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És a nossa Fé!

Honrar o Sporting

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Este domingo, o Sporting pode 'cavar' ainda mais a distância para os seus "rivais" na liderança da atual edição da Liga Betclic. Mas há outras coisas que nos devem sempre distanciar desses ditos "rivais". Vem isto a propósito das declarações do treinador do FCP, Sérgio Conceição, após a derrota em casa de hoje contra o Estoril. Quem viu e ouviu sabe do que falo. Por isso nunca seremos iguais aos nossos dois "rivais".

* Na fotografia, de pé, da esquerda para a direita: José Stromp e Henrique de Almeida Leite Jr. Sentados, da esquerda para a direita: Eduardo Quintela de Mendoça, José Alvalade, Charles Etur e António Stromp. Esta era a equipa de cricket do Sporting CP em maio de 1908, sendo alguns dos jogadores também fundadores (e dirigentes) do clube, dois anos antes.

Há dúvidas?

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Hoje podemos ter queixas sérias sobre a arbitragem em Braga:

1) O golo anulado a Hjulmand é escandaloso, porque, como se vê na imagem, o guarda-redes tem visão total sobre o lance, vê o jogador a armar o remate e vê a bola a sair na sua direção para dentro da baliza. O remate era indefensável e Pote até se desvia da bola para não lhe tocar;

2) A falta de Daniel Bragança sobre Djaló é mal marcada e dá origem ao golo do empate;

3) Houve dualidade de critérios em várias ocasiões do jogo e a pior é talvez a falta terrível que Bragança sofre junto da área do Braga e que deveria ter dado origem a cartão vermelho direto.

Tirando isto, e não são apenas pormenores, Amorim mexeu muito mal na equipa. Hjulmand fez falta no meio campo, tal como Nuno Santos na lateral esquerda. Parece-me que precisamos de um ou dois médios que possam ser alternativa a Morita e ao dinamarquês. Há lesões, castigos e baixas de forma durante uma época e já se viu que não será Bragança (e muito menos Essugo) a colmatar esta falha.

Sobre os extremos já muito se falou, claro que também são bem-vindos pelo menos dois. Um para cada lado. Edwards está claramente num mau momento de forma, parece abstraído de tudo no jogo. Trincão é, tal como o inglês, capaz do melhor e do pior. Este ano, para variar, temos ponta-de-lança mas temos outras carências. Que sina.

Menos mal que seguimos na frente com 10 pontos em 12 possíveis. Vamos em frente!

Viktor Einar Gyökeres

Caro Viktor Einar Gyökeres,

Espero que seja o jogador de que tanto se fala. Destemido, forte e concretizador. O nosso Clube precisa de si e que esteja à altura de outros que envergaram a camisola 9 (como Manuel Fernandes), a 11 (como Rui Jordão, aqui na fotografia) ou outras tantas camisolas míticas. Não interessa o número nas costas, interessa muito mais a entrega e o compromisso com a equipa e com esta grande instituição. Sobretudo com os seus sócios e adeptos.

Tenha cuidado com os excessos, sejam eles de optimismo e de confiança. Isso pode pagar-se caro. Seja apenas e só o nosso grande ponta-de-lança e marque muitos golos porque precisamos disso como de pão para a boca. Honre o Sporting Clube de Portugal que o SCP e os seus sócios e adeptos irão devolver em dobro. Vamos a isso!

Saudações leoninas,

FAL

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Não são dois dias

São 117 anos!

 

Parabéns a todos os fundadores do Sporting Clube de Portugal, a todos os que contribuíram para o seu desenvolvimento e a todos os que estiveram na gestão financeira e desportiva ao longo dos anos.

A História do SCP é longa e não acaba aqui. Coisas muito boas estão para vir e os sportinguistas estarão sempre ao lado do seu clube. Obrigado, Sporting!

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Obrigado

Amorim, Martínez os “Puskas”

A Rúben Amorim e aos jogadores da nossa equipa por um dos melhores jogos do Sporting que vi na vida. Ontem, diante do Arsenal, houve esforço dedicação, devoção e glória. O caminho é este.


Obrigado também ao novo selecionador nacional por ter convocado Gonçalo Inácio. Já merecia e espero que seja para jogar. Mas ter deixado de fora Nuno Santos e Pedro Gonçalves (Pote) vem demonstrar realmente ao que vem: é mais do mesmo. Todos os sinais que dá são errados, desde a permanência de Pepe (com 40 anos) à insistência em jogadores que teimam em não mostrar nas quinas o que vão fazendo nos clubes.


Roberto Martínez deixa de fora os jogadores do momento, ambos candidatos ao prémio Puskas e ambos com lugar nesta convocatória, mesmo que tenham concorrência muito apertada nos lugares que ocupam. É injusto e eles não mereciam. Mas também não vão desistir e serão cada vez melhores. Aquele clube "reservado" tem outras lógicas e só a realidade os fará ver a evidência. Foi assim com Bruno Fernandes, no início, e com Palhinha, mais recentemente.

Teorias da Respiração

O Sporting perdeu com o Marítimo (ontem, 1-0), o Arouca, o Boavista, o Chaves e o FCP. Tem cinco derrotas em 15 jogos, o que não é aceitável e não augura nada de bom para o chamado "Projeto" que Frederico Varandas diz ter com a permanência de Rúben Amorim em Alvalade. E se o Sporting ficar fora da Champions? E se o Sporting for ultrapassado no quarto lugar?

 

Nada disto é impossível e o incrível é que o clube não se tenha reforçado, até ao momento, neste mercado de Inverno (que encerra a 31 de janeiro), para além da contratação a custo zero do médio defensivo argentino Tanlongo. Faltam avançados, e desde logo um ponta-de-lança alternativo a Paulinho, faltam alternativas para as laterais, para o miolo, para o eixo da defesa. Falta muita coisa.

 

Mas mesmo assim, faltando tanta coisa, não se percebe a opção de ontem por Arthur Gomes de início e as entradas de Jovane e de Rochinha quando estamos a perder e temos que dar a volta. Nuno Santos podia levar um amarelo e ficar fora do derby na Luz? Podia. Mas também Coates estava nessa situação e jogou. Jovane e Rochinha eram as únicas opções válidas? Não: Rodrigo Ribeiro viajou para a Madeira mas ficou fora da ficha de jogo. Sotiris foi contratado porquê? Não joga e nunca é opção prioritária, mesmo quando claramente Mateus Fernandes não tem ainda a intensidade necessária para 90 minutos de futebol da Primeira Liga e o grego era titular ou suplente utilizado num clube de topo na Grécia (e não em Chipre ou no Cazaquistão). Tal como Essugo cometeu antes um erro ao ser expulso por uma entrada violenta, ontem foi a vez deste Mateus fazer asneira ao cometer penálti numa altura crucial do jogo em que até já podíamos estar a ganhar se o árbitro tivesse visto o que todos vimos na falta sobre Pedro Porro.

 

Entrámos no jogo com medo, com a lateral esquerda desprevenida e sem soluções no banco, o que já vem sendo habitual. Mas, apesar disso, podíamos e devíamos ter feito muito melhor. Há jogadores que claramente não têm categoria para jogar neste clube, temos que assumir isso e promover mudanças. É preciso investimento, é preciso estratégia, são necessárias ideias novas. A aposta em Amorim não pode ser um fim em si mesmo. O Sporting Clube de Portugal está para além desta direção, destes dirigentes e colaboradores, deste treinador e até deste plantel sofrível. O SCP quer-se eterno, duradouro, intransponível. Para que isso seja possível não basta termos um clube "bonitinho", que faz umas vendas aqui e ali, que tem um estádio todo pintado de verde por dentro e agora um bom relvado, que tem uma direção que percebe de umas coisas (de outras nem por isso), etc, etc. É preciso mais. Ambição, arrojo e uma certa vertigem de risco positiva. Não acredito em teorias da conspiração, mas sei que o jogo de ontem era crucial para que esta época não fosse um desastre completo. Vai ser, pronto. Agora é preciso respirar fundo, pensar nos prós e nos contras de começar a mudar tudo em janeiro. Falta quase o mês todo. Se for no Verão é mais seguro, embora tarde de mais. O clube precisa de saúde financeira, pode ter que vender jogadores (Porro e Edwards), mas tem de começar a preparar a viragem decisiva. Sem resultados e sem troféus, nada faz sentido. O clube foi feito para vingar e não para estar "estacionado" à mercê seja de que interesses forem.

Viva o Sporting Clube de Portugal, sempre!

Acabou o “sonho”

Palhinha é melhor que Rúben Neves (e que William), mas não jogou; Matheus Nunes é bem melhor que Otávio, escolheu Portugal em detrimento do Brasil para não sair do banco; Rui Patrício é mais seguro numa competição destas que um Diogo Costa ainda muito "verde".

E Ronaldo? Merecia outro tratamento e hoje até devia ter sido titular. Resta-nos esperar por uma revolução na seleção de todos nós. Onde não haja um agente com a influência que se sabe, onde um selecionador novo possa injetar sangue fresco e agarrar a sério numa das melhores gerações de sempre.

A renovação de Amorim: boas e más notícias

A renovação de Rúben Amorim é, indiscutivelmente, uma excelente notícia. O presidente do SCP marca pontos e os sócios e adeptos agradecem. Amorim é quase um treinador de topo, já o provou, tem muito ainda para progredir e o Sporting pode beneficiar com este "crescimento". A estabilidade, coisa que não temos tido há muitos anos, fica garantida.
Mas há o outro lado desta "estória", que ainda carece de resolução urgente: o plantel é fraco e desequilibrado, Amorim precisa de reforços.

Pelo que vimos até agora, e já vamos entrar no mês de Dezembro, apenas temos a informação de que Mateo Tanlongo, que chega a custo praticamente zero, proveniente do Rosario Central, é reforço para Janeiro. É um médio-centro, que joga a 6 (pode também jogar a 8), muito novo e já no radar das seleções jovens da Argentina. É um investimento seguro.

Só que o Sporting continua a precisar de outras soluções, nas laterais e no ataque, sobretudo, onde seria muito bem-vindo um ponta-de-lança à séria e um criativo de mão cheia. É possível pedir isto ou estaremos a sonhar demais? Vamos continuar com improvisações e a depender exclusivamente do rasgo de Edwards e de Pote, que também têm os seus dias 'off'? O Sporting precisa de estar sempre 'on'!

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Fora de tudo

Não há campeonato, não há taça e por pouco não havia competições europeias (estamos apenas no play-off da Liga Europa). Ao dia 1 de Novembro.

Estamos perante um desastre total. O Sporting Clube de Portugal foi desvalorizado de todas as formas e está remetido a uma posição muito frágil. Isto é inconcebível e inaceitável.

É preciso uma solução para tudo isto. A direção, a estrutura do futebol e o treinador (um bom treinador, mas teimoso) que resolvam: são eles os "culpados", em conjunto, e são eles que terão de ver uma saída porque têm especiais responsabilidades ao terem montado um plantel desequilibrado e sem qualidade para 2022/2023, ao terem vendido Matheus Nunes e, sobretudo, ao terem toda esta sobranceria a lidar com as coisas do clube. Não se admite.

O Sporting não é para brincadeiras

Perder com Varzim, Arouca, Chaves e Boavista não é normal. Não competir na Taça de Portugal nesta fase também não é normal. Ter a possibilidade de se qualificar para os oitavos-de-final da Champions na terça-feira é um acontecimento raro, uma oportunidade de ouro que deve ser aproveitada. O Sporting é isto tudo neste momento.

Depois disso faremos contas. Uma coisa é certa e todos nós já apontámos aqui: a época foi muito mal planeada e aí a responsabilidade divide-se entre a direção do clube, a estrutura do futebol e o próprio Amorim, que gosta muito de entrar nos pelouros de outros e dizer que "não há dinheiro". Não é assim, o Sporting gastou somas consideráveis em jogadores que simplesmente não produzem e outros são autênticos "flops". A responsabilidade é, por isso, partilhada.

O que se viu ontem foi quase surreal: mudar meia equipa para perder com o Arouca parece quase mentira. Mas aconteceu. Há dias em que as opções de Amorim parecem ilógicas. Ontem foi mais um dia.

Nunca esquecer que o Sporting está acima do seu treinador, dos jogadores do plantel atual e, no limite, da sua direção. E vai ter que sobreviver a esta fase péssima, como sobreviveu a outras, e vai olhar para a frente e voltar a sorrir. Mas, por favor, treinador, jogadores e direção: não brinquem com o Sporting. Isso não. O Sporting não é para brincadeiras.

 

O nosso Sporting não é isto

É apenas a terceira vez na sua História que o Sporting Clube de Portugal cai na Taça de Portugal perante um adversário da terceira divisão. É o que temos quando há falta de ambição e uma preparação inadequada da época.


Estamos fora da Taça, com o campeonato comprometido e com a Champions em risco. E agora? Há quem vá pedir a cabeça de Amorim, outros irão pedir a de Varandas, eu acho que é tempo de reflexão porque há muitas outras coisas que precisam de ser mudadas também. Por um Sporting Clube de Portugal muito melhor, diferente disto e muito mais ambicioso.

Amorim: uma provocação ou um desafio?

A derrota de ontem por 0-2 com o Marselha, sendo má e evitável, foi o menos. O pior foi mesmo perceber, e com tanta clarividência, que algo se passa com a nossa equipa, com o treinador e a estrutura. Não pode ser por pura teimosia que Rúben Amorim insiste num jogador como o Ricardo Esgaio, em má forma e psicologicamente devastado, devido a uma sucessão de erros (alguns infantis) que prejudicaram o clube e causaram derrotas e perda de pontos em várias competições.
Tal como aconteceu na situação de Paulinho, um ponta-de-lança que não marca golos e que tem certamente o seu valor mas que está com um problema de confiança há meses, Amorim teima em incluir Esgaio nas opções, mesmo tendo Pedro Porro recuperado.
Isto não se explica, como não se explicam as declarações de ontem dirigidas aos adeptos. Amorim é inteligente, sabe comunicar (com algumas excepções já aqui abordadas) e é um excelente treinador de futebol, como já o demonstrou inúmeras vezes, elevando o jogo do Sporting a outro patamar. Mas está a provocar alguma coisa ou alguém. A lançar um desafio. Não se pode dizer o que Amorim disse ontem de ânimo leve. O que têm os adeptos e sócios do SCP contra os jogadores que vêm do Braga? Zero. Desde que joguem à bola são muito bem-vindos. Não é Amorim que agora vem rebaixar o clube inventando uma rivalidade com o clube minhoto que nunca existiu. O Braga, com todo o respeito, e mesmo agora que irá ter investidores endinheirados, não está, nunca esteve e não vai estar nunca ao nível do Sporting. 
Se Amorim não está satisfeito no seu lugar que informe a direção do clube, este caminho que agora escolheu, e que me parece propositado, não é bom para nenhuma das partes. Tem que aceitar que erra, errou ao colocar Esgaio nas opções de ontem e de todas as últimas vezes que o colocou em campo. Errou ao insistir tanto em Paulinho no passado recente. Errou, talvez, ao não tentar uma reintegração de Islam Slimani. Espero que Amorim fique no Sporting por muito tempo, desde que seja justo, menos teimoso e que não ataque os adeptos e sócios com "bocas" que não lhe ficam bem. O Sporting está acima dele e irá continuar a ser o clube enorme quando um dia decidir sair. Ficamos por aqui.

 

Santos da casa

Fernando Santos não convocou nenhum jogador do Sporting Clube de Portugal para o próximo embate da seleção nacional, o que nos revolta mas já não nos espanta um bocadinho que seja. Há muito que o selecionador tem revelado maus fígados com o SCP e esta sua atitude é ridícula, prejudicando a equipa das quinas e afastando os sportinguistas da seleção. Para os jogadores é frustrante.
Pedro Gonçalves é o  o jogador com mais golos e assistências do campeonato nacional; Gonçalo Inácio e Francisco Trincão têm feito jogos magníficos nas suas posições, sempre com regularidade e em crescendo. Ficam de fora dos eleitos. João Mário, Rafa, Diogo Jota, Pedro Neto e Tiago Djaló, só para dar alguns exemplos, estão neste momento acima das capacidades demonstradas pelos jogadores leoninos citados? Duvido muito. Como também duvido que alguém tenha a pujança e a combatividade de Nuno Santos entre aqueles convocados. O nosso extremo/lateral esquerdo fica sempre de fora, não se sabe porquê. Não é justo. No caso de Pote é escandaloso.

Vamos ver se os "Santos da casa", os mesmos de sempre, os que alinham sejam ou não titulares nos seus clubes, estejam ou não num bom momento de forma, continuam a fazer milagres. Se depender do selecionador teme-se o pior.

Sim, foi brutal

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Obrigado, Rúben Amorim! Pelo magnífico e inesquecível jogo de ontem, mas também pela performance de alto nível frente ao Eintracht Frankfurt e ao Portimonense. Estamos de volta e é disto que nós, Sportinguistas, gostamos. O resto não interessa nada quando o futebol fala mais alto.

O técnico leonino conseguiu corrigir os erros de comunicação e a falta de sintonia com a SAD, a equipa está a jogar melhor (mesmo com jogadores de outro nível, aparentemente) e o Sporting concluiu uma parte da reestruturação da dívida da banca. É isto, deixem o SCP ir em frente, não olhemos para trás.

O Sporting voltou, mas não é isto

Perder 2-0 com o Chaves em casa, depois de 3-0 com o FCP há uma semana, é muito mau. Um desastre. Imagine-se o que poderá acontecer na Champions, com este plantel e os 11 que temos visto, completamente desequilibrados e desajustados à realidade de um clube como o SCP. Há que repensar tudo: a estrutura do futebol, ir buscar os jogadores de que necessitamos e dar segurança a Amorim. Isto é o que tem que fazer Frederico Varandas e a direção, porque ele não estará sozinho nisto.

Ao contrário do que aconteceu no passado, não é tempo para pedir a cabeça do treinador, do presidente ou dos vários membros da direção do SCP. É tempo de união, de reflexão e de nos sentarmos todos à mesma mesa a pensar em soluções. O clube está mais forte, é solvente (ao contrário de outros da nossa liga), continua a ganhar títulos em várias modalidades e é respeitado nacional e internacionalmente. Isso é muito importante e é quase tudo. Falta o quase. É preciso rasgo, ambição, vontade de fazer cada vez melhor. Em vez disso, temos visto muito comodismo, falta de paixão e de querer.

Estamos à beira do início da fase de grupos da Champions e não é com aquela defesa, aquele meio campo e aquele ataque que vamos a algum lado. Sim, o problema não está apenas e só no facto inaudito de jogarmos sem ponta de lança (e de não termos nenhum no banco), está também na evidência de que esta defesa está a meter água por todos os lados e que a venda dos nossos dois melhores médios está a fazer estragos difíceis de reparar. O planeamento, como assumiu Amorim, foi mal feito. Saíram Palhinha, Matheus e Tabata em poucos dias, mas não entrou ninguém. Vai assinar o grego Sotiris Alexandropoulos? Muito bem. Mas é curto. 

Faltam-nos laterais de qualidade, falta mais um central, mais um médio típico 8 e faltam pontas de lança. Os jogos ganham-se com golos. Por muito que Pote tenha sido o nosso salvador em tantos jogos, a verdade é que não marca sempre, a jogar mais recuado muito menos.

A época não está perdida, apesar de já estar irremediavelmente afectada. O grupo está menos coeso, está pouco crente e, como sublinhou Adán, o balneário não está bem. Isso sente-se.
Amorim é um homem confiante, parece ter sempre resposta para tudo. Mesmo nas derrotas quer sair por cima. É a sua natureza. Mas sozinho não vai lá. O apoio ou vem de cima e com capacidade transformadora ou vamos ser tremendamente infelizes esta época. Ainda vamos a tempo. Mas é um tempo para decisões e não para tremideiras.

Alvalade: temos um problema

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A conferência de imprensa de Rúben Amorim de hoje voltou a pôr a nu um problema interno no Sporting Clube de Portugal, que urge resolver: a comunicação estratégica. Quando falo da comunicação não quero pôr em causa, longe disso, o trabalho do Miguel Braga, muito meritório, aliás, e sempre muito assertivo. Falo antes da comunicação enquanto estratégia da direção do clube e da SAD. Portanto, mais do que comunicação, falamos aqui da estratégia corporativa e dos objetivos a atingir pelo SCP, objetivos que devem inserir-se num plano mais vasto do atual mandato do Presidente Frederico Varandas.

É preciso ter aqui em conta os valores do SCP, o mercado global onde o clube agora se movimenta (e isto inclui, claro, a compra e venda de jogadores, que são uma parte importante dos seus ativos) e o prejuízo para os negócios que um aumento do ruído interno e externo pode trazer, depois com influência na reputação da instituição e no seu reconhecimento perante os diversos stakeholders. Na definição de uma estratégia corporativa, e o clube deve ter a sua, cada um deve saber muito bem o seu papel na estrutura e qual o impacto que pode ter uma declaração fora do contexto.

Por isso, as declarações de Amorim deviam cingir-se ao jogo com o FCP de amanhã, porque a conferência de impresa de antevisão de um jogo serve para isso mesmo: antever o jogo. Não está aqui em causa o trabalho de Amorim e o que já fez por este clube - fez muito e acredito que pode fazer mais ainda -, mas custa-me vê-lo a pronunciar-se sobre a saúde financeira do Sporting, como fez na antevisão do jogo com o Rio Ave. Ou agora, dizendo que continua a ser coerente, dando a entender que outros dentro do clube não serão ou não terão sido, por exemplo no caso da saída de Matheus Nunes para o Wolverhampton.

Claro que Rúben Amorim não podia deixar de falar de Matheus Nunes e da falta que o médio faz, ainda por cima em vésperas de um jogo decisivo com o atual campeão nacional. Mas há frases que podem deixar marcas. A mim preocupa-me que um treinador de futebol num clube como o Sporting possa vir dizer "Não temos mais um euro para gastar", numa semana, ou, na semana seguinte, "O que mudou, não sei, sabia que ele podia sair. Apareceu outra vez esta proposta, a direção faz as suas escolhas e isso eu não controlo. Arranjaremos soluções para que o próximo que se sentar aqui não passe por estes problemas no início da época".

Amorim é um enorme treinador e é genuíno, essa é uma das suas muitas mais-valias. Até aqui era sempre certeiro nas conferências de impresa. Agora, não sei muito bem porquê, tem exagerado e tem ido mais longe. Espero que seja só revolta por ter visto sair um dos seus 'meninos de ouro' e que não seja algo mais. O Sporting não se pode dar ao luxo de perder Amorim, mas também tem que começar a ter estratégia. Quem fala do estado das finanças do clube não é o treinador, quem decide os encaixes necessários a dada altura para equilibrar as contas e manter o clube como cumpridor perante a banca, a AT, a Segurança Social, os trabalhadores e os seus fornecedores, também não é o treinador. A este estão-lhe atribuídas outras tarefas, sendo a mais importante ganhar jogos.

Posto isto, também já vi Jorge Jesus e Sérgio Conceição muito revoltados com a saída de jogadores seus. Faz parte. Rúben Amorim está descontente, é natural. Tem que refazer a estratégia e o Matheus Nunes era mesmo um ponto nuclear dessa estratégia. Outros irão ocupar o lugar, como aconteceu com a saída de Bruno Fernandes, por exemplo, que tinha uma enorme influência no jogo do Sporting. Isto vai ao lugar, mas por favor pensem estrategicamente o SCP e não deixem que cada um fale por si e diga o que lhe vai na alma, sobretudo se isso implicar um embate com a estrutura.

Mais importante que tudo isto: vamos ao Dragão para ganhar!

 

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