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És a nossa Fé!

Quente & frio

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Coates: dois falhanços em três minutos contra a Juventus no nosso adeus à Liga Europa

Foto: Miguel A. Lopes / Lusa

 

Gostei muito das exibições de Ugarte e Edwards neste ingrato Sporting-Juventus anteontem disputado no nosso estádio, com 45.903 espectadores - a esmagadora maioria dos quais puxando pela equipa do princípio ao fim. O internacional uruguaio (ausente do desafio da primeira mão, em Turim) revelou impecável sentido posicional, acorrendo às linhas mais recuadas sempre que foi necessário: na frente, sacou um precioso penálti, aos 18'; no meio-campo, distinguiu-se por cortes cirúrgicos, recuperações oportunas e desarmes perfeitos. O inglês soube criar, mostrou todo o seu talento individual em campo e cativou os adeptos com dribles estonteantes: foi dele o nosso golo solitário, de penálti, aos 20'; assistiu Trincão aos 17' (bola ao poste) e Coates aos 87'. Enquanto ex-craques leoninos, como Iordanov e Nani, assistiam ao jogo na tribuna de Alvalade.

 

Gostei de ver a nossa casa quase cheia, da atmosfera vibrante no estádio, dos cânticos de incentivo do princípio ao fim. Também gostei da exibição de Diomande, o nosso melhor defesa: sereno, seguro, com bom domínio de bola e notável precisão de passe. Notável a desarmar Chiesa aos 17' e aos 43', metendo-o no bolso. Extremamente eficaz a policiar Vlahovic: aos 57' impediu-o de chegar ao golo. Aos 86', interceptou de modo exemplar um passe de Kostic. E ainda foi lá à frente, sem complexos, disparar uma bola que rasou o poste (35'). Não restam dúvidas: estamos bem servidos com ele na linha dos centrais.

 

Gostei pouco de ver tantos remates infelizmente desaproveitados: 13, da nossa parte, mas apenas dois enquadrados com a baliza. Um desperdício. Nuno Santos cruzou seis vezes, sem nunca encontrar ninguém disponível na área. Pedro Gonçalves, bem posicionado, atirou frouxo, à figura do guarda-redes (74'). Esgaio, em inesperada incursão pela área italiana, rematou por cima aos 75'. Mas ninguém desperdiçou tanto como Coates, já como ponta-de-lança improvisado à beira do fim: quase-golos falhados aos 87' (oferta de Edwards) e aos 90' (com assistência de Arthur). 

 

Não gostei de sofrer um golo muito cedo nesta partida, marcado por Rabiot na primeira oportunidade, aos 9' - embora a nossa reacção tenha sido muito positiva: empatámos 11 minutos depois. Não gostei de ver o Sporting cair nos quartos-de-final da Liga Europa, fracassando noutro objectivo da época: caiu ingloriamente com este empate, insuficiente para virar a derrota tangencial em Turim (0-1), num desafio em que fomos superiores. Também não gostei de Gonçalo Inácio: teve deslizes comprometedores (o primeiro logo no minuto inicial, oferecendo a bola a Di María, melhor elemento da Juventus) e chocou com Pedro Gonçalves no golo sofrido, de bola parada. Nem de Trincão: sem ritmo nem automatismos como avançado-centro, sem capacidade de luta, foi neutralizado pela defesa adversária, espécie de corpo estranho na nossa equipa.

 

Não gostei nada que Rúben Amorim demorasse até aos 81' para mexer na equipa, quando o empate persistia e era fundamental agitar o jogo: as trocas de Gonçalo por Matheus Reis e sobretudo de Nuno Santos por Arthur só pecaram por tardias. Nem do nosso balanço nas competições europeias: só vencemos um desafio em Alvalade - contra o Tottenham, por 2-0. Também não gosto nada de ver as equipas portuguesas fora das 12 semifinalistas nas três competições da UEFA: nem uma para amostra. Impressionante contraste com a Itália, que contará com cinco emblemas (Inter e Milan na Liga dos Campeões; Juventus e Roma na Liga Europa; Fiorentina na Liga Conferência). Os restantes são dois espanhóis (Real Madrid e Sevilha), dois ingleses (Manchester City e West Ham), um alemão (Bayer Leverkusen), um suíço (Basileia) e um holandês (AZ Ikmaar). Que frustração.

O dia seguinte

Terminou ontem de forma inglória a participação do Sporting nas Ligas Europeias desta época, marcada por grandes exibições nuns casos e erros comprometedores noutros. Em 12 jogos o Sporting venceu 3, empatou 5 e perdeu 4, defrontando grandes equipas como Arsenal, Tottenham, Juventus, Eintrach Frankfurt e Marselha.

Além dos muitos milhões, o Sporting valorizou tremendamente o treinador Rúben Amorim e jogadores como Ugarte, Edwards, Pedro Gonçalves, Diomande e Gonçalo Inácio. Estes seis nomes no seu conjunto, através da visibilidade que tiveram em Inglaterra, França e Itália têm agora um valor potencial de mercado se calhar de mais de 200 M€, o dobro ou o triplo do que tinham no início da temporada.

Enfim, melhor ainda seria se Pedro Gonçalves e Coates não tivessem desperdiçado oportunidades do calibre daquela de Bryan Ruiz que nos fez perder o campeonato de 2015/2016, em momentos finais dos jogos em que a Juventus nada podia fazer para corrigir. Mas quando somos eliminados por uma Juventus de Allegri sendo superiores nos dois jogos e só sofremos dois golos na sequência de cantos, só podemos ter orgulho nesta equipa e neste treinador, e por isso equipa e treinador foram sobejamente aplaudidos por sócios e adeptos no final do jogo.

O problema desta época não foi o desempenho na Europa: foi aquele em Portugal, devido principalmente a um plantel curto e desequilibrado que numa época atípica pelo Mundial nunca daria para uma coisa e outra, basta ver os pontos perdidos na Liga nos jogos subsequentes aos europeus. Só com o Arouca foram 5 pontos desperdiçados. Mas também a uma ideia táctica de ataque móvel que desvalorizou o papel do ponta de lança / pivot ofensivo e esteve na base da maior parte das derrotas. Ainda ontem o Sporting criou consistentemente perigo quando o teve no relvado.

Mas voltando às competições europeias, qual foi a época em que o Sporting teve um desempenho superior ao desta época? Só para saber, que a minha memória é fraca.

SL

Noção das coisas

O golo de Matheus ao Braga no ano em que fomos campeões foi um dos momentos de maior felicidade que tive nas últimas décadas. Foi um lance fortuito, carambólico, uma sorte do caraças, que nasceu de manha, sentido de oportunidade e coragem do antigo empregado de pastelaria rematar à baliza, assumindo responsabilidade.

Claro que Amorim tem razão quando diz que este ano tem sido 'assim'. Nas nossas vidas também temos anos assim. Insisto numa ideia que venho repetindo: o único clube em Portugal que tem em si a força para vencer sempre a adversidade é o Porto.

Benfica e Sporting, por razões diferentes, são demasiado contingentes à sorte e ao momento. Também porque só de vez em quando se acerta nos pontas-de-lança que se têm ou se compram.

Acaso o Sporting eliminaria a Juve com o Gonçalo Ramos e o Musa? Não. Mas talvez nem tivessemos caído na fase de grupos se o Enzo que foi para o Chelsea fosse nosso.

Só mais uma coisa. Os nossos clubes já fazem muito, imenso, na Europa. Caso não tenham reparado, Portugal é um país pobre, extremamente envelhecido, que vive de dinheiro europeu e de servir pastéis de nata aos turistas. Onde é que um fabricante de automóveis português se bate de igual para igual com a Fiat? Onde é que uma marca de mobiliário lowcost se bate com a Ikea? Que cadeia de hamburguers se bate com a McDonald’s? E que marcas de moda rivalizam com a Zara, a M Dutti e essa malta?

Vamos ter noção.

Au revoir. Ou da falta de chá.

Num jogo comandado por um manhoso francês que deixou algo a desejar no capítulo disciplinar e na contagem do tempo e em que Inácio deu uma casa do tamanho dos Jerónimos ainda o jogo quase não tinha começado, acho o resultado final lisonjeiro para as nossas hostes. Passo a explicar:

1- Mais uma vez jogámos com dez, não com um 10. Escolham os leitores o que não esteve em campo, para mim à excepção de Adan, de Ugarte e Edwards, todos cabem neste saco (que me parece cada vez mais de gatos).

2- Ao treinador da Juventus bastou um jogo para anular a táctica maravilhosa do para trás e para o lado e dos três avançados móveis e ao contrário do nosso, tinha um plano B, teve um 4X1X4X1, que anulou Pedro Gonçalves e teve sempre um avançado fixo, a maior parte das vezes Di Maria, que acorrentou Nuno Santos à linha de meio campo, até nos cantos, onde o nosso esquerdino poderia remater uma "segunda bola".

3- Porque falhámos pelo menos quatro bolas de golo, duas de baliza quase escancarada, por Coates, que coitado faz o que pode como avançado-centro, mas não tem muito jeito para jogar com os pés. E como quem não marca não merece nem consegue ganhar, o resultado de hoje foi justo, ponto final parágrafo.

Queria dar uma nota final à forma como Ruben Amorim desconsiderou três dos maiores goleadores que passaram pelo nosso clube: Liedson, Derlei e Slimani, comparando-os com Paulinho e Tiago Tomás, dizendo que estes foram campeões e os três não o foram, querendo dizer, ou dizendo mesmo, que os golos que marcaram não acrescentaram nada ao palmarés do Sporting. É muita falta de chá e falta de respeito por três profissionais exemplares (um, Slimani, que mandou embora e é a génese desta malfadada época e a causa de ter perdido o título na época passada). Percebe-se o contexto, não se desculpa o deslize.

O nosso treinador não consegue explicar porque é que o Coates falha de baliza aberta. Eu, que não sou treinador mas vejo bola há mais de cinquenta anos, explico: É porque o Coates não é avançado-centro, ou ponta-de-lança ou matador, o que quiserem. Uma equipa tem que ter pelo menos dois jogadores para a mesma posição, ora o Sporting começou uma época apenas com um ponta-de-lança, ainda por cima num sistema de avançados volantes. Diz ele que não consegue perceber como se criam tantas oportunidades e se falham tantos golos. Pois eu ajudo, mister, é porque não temos ninguém que as meta lá dentro e não há ninguém para quem cruzar bolas. Excepto quando lá está o pronto-socorro do Coates, claro.

Hoje, no aquecimento, dei-me ao trabalho de estar atento àquela parte dos remates à baliza. Pois sabem que dos nossos supostos marcadores de golos, nenhum, nem a brincar, a meteu dentro da baliza? Ora se isto nem a brincar, como seria diferente a sério?

Com os mínimos por um canudo, e com participação provável (que não se sabe como vai ser isto daqui até ao fim) na Liga Conferência, vamos finalmente entrar na Liga do nosso treinador, o maior nas conferências.

Bom, se ele ainda for nosso treinador. Continuo a desejar que seja, mas um bocadinho menos teimoso, pode ser?

O pecado original

Como era previsível, o Sporting caiu hoje, frente à Juventus, nos quartos-de-final da Liga Europa, ao empatar 1-1. Com quase enchente em Alvalade: 45.900 espectadores, grande parte dos quais a puxar pela equipa.

Voltámos a marcar à equipa que segue em terceiro na Liga italiana e é um dos nomes históricos do futebol europeu. Mas, de novo, só conseguimos isso de penálti - desta vez por Edwards, aos 20'. Em lance de bola corrida continuámos incapazes de a meter lá dentro, apesar de não terem faltado oportunidades. Por Trincão (que aos 17' visou o poste), Diomande (35'), Esgaio (75') e duas vezes por Coates quase no fim (87' e 90'). 

Eis o problema estrutural que se tornou mais notório nesta época: falta-nos um matador na área. De modo a evitar que necessitemos de 41 remates para conseguir um golo.

Não ter um artilheiro de referência é péssimo. Fazemos o mais difícil - dois grandes jogos com a Juve - e fracassamos no mais elementar: não converter em golos o domínio claro que mantivemos em largos períodos destas duas partidas. É o pecado original desta época em que falhámos todos os objectivos.

Nada de novo. Nada que não tivesse sido afirmado aqui em tempo útil. Nada que não possa ser rectificado.

Infelizmente, só no mercado de Verão. Até lá, resta isto: mais do mesmo.

Quinta-feira, dia de caça e de caçador

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Tive um colega de trabalho que era caçador, todas as quintas-feiras, na época de caça, estava doente, ele ou a mulher ou o filho n°1, n° 2 ou n°3, outras vezes era a mãe ou o pai que eram acometidos de um qualquer problema, já para não falar de fechaduras estragadas, de pneus furados e outros trágicos acontecimentos que aconteciam quinta-feira sim, quinta-feira sim.

Hoje espero que seja um dia de quinta-feira sim, um dia do Leão, como diz um ditado africano: 

"O leão pode caçar a zebra mas o árbitro pode caçar o leão."

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Casa cheia em Alvalade

Amanhã em Alvalade perspectiva-se lotação esgotada, num jogo fora da gamebox e fora das borlas doutros temos para as claques.

Se calhar o Sporting vai registar um record de bilheteira, mas o que me apraz realçar é o sentimento dos sócios e adeptos que acreditam como eu que o Sporting pode ultrapassar esta Juventus.

Todos os motivos serão válidos para os que não forem: o preço dos bilhetes, o custo de vida, o ódio ao Varandas, a guerra da Ucrânia, a crise do casamento do Bruno. Mas o que interessa é relevar que estamos quase todos com Amorim e a sua equipa.

Não duma forma acrítica, não duma forma insensível aos maus resultados, não duma forma menos exigente para quem foi contratado e não rendeu o que era suposto, não duma forma de acéfalos seguidores dalgum grande timoneiro.

Amanhã em Alvalade o Sporting vai ter uma oportunidade de ultrapassar muito do que correu pior esta época. Sem o Pinheiro azul a apitar (na calha para Dragão de Ouro ou Platina se realmente conseguir em duas épocas seguidas dar o título ao Porto), mesmo sem o Paulinho essencial para o melhor Sporting, e sem StJuste, eu acredito.

E vou lá estar, doido da cabeca, mesmo tendo 300kms para fazer entretanto e tendo pago quase 100€ para os  bilhetes.

Quem vai como eu ao estádio e ao pavilhão e canta a canção "O mundo sabe que", só tem mesmo de ir.

Incondicionalmente.

SL

Surpreendam-nos!

O Sporting entrou para os confrontos com o Arsenal vindo da sua melhor série da época. A equipa respirava confiança e isso passou para os adeptos. A eliminatória confirmou esse bom momento.

O Sporting aborda agora os confrontos com a Juventus entre resultados menos conseguidos, exibições desinspiradas e, pior, privado de alguns jogadores nucleares que estavam no pico da forma (Paulinho e St. Juste).

Não é, por isso, difícil imaginar que o contexto para 5.ª feira é muito pior do que há apenas 3 semanas.

Acresce, por outro lado, que a história e a estatística não jogam a nosso favor. Da história, a nossa incapacidade para eliminar equipas italianas. Da estatística, o facto de, frente às principais equipas italianas (Milão, Inter e Juventus), nunca termos marcado mais do que um golo em nossa casa (OK, marcámos dois contra a Roma, mas esses não estão no top-3 do calcio). Ora, na 5.ª feira, precisaremos de marcar, pelo menos, dois golos...

Repito-me: não é, por isso, difícil imaginar que o contexto para 5.ª feira é muito, mas muito pior, do que há algumas semanas.

Aos jogadores do Sporting, o meu modesto conselho / pedido é apenas este: surpreendam-nos!

Quente & frio

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Morita, dínamo da nossa equipa com exibição de luxo contra a Juventus em Turim

Foto: Marco Bertorello / AFP

 

Gostei muito da nossa grande exibição em Turim. Neutralizámos a Juventus na primeira parte, vulgarizando-a. A histórica equipa italiana - vencedora de duas Ligas dos Campeões e 36 vezes campeã do seu país - mal conseguiu sair da sua área, empurrada pelos nossos jogadores em constante posse de bola e domínio claro nos dois corredores, com Esgaio a deter Chiesa e Nuno Santos a pôr Cuadrado em sentido. No primeira metade do segundo tempo, até por opção táctica após o empate a zero que se mantinha ao intervalo, a partida esteve equilibrada, mas com o Sporting a manter mais posse, a construir mais oportunidades e a beneficiar de mais cantos. O jogo terminou, após terem-se escutado assobios das bancadas à turma liderada por Massimiliano Allegro, com a vecchia signora toda remetida à sua área, como equipa pequena, sob pressão intensa do onze leonino.

 

Gostei das exibições de vários jogadores. Com destaque muito especial para Morita, que parecia ocupar o campo inteiro. Sem Ugarte, ausente por castigo, o internacional japonês foi dono e senhor da zona intermédia, cortando numerosas iniciativas de construção atacante dos italianos, mas também se assumiu como médio criativo, aparecendo com frequência em posições mais adiantadas, e funcionou como pronto-socorro em missões defensivas: calou de vez aqueles que ainda suspiram por Matheus Nunes. Também gostei de Coates, irrepreensível como patrão da defesa (até no lance do golo que sofremos) e a mandar a equipa para a frente, dando ele próprio o exemplo. Nuno Santos esteve em grande nível, Pedro Gonçalves foi batalhador do princípio ao fim em duas posições diferentes e Arthur voltou a dar sinais de ser um elemento positivo ao saltar do banco. Sem esquecer a extrema mobilidade de Trincão, disponível como nunca para apoio à defesa, algo que ainda não lhe tínhamos visto.

 

Gostei pouco das excelentes oportunidades de golo que desperdiçámos na noite de anteontem. Umas por mero azar, algumas por imperícia no momento da decisão e outras tantas devido a grandes defesas dos dois guarda-redes da equipa anfitriã presentes neste desafio dos quartos-de-final da Liga Europa - primeiro o polaco Szczesny, depois o italiano Perin. Contei oito: Morita aos 19', Coates aos 29', Pedro Gonçalves aos 30', Nuno Santos aos 33', Pedro Gonçalves aos 47', Morita aos 89', Pedro Gonçalves e o reaparecido Bellerín em sequências do mesmo lance, aos 90'+1. As duas últimas, sobretudo, foram de bradar aos céus: disparos à queima-roupa a curtíssima distância da baliza e com o guarda-redes em desequilíbrio. Devemos a nós próprios não ter saído de Turim com um empate ou até com uma vitória folgada. Viemos de lá com uma derrota tangencial (1-0), mas mantêm-se em aberto as expectativas para irmos às meias-finais.

 

Não gostei da troca de Nuno Santos, que estava a ser um dos nossos melhores, pelo trapalhão e desastrado Matheus Reis. Incompreensível decisão de Rúben Amorim - que esteve muito bem em quase tudo o resto, começando pela leitura minuciosa da equipa adversária - assumida aos 62', quando o 0-0 inicial se mantinha. Nuno saiu visivelmente insatisfeito e compreende-se porquê. Tinha a noção clara de que estava a desempenhar muito bem a missão, municiando o ataque a partir da ala esquerda e tentando também ele o golo, com os italianos postos em sentido. A nossa equipa piorou com o brasileiro em campo. 

 

Não gostei nada de Adán. Após a brilhante exibição em Londres, frente ao Arsenal, o guarda-redes volta a prejudicar a equipa - como já tinha feito nas duas partidas da Liga dos Campeões, contra o Marselha, no jogo inicial do campeonato, no estádio do Dragão, e na final da Taça da Liga, entre outros jogos. Agora com uma saída em falso, abandonando a baliza numa tentativa falhada de socar a bola sem estar sequer sob forte pressão adversária, permitindo o golo de Gatti (73'). Estes lapsos em momentos decisivos começam a ser demasiado frequentes, ao ponto de se tornar necessário prepararmos desde já um sucessor para o espanhol na baliza leonina.

O ponta de lança

Depois duns dias bem longe, onde apesar de em diferido consegui ver os jogos pelo site TV da minha operadora, tenho finalmente algum tempo para voltar aos posts.

Sobre o jogo de ontem os dois Pedros já debateram quase tudo. Banzai, Banzai, Banzai!!!

Fica apenas a nota do ponta de lança. Parece que para alguns o Chermiti foi o culpado da derrota, se tivéssemos um ponta de lança a sério tínhamos ganho aquilo.

Ora bem. Em Outubro de 2017 tínhamos um mesmo a sério, o Bas Dost, gostava imenso dele. E fomos (eu também) a Turim com Jorge Jesus ao comando da equipa perder com esta mesmo Juventus (Allegri incluído, Cuadrado também) por 1-2, num jogo em que marcámos de chouriço/autogolo, e depois fomos defendendo e defendendo até à derrota final. Dominio total da Juve. Remates enquadrados fizemos um, não sei se foi do Bas Dost.

 

Ontem o domínio foi nosso, remates para golo tivemos meia dúzia. Chermiti fez um trabalho de sapa muito importante para libertar os três baixinhos lá na frente.

Claro que nesse tempo os seguidores devotos do grande timoeiro tudo engoliam, desde logo o que o grande mestre da táctica debitava no seu pre-tuguês, enquanto agora reduzem a Juve a um Chaves qualquer  na sua Arena. Acabar por  perder o jogo devido a duas falhas individuais claras nas duas áreas já é motivo para caça às bruxas.

 

Falando por mim, sem Ugarte nem Paulinho, com jogadores vindos de jogos pelas suas selecções no outro lado do mundo, com lesões, doenças e "ramadões",  nunca pensei assistir a tamanho desempenho.

Só posso ter orgulho nesta equipa e neste treinador. Chermiti incluído.

 

Em Alvalade, na quinta-feira, lá estarei confiante na ultrapassagem da eliminatória mas bem ciente da capacidade competitiva desta Juventus.

Até porque Porto e Benfica ja sentiram o veneno do Inter e o Braga sentiu o mesmo da Fiorentina.

SL

Tudo em aberto

Grande exibição do Sporting em Turim. Domínio total na primeira parte.

Na segunda, em largos períodos, dominámos também. A Juventus terminou a partida, nos dez minutos finais, toda fechada lá atrás, como equipa pequena.

Tivemos mais posse de bola, fizemos mais remates e beneficiámos de mais cantos. Em oportunidades de golo, também fomos superiores: 7-2.

Dois erros individuais fizeram a diferença, a favor da equipa da casa. Adán falha a intervenção numa bola cruzada, que tentou socar sem conseguir (73'). Pedro Gonçalves falha o golo à queima-roupa, na pequena área, só com o guarda-redes pela frente (90'+1).

Em alta competição, estas coisas contam. Mas a eliminatória está em aberto após este Juventus-Sporting (1-0). Até daqui a uma semana, em Alvalade.

A zebra e o leão rampantes

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Mais logo vão a jogo o leão e a zebra.

Um leão que continua rampante e uma zebra que envergonhada de si própria, envergonhada da trafulhice, envergonhada de ter sido apanhada e penalizada decidiu fugir, saiu do símbolo.

Por cá, os animais mitológicos ou não, continuam nos emblemas, provavelmente, quando descerem de divisão e/ou perderem pontos como aconteceu à Juventus, voarão.

Que seja um excelente jogo de futebol e que se cumpram as leis da natureza.

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A propósito da Liga Europa (com alguns parênteses)

[Senti-me muito bem-vinda!

Gostei de cá chegar. Gostarei de cá estar.]

 

Vi, na sexta-feira, a final da Liga Europa. Segui o jogo com interesse distraído: «rijamente disputado» (como ainda dizem alguns comentadores), frequentes simulações (equipas latinas e recheadas de sul-americanos), melhor a primeira parte (na segunda: força diminuída, ansiedade acrescida).

Fui torcendo, embora sem grande vigor, pelo Inter (desde que o Lukaku não marcasse!), apesar de, em Itália, no que a clubes respeita, só ter gostado da Juventus e do A.C. Milan.

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Da Juventus, inicialmente, nem sei bem porquê, mas, após o horrendo Heysel, não havia como não querer gostar da Juventus. Essa final da Taça dos Campeões Europeus (Liverpool vs Juventus, em 1985) é o grande exemplo de jogos que nunca se deveriam ter realizado, nem que fosse somente por relutante decência. Tal como outras duas finais, estas domésticas: as da Taça de Portugal de 1996 e de 2018.

Voltei a acompanhar a Juventus por causa do Ronaldo.

Pelo meio (final dos anos 80 e início dos 90), entusiasmei-me com o A.C. Milan dos extraordinários holandeses – Marco Van Basten, Ruud Gullit e Frank Rijkaard, tanto mais que este último chegou a ser, sem o ser, jogador do Sporting (temos, não raramente, queda para o burlesco…).

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Regressando a sexta-feira: fui torcendo, embora sem grande vigor, pelo Inter (e o Lukaku até marcou, mas não chegou) porque, mais do que antipatizar com o registo escandalosamente vitorioso do Sevilha, eu quereria ter visto a jogar o Bruno Fernandes!

Última verdadeira garra do leão, profissional modelo, futuro capitão da seleção nacional, que, no Sporting, por empenho próprio e ausência alheia, foi jogador, capitão, treinador em campo e espécie de porta-voz/diretor de comunicação do clube… Sovado em campo (usualmente sob o olhar displicente dos árbitros), assediado pelos jornalistas (ou aspirantes a sê-lo), Bruno teve grandeza dentro e fora do relvado, num clube e num campeonato (gosto mais do que «liga») que se tornaram pequenos para ele: no campeonato porque, de clube, vestia a nossa camisola…

Saudades do Bruno Fernandes! Se não era leão de pequenino, muitas vezes bem o pareceu…

Voltando a sexta-feira: ganhou o Sevilha. Não faz mal. Lá jogou o Daniel Carriço e lá joga o Gudelj (este, sim, joga rijamente e bem falta fez na última época).

O que interessa mesmo: Bruno Fernandes foi o melhor goleador da Liga Europa e mais de metade dos golos foram marcados de leão ao peito!

Parabéns ao Bruno!

Parabéns ao Sporting Clube de Portugal por o ter tido!

Com a saúde não se brinca

Na sequência do anúncio feito pela federação espanhola e pela UEFA, que haviam decidido suspender sine die as respectivas competições, a Liga de Clubes vai ordenar o adiamento das próximas jornadas das competições profissionais de futebol em Portugal.

Enfim, prevalece o bom senso: a responsabilidade social deve imperar sobre os patrocínios milionários. Basta seguir o exemplo de Cristiano Ronaldo, que optou pela quarentena preventiva - imitando, aliás, o Presidente da República - em vez de regressar a Turim, onde o seu colega Rugani já está contaminado.

Com a saúde não se brinca. E no desporto ainda menos.

Hoje giro eu - Janela de Outono

Sempre na vanguarda da inovação, o Sporting acaba de inaugurar a janela de transferências de Outono, a qual consiste em comprar/pedir emprestado (até 30 de Junho de 2019) no Verão um jogador (Sturaro) que os adeptos só verão em acção na estação do ano seguinte. Consta que, menos dada a modernices, a Velha Senhora agradeceu...

 

#veraonooutono

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