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És a nossa Fé!

A farsa

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Matthäus acertou em cheio: a entrega da Bola de Ouro a Messi, pela oitava vez, só pode ser classificada desta forma. Foi uma farsa. De mau gosto.

O vencedor, obviamente, devia ser Haaland, este ano em destaque máximo no Manchester City, conquistador da Liga dos Campeões. Mas este prémio tem razões que a razão desconhece: em 2010, o argentino suplantou inexplicavelmente Iniesta sem marcar um golo no Mundial nem ter jogado a final da Champions; em 2021, venceu de novo o troféu, que devia ter sido entregue a Lewandowski, Bota de Ouro pelo Bayern de Munique. 

Percebo muito bem que Cristiano Ronaldo tenha reagido como reagiu: limitou-se a pôr quatro bonequinhos à gargalhada. Confirmando, sem necessitar de palavras, que se tratou mesmo de uma farsa.

 

ADENDA: «Uma vergonha», protesta Jérôme Rohen. Subscrevo.

Doha a quem doer

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É impossível gostar de futebol e não gostar de Messi.

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É impossível gostar de cinema e não apreciar Halle Berry.

Podemos apreciar Halle Berry e apesar disso pensarmos que Scarlett Johansson não é má actriz.

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Podemos ser tolerantes.

Podemos respeitar as opiniões dos outros.

Podemos "amar" Halle sem odiar Scarlett, da mesma forma que dizermos que Messi é um excelente jogador de futebol não significa que Cristiano Ronaldo seja um perna de pau.

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No futebol e no cinema há os actores principais e os secundários.

Cristiano Ronaldo e Messi foram e ainda são actores principais.

Scarlett e Halle são boas actrizes.

O ego no futebol

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Há uma teoria que diz:

"O bom avançado deve ser egoísta".

Ontem, estava a ver o jogo Argentina vs. México e a partir de determinado momento "só tinha olhos" para as atitudes do número 10 do México, um tal A. Vega que eu nunca tinha visto mais gordo (quase 80 kg para 1.73 m).

O rapaz passou o jogo todo com comportamentos à Ibrahimovic, ora não recuava para defender (quase sempre) ora discutia com os colegas de equipa, ora rematava (ou tentava rematar) à baliza de forma disparatada.

Lembro-me de ver Ibrahimovic, que formou um trio atacante no Barcelona com Messi e Henry (que não são, propriamente, uns pernas-de-pau) a querer a bola só para ele, a querer finalizar todas as jogadas, a ter uma forma solitária de comemorar os golos, como se ele fosse o emir e todos os outros camelos. Ainda a propósito das comemorações de golos, algo que o sueco fazia com frequência, nessa altura, era nem se dar ao trabalho de levantar os braços se o golo fosse de Henry, de Messi ou de qualquer outro colega.

Ontem ao ver a forma como Messi comemorou os dois golos, o dele e o de Enzo, fantástico golo, por sinal, fiquei a pensar nisto, provavelmente, para ser um grande jogador de futebol não é necessário ser-se egoísta.

Os jogadores que ficam para a história, pelas atitudes positivas, não são os A. Vegas nem os Ibrahimovics, nem outros que se comportam de igual forma, aqueles que recordaremos, são os que têm uma atitude correcta e empática em campo, que sentem o futebol como um jogo de equipa.

Nota final: Foi comovente a atitude de Lewandovski depois de marcar o golo e a forma como os colegas o envolveram.

Cristiano, Messi, chinquilho e dominó

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Se há coisa que me faz confusão é haver portugueses - sobretudo adeptos assumidos do Sporting - que insistem em comparar desfavoravelmente Cristiano Ronaldo com Messi. Consideram o argentino superior ao craque madeirense formado no nosso clube e que se tornou ícone universal por mérito próprio.

Adeptos com este discurso tudo fazem para que o clube seja quase uma agremiação de bairro. Imaginarem o Cristiano Ronaldo de volta ao Sporting faz-lhes imensa confusão. Imaginarem o Luís Figo futuro presidente do Sporting, idem.

No fundo, gostariam que o Sporting fosse uma associação recreativa, com chinquilho e dominó. Sem rasto de Ronaldo, sem vestígio de Figo. Contar com os maiores do mundo entre os nossos é algo grande de mais para lhes parecer normal. Gente pequenina.

Afinal

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22/11/22, para os numerologistas esta data deve ter um significado oculto qualquer, para mim, é o dia da Argentina vs. Arábia Saudita, pela primeira vez, uma das selecções que Roger disse que estariam na final, vai pisar o estádio icónico, quatro dias depois será a vez da selecção portuguesa, fazer o mesmo, frente ao Uruguai.

Arábia Saudita e Uruguai serão os primeiros adversários de Messi e Cristiano Ronaldo no Lusail Iconic Stadium, quem se defrontará no último encontro?

"Estamos no último minuto, dos oito que foram dados de prolongamento, portugueses e argentinos, arrastam-se pelo campo, mais que o calor, é a humidade que os sufoca.

O guarda-redes argentino tenta sair a jogar, coloca a bola em Enzo, à entrada da área, o passe sai frouxo, Enzo atrapalha--se e deixa-se pressionar por Bruno Fernandes, a bola sai dos pés do benfiquista para os de Cristiano Ronaldo, este usa muito bem o corpo, ganha a posição e embora atrapalhado por Otamendi remata certeiro na direcção da baliza.

Último minuto, último jogo do Mundial, último remate, provavelmente, o último golo do Ronaldo num mundial, aquele que fará de Portugal, campeão do mundo, surge, no entanto, rápido e oportuno, Paulinho* a empurrar a bola (que entraria de qualquer modo) para dentro da baliza.

Foi golo, golo, golo!

Portugal é campeão Mundial e Paulinho é o novo Éder" **

* Paulinho foi chamado ao Mundial para substituir Gonçalo Ramos que se lesionou numa disputa de bola com Pepe.

** A parte entre aspas foi um sonho que tive. A jogada como repararam era igual à do golo do Sporting, em vez de ser Trincão a roubar o golo a Paulinho foi Paulinho a roubar o golo a Ronaldo. Será que este segundo roubo seria encarado da forma que foi o primeiro?

Nuno Mendes, a liderança serena

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A noite estava fria em Paris.

O jogo disputou-se entre as 21H00 e as 23H00, boa hora para estar em casa, com um vinho tinto e uma manta, má hora para andar a correr na periferia da capital francesa, de calções e manga curta.

A inútil (ao contrário das pontes que projectou para Portugal) torre de metal, estava iluminada, projectando uma aura dourada, num céu nublado, permitindo uma cumplicidade tardia, entre Eiffel e uns quantos turistas que regressavam ao ar condicionado dos hotéis.

O Moulin Rouge movia as pecaminosas velas, buscando transeuntes necessitados de calor bem pago em francos franceses que, apesar da vontade de alguns, agora se chamam euros.

Era nisto que José pensava, passo largo, a caminho da "mansarde".

Pensava no seu Sporting, tão roubado, pensava na sua vida difícil, em França, pensava em Nuno Mendes, bem mais novo que ele, mas que frequentara a mesma escola.

Chegou a casa , pijama vestido, blusão de ir à lua, atabafante, peúgas bem grossas a aquecerem-lhe os pés de futebolista não concretizado, televisão sintonizada na Inácio TV, tinha interferências e "dê lá" (ou lá como se diz) mas era o que José tinha.

Viu Nuno Mendes na televisão, viu-o a ser escolhido para falar no intervalo, nem Sérgio Ramos, nem Mbappé, nem Neymar, nem um jogador tímido e sobrevalorizado (que, curiosamente, marcaria o golo que fez do PSG campeão) não senhor, o escolhido foi o miúdo do seu bairro.

A vida pode ser injusta, a inveja é irreprimível como a água que corria na quadra de Aleixo.

José não reprimiu a água que lhe corria, sabia que quem prende a água que corre, é por si próprio enganado, o ribeirinho não morre, vai correr para outro lado, enxugou as lágrimas, de tristeza, de inveja mas, também, de orgulho e de alegria.

Todos nós, como José, temos dentro de nós sentimentos contraditórios, alguns preferiam a derrota de Messi à vitória de Nuno Mendes, eu e José não pensamos assim, a inveja pode fazer-nos crescer, tornarmo-nos melhores, o ódio assumido ou encapotado é sempre mau. 

Formar e informar

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Os jornais têm como missão informar mesmo quando as notícias não são agradáveis.

Os jornais desportivos portugueses deviam fazer o mesmo, informar, infelizmente, não o fazem.

Já tinha feito referência à forma como foi noticiada a conquista da "Libertadores" por Jorge Jesus e a dupla conquista da "Libertadores" por Abel Ferreira.

Hoje olhamos para a capa dos três desportivos e parece que ontem não foi dia de Bola de Ouro.

Destaco (tal como o Sport) o "triplete" atribuído à formação do Barcelona, Pedri com 19 anos, feitos no dia 25 de Novembro, ganhou o prémio Kopa, atribuído ao melhor futebolista sub-21 (o nosso Nuno Mendes foi quarto), Alexia conquistou a Bola de Ouro atribuída às senhoras e Messi venceu a Bola de Ouro atribuída aos senhores, graças ao triunfo na Copa América frente ao Brasil em pleno Maracanã. Para além desse triunfo o capitão da Argentina e do Barcelona foi o melhor marcador do campeonato espanhol e conquistou mais uma Taça do Rei, a sétima. 

Sete Taças do Rei, sete Bolas de ouro, podemos escrever com alguma ironia, LM7. 

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Adenda: Após um comentário do leitor Francisco Gonçalves à cobertura de jornais estrangeiros em relação à quinta Bola de Ouro de Cristiano Ronaldo, coloco aqui a primeira página de um jornal espanhol nessa ocasião.

Não quero entrar na discussão de quem é melhor, citarei (de memória) o meu colega/camarada de escrita jpt: "quem não gosta de Messi não gosta de futebol".

Messianismo e Cristianismo

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Enquanto, desmonto, encaixoto e monto (com a "ajuda" desassossegada do Leãozinho [como diria CAL]) tenho pensado nesta divisão da humanidade; todos nós somos Messis ou Cristianos.

Os Cristianos são gajos sempre inquietos, nunca estão bem em lado nenhum, ora estão no Funchal, ora vão para Lisboa, depois vão para Manchester, depois já não gostam de Manchester vão para Madrid, ai, ai, ai, "Madrid me mata" e eu não sei viver assim, vou para Turim. Ah e tal, também, já estou aborrecido de Turim vou, outra vez, para Manchester.

Quantas vezes é que Cristiano montou e desmontou os móveis?

Quantas vezes é que Cristiano teve que encaixotar e catalogar os inúmeros livros que, certamente, possui?

Quantas vezes é que teve de estar a envolver as bolas naquele plástico de bolinhas espremiveis?

Agora, enquanto eu estou repimpado, a descansar um bocado (e a escrever palermices) lá andará ele em Manchester de chave de estrela em riste com os quatro putos à volta a tentarem roubar-lhe a ferramenta e os parafusos.

Os outros, os Messis, querem estar sossegados. Uma bebida fresca no Verão, um livro, uma revista ou um jornal, uma boa companhia ou uma melhor solidão, enfim estar tranquilo.

Os Messis não têm necessidade de andar sempre a fazer coisas, a construir marquises, a saltitar de cidade em cidade.

Os Messis estão vinte anos, na mesma cidade, com os mesmos móveis, felizes, tranquilos, bem com eles próprios, sem necessidade de andarem sempre a desaparafusar e a parafusar coisas.

Um abraço para o Renan, um Messi ainda mais Messi que o próprio, como eu te compreendo, pá.

Bayern, PSG, Sporting e mais alguns clubes

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Jogadores do Bayern celebram conquista da Champions em Lisboa

 

Devo confessar-vos uma coisa: adorei a campanha do Bayern de Munique nesta Liga dos Campeões.

Por três motivos que passo a detalhar.

 

1

Em primeiro lugar, por ter sido a vitória do modelo clássico de clube desportivo baseado na vontade livremente expressa dos sócios contra o modelo da SAD escancarada a investidores externos, por vezes de proveniência muito duvidosa, como tem sucedido em velhas agremiações do futebol europeu, como Chelsea, Manchester City, Valência e Milan. Ou o próprio Paris Saint-Germain, finalista derrotado nesta Champions disputada em Lisboa, que é, na prática, propriedade de um Estado estrangeiro: o emirado do Catar, que nos últimos nove anos terá investido cerca de 1,3 mil milhões de euros no emblema parisiense (incluindo as contratações de Neymar por 222 milhões e Mbappé por 180 milhões) sem com isso garantir o mais cobiçado título do futebol mundial. O dinheiro ajuda muito, mas não faz milagres.

 

2

Em segundo lugar, por representar o triunfo absoluto do mérito, também em moldes clássicos. A melhor equipa do continente europeu nunca evidenciou qualquer dúvida existencial sobre a essência do futebol: estamos perante um desporto colectivo, que excede a mera soma de talentos individuais. Por mais virtuosos que sejam um Neuer, um Thiago Alcântara, um Kimmich, um Alaba, um Müller, um Pavard ou um Lewandowski, todos eles se reconhecem como parcelas de um todo. O que logo os torna mais fortes.

Ficou a lição para todos quantos ainda não haviam aprendido esta verdade elementar. Começando por aquelas estrelas do relvado que adoram ostentar penteados, exibir tatuagens e coleccionar supostas conquistas amorosas, incapazes de perceber que ninguém ganha sozinho.

 

3

Finalmente, porque esta campanha cem por cento vitoriosa da equipa bávara na Liga dos Campeões 2020 - onze jogos, onze vitórias sem discussão - encerra em definitivo aquelas piadas que dirigiam aos sportinguistas por termos sido duas vezes derrotados frente ao Bayern para a Liga dos Campeões, na temporada 2008/2009, sob o comando de Paulo Bento: 0-5 em casa, 1-7 na Alemanha. «Humilhação histórica», titularam à época os jornais, alguns deles inchados de gozo. Por causa disso, andámos anos a ouvir bocas dos lampiões.

Até agora. É caso para dizer que o Sporting está muito bem acompanhado em matéria de «humilhações históricas» frente ao Bayern, que nesta escalada triunfante espetou 7-2 ao Tottenham, esmagou o Estrela Vermelha por 6-0 fora de casa, dobrou o Chelsea por 7-1 no conjunto das duas mãos e humilhou o Barcelona nos quartos-de-final por uma marca inédita: 8-2. Ao ponto de ter levado Messi a fazer birrinha, ameaçando abandonar a capital catalã.

 

............................................................

 

Página virada, pois.

De uma coisa podemos gabar-nos: nunca levámos sete secos do Celta de Vigo, essa potência do futebol.

Barça pouco Messiânico

Nunca gostei de Messi. E a culpa, assumo, nem é dele, mas unicamente daquele entidade chamada UEFA que tem um asco de morte a CR7 e que vibra com as derrotas do novo campeão italiano.

Mais… ainda antes do jogo contra o Liverpool li algures que o avançado argentino preparava-se para ganhar a sexta bola de ouro. O marketing no seu... pior!

Mas Messi é muito certinho… falha sempre. Foi o ano passado contra a Roma e este ano contra a equipa da cidade dos “The Beatles”.

Nem imagino como se sentirão alguns dirigentes “uefeiros” com esta eliminação. Da euforia para a depressão em 45 minutos.

Não vi o jogo. Não tenho o canal subscrito, pois não alimento gulosos, e também não vejo na televisão pirata, por uma questão de princípio.

Portanto ontem à noite distraí-me a ler e já era perto da meia-noite quando na aplicação que tenho no telemóvel percebi que o Barça… já era!

Vi entretanto hoje nas redes sociais os golos ingleses. E deixem-me que vos diga… aquela defesa do Barcelona parecia a do Belenenses no passado domingo.

Conheço bem a cidade condal. Visitei-a amiúde e sei como os catalães vibram com o futebol e com os clubes de região, seja o Barça, seja o Espanhol. Recordo mesmo há uns anos no dia da Catalunha, que é a 11 de Setembro, a forma como a cidade estava engalanada. Depois à noite e coincidentemente havia dérbi. Uma verdadeira festa.

Deste modo calculo a depressão que rondará perto do “Nou Camp” ou as discussões acesas nas casas de "tapas" no bairro gótico.

Pois é… a equipa de Barcelona com o seu capitão Messi devem reflectir na forma e na postura que colocam em campo, pois só quando o árbitro apita para o final do jogo é que o resultado está feito… Até lá tudo pode acontecer!

A ver o Mundial (8)

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ADIÓS, ARGENTINA

 

Chegámos ao verdadeiro Campeonato do Mundo - aquele em que cada jogo é de tudo ou nada. Aumenta a emoção, redobra o espectáculo, ressurge o genuíno futebol de acelerada rotação em busca da vitória.

Ingredientes bem notórios esta tarde, em Kazan, na partida que opôs a Argentina, finalista vencida do Mundial de 2014, à França, finalista vencida do Europeu de 2016. Talvez a melhor já disputada neste Mundial da Rússia. Com sete golos marcados e uma justa vitória dos franceses, com menos posse de bola mas melhor dispositivo táctico e muito melhor organização colectiva.

 

A selecção gaulesa adiantou-se no marcador logo aos 13', com um penálti convertido por Griezmann: a estrela do Atlético de Madrid não vacilou na linha dos 11 metros. Os argentinos, numa toada lenta e previsível, tardaram a reagir. Foi preciso um lance de inspiração individual para reacender a chama: iam decorridos 41' quando a turma alviceleste empatou, com um fortíssimo remate de Di María, fora da grande área.

Ao intervalo, 1-1: resultado lisonjeiro para os argentinos. Mais ainda contra a corrente do jogo foi o segundo golo da selecção treinada por Jorge Sampaoli, numa jogada de insistência de Messi com a bola a tabelar em Mercado: o lateral do Sevilha, sem saber bem como, viu-a encaminhar-se para o fundo das redes.

A Argentina parecia ter virado o jogo. Mas a partir daí desenrolou-se o espectáculo do futebol francês. Com três grandes golos em 11 minutos. O primeiro aos 57' pelo jovem lateral Pavard, em estreia absoluta na fase final de uma grande competição, com um petardo indefensável a mais de 20 metros de distância da baliza, apanhando a bola no ar,  após cruzamento perfeito de Lucas. O segundo aos 64', por Mbappé, numa movimentação rapidíssima dentro da área, libertando-se das marcações e fuzilando Lloris. O terceiro aos 68', também por Mbappé, coroando um fabuloso lance colectivo que envolveu seis jogadores com a bola ao primeiro toque - destaque para uma diagonal desenhada por Matuidi e para a primorosa assistência de Giroud.

Os argentinos ainda reduziram, no terceiro minuto do tempo de compensação, por Agüero - que ficou no banco, tal como Higuaín, e só entrou aos 66'. Demasiado tarde para discutir o resultado num desafio em que os gauleses se impuseram desde logo pelo seu magnífico trio do meio-campo (Matuidi, Kanté e Pogba).

 

Messi regressa a casa com apenas um golo marcado na Rússia - frente à Nigéria. Hoje ajudou a construir o segundo e assistiu Agüero no terceiro. Fez ainda um grande passe para Pavón, aos 38', no corredor direito. Pouco mais se viu. No confronto com Cristiano Ronaldo, fica desde já a perder.

A França, ao vencer pela primeira vez a Argentina na fase final de um Mundial, transita para os quartos. Os argentinos caíram, imitando os alemães, vencedores do Mundial em 2014 e agora excluídos na fase de grupos pela primeira vez na sua história.

O futebol continua a ser uma caixinha de surpresas. Daí o seu irresistível e perdurável fascínio: ainda permanece sem rival.

 

Argentina, 3 - França, 4

Na Rússia, com William

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Nunca duvidei um só momento que estaríamos no Campeonato do Mundo de Futebol na Rússia, onde seremos cabeça-de-série.

Desta vez nem precisávamos de fazer contas: era só uma questão de tempo até vermos o passaporte carimbado. E assim foi, ontem à noite, no triunfo por 2-0 frente à Suíça que nos reconduziu ao primeiro lugar do grupo, coroando uma série de nove jogos da equipa das quinas sempre a vencer.

 

Desta vez nem foi preciso Cristiano Ronaldo fazer o gosto ao pé, tendo protagonizado até um dos momentos mais caricatos do desafio, mesmo ao cair do pano, quando João Mário o isolou e ele foi incapaz de superar a isolada oposição do guarda-redes suíço - em contraste com Messi, que marcou três na deslocação da Argentina ao Equador, virando o resultado do jogo, após os anfitriões se terem adiantado no marcador, e qualificando in extremis a sua selecção para o Mundial.

Pior sorte tiveram a Holanda e o Chile, que ficaram de fora.

 

Este Portugal-Suíça não foi um jogo épico, longe disso. E só um autogolo dos nossos adversários, aos 42', abriu caminho para a vitória. Mas dele retive, sobretudo, algo que não esquecerei: o estádio da Luz em peso a aplaudir o nosso William, aos 49' e aos 56', sublinhando com toda a justiça dois lances de virtuosismo técnico do nosso capitão que fascinou e empolgou quem lá se encontrava.

Aplausos merecidos. E de excelente augúrio para o Mundial da Rússia.

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