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És a nossa Fé!

O melhor prognóstico

Já não havia um prognóstico acertado por cá há quase três meses. Voltou a acontecer agora, no Sporting-Maribor. Com o nosso colega João Antónioacertar em cheio no resultado da excelente partida em que vulgarizámos a equipa eslovena. Só não acertou nos marcadores dos golos, mas sagrou-se vencedor mesmo assim pois nem foi desnecessário desempatar.

Parabéns pela pontaria. E venham mais prognósticos certeiros.

Rescaldo do jogo de hoje

Gostei

 

Da nossa segunda vitória consecutiva na Liga dos Campeões. Depois do 4-2 ao Schalke 04, hoje vencemos o Maribor por 3-1. Um triunfo categórico, indiscutível.

 

Da exibição do Sporting. A equipa esteve muito bem organizada, com grande disciplina táctica, sem nunca abdicar do futebol de ataque. Exibiu diversos lances de excelente futebol colectivo. E dominou quase toda a partida.

 

De Nani. Novamente o melhor em campo. Foi dele o nosso segundo golo, que constituiu uma autêntica obra de arte: vai certamente ser visto e admirado por essa Europa fora. Um golo, aos 35', em que deitou literalmente por terra toda a muralha defensiva do Maribor. Um golo que o confirma, de longe, como o melhor jogador português a jogar hoje em Portugal. Participou na jogada do terceiro golo. Inventou ainda linhas de passe para que outros colegas pudessem marcar. É um prazer e um privilégio vê-lo jogar novamente com as nossas cores.

 

De Carlos Mané. Marcou o golo inaugural, aos 9', concluindo da melhor maneira um cruzamento perfeito de Jefferson. Assistiu Nani no segundo golo. E levou sempre o sinal de perigo à grande área adversária.

 

De João Mário. Um pouco menos exuberante do que noutras partidas, mas nem por isso menos influente. Formou com William e Adrien um triângulo no meio-campo que desequilibrou a partida, pressionando a todo o momento o Maribor. E foi um elemento fundamental na edificação da vitória leonina. Aos 65' recuperou a bola, galgou todo o corredor direito e cruzou para o terceiro golo, que seria marcado por Slimani.

 

Da ascensão ao segundo lugar no nosso grupo. Depois desta vitória temos sete pontos. À nossa frente apenas está o Chelsea, que esta noite goleou o Schalke 04.

 

Do apuramento para a Liga Europa. Este está garantido: já ninguém nos tira. Mas podemos passar aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões: basta-nos empatar na última ronda, em Stamford Bridge, com o Chelsea.

 

De termos entrado, uma vez mais, com oito portugueses no onze titular. Sete destes jogadores são da nossa formação, o que constitui genuíno motivo de orgulho para todos nós.

 

 

Não gostei

 

Do apagão ao intervalo. Os holofotes do estádio apagaram-se parcialmente. E demoraram a acender-se. O intervalo em Alvalade acabou por durar quase uma hora, chegando a pairar a hipótese de um adiamento do jogo, que felizmente acabou por reatar-se.

 

Do autogolo. Jefferson, que tinha feito uma excelente assistência para o primeiro golo, foi infeliz ao meter a bola na própria baliza. Imitando assim o que já aconteceu noutros jogos com Maurício e Sarr. Foi um dos raros deslizes da nossa defesa, que esteve globalmente bem.

 

Dos golos desperdiçados. O primeiro foi logo aos 2', por Carlos Mané, após excelente passe de Nani. Mas houve vários outros: Slimani aos 67', Carrilo aos 81' (ambos igualmente bem servidos por Nani) e Montero por três vezes nos últimos dez minutos.

 

Do cartão amarelo a Cédric. Injustificado: o nosso lateral direito fica assim impedido de jogar contra o Chelsea sem ter cometido falta alguma.

Em defesa de William Carvalho

 

Sim, foi um balde de água gelada. Porque consentimos o empate no último lance de jogo quando já antevíamos a vitória, aliás merecida. Estamos todos irritados - e com razão. O que não entendo é o regresso das habituais proclamações catastrofistas, como se este empate em terreno alheio ao fim de cinco anos e meio de ausência da Liga dos Campeões fosse um cataclismo.

Até já nem falta quem queira tirar William Carvalho do onze titular, imagine-se, alegando que o nosso médio defensivo nada fez no desafio contra o Maribor. Ou a confusão foi minha ou não devemos ter visto a mesma partida. Socorro-me portanto de dois jornais desportivos, o Record e O Jogo, na avaliação que hoje fazem do desempenho de William.

Escreve o Record: «Preenche uma cada vez maior faixa do terreno. Apareceu na área contrária e evitou problemas à defesa.» (Nota 3, só inferior à de Nani)

Escreve O Jogo: «Aos 31' carimbou a bola de cabeça com selo de golo, mas um defesa contrário evitou-o. Efectuou várias dobras aos centrais e esteve seguro no passe.» (Nota 6, só inferior às de Nani e Carrillo)

 

Invoco estas opiniões insuspeitas na expectativa de acalmar os ânimos de alguns que, reeditando uma das piores tradições do Sporting, já querem pendurar treinador e vários jogadores no pelourinho. Por causa de um empate fora de casa contra uma equipa que já tinha eliminado o Celtic numa pré-eliminatória.

Claro que William Carvalho tem lugar no onze titular do Sporting: quem sustenta o contrário passa a si próprio um atestado de incompetência enquanto espectador de futebol.

Alguns destes adeptos hoje tão apostados em correr com tudo e todos por causa deste empate devem ter preferido os jogos que o Sporting (não) fez na Champions em 2009/10, 2010/11, 2011/12, 2012/13 e 2013/14. É capaz de ser isso.

Agora mais a frio. Um a um! (ou como oferecemos meio milhão ao Maribor)

(LUSA)

(foto: LUSA)

 

Rui Patrício - Esteve mais uma vez bem; apesar de poder ter feito algo mais no golo, é surpreendido pelo chutão de Maurício e a sua colocação, que era a adequada para aquele lance, deixou de o ser...

Cédric - Não esteve mal; é normal que tivesse regressado, é melhor DD que Esgaio (que até é médio), mas ainda não está no pleno. Fez alguns centros, uns sem nexo (a maior parte deles) e outros com algum perigo; fez um atraso assassino para Patrício; falar, exigia-se ali... foi pelo seu lado que o Maribor carreou o jogo na segunda parte, como seria normal.

Maurício - Vários lances em que foi vencido pelo PL adversário e que causaram alguns calafrios a Patrício; não me causa engulhos de maior que até seja titular, desde que acompanhado por um patrão; e aquele lance do golo, em que tem tempo para tudo, não abona nada em seu favor.

Sarr - Esteve um pouco melhor que Maurício, o que não abona muito em favor do colega, mas foi igualmente "comido" em demasiados lances na sua área de jurisdição e, para compor o ramalhete, esteve no início do lance do golo que sofremos.

Jefferson - Não está no seu melhor; não esteve mal a defender, apesar de na primeira parte o caudal de jogo do adversário ter sido mais pelo seu lado; não esteve tão bem a atacar, perdeu algumas bolas por pura displicência e não efectuou os seus belos centros como de costume, no entanto tal como Cédric, não comprometeu.

William - Não esteve ao seu nível! Aliás ainda não esteve ao seu nível esta época. Esse facto não lhe retira a qualidade que sem dúvida tem, mas é minha opinião que não deve haver "vacas sagradas" na equipa; se está mal, está lá o Rossel!

André Martins - É interessante, à falta de outro adjectivo, a forma como se esconde do jogo. É minha opinião, e vale o que vale, obviamente, que com ele jogamos com um a menos, ou até mais. Saiu ao intervalo e não deveria ter sequer entrado!

Adrien - É vítima da má forma de William e da inexistência de Martins. A deficiência de um e a falta do outro obrigam-no a fazer, para além do seu, os lugares dos outros, com perda evidente de eficácia e dando a sensação de que ele próprio não cumpre, o que não é verdade, daí termos jogado com nove e meio até ao intervalo...

Carrillo - Está a subir de forma. Sairam dos seus pés vários lances muito bons; falhou um golo isolado, mas pode ter a seu favor o facto de a bola lhe ter aparecido para o pé cego; já com o pé direito e no seguimento da jogada, esteve prestes a marcar um golaço!

Nani - Que dizer dum jogador que já leva a equipa às costas e que marcou um golo daqueles de fazer levantar os estádios? Chega fabuloso?

Slimani - Até nem esteve mal na combinação com os companheiros, algumas boas trocas de bola, um ou dois bons lançamentos para Nani e pouco mais; fez alguns "bons" passes de cabeça para o guarda-redes adversário; está nitidamente "fora dela".

João Mário - A sua entrada trouxe outra dinâmica, vindo dar razão àqueles que clamam pela sua entrada há bastante tempo; não fez tudo bem, é certo, mas o Sporting passou a existir muito mais como equipa após o intervalo, o que nos leva à eterna pergunta: porque damos sempre meia parte de avanço?

Mané - Esteve bem. Fechou os olhos frente ao guarda-redes e falhou um golo feito; a perder gás? Desejo que apenas falta de concentração...

Montero - Não acrescentou nada e foi até a substituição mais parva a que assisti! A dois minutos do fim, a vencer por 1-0, Marco Silva substitui  um avançado por... outro! Para aumentar o score??

 

Marco Silva - também tem que ser referenciado. Demorou a perceber que João Mário é mais importante para o jogo da equipa que André Martins; Demora a começar a implementar o seu estilo de jogo, que já se percebeu que não se entende com o de Jardim, a quem até venceu com um banho de táctica na ultima jornada do campeonato passado; fez uma última substituição incompreensível, que terá também contribuído para o golo adversário!

Tem potencial para fazer melhor. Oxalá este jogo, onde globalmente a equipa até esteve razoavelmente bem, sirva para tirar algumas ilações e faça as mudanças que se exigem.

Ontem continuei a suspirar por Tanaka...

 

E o jeitaço que nos davam mais quinhentos mil euros?

Um balde de água gelada

Cinco anos depois, voltámos à Liga dos Campeões. Era talvez o nosso jogo mais fácil no grupo em que estamos integrados. É verdade que voltámos a desperdiçar golos quase inevitáveis, por falta de frieza e de instinto matador: duas vezes por Carrillo (uma das quais com a bola a embater na barra), uma por Slimani e duas outras por Carlos Mané. Mas estávamos a vencer a um minuto do fim, quando um erro imperdoável do eixo defensivo permitiu o empate ao Maribor, equipa tetracampeã da Eslovénia.

Foi, para nós, um balde de água gelada.

Há vitórias impossíveis de conseguir. Outras parecem fáceis de garantir. Esta era uma delas, com um grande golo de Nani - mais que merecido pois foi ele, uma vez mais, quem hoje levou a equipa às costas.

Parecia fácil, atendendo até à falta de qualidade exibida pelo Maribor - que nem parecia estar muito mais adiantado no campeonato do que o Sporting, pois já disputou sete jornadas, nem ter eliminado o Celtic numa pré-eliminatória - mas não foi.

Na alta roda do futebol há erros que não podem ser cometidos sem consequências.

Este é o momento para Marco Silva fazer alterações no onze titular do Sporting se quer manter ambição competitiva. Sem olhar a nomes mas ao talento individual e ao contributo de cada um para o bom desempenho colectivo. Porque só podemos manter essa ambição se os onze que entrarem em campo forem indiscutivelmente os melhores.

Não podem ser todos estes que hoje deixaram a vitória até agora mais fácil da temporada escapar por uma unha negra, comprometendo logo na primeira jornada as nossas legítimas aspirações à manutenção na prova máxima do desporto europeu.

Despachem-se

Um velha e ridícula canção do Paco Bandeira dizia que "O Alentejo quer um homem que saiba mandar". Não sei se o Alentejo ainda quer tal coisa, ou alguma vez quis, mas a defesa do Sporting quer, e é já. Ver uma tal superioridade de produção de jogo aniquilada por uma defesa tão incapacitada é doloroso, e só pode ter efeitos eminentemente destrutivos sobre aquilo que agora se designa por "grupo de trabalho". Que quem de direito resolva a coisa depressa - or worse.

Morrer na praia?

A gente merecia ganhar, ponto único!

Uma vitória hoje seria quase o passaporte para a Liga Europa. À partida...

Com o resultado em Londres, as contas seriam muito diferentes e teria sido muito bom!

 

A equipe hoje esteve muito bem. Mas escusávamos de ter dado meia parte de avanço.

Mais uma vez jogámos com dez e Marco Silva finalmente percebeu isso e fez entrar João Mário, que veio dar outra dinâmica ao miolo.

A ver se pega de estaca!

 

E pronto, o nosso sector mais fraco tinha que demonstrar isso mesmo. E foram logo os dois centrais, para não se ficarem a rir um do outro.

 

Teria sido muito bom, com o resultado de Londres, mas como está tudo empatado é começar do zero na próxima jornada.

 

E que grande golaço de Nani!

 

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