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És a nossa Fé!

A ver o Europeu (17)

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MODRIC DE TRIVELA

Dois jogos muito diferentes, esta noite. Partida intensa em Glasgow, onde se disputou o Escócia-Croácia. Jogo táctico e pausado em Wembley, palco do Inglaterra-República Checa.

No primeiro, ambas as selecções disputavam os três pontos: nenhuma tinha garantido o acesso aos oitavos. No segundo, estavam tranquilas: já sabiam que iriam passar. O que se reflectiu na qualidade do jogo, arbitrado por Artur Soares Dias.

Schick, o astro checo, desta vez ficou em branco. Aos 28, Holes obrigou o guardião inglês à defesa da noite com um disparo de meia-distância. No outro lado, Kane manteve o jejum de golos. Ao contrário de Sterling, que marcou aos 12', fixando o resultado. Com assistência de Grealich, um dos melhores extremos esquerdos deste Europeu.

 

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Em Glasgow, a emoção andou à solta. A Escócia tinha uma hipótese remota de qualificar-se, mas precisava mesmo de vencer. Chegou a empatar por McGregor, aos 42', após golo inaugural de Vlasic (17').

Depois do intervalo, o rolo compressor croata entrou em acção. Liderado pelo capitão Modric, que aos 35 anos mantém intactas as qualidades que há muito lhe conhecemos. Foi ele a desatar o nó, com um golo de sonho: rematou forte e muito bem colocado, de trivela, sem hipóteses de defesa. Era o minuto 62', a Croácia carimbava passaporte para os oitavos. De canto, aos 77', Modric ainda viria a assistir Perisic para o terceiro golo. 

Há jogadores que, só por si, justificam que acompanhemos o Euro-2021. Este é um deles.

 

Inglaterra, 1 - República Checa, 0

Escócia, 1 - Croácia, 3

A ver o Europeu (7)

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DE STERLING A RISTOVSKI

É um prazer ver em acção o futebol de ataque dos ingleses. O quarteto composto por Sterling, Mount, Foden e Kane teve ontem 25 minutos iniciais estonteantes no confronto com a Croácia em Wembley. Infelizmente sem reflexos no marcador: o melhor que conseguiram foi um tiro aos ferros, disparado aos 6' por Foden, craque do City. 

A Croácia tem um fio de jogo semelhante ao português: gosta de transportar a bola e cultiva o passe curto. Falta-lhe, no entanto, poder de fogo lá na frente: o primeiro remate, assinado pelo capitão Modric de meia distância, ocorreu só aos 55'. 

O público presente nas bancadas empurrava a sua selecção, procurando desfazer um mito: nunca os ingleses haviam vencido um desafio inaugural de fases finais, tanto no Mundial como no Europeu. Uma tradição que se manteve tempo de mais.

Kane arrastava os defesas adversários, Mount funcionava como acelerador, Sterling confirmava a sua fabulosa capacidade de desmarcação. E foi numa destas manobras ofensivas desenhadas a régua e esquadro que surgiu o golo do triunfo inglês: Kalvin Phillips, numa digonal perfeita, coloca a bola em Sterling, que não perdoou, antecipando-se ao guarda-redes. Era o minuto 57, estava fixado o resultado. As tradições, muitas vezes, servem para isto mesmo: para serem desfeitas.

 

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Para um sportinguista, o Áustria-Macedónia do Norte, ontem disputado em Bucareste, tinha como principal atractivo ver actual Ristovski, ex-lateral direito em Alvalade. Ao serviço do seu país, mantém as qualidades e defeitos que revelou de verde e branco: combativo, voluntarioso, indisciplinado.

Vitória natural dos austríacos, capitaneados pelo astro Alaba, que não tardará a estrear-se no Real Madrid. Há jogadores que fazem sempre a diferença em campo: é o caso deste lateral-esquerdo, um dos melhores do mundo em actividade. Destaque também para o médio Sabitzer: grande exibição a servir os parceiros lá na frente.

Numa partida debaixo de chuva, uma das figuras em foco foi o capitão Pandev, que aos 28' marcou o golo inaugural da Macedónia do Norte numa fase final de uma grande competição futebolística. Passa à história ainda antes de festejar o 38.º aniversário: é um dos jogadores mais velhos neste europeu.

 

Inglaterra, 1 - Croácia, 0

Áustria, 3 - Macedónia do Norte, 1

A ver o Mundial (11)

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MODRIC, SIM

 

A malfadada crise no Sporting e as constantes erupções noticiosas provocadas por Bruno de Carvalho fizeram-me prestar muito menos atenção a este Campeonato do Mundo do que eu desejaria. E a ter quase tempo nenhum para escrever sobre os desafios que pude ver.

Acontece que as "minhas" equipas foram ficando pelo caminho. Primeiro, a selecção nacional: tombou nos oitavos-de-final, muito aquém dos pergaminhos que tinha a obrigação de defender enquanto campeã europeia em título.

Depois, a selecção que fez tombar a nossa - o Uruguai de Cavani, Godín, Betancur e Luis Suárez. Infelizmente sucumbiu nos quartos-de-final, frente à matreira França.

Optei então pela Bélgica, cujo futebol tanto me seduziu no Mundial - sobretudo nas partidas contra o Japão (3-2) e o Brasil (2-1), duas das melhores deste certame, onde não faltaram jogos cheios de emoção. Courtois, Chadli, Fellaini, Lukaku, De Bruyne e o sagaz capitão Hazard, entre outros, deslumbraram-me com o seu talento em estado puro, não subjugado ao colete-de-forças dos "imperativos tácticos". Azar: também eles caíram aos pés da manhosa França, na fatídica meia-final em que perderam por 0-1. Valeu-lhes, como consolação, a subida ao pódio após vencerem a sobreavaliada selecção inglesa, no desafio para o apuramento do terceiro lugar (triunfo indiscutível por 2-0).

Hoje, ao cair do pano deste Mundial 2018, torci abertamente pela Croácia - que, a par da Bélgica, apresentou o mais belo futebol exibido nos relvados russos. Com merecidas vitórias sobre a selecção anfitriã (após desempate por grandes penalidades) e a Inglaterra (2-1)

 

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 Luka Modric: aos 32 anos, o melhor jogador do Mundial 2018

 

Na final, os croatas apresentaram-se perante os franceses com menos 24 horas de descanso e um desgaste suplementar causado pelo facto de terem disputado prolongamentos nas três partidas anteriores - o equivalente a 90 minutos extra de jogo.

Com a ajuda de um árbitro sem categoria, que ofereceu à França um livre mais que duvidoso do qual nasceu o primeiro golo, seguido de um penálti que suscita dúvidas, a segunda maior potência económica da eurozona, com 67 milhões de habitantes, venceu a selecção da Croácia, país cuja população pouco ultrapassa os 4 milhões.

Venceu por 4-2, mas não (me) convenceu. O forte desta França - que assim se redime da derrota com Portugal, há dois anos, na final do Europeu - é a organização colectiva. Mas sem nunca ter praticado um futebol digno de incondicional aplauso. É verdade que Griezmann esteve impecável nas bolas paradas, Umtiti e Varane foram sólidos no bloco defensivo, Kanté destacou-se como o melhor médio defensivo do torneio e Pavard foi uma revelação como lateral direito. Mas só Mbappé, a espaços, soube exibir a fantasia criativa de que é feita a verdadeira história dos melhores Mundiais.

 

A Croácia, pelo contrário, perdeu mas convenceu. Como a Holanda de 1974, finalista derrotada. Como o Brasil de 1982, que não passou dos quartos. Como a Holanda de há quatro anos, que se ficou pelo terceiro posto.

Desde logo porque tem nas suas fileiras aquele que foi justamente designado o melhor jogador deste Campeonato do Mundo: Luka Modric.

Capitão, médio criativo, incansável cérebro e pulmão da equipa, inequívoco maestro da combativa selecção croata, que atingiu o melhor resultado de sempre: só por ele, já teria valido a pena ver o Mundial.

 

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Mbappé, melhor jogador sub-20: uma estrela em ascensão

 

Com as grandes estrelas prematuramente afastadas (Cristiano Ronaldo, Messi, Neymar, Lewandowski, Salah, Kroos, James Rodríguez, Iniesta), o croata do Real Madrid emergiu como a grande figura, apesar de ter marcado apenas dois golos (mais dois nas rondas dos desempates por penáltis, frente à Dinamarca e à Rússia).

Tão cedo não nos esqueceremos dele. Tal como de Ratikic, Vida, Perisic, Kovacic e Mandzukic, entre outros.

Quanto a Mbappé, eleito melhor jogador jovem do Mundial 2018, considero que se trata também de um justo galardão. Tem apenas 19 anos, é um futebolista ainda em formação. Merece este incentivo, na expectativa de que no Campeonato da Europa de 2020 possa confirmar os atributos que agora deixou antever. Por mim, aposto nele.

A primeira

Saiu do campeonato a primeira das minhas equipas favoritas (tenho mais duas, ou três, vá: a Bélgica e a Argentina; normalmente gosto da Holanda, mas este ano jogam de uma maneira esquisita). Quando digo favoritas, não é que aposte que vão ganhar. É que gosto especialmente de as ver jogar. A primeira a sair foi a Croácia. Não vamos voltar a ver neste campeonato jogadores de meio-campo como Modric e Rakitic. Mesmo Pirlo, sendo parecido, é diferente. Na realidade, já não se vêem muitos jogadores assim. As marcações à zona e a pressão alta que toda a gente agora pratica de uma forma ou outra tornaram a sua vida muito difícil, sobretudo quando as equipas são muito dependentes deles. Era o caso da Croácia. Mesmo assim, no final, fiquei com a impressão de que com outro treinador teriam ido mais longe.

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