Há uma velha anedota segundo a qual a definição de "fonte" (de informação) é alguém que esteve na reunião e quer lixar o fulano que se sentou no topo da mesa. Doutro modo estaria de bico calado.
Já se percebeu que na verdade os clubes não compram jogadores, apenas os alugam aos agentes. É pois do interesse deles que os rapazes circulem o mais possível para abicharem a percentagem das transações. São, portanto, eles a famigerada "fonte" que emprenha de ouvido os escribas dos pasquins, de cuzinho muito apertado com a tradicional míngua de assunto durante o defeso.
Todo este frenesim do diz-que-disse do compra-e-vende de "activos" mobiliários (que o economês sempre dá outra seriedade) sendo entediante, não é menos deletério.
O adepto de miolo-mole, por norma impressionável e concomitantemente irascível, treme de nervos com a expectativa de saber quem sai, certo de que nunca é a bom preço. Se não lembra a ninguém ir para a porta da Sonae assobiar e bramar com a descida do valor das acções, e uns tantos dá-lhes a raivinha para no estádio se porém a assobiar a equipa e fazer mau ambiente. O qual, como se sabe, é horrivelmente contagioso.
Ora eu, que não faço a mínima ideia de como se negoceiam jogadores, nem depois de ter visto "Moneyball" e "Trouble with the curve", quero lá saber quem sai do Sporting e por quanto. Já aprendi a não me preocupar com assuntos para os quais nem me convidam a dar opinião nem estou habilitado a aliviar-me dela. Quero, isso sim, é saber quem entra. E no fim logo se verá se a coisa melhorou ou não. Até lá é gozar os jogos, que para mais nenhuma outra coisa é que lá vou.
Isto se não fosse o Porto Canal, era um Verão tão monótono que até o Eliseu corria o risco de adormecer em cima da Vespa.
Ah! Minto. Há a notícia de eles quererem ir gerir um clube em Inglaterra. Mas essa piada deve vir imbuída de um humor tão british, que nem eu ainda me consegui rir.
Segundo O Jogo, Fábio Coentrão irá custar aos cofres do Sporting, 400.000,00 € (quatrocentos mil euros) em salários, o correspondente a 10% dos vencimentos que aufere no R. Madrid.
Não sei se se vai concretizar, mas se sim, muito sinceramente, lamento.
Já por aqui escrevi que, com as devidas proporções, daqui a dois, três anos, Ruben Semedo com uma utilização regular e com vitórias, que também ajudam a estabilizar o crescimento, poderia ser um outro Beckenbauer. Um pouco mais subido no terreno, o jovem que sai quase sempre com a bola jogável e em regra a entrega redonda aos colegas, bem explorado pode ser uma arma que ajude a furar defesas, naqueles passes "com olhos", que por vezes são meio golo.
Não parece ser essa a opção, a ver pelas notícias nos vários jornais, mas pode ser apenas e mais uma vez, carvão.
Onde a silly season se revela com mais força é nos jornais e programas de comentário futebolístico. Suspeito que a maior parte dos boatos que circulam como manchetes nascem na própria redacção.
Desta vez o Slimani faltou a um treino. Parece que autorizado, mas faltou.
E esta chatice do levante que nunca mais acaba...
Já agora, a talhe de foice, o gasóleo em Ayamonte está pelos 99 cêntimos, o que me leva a perguntar onde raio têm os espanhóis os seus poços de petróleo.
Deve haver por aí um novo jogador chamado O Pai de João Mário. Há três dias que só ouço falar nele. Hoje dominou o serão na TVI, onde agora brilha este rapaz lampião, que fez tudo para não largar o tema.
Estou com curiosidade de saber como joga O Pai de João Mário. A avaliar pelo que dizem, imagino que seja um bom reforço. Capaz mesmo de ser craque.
Afinal parece que onde há mesmo petróleo é no Porto.
Ao que consta, e convém não esquecer que estamos na tal época parva, Maxi Pereira estará por horas e por um ordenado de quatro milhões brutos/ano e por quatro temporadas e Iker Casillas parece que rumará também para o Dragão; Ao que consta, custará aos cofres dos portistas doze milhões e meio por época (cinco milhões líquidos se considerarmos que os impostos rondam os 60%, mas os jornais andam todos "às aranhas", já que cada um aventa o seu número) e parece que, infelizmente, a Sara não está incluída no negócio; Imposição da primeira dama, não fosse D. Bufas dar-se ares...
As más línguas já dizem que o Antero tratou de mandar construir um pipeline desde a refinaria de Leça. Ninguém o viu, porque, ao que consta, está bem "seguro" e parece que só funciona com o calor da noite...