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És a nossa Fé!

Ontem houve festa em Alvalade

Só vitórias: a nossa melhor campanha de sempre

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Bruno Fernandes: golaço neste regresso a um estádio onde voltou a ser feliz

Foto: Rodrigo Antunes /Lusa

 

Ontem voltou a haver festa em Alvalade. Mesmo sem jogar o Sporting. Casa cheia, no nosso estádio, para ver ao vivo a selecção nacional. Portugal-Islândia: vencemos por 2-0. Com golos de Bruno Fernandes (golaço, com assistência magistral de Bernardo Silva) aos 37' e de Ricardo Horta aos 66'. 

Cristiano Ronaldo desta vez não marcou, mas fez por isso. Cabeceou para defesa apertada do guarda-redes (21') e participou no lance do segundo golo. Com energia inesgotável durante os 90'+4. Ninguém diria que vai a caminho dos 39 anos.

Festa da equipa das quinas, pois. Desta vez sem assobios para ninguém - até João Félix e João Neves foram muito aplaudidos. Merece registo.

Havia bons motivos para isto: estamos talvez perante a nossa melhor selecção de sempre, qualificada para o Euro-2024 sem necessidade de máquina de calcular.

Ontem foram batidos dois recordes. A nossa melhor prestação até hoje em fases de qualificação de Europeus ou Mundiais: dez jogos, dez vitórias, uma campanha imaculada. E também a nossa qualificação com mais golos marcados: 36 nestas partidas, ultrapassando os 35 registados no apuramento para o Mundial da Alemanha em 2006. Com apenas dois sofridos.

Parabéns aos jogadores - todos, sem distinção clubística. Parabéns ao seleccionador Roberto Martínez: até agora só sete outras selecções haviam concluído, desde sempre, uma fase de apuramento 100% vitoriosa.

E, claro, parabéns ao nosso Cristiano Ronaldo - que ontem regressou a um palco que tanto lhe diz. Marcou dez golos nas nove partidas em que participou nesta qualificação encerrada em festa. Merece, sem discussão, todos os aplausos dos adeptos do futebol. 

Outro golo do nosso melhor de sempre

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Cristiano Ronaldo continua a registar números impressionantes. Ontem, no minuto inicial do recomeço, foi ele a marcar o primeiro golo da selecção portuguesa ao Liechteinstein (vitória lusa por 0-2 em Vaduz). O décimo golo dele em oito desafios da equipa das quinas neste apuramento para o Europeu de 2024 em França.

CR7 comanda a lista de artilheiros numa campanha exemplar: vencemos os nove jogos que disputámos, com 34 golos marcados e só dois sofridos.

Os seus números globais impressionam mais ainda. O melhor jogador português de todos os tempos, nesta sua 204.ª internacionalização, tem agora 128 golos ao serviço da selecção. Mais, muito mais, do que Figo (32), Eusébio (41) e Pauleta (47) juntos. 

No conjunto do ano civil, entre clube e selecção, são já 46 os golos marcados pelo mais célebre "número 7" do planeta futebol. Número que apenas surpreende quem não acompanha a carreira deste craque.

Não ficará por aqui, seguramente. Péssima notícia para aqueles que o detestam - são muitos, e não apenas argentinos. A inveja, como se sabe, é talvez o pior defeito nacional.

Absolutamente imparável

Cristiano marca mais dois golos: já soma 127

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Portugal goleia Bósnia: oito vitórias seguidas, proeza inédita. CR7 ultrapassa Haaland nos artilheiros do ano

 

A selecção nacional - já qualificada para o Euro-2024 que vai disputar-se na Alemanha - deu ontem mais uma lição de bom futebol. Desta vez na Bósnia-Herzegovina: fomos lá vencer por cinco golos sem resposta. Triunfo arrasador, demonstrando como está a equipa das quinas: absolutamente imparável. Oito vitórias seguidas, proeza inédita.

E Cristiano Ronaldo? Mais um par de golos para a colecção. Foram dele os dois primeiros - de penálti, aos 5', e em lance corrido, aos 20'. Soma e segue, com o brilhantismo de sempre, ridicularizando aqueles imbecis que lhe chamam velho. Regista agora 127 golos em 203 internacionalizações, marca nunca antes alcançada no desporto-rei. Já marcou nove nos sete desafios em que participou na campanha de apuramento para o Europeu. Média de sonho para qualquer jogador, sobretudo para um avançado com 38 anos. 

Melhor ainda: CR7 acaba de ultrapassar Haaland como goleador europeu de 2023. Com 40 golos apontados este ano, até agora. Extraordinário.

 

Destaque também para as exibições de Bruno Fernandes (grande golo, o terceiro, aos 25'), João Cancelo (marcou o quarto, com assistência de Bruno, aos 32') e João Félix (autor do quinto, aos 41'). Presença obrigatória neste quadro de honra: o nosso Gonçalo Inácio, titular como central à esquerda. É ele quem inicia a jogada do segundo e assiste no terceiro, com um espectacular passe de 40 metros. Não custa vaticinar - como já aqui escrevi - que muito em breve terá lugar cativo naquela posição.

Após esta goleada em Zenica - vila bósnia que serve de casa à selecção local - Portugal confirma ter o melhor ataque de toda a Europa nos vários grupos de qualificação. E continuamos invictos: oito jogos, oito vitórias, 24 pontos, 32 golos marcados e apenas dois sofridos.

Números esmagadores, confirmando a competência do seleccionador Roberto Martínez.

 

Todos de parabéns, portanto. Noite de júbilo para quase todos os portugueses. Também noite de pesadelo para os poucos que se proclamam divorciados da selecção. Fazem birra, batem o pé e mudam de canal quando a equipa das quinas joga. 

Coitados: nem sabem o que perdem.

Cristiano Ronaldo: e vão 125

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Na sexta-feira, marcou mais dois golos pela selecção nacional de futebol. Já regista 125 em 202 internacionalizações - recorde mundial absoluto, cada vez mais reforçado. E continua recordista absoluto de golos na Liga dos Campeões: são 140.

Cristiano Ronaldo, aos 38 anos, mantém um fôlego impressionante. Jogou do princípio ao fim do Portugal-Eslováquia, disputado no Estádio do Dragão. Marcou o primeiro, de penálti, aos 29'. E o segundo aos 72', à ponta-de-lança, como tantas vezes nos habituou. O golo inaugural da equipa das quinas tinha sido apontado aos 18', por Gonçalo Ramos, correspondendo da melhor maneira a uma assistência de Bruno Fernandes - o melhor em campo, com outra exibição de sonho a representar as cores nacionais.

Ao sétimo desafio, ainda a três rondas do fim, temos a qualificação para o Europeu da Alemanha, no próximo ano, já assegurada: lideramos o Grupo J com folha limpa: sete vitórias, 21 pontos, com 27 golos marcados e apenas dois sofridos (agora, contra os eslovacos, na noite chuvosa do Porto). Desta vez não necessitamos de calculadoras para nada. Merece parabéns o seleccionador Roberto Martínez.

Quanto a CR7, aí está para as curvas. Aqueles que o detestam precisam de doses reforçadas de paciência: vão continuar a levar com ele.

Bruno e Gonçalo, protagonistas da goleada

Histórico 9-0 de Portugal ao Luxemburgo

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Gonçalo Inácio acaba de estrear-se como artilheiro da selecção: todos o cumprimentam

 

Jogo histórico, resultado inédito, partida de sonho de Bruno Fernandes, que marcou um golo e participou na construção de outros quatro. Na goleada de ontem da selecção portuguesa ao Luxemburgo por esmagadores 9-0. Em dez remates: aproveitamento quase total. O resultado mais dilatado de que há registo na equipa das quinas. Nunca antes tinha sucedido em 667 desafios disputados.

Gonçalo Inácio, também ele protagonista de uma partida de sonho. Nesta terceira vez em que representou a selecção A, marcou dois golos. Ambos de cabeça, ambos a passe de Bruno Fernandes. Numa exibição irrepreensível que o torna sério candidato a titular de longa duração do onze nacional como central à esquerda.

 

Roberto Martínez prossegue o registo cem por cento vitorioso como comandante deste nosso percurso com vista ao Campeonato da Europa 2024. Seis jogos, seis triunfos, 24 golos marcados, nenhum sofrido. Nunca tal tinha acontecido numa campanha portuguesa para uma fase final de um Mundial ou de um Europeu.

Quem não compareceu no Estádio do Algarve e manteve o televisor desligado, perdeu um festival de futebol de ataque. Desmentindo todos aqueles que vinham criticando a equipa nacional. Por "jogar feio", com fio de jogo previsível e algo sonolento. Por faltar nota artística.

Nem sabem do que falam. 

 

Para memória futura, assinalo a evolução do marcador. 12': Gonçalo Inácio. 17': Gonçalo Ramos. 33': Gonçalo Ramos. 45'+4: Gonçalo Inácio. 57': Diogo Jota. 67': Ricardo Horta. 77': Diogo Jota. 83': Bruno Fernandes. 88': João Félix.

Melhor em campo, sem discussão: o nosso Bruno. Revelação deste desafio, também indiscutível: o nosso Gonçalo.

Os birrentos que recusaram assistir ao jogo, acometidos de clubite aguda ou de aversão visceral à selecção, a esta hora já estarão arrependidos. Queriam futebol de ataque? Grandes exibições? Muitos golos? Houve tudo isto. 

Quem viu, viu; quem não viu, tivesse visto. Parafraseando António Oliveira, que foi um grande sportinguista sem ter deixado de ser portista.

Soma e segue

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Bruno Fernandes: grande golo em Bratislava no dia dos seus 29 anos - passaporte para o Euro-24

 

A selecção das quinas foi ontem a Bratislava vencer a da Eslováquia por 1-0. Primeira derrota dos eslovacos, primeiro golo sofrido em casa deles nesta campanha do apuramento para o Campeonato da Europa 2024.

O nosso Bruno Fernandes resolveu o assunto com um excelente golo iniciado por ele em grande estilo e concluído com imensa classe, aos 43'. Magnífica prenda oferecida a si próprio no dia em que festejou 29 anos.

Balanço da nossa campanha neste apuramento sob o comando do seleccionador Roberto Martínez: cinco jogos, cinco vitórias, 15 golos marcados, zero golos sofridos. Qualificação para o Europeu garantida. Difícil fazer melhor.

Números inéditos. Nunca antes a selecção portuguesa tinha vencido cinco partidas seguidas num apuramento para uma fase final de uma grande competição.

Há quem não goste? Paciência. Empurre para a borda do prato e engula em seco. A "equipa de todos nós" soma e segue, indiferente às birras de alguns adeptos.

Estranheza...

... por ver ausentes na lista de convocados, para os próximos jogos da seeção nacional, os jogadores Pedro Gonçalves e Paulinho, o actual melhor marcador da Liga.

Apetece recordar Maria Teresa Horta: 

"(...)
quando a estranheza lúdica
dos anjos
são dos dilemas os próprios

vendavais"

 

Horta, Maria Teresa – Estranhezas. Lisboa: Dom Quixote, 2018. p. 260

Esta noite veremos

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Trincão e Jota, campeões europeus sub-19 em 2018, na Finlândia

 

Formar jogadores, no futebol profissional, é também ensiná-los a vencer. Habituá-los desde cedo que não interessa apenas competir por competir: importa ganhar títulos e troféus. Não apenas no clube, mas em tudo. 

Pela mesma lógica, os jogadores que formamos devem querer desde cedo ir à selecção. Basta olhar para o exemplo de Cristiano Ronaldo, o mais internacional do mundo. Nunca desertou da representação nacional, atribui valor especial a envergar o símbolo de Portugal na camisola e aos 38 anos ainda demonstra entusiasmo em campo como se fosse um recém-chegado, como muito recentemente confirmou.

Apontar exemplos destes também é formar.

 

Vem isto a propósito da final de logo à noite, em Malta. Está em jogo o Campeonato da Europa sub-19: defrontaremos a Itália, que já derrotámos por 5-1 na fase de grupos.

Se vencermos, como espero, será o segundo triunfo português num Europeu sub-19. Já ganhámos o de 2018, na Finlândia, derrotando precisamente Itália nessa final disputada a 29 de Julho. Havia três jovens do Sporting nesse lote de campeões: Thierry Correia, Miguel Luís e Elves Baldé. Outros três viriam a actuar no nosso clube em fase posterior e com sortes diversas: João Virgínia, Rúben Vinagre e Francisco Trincão - este o melhor marcador do certame, com cinco golos.

Foi um trabalho de continuidade. Vários deles tinham sido campeões europeus sub-17 dois anos antes, em Maio de 2016, no Azerbaijão: Thierry, Vinagre, Miguel Luís - e também Luís Maximiano e Rafael Leão. Sempre sob o comando de Hélio Sousa.

Uns singraram, outros não: é assim a vida. 

Mas estes títulos conquistados tão cedo na carreira já ninguém lhos tira. Estão inscritos na galeria da UEFA.

 

Esta noite veremos se haverá novo motivo para festejar. Estarei com a selecção, claro. Como estou sempre.

Ganhem ou percam, o percurso de qualquer deles não será fácil. Nunca é. Mas torna-se menos duro e menos difícil para quem começa desde cedo a habituar-se às vitórias. Faz parte da formação, faz parte da evolução. 

E quem só quiser "jogar por jogar", reúna uns amigos e vá dar uns toques para a praia.

Marca Sporting na selecção

Gonçalo Inácio assistiu, Cristiano Ronaldo marcou

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Foto: José Sena Goulão / EPA

 

Gonçalo Inácio - em campo desde o minuto 61, substituindo com vantagem o agora "árabe" Rúben Neves - assistiu, Cristiano Ronaldo (who else?) marcou. Estavam decorridos 89 minutos do Islândia-Portugal, arrancávamos assim a quarta vitória consecutiva em quatro jogos de qualificação para o Europeu 2024.

Com marca Sporting. A passar para golo e a metê-la lá dentro.

Parabéns ao técnico espanhol Roberto Martínez, comandante da nossa selecção. Continua com folha limpa: 14 golos marcados, nenhum sofrido nestas quatro partidas. Doze pontos no nosso grupo.

Quanto a CR7, já escasseiam os adjectivos. Marcou o golo número 123 da sua carreira com a camisola das quinas, tendo cumprido o jogo 200 ao serviço da selecção. Onde se estreou está quase a fazer 20 anos, a 20 de Agosto de 2003, contra o Cazaquistão, substituindo o actual presidente do Benfica, Rui Costa, já na segunda parte.

Continua imparável, tendo ontem apontado o quinto golo da selecção nesta fase apuramento. Embaixador da excelência da formação leonina à escala mundial.

Parece o Sporting

O sistema táctico é (quase) o mesmo de Rúben Amorim, um 3-5-2 com Bernardo Silva a desmultiplicar-se por várias funções, alguns mais velhos estão a passar do prazo de validade, alguns mais novos primam pela burrice, mas a selecção de Portugal dominou de princípio ao fim a da Islândia, sem permitir qualquer oportunidade de golo e ameaçando sempre qualquer coisa. Gonçalo Inácio, em boa hora entrado, assistiu para o golo de Cristiano Ronaldo.

Se retirarmos os mais velhos da equação temos ali uma equipa renovada e estruturada para a fase final do Europeu. O apuramento está já praticamente assegurado, e até lá o seleccionador só tem de rodar e testar jogadores para o modelo de jogo que tem em vista. 

Francamente não esperava tanto deste catalão ex-seleccionador da Bélgica que de parvo não tem nada. 

E o Otávio? Entrou aos 84 minutos para aquecer para o banho. Ou então para melhorar o curriculum tendo em vista a próxima transferência.

SL

Cristiano: dura e dura e dura

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Cristiano Ronaldo enfrenta a muralha defensiva bósnia

Foto: Miguel A. Lopes / EPA

 

Bruno Fernandes, aos 77' e aos 90'+3, marcou dois dos nossos três golos na concludente vitória (3-0) da selecção portuguesa ontem, contra a Bósnia-Herzegovina, no estádio da Luz.

Foi a figura do jogo, com grande exibições também de Diogo Costa (de longe o melhor guarda-redes português actual, salvou dois golos com monumentais defesas, aos 22' e aos 89'), Danilo na defesa, Palhinha no meio-campo e Bernardo na ponta direita (o primeiro golo é dele, aos 44', com assistência de Bruno, o melhor em campo em noite de sonho).

 

Mas hoje apetece-me realçar Cristiano Ronaldo, que jogou a partida inteira, foi elemento fulcral na manobra ofensiva da equipa e até recuperou bolas, com notável trabalho táctico. Participa em dois dos golos, iniciando o lance do primeiro e arrastando defesas para Bruno cabecear à vontade no segundo. Oferece dois de bandeja: aos 37', a João Félix (defesa apertada do guarda-redes bósnio para canto); aos 88, a Diogo Jota (desperdiçando excelente oportunidade só com o guardião pela frente). E ainda viu um grande golo dele, a centro de Cancelo, anulado por fora-de-jogo milimétrico (23').

Aos 38 anos, diziam que estava "acabado" - andam a zurrar isto pelo menos desde 2015. Ele insiste em demonstrar que essas vozes agoirentas voltam a estar erradas. Fechou a temporada com mais 17 golos no seu currículo - número escasso para o que nos habituámos nele, mas no Sporting, em toda a temporada, só Pedro Gonçalves conseguiu fazer melhor.

 

Uma palavra final para o seleccionador Roberto Martínez. Concluiu uma série de três partidas à frente da selecção com folha limpa: três jogos, três vitórias, 13 golos marcados, nenhum sofrido. Prossegue em bom ritmo o nosso apuramento para o Europeu de 2024. E até já fala um excelente português, desmentindo aquela ideia absurda de que os espanhóis «não conseguem» exprimir-se noutras línguas.

Fica a lição também para os jogadores de fala castelhana residentes há anos em Portugal e que continuam sem a menor vontade de proferir três ou quatro frases no nosso idioma. Ponham os olhos em Martínez.

Otávio é finito

FC Porto reage aos assobios a Otávio na Luz: «Uma imagem que diz tudo»

Não se trata de civismo como disse Palhinha, não se trata de clubismos como disse Martínez. Diogo Costa não foi assobiado, Danilo também não. Quem foi assobiado foi o Otávio.

Porque Otávio, um cidadão brasileiro naturalizado à pressa por razões que ele saberá melhor do que eu, se calhar moeda de troca pela renovação com o FC Porto, não se coíbe de ter um comportamento em campo deplorável do ponto de vista de ética desportiva ao serviço desse clube, antes faz disso uma medalha.

Porque o Otávio nunca demonstrou o mínimo respeito pelos clubes rivais, o Sporting e o Benfica, antes faz gala de exibir o típico sorriso malandro de quem roubou e escapou à prisão, porque os polícias (neste caso os árbitros) estão controlados.

Pela sua postura como desportista, como homem não faço ideia porque não o conheço, o Otávio não merece de forma nenhuma ser internacional por Portugal.

O que mais me choca é que alguns misturem os casos de João Mário com o do Otávio.

João Mário não merecia nem de perto nem de longe a manifestação sem civismo, clubista e estúpida que sofreu em Alvalade. João Mário é um senhor dentro do campo, sempre foi um profissional digno e um desportista exemplar do Sporting. Foi para o Benfica duma forma controversa e em que várias leituras são possíveis e continuou a ser lá também a mesma coisa.

O Otávio só tem de perceber que é "persona non grata" na selecção pela grande maioria dos Sportinguistas, pela grande maioria dos benfiquistas, ou seja, pela grande maioria dos adeptos de Portugal.

Hoje entrou a 3 minutos do fim e foi assobiado. Só tem de tirar as suas ilacções, agora que não tem um Fernando Santos a levá-lo ao colo e mudar-lhe a fralda. E ter a coragem de fazer o que João Mário fez depois de ter entrado a um minuto do fim.

SL

Podem explicar-me, como se tivesse 6 anos?

Conhecida a convocatória de Fernando Santos, perdão, Roberto Martinez, em que foram chamados jogadores com escassos minutos e utilização, em detrimento de outros com muita mais rodagem (João Félix vs Pote; Renato Sanches vs Nuno Santos), lembrei-me de um dos meus filmes preferidos, Filadélfia, e de uma magnífica cena, na qual o júri debatia o seu sentido de decisão.

Contextualizando o filme, discutia-se em Tribunal o despedimento de um advogado, jóia da coroa, que fora mandado embora por ser gay, embora a firma alegasse que a razão para o despedimento se devia ao facto de não ter tratado bem um dos mais importantes casos da sociedade.

Nessa discussão, um dos membros do júri, tentando compreender a lógica da sociedade para despedir o seu melhor advogado, a quem confiara um dos seus casos mais relevantes, dizia algo do género "Tenho de enviar um piloto para território inimigo e ele vai pilotar um avião que custa 350 milhões. Quem é que vou colocar no avião? Um novato, para ver se ele aguenta o desafio? Ou vou dar a tarefa ao meu melhor e mais experimentado piloto? Alguém consegue explicar-me… como se tivesse 6 anos?"

É mais ou menos o que se passa na Seleção. Para o campo não vão todos os nossos melhores jogadores, mais rodados e experimentados. Vão alguns para ganhar minutos nas pernas.

Alguém consegue explicar?

Cristiano Ronaldo volta a sorrir ainda mais

Outros dois golos dele, desta vez ao Luxemburgo

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 Melhor jogador português de sempre festeja com Bruno Fernandes o seu segundo golo

Foto: Miguel A. Lopes / Lusa

 

Já o davam como acabado, aposentado, pronto a arrumar as botas. Já salivavam de gozo considerando-o uma relíquia do passado.

E eis que Cristiano Ronaldo, contrariando as aves agoirentas, acaba de marcar quatro golos em menos de uma semana pela selecção nacional. É obra.

Dois na quinta-feira, em Alvalade, contra o Liechtenstein. Outros dois ontem, no Luxemburgo, na goleada portuguesa contra o onze do grão-ducado: fomos lá vencer por 6-0. Meia dúzia para o nosso espólio.

 

Coube ao nosso n.º 7 meter o primeiro, logo aos 9', finalizando da melhor maneira uma assistência de cabeça de Nuno Mendes, que por sua vez recebera a bola num passe cruzado de Bruno Fernandes. Foi dele também o nosso quarto golo, aos 31', desta vez assistido pelo próprio Bruno: o melhor jogador português de todos os tempos meteu-a lá dentro com o pé esquerdo, ludibriando o guarda-redes.

Dois antes de "bola parada", dois ontem em lance corrido: Cristiano Ronaldo soma agora 122 golos com a camisola das quinas vestida. Batendo o seu próprio recorde mundial, estabelecido dias antes.

 

Neste, três golos de cabeça: João Félix aos 15' (Bernardo Silva assistiu), Bernardo aos 18' (com passe para golo de Palhinha) e Otávio aos 77' (Nuno Mendes a assistir). Rafael Leão fechou a contagem aos 88', num espectacular slalom até à baliza - três minutos após ter falhado um penálti, já sem Ronaldo em campo.

Roberto Martínez, novo timoneiro da selecção portuguesa, começa da melhor maneira. Dois triunfos na campanha de qualificação para o Europeu, com dez golos marcados e nenhum sofrido. Lideramos o Grupo J, já muito bem colocados para o apuramento. Com um sistema táctico idêntico ao que Rúben Amorim implantou no Sporting.

Cristiano Ronaldo voltou a sorrir. E nós sorrimos com ele. 

CR7 de regresso aos golos em Alvalade

Cristiano marcou dois dos quatro ao Liechtenstein

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Cristiano Ronaldo marcou, toda a equipa celebra: festa da selecção no nosso estádio

Foto: Miguel A. Lopes / Lusa

 

Aqueles imbecis que já o consideravam "reformado", incluindo alguns (coisa para mim incompreensível) adeptos do Sporting, ficaram decerto muito decepcionados.

Cristiano Ronaldo, muito aplaudido, regressou ontem ao Estádio José Alvalade. E marcou mais dois golos, contribuindo com meia goleada da selecção de Portugal ao Liechtenstein (4-0). Um de penálti, outro de livre directo - um golaço. Quem disse que CR7 não sabe marcar desta forma?

 

Num estádio quase cheio, com mais de 45 mil pessoas nas bancadas, ele satisfez o público em 12 minutos de grande produção ofensiva, metendo-a lá dentro aos 51' e aos 63'.

Batendo novos recordes: passou a ser o futebolista mais internacional de sempre à escala planetária (197 participações); tornou-se o português com mais golos marcados na equipa das quinas, sendo 120 já; e o Liechtenstein foi a 47.ª selecção a sofrer golos do nosso maior artilheiro dos relvados.

 

Noite de orgulho também para nós, sportinguistas.

Vimos vários dos nossos regressar a Alvalade (Bruno Fernandes, Palhinha e Rui Patrício, por exemplo), contribuindo para a goleada. Vimos Gonçalo Inácio estrear-se na selecção A, actuando durante os 90 minutos deste desafio que marcou igualmente a estreia do seleccionador Roberto Martínez ao comando da turma nacional. Vimos enfim o topo norte e o topo sul do nosso estádio preenchidos com adeptos de futebol.

Portugal começa da melhor maneira a campanha para o Europeu 2024. Já seguimos no comando do Grupo J.

Há um quarto de século que não entrávamos a ganhar numa qualificação europeia.

 

Tudo perfeito? Não.

Considerei uma estupidez aqueles assobios a João Mário, quando saiu do banco, a escassos minutos do fim do jogo. Sintoma de clubite doentia. Visando um jogador que há dois anos foi um dos obreiros do título de campeão nacional para o Sporting.

Nunca pactuarei com o fanatismo daqueles que imaginam as bancadas dos estádios como trincheiras de guerra.

Muito menos quando os alvos são alguns daqueles que serviram com zelo e competência o emblema leonino enquanto estiveram entre nós.

 

ADENDA. Grande João Palhinha: «É muito triste ouvir assobios ao João Mário.»

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