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És a nossa Fé!

Tudo ao molho e FÉ em Deus - A Velha Senhora matou o sonho da Juve leonina

"Mesmo na noite mais escura

em tempo de servidão

há sempre alguém que resiste

há sempre alguém que diz não" - Trova do tempo que passa

 

Jorge Jesus primeiro deu-nos esperança e depois ajudou a "vecchia signora" a matar o sonho da nossa jovem equipa. Desenho táctico uma vez mais excelente, por parte do treinador português, substituição desastrada de Coentrão por Jonathan, também para não variar. Nesse sentido, nem Hitchcock, nem Carpenter, mestres na criação de suspense, nem actores como Cary Grant ou James Stewart, catedráticos da arte dramática, conseguiram alguma vez transportar para o ecrã uma personagem que anunciasse, pela expressão da sua face, tão bem como Fábio Coentrão no momento da sua saída, o que viria a seguir.

Jesus é como uma Matryoshka russa: dentro dele há sempre umas figurinhas que é preciso ir desencaixando - o Jesus das substituições, o Jesus comunicador, o Jesus que não melhora os miúdos, o Jesus fanfarrão, o Jesus que quer sempre mais jogadores, até encontrarmos a única personagem não oca, verdadeiramente sólida e que revela genialidade que compõe a sua complexa personalidade como treinador: o Jesus, Mestre da táctica.

A Juve foi a Juve: tal como a morte e os cobradores de impostos, os italianos nunca falham. No momento da decisão, a qualidade extra ajuda muito. Pjanic e Mandzukic não faltaram à chamada e dá sempre jeito, quando se quer mexer na equipa, ter ali um Douglas Costa ou um Matuidi à mão, prontos para entrar. Mas, num jogo muito cinematográfico, as mãos na cabeça de Buffon aquando do desperdício de Doumbia dizem muito sobre aquilo que os obrigámos a sofrer.

Nos nossos, Patricio a grande nível, bem acompanhado por Piccini, Mathieu e Coates. Do meio-campo para a frente, o melhor foi Acuña, embora Bruno Fernandes tenha estado nos lances das nossas duas oportunidades. Uma pena nunca podermos ver o argentino recuar para lateral e partir para o ataque em combinações com... Bryan Ruiz.

Em resumo, exibimo-nos mostrando qualidade como nunca, perdemos com os mesmos erros de sempre...

coentrão.JPG

mandzukic.JPG

buffon.JPG

 

3 comentários

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    Pedro Azevedo 19.10.2017

    O Sporting tem um desígnio - Visconde de Alvalade, "tão grande como os maiores da Europa" - e uma cultura de exigência pedida pelo presidente que fazem com que não possamos ficar contentes com este tipo de desaires, caro Sérgio Ambrósio, independentemente de ter razão que não é fácil pontuar em Turim. A verdade é que as circunstâncias do jogo tornaram-no mais fácil, mas depois faltou o costume para que não tivéssemos saído de lá com uma derrota.
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    Sérgio Ambrósio 19.10.2017

    Sim, mas por esse prisma o Sporting tem de começar primeiro a dominar o futebol em Portugal. E o Sporting há muitos anos que não consegue ser Campeão. Depois sim, tendo essa cultura de Campeão e de domínio em Portugal, estará mais preparado para se afirmar como um grande na Europa. Acho que é assim que Jorge Jesus pensa também.
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