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És a nossa Fé!

O Calimero, a abelha Maya e as tatuagens

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Este é o argentino, capitão do Benfica.

Símbolo verde no peito e tatuado na cabeça, o seguinte:

"Un pia a la vez", cada Calimero pia, lamenta-se na sua vez, foi assim após o empate com o Arouca.

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Não vou comentar os gostos da senhora, nem o gosto dos senhores que mudaram (eram de que clube antes?) para o Sport Lisboa e Benfica.

Vou comentar a conferência de imprensa do, ainda, treinador do Benfica que passou a antevisão do jogo em Guimarães a elogiar uma tatuagem, esquecendo que foi uma tatuagem que tramou Guillermo.

Esquecendo-se que as tatuagens são incompatíveis com doar sangue (entre seis meses a um ano) e que os jogadores de futebol como "exemplo" como "modelos" sociais deviam abster-se de as fazer, de as publicitar.

Vamos ver se em Guimarães lhes acabam com o pio no campo e já agora que os adeptos do "glorioso" não se entretenham a saquear, novamente, as arrecadações de material desportivo do Vitória.

Calma, fé e confiança

Pote.jpg

Como estamos na época pascal e temos certamente crentes a visitar o blogue, do título deste postal faz parte a palavra FÉ, que em concomitância é também a palavra que define este blogue. Não custa nada apelar a uma crença, que quando a gente se vê em apertos, somos todos crentes e essa é uma verdade universal e insofismável.

Eu prefiro confiança, é menos abstracto e reflecte aquilo que sinto para estas derradeiras quatro jornadas.

Invoco a calma, porque nada ainda está conseguido, apesar de a candeia que vai à frente alumiar duas vezes, ainda que logo atrás venha um lampião que até mora na Luz.

E ontem foi dado mais um passinho em direcção ao Marquês. Sem espinhas, sem motivo para dúvidas, com uma limpeza digna do mais competente cantoneiro, ou duma daquelas imigrantes que se levanta de madrugada num bairro degradado para limpar com esmero um qualquer edifício de escritórios, sem ter a certeza se quando voltar não terá a barraca onde (sobre)vive deitada abaixo.

Esboroou-se a narrativa do penalti, do lance duvidoso, da má prestação do árbitro. Quero dizer que Fábio Veríssimo me deixa sempre de pé atrás, mas hoje, talvez por intervenção da divina providência, a sua actuação não teve qualquer interferência no resultado, tendo até deixado jogar e tendo uma elogiosa atitude de desprendimento, ao prescindir de ser o elemento mais focado em campo. Muito bem, pena que fora dos dias santos não seja bem assim.

Ontem tivemos uma actuação plena de competência, firmeza, objectividade e foco e quarenta e cinco mil a apoiar, sem foguetório o que é de saudar e como mereceria Mestre Aurélio, que tanto apoiou as claques e tanto lhes pediu que tivessem tino.

Faltam quatro vitórias para o êxtase. Três se uma delas for no estádio da Luz. Há que acreditar. E à cautela, ter fé, que como disse lá atrás, em hora de aperto, vale tudo.

Quero deixar uma palavra a/sobre Pedro Gonçalves: Aquilo sob a sua batuta é outro andamento.

O dia seguinte

Estou farto de ler nos jornais desportivos que, se Rúben Amorim tivesse ficado, o bicampeonato já estava ganho.

O que ainda não li é que se a escolha para a sucessão tivesse sido logo Rui Borges, o bicampeonato estava ganho também.

Considerando os 8 pontos perdidos com João Pereira, penso que não haverá dúvidas quanto a isso, agora que estamos a quatro jornadas do final.

Porque foi escolhido o João Pereira, não sei. Se calhar pelas mesmas razões que foram escolhidos o Tiago Ilori, o Rafael Camacho, o Ruben Vinagre, o Jorge Silas. Todos flops. Não chega ser sportinguista e bom rapaz, ser conhecido do presidente, para que a coisa dê certo.

 

Sobre o jogo de ontem, que vi ao vivo e a cores em Alvalade: excelente primeira parte do Sporting, bola a rodar rápido dum lado ao outro do campo, reacção rápida à perda, jogo pelas alas, passes para golo, marcaram-se dois, ficaram por marcar pelo menos outros tantos.

O mérito começou cá atrás: Quaresma e Inácio com bons passes a acelerar jogo, Debast corria o campo e Gyökeres fazia miséria lá na frente.

Na 2.ª parte o Moreirense fez pela vida, o desgaste começou a pesar, a começar por Quaresma, que depois da excelente 1.ª parte começou a asneirar. O primeiro remate já foi do Moreirense. Duma incursão de Gyökeres surgiu um livre para um grande golo do craque sueco, mas depois de duas bolas por alto surgiram um golo adversário e quase outro, o primeiro da responsabilidade de Maxi, o segundo de Quaresma.

Por volta dos 65 minutos e depois,  lá vieram as substuições, desta vez todas lógicas e atempadas. St. Juste e Fresneda taparam o lado direito, Matheus Reis o lado esquerdo, Pote entrou e logo demonstrou a falta que tem feito, Esgaio fez e bem de Debast. Fresneda ainda tentou um chapéu que falhou por pouco, ia sendo o golo da jornada.

 

E foi assim. Podiam ter sido 6-2, ficou pela metade, em 3-1.

Melhor em campo? Depois dum "hat-trick" dizer o quê? Mas além do sueco, o miudo belga fez um jogão. A jogar assim vai ter de convencer o seleccionador belga que afinal é mesmo médio e vai ser.

Arbitragem? Impecável, nada a dizer. 

E agora? Ganhar, ganhar, ganhar.  Temos o melhor jogador da Liga, temos o melhor onze e, não havendo lesões, começamos a ter o melhor banco (não confundir com bancada). 

 

PS: Entretanto acho óptimo que o Benfica esteja a pensar no Feliz e contente para a próxima época, mais o Bernardo Silva, e o Nelson Semedo. Mais um ou outro não seria mal pensado. O Mantorras é que já não pode. O Rui dos túneis tem de fazer pela vida...

SL

Faltam quatro finais

Ambiente de festa em Alvalade esta noite: quase 45 mil adeptos tiveram o privilégio de ver ao vivo uma vitória categórica do Sporting contra o Moreirense. Vingando a derrota sofrida na primeira volta.

Atingimos os 72 pontos, reforçando o nosso posto de comando. Com Gyökeres a brilhar de novo: foi ele o autor de todos os nossos golos neste triunfo por 3-1.

Faltam quatro finais.

A voz da leitora

«Ainda não percebi para que é que as claques servem. Infelizmente mostram sempre que podem o seu comportamento tóxico. Simplesmente já desisti de ver nelas alguma coisa que dignifique o futebol. A solução é só uma: erradicação total destes vândalos dos campos de futebol.»

 

Joana Santos, neste postal

Parabéns, Ruben Amorim

"Remontada" épica hoje em Manchester. Jogadores saíram a chorar, adeptos extasiados nas bancadas.

Ainda há pouco ele saiu e só podemos ter sentimentos de saudade e gratidão, como temos de Bruno Fernandes, Manuel Ugarte e daqui a nada iremos ter de Viktor Gyökeres.

Um grande clube revela-se também pelos grandes sentimentos, gratidão por quem muito contribuiu, compreensão pelos trajectos profissionais de cada um, saber que quem sai leva saudades do tempo que passou entre nós.

Muitos parabéns a Ruben Amorim, extensivos aos outros dois citados.

Não gosto muito da personagem. Foi um enorme jogador mas também um agente-duplo que contribuiu para o triste fim de João Rocha, mas a frase é muito feliz e adaptando-a fica "por cada leão que sair, outro se levantará".

SL

O melhor onze da Liga

Na minha opinião, o conjunto dos melhores jogares em cada posição não faz forçosamente o melhor onze do momento. Existe o equilíbrio a manter, o momento de forma e o adversário a defrontar.

Mas pensando já no Benfica-Sporting (que dificilmente irei acompanhar estando eu nessa altura bem longe) e presumindo que todos estarão em condições, qual será então o melhor onze do Sporting?

 

GR: Rui Silva. A grande contratação de Inverno da 1.ª Liga. Muito seguro e assertivo nos diferentes capítulos da função, cada vez mais entrosado com os defesas.

DD: Jeremiah St. Juste. Podia ser Debast, podia ser Quaresma. Não ser Quaresma tem a ver com os defeitos antigos que demonstrou nos dois últimos jogos. Não ser Debast tem a ver com o que vou dizer mais à frente. Quanto a St.Juste, que tem o ponto forte na velocidade e o fraco no jogo aéreo, é na direita o lugar dele. Na esquerda é que não é, de certeza. Marcou o golo inaugural na última final da taça no Jamor.

DC: Ousmane Diomande. O "Seba" Coates mais novo, imponente no jogo aéreo, intratável no homem-a-homem, farol da defesa. Não existe nenhum outro de competência aproximada para a função. Obviamente ainda não tem a maturidade de Coates, nem a sua capacidade de liderança em campo. Foi formado num futebol mais físico que é aproveitado pelos adversários para cair com ou sem motivo, alegando murros e cotoveladas. Marca golos também.

DE: Gonçalo Inácio. Nervosismos à parte, de que dá mostra em certos jogos importantes, é um defesa sólido, com grande capacidade nos lançamentos à distância e no jogo aéreo nas duas áreas. Além de marcar golos importantes.

AD: Iván Fresneda. Alto e forte, defende bem, passa bem e temporiza, comporta-se como interior no jogo ofensivo, centra com critério e marca golos. O melhor defesa direito da Liga. Como ala direito faltam-lhe características de extremo, o drible e o centro junto à linha, pelo que tem de ser compensado por Trincão. O problema é que Trincão foge da linha também...

AE: Maxi Araújo.  A única coisa que tem em comum com o anterior é a intensidade nos despiques individuais. No resto é basicamente um extremo ofensivo enquanto Fresneda é um lateral defensivo. O que permite a Fresneda cair para a esquerda em momento de ataque, dando protecção aos dois extremos Maxi e Quenda, livres para combinar no ataque. E Maxi também marca golos.

MC: Morten Hjulmand e Zeno Debast. Neste momento o encaixe entre os dois ainda não é o melhor. A pujança do belga choca com a menor fase do dinamarquês que teria outra liberdade para avançar no terreno. Hjulmand estava bem mais habituado a jogar com médios ofensivos como Morita, Bragança, João Simões ou até o Pote. A verdade é que Debast começa a ser tão influente nos passes e nas bolas paradas que não há forma de o tirar do onze. Assim, passamos a jogar com "duplo pivot" que obriga a alguns ajustamentos para que a equipa consiga controlar o jogo no terreno do adversário.

ID: Francisco Trincão. Com tudo o que de bom e de mau consegue fazer durante um jogo, e sempre sem sabermos o balanço final para além dos kms percorridos, fica difícil imaginar este Sporting sem ele. Por muito mau que seja o dia dele, por muitas bolas que tenha perdido em rotundas e túneis, sempre pode aparecer um golo num remate impossível ou através duma assistência num passe improvável.

PL: Viktor Gyökeres. Aqui não tenho de dizer nada sobre o melhor ponta de lança do Sporting dos últimos 50 anos, sucessor do meu ídolo, Hector "Chirola" Yazalde. 

IE: Geovany Quenda. Ainda não é um avançado completo, nem podia ser com a idade que tem (17 anos), mas revela uma versatilidade tremenda, os adversários nunca sabem o que sairá dali. Por outro lado, é extremamente inteligente, consegue perceber o que o jogo está a pedir, sabe passar a bola e assistir. Ainda falha muitos golos. Não tem de momento, é um facto, o "killer instinct" de Pedro Gonçalves. Mas isso vai com o tempo. Pedro Gonçalves vem duma longa paragem, dificilmente poderá ser titular.

 

Suplentes para além dos jovens que se sentarão no banco: Franco Israel (competente), Eduardo Quaresma (guerreiro), Matheus Reis (carregador de piano), Hidemasa Morita (maestro), Geny Catamo ("sniper"), Pedro Gonçalves (mágico) e Conrad Harder ("bulldozer").

Digamos que, estando todos em boas condições físicas, temos o melhor onze da Liga e um dos melhores bancos de certeza.

Chega para sermos bicampeões? Não, mas muito ajuda. 

Assim a sorte nos acompanhe e o Pinheiro passe longe.

SL

Prognósticos antes do jogo

Sexta-Feira Santa, amanhã pelas 20.30, temos novo desafio na rota do título. Voltamos a Alvalade, onde recebemos o Moreirense. 

Na primeira volta, frente à mesma equipa, houve um pesadelo: fomos derrotados 1-2 em Moreira de Cónegos, segundo desaire consecutivo do Sporting sob a frágil batuta de João Pereira, hoje treinador do modesto Alanyaspor, que segue em 17.º lugar na liga turca. 

Aconteceu na azarada ronda 13 - segunda sem Ruben Amorim e que me levou a deixar aqui um sinal de alarme: «Como diria João Pereira, "é preciso levantar a cabeça". Nada fácil, com a equipa a afundar-se.»

No campeonato anterior, a nossa vitória na recepção ao Moreirense foi sem espinhas: 3-0. Com golos de Morten, Gyökeres e Diomande, jogadores que voltarão a marcar presença no desafio de amanhã.

Qual são os vossos prognósticos?

A voz do leitor

«O presidente da FPF, o presidente da Liga e os líderes dos maiores emblemas nacionais têm a obrigação de se sentarem à mesma mesa e comunicarem, criarem caminhos comuns, acertarem comportamentos compatíveis com a responsabilidade dos cargos ocupados. Enquanto o dirigismo comum interpretar este palco como se de uma coutada para interesses e egos mimados se tratasse, não sairemos desta banalidade.»

 

AHR, neste meu texto

O melhor prognóstico

Por algum motivo que ainda não descortinei, 2-0 costuma ser - de longe - o palpite mais frequente na nossa habitual ronda de prognósticos. Poucos dos nossos leitores e comentadores se lembram de algo mais modesto mas usual no futebol: a vitória por 1-0.

Leãocabril foi excepção à regra. Por isso venceu nesta ronda, antecipando o triunfo do Sporting nos Açores, frente ao Santa Clara. Está de parabéns.

A vitória foi difícil, mas foi nossa

Santa Clara, 0 - Sporting, 1

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Geny, autor do nosso solitário golo em São Miguel, voltou a ser herói do relvado

Foto: Eduardo Costa / Lusa

 

Não é fácil enfrentar o Santa Clara. Por um motivo evidente: é a equipa mais sarrafeira do campeonato português. Até foi alvo de estudo: faz, em média, 16 faltas por jogo. Deve ser efeito do "anticiclone dos Açores". 

Infelizmente é também uma equipa que tem contado demasiadas vezes com a condescendência e até benevolência dos árbitros. Na primeira volta, por exemplo, a turma micaelense viu dois penáltis perdoados pela equipa de arbitragem chefiada por Cláudio Pereira - em ambos os casos por responsabilidade principal do vídeo-árbitro Helder Carvalho, pessoa sem qualificação para o exercício desta função tão relevante.

O novo Conselho de Arbitragem, tão pouco clarividente como o anterior, cometeu a imprudência de nomear para este Santa Clara-Sporting o mesmo árbitro do Sporting-Santa Clara. Imprudência que merece reparo crítico.

 

Desta vez Cláudio Pereira terá deixado um penálti por marcar, mas em sentido inverso. Por aparente falta de Eduardo Quaresma, imprudente também ele: arriscou muito. Mecanismo involuntário das compensações por parte do juiz da partida, que chegou a ser remetido para a jarra em Dezembro, durante uma jornada, após a calamitosa prestação em Alvalade? Admito que sim.

Mesmo assim, continuamos em défice na comparação com o Santa Clara. E ainda houve um inacreditável cartão vermelho exibido a Harder já depois do apito final só porque o jovem dinamarquês, no natural festejo pela difícil vitória nos Açores, se atreveu a gritar «ié!» Ainda bem que este árbitro nem sequer era nascido quando existiam os Beatles: teria varrido os quatro de Liverpool com cartolina encarnada. Ié, ié, ié!

 

O jogo dividiu-se claramente em duas partes. Fraquinha a primeira, muito bem conseguida, bastante disputada e com incerteza até ao fim a segunda. De comum, apenas a agressividade do "Benfica açoriano", que parece ter colhido inspiração em "deuses (de barro) da bola" como Jaime Pacheco e Petit em obediência ao grito de guerra «canela até ao pescoço!» A bola pode passar, mas o homem fica estendido.

Andámos nisto naquele primeiro tempo.

O Sporting tinha potencial ajuda por jogar a favor do vento, que soprava forte. Mas não soubemos aproveitar a suposta vantagem, tantos foram os passes em profundidade despejados para lá da linha de fundo. Em teoria, deviam servir Gyökeres. Mas o sueco limitou-se a vê-las passar: levavam demasiada força, sofriam desvios de trajectória em função dos caprichos das rajadas e havia um "guarda-costas" chamado Luís Rocha sempre pronto a limitar o raio de acção do melhor avançado do futebol português.

O goleador máximo desta vez ficou em branco. Também tem direito. Mas ainda enviou um petardo à trave (66').

O nosso flanco esquerdo, confiado a um Maxi Araújo muito trapalhão, não funcionava. O direito, entregue a Fresneda, pecou por falta de largura. Felizmente o corredor central nunca claudicou: Debast e Morten formaram um duo quase perfeito, destacando-se o jovem internacional belga pela precisão do passe e pelo sucesso nos duelos individuais.

 

Sabia a muito pouco o empate a zero registado ao intervalo. E de nada nos servia para manter acesa a chama do título.

Aí interveio o treinador. Rui Borges desviou Geny de interior esquerdo para direito, onde passou a funcionar como segundo avançado. Fresneda descolou-se da linha para fazer movimentos interiores, alternando com Trincão. Posições trocadas para dificultar as marcações e cansar ainda mais os adversários.

Funcionou na perfeição precisamente na ala que foi mexida: recuperação do espanhol, entrega ao minhoto e desmarcação perfeita do internacional moçambicano que rematou muito bem colocado, num remate cruzado, indefensável. Aconteceu ao minuto 50: Geny voltava a ser herói no relvado.

Vencíamos. Para alegria dos milhares de adeptos leoninos, em maioria absoluta nas bancadas.

 

A vantagem foi ampliada na sequência de um livre apontado por Debast - melhor em campo. Diomande dominou no jogo aéreo e meteu-a lá dentro, de cabeça, aos 68'. Balde de água gelada: o golo acabou invalidado. Deslocação milimétrica: 13 centímetros.

Mas a robustez anímica da equipa manteve-se - como já se tinha percebido, desde o primeiro toque na bola: o anterior empate em casa, com o Braga, não deixou sequelas no plano psicológico. O regresso de Pedro Gonçalves, após cinco meses de paragem por lesão, foi tónico suplementar. Só entrou aos 87' mas foi ovacionado como se a partida estivesse a começar naquele momento. 

Aconteceu há quatro dias. Mas parecem ter decorrido só quatro horas: a vibração deste regresso perdura desde sábado.

 

Trouxemos os três pontos. Recuperámos a liderança, beneficiando do empate caseiro do Benfica, na noite seguinte, frente ao Arouca. O sonho do bicampeonato, que nos foge há sete décadas, está cada vez mais próximo de tornar-se realidade.

Os números contam. Não perdemos na Liga há 16 jogos. Registámos cinco triunfos nas últimas seis jornadas. Este, nos Açores, foi o quarto consecutivo fora de casa.

Estamos na luta, portanto. Nem poderia ser de outra forma.

 

Breve análise dos jogadores:

 

Rui Silva (6) - Primeira intervenção, a soco, aos 33'. Aos 42', tapou o caminho da baliza após cabeceamento de Rocha.

Eduardo Quaresma (5). Pecou por alguma imprudência. Viu amarelo aos 56', o seu primeiro na Liga. 

Diomande (7) - Dominou jogo aéreo. Seguro e confiante a defender. Marcou golo de cabeça aos 68', anulado por 13 cm.

Gonçalo Inácio (6) - Desperdiçou alguns passes longos. Mas foi seguro na defesa, sempre muito concentrado.

Fresneda (7) - Esteve no início do golo, com recuperação e pré-assistência. Aos 66', centro milimétrico para Viktor.

Morten (6) - Ajudou a fechar corredor central e recuperou algumas bolas. Mas longe da perfeição revelada noutros jogos.

Debast (7) - Perfeito no passe, nos duelos, nos livres. Serviu Fresneda aos 66' e Diomande aos 68'. Melhor em campo.

Maxi Araújo (4) - Perdeu muitas bolas, foi errático nos cruzamentos. Pareceu sempre jogar sobre brasas.

Trincão (7) - Na segunda parte conduziu a equipa à vitória. Passe para o golo - a sua 14.ª assistência da temporada.

Geny (7) - Voltou a garantir os 3 pontos, como sucedera em Dezembro na Luz. Podia ter bisado aos 60', servido por Trincão.

Gyökeres (5) - Muito policiado, ficou em branco. Desperdiçou única oportunidade, aos 66', atirando com força à trave.

St. Juste (6) - Substituiu Quaresma aos 66'. Destacou-se no controlo do jogo aéreo. Boa recuperação aos 86'.

Quenda (6) - Entrou aos 66', substituindo Fresneda. Bom trabalho, sobretudo no capítulo defensivo.

Harder (5) - Rendeu Geny aos 77'. Muito combativo, ajudou a conter contra-ataques açorianos. 

Matheus Reis (-) - Entrou aos 87', rendendo Trincão. Contribuiu para refrescar a equipa.

Pedro Gonçalves (-) - Enfim recuperado. Só entrou aos 87', substituindo Maxi. Mas ouviu calorosos aplausos. Sem surpresa.

Fazendo contas, 28 e 29

A bebedeira e a ressaca

Assim estavam as contas antes da jornada 28.

Nessa jornada o Benfica iria jogar ao covil do dragão e o Sporting "anfitriava" os guerreiros do Minho.

FC Porto 1 - Benfica 4

Não houve penalties nem expulsões mas apesar do resultado o Benfica teve, apenas, 39% de posse de bola (a pior da época) e fez o pior número de passes da época 304. O resultado tem alguns responsáveis e apesar da boa imprensa não podemos deixar de falar no guarda-redes nascido no país da Heidi, dos chocolates, dos relógios e dos canivetes multi-funções; cada bola que o Benfica acertou na baliza, cada golo sofrido.

Sporting 1 - Braga 1

Todos vimos o jogo, todos vimos o festival de porrada que os guerreiros apresentaram em Alvalade. Foi o jogo que o Braga cometeu mais faltas em toda a época, 21.

Não houve penalties mas houve uma expulsão (aos 90+4') regras são regras, menos um ponto para o Sporting.

Santa Clara 0 - Sporting 1

Um escândalo. O Sporting beneficiado com um penalty claro, óbvio e evidente não assinalado a favor do Santa Clara e todas as jogadas semelhantes que desequilibraram Viktor? Entre as assinaladas e as não assinaladas quantas faltas foram cometidas sobre o avançado sueco?

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Recordo o sr. Miguel Sousa Tavares que o FC Porto teve dois penalties a favor com o Santa Clara e falhou ou por outro lado foi-lhe assinalado um penalty contra com o Famalicão e o jogador minhoto falhou. Nem sempre os penalties são concretizados, é desonestidade intelectual afirmar o contrário.

Jogo sem penalties nem expulsões.

Benfica 2 - Arouca 2 

Jogo com dois penalties a favor do Arouca, apenas, um assinalado (houve outro cometido pelo n° 10 do Benfica) e sem expulsões.

Seria: Benfica 2 - Arouca 1

Casa Pia 0 - FC Porto 1

Jogo sem penalties e sem expulsões.

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Esta é a classificação oficial após 29 jornadas. Destaco o facto de Benfica, Braga e Porto terem, precisamente, o mesmo número de golos sofridos apesar do FC Porto ter sofrido oito golos com os da Luz.

A "minha" classificação é:

1 Sporting - 64 pontos (+5)

2 Benfica - 53 pontos (+16)

3 FC Porto - 48 pontos (+11)

 

Nem um, para amostra

Cláudio Pereira.jpg

Mais uma vez corridos a osso, os extraordinários árbitros portugueses estarão ausentes de mais uma competição importante, desta vez do Mundial de Clubes, como já haviam estado ausentes do último Mundial de selecções. Cá p'ra mim tem a ver com as maravilhosas actuações que vão rubricando por esses campos fora e tomando decisões como as deste acima retratado, Cláudio Pereira, que consegue expulsar um jogador, Conrad Harder, porque o rapaz comemorou a vitória com um "Yeah, de forma provocatória", segundo o "estudante" árbitro. Certamente não cursará línguas e literaturas modernas, porque saberia que essa é uma corriqueira expressão inglesa usada universalmente. Levasse ele uma cabeçada e tudo estaria dentro da normalidade.

Vai acontecer certamente o recurso para o TAD, que terá efeitos nulos já que a decisão virá lá para o final de Maio.

A talhe de foice e por falarmos em TAD, o Sporting recorreu do castigo aplicado ao presidente Frederico Varandas para aquele tribunal, após ter sido castigado com 51 dias, salvo erro, por declarações sobre arbitragem numa entrevista à SportingTV. Estamos ansiosos para saber qual o castigo que vai ser aplicado ao princepezinho que arremeteu mais uma vez túnel adentro, confrontando o árbitro do jogo com o Arouca, onde perderam a liderança do campeonato depois de se deixarem empatar nos descontos.

A voz do leitor

«No SCP existe um modelo de formação dos atletas, há compromisso dos atletas, treinadores e funcionários para com o clube e a administração procura as melhores soluções para o presente e futuro. Umas vezes acertam, outras erram, como acontece com toda a gente que toma decisões. Só quem não toma decisões está sempre certo. Felizmente, e os resultados são evidentes, os ganhos são muito maiores do que as perdas.»

 

Romão, neste texto do Luís Lisboa

{ Blogue fundado em 2012. }

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  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D