contratação de Óscar Cardozo ao Trabzonspor, cedendo ao clube turco Tanaka, Capel e Naby Sarr. Com esta aquisição fica, assim, preenchida a vaga deixada aberta pela venda de Slimani.»

 

Luciano Amaral: «Está aqui o colinho ilustrado. E a evidência é incompleta. Isto só mesmo levado a rir.»

 

Tiago Cabral: «O Sporting domina a convocatória para os sub-17. E sem cubo mágico.»

 

Eu: «Há coisas que tenho dificuldade em entender na imprensa desportiva. Uma delas é a das classificações atribuídas aos jogadores após cada desafio. Fico muitas vezes com a sensação de que vimos jogos totalmente diferentes. Voltou a acontecer-me esta segunda-feira ao pegar no Record. Nani é ali brindado, na página 6, com nota 1 - a mesma que foi atribuída a Carlos Mané ("quase não se deu por ele"), Tanaka ("não teve bola para tentar o que quer que fosse") e André Martins ("refrescou o meio-campo"). Mal queria acreditar. Nani com nota igual a André Martins e inferior a Slimani, que mereceu um 2 por "ter dado trabalho aos centrais"? Luís Avelãs - um jornalista por quem tenho consideração - foi o responsável pelas notas, justificando assim a de Nani: "Ainda menos em jogo que Carrillo [nota 2]. Aliás, por vezes, até deu a sensação que não estava nos Barreiros. Teve um outro pormenor, mas passou ao lado da partida." Como é possível escrever isto se Nani foi responsável directo pelo melhor lance do jogo - precisamente aquele que viria a decidir o desfecho da partida? E como é possível escrever - como escreveu o editor-chefe José Ribeiro na crónica do jogo publicada na página 4, também do Record de ontem - que o Sporting "não contou com Nani, a fazer talvez a exibição mais fraca desde o regresso ao clube"?»

A voz do leitor

«Não gostei da atitude do Catamo. Atira-se sistematicamente para o chão e os árbitros já perceberam e isso não colhe no Sporting. Só funciona nos nossos rivais por ignorância, complacência ou cumplicidade dos apitadeiros. O Geny tem de perceber que não pode viver eternamente à sombra dos dois golos que marcou contra o Carnide.»

 

Luís Lopes, neste meu texto

{ Blogue fundado em 2012. }

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