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És a nossa Fé!

Entre as oito melhores selecções do mundo

Portugal, 0 - Marrocos, 1

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João Félix tenta furar, sem êxito, a muralha magrebina: Marrocos "equipou à Portugal"

 

Pode ser coincidência. Mas o facto é que Portugal perdeu os dois únicos jogos neste Mundial do Catar quando Cristiano Ronaldo estava fora do onze nacional em campo. Na primeira vez, contra a Coreia do Sul (1-2), já tinha saído do indicação do seleccionador. Ontem, frente a Marrocos, ainda não tinha entrado. Quando isso aconteceu, aos 52', já a selecção magrebina tinha marcado o golo solitário e estacionado o autocarro dentro da sua área - cenário que não mudaria até ao fim.

A diferença entre os dois jogos foi esta: o primeiro ocorreu na fase de grupos, quando a equipa das quinas já tinha assegurado presença nos oitavos-de-final; ontem era a eliminar, não havia salvação possível perante uma derrota.

A imagem do melhor jogador de todos os tempos a abandonar o relvado sem conter as lágrimas, após o apito final, é já uma das mais impressivas deste Mundial agora reduzido a quatro selecções. Fernando Santos ficou prisioneiro das suas opções e será julgado em função disso. Não creio que prolongue o vínculo à Federação Portuguesa de Futebol.

Sai acompanhado, nesta fase decisiva, por três outros seleccionadores que também caíram nos quartos-de-final: Tite (Brasil), Van Gaal (Holanda) e Gareth Southgate (Inglaterra). Com o mérito, no entanto, de ter conduzido a Portugal aos quartos-de-final, o que só sucedeu pela terceira vez num campeonato do mundo da modalidade. E é o primeiro treinador português a consegui-lo: antes dele aconteceu com os brasileiros Otto Glória (1966) e Luiz Felipe Scolari (2006).

 

O jogo foi deplorável, sonolento, indigno de um Mundial. Como vários outros a que assistimos (vi poucos, como já tinha advertido) deste certame das Arábias. Com os marroquinos a marcarem no final do primeiro tempo, na única oportunidade que tiveram, e o jovem guarda-redes Diogo Costa a sair mal no retrato. Mas, vendo bem, nenhum dos nossos merece nota positiva. Talvez João Félix fosse o menos mau.

Um contraste em toda a linha com a outra partida de ontem destas meias-finais: o França-Inglaterra, de resultado incerto até ao fim, com intensidade do primeiro ao último minuto. Foi uma final antecipada. Passou a França, com um golo decisivo de Giroud (suplente do lesionado Benzema), aos 78', e duas assistências do luso-gaulês  Griezmann. Reveja-se a jogada do primeiro golo, marcado por Tchouameni (17'), construída em sete toques e tendo Mbappé entre os intervenientes: uma obra-prima do futebol. A Inglaterra empatou de penálti (54') por Harry Kane, que aos 84' falhou a segunda grande penalidade atirando a bola para a bancada. Falhanço fatal.

Saímos, portanto, já no terço final da prova. E com a certeza de que integramos o restrito lote das oito melhores selecções do mundo. Antes fôssemos assim em quase tudo, fora do âmbito desportivo.

 

Restam, para quem esteja interessado, o Argentina-Croácia (terça-feira, 19 horas) e o França-Marrocos (quarta, 19 horas), além da final.

Poderíamos ter feito melhor?

Sim, se tivéssemos chegado às meias-finais - objectivo que nem em sonhos passaria pela cabeça dos profetas da desgraça, os mesmos que desde ontem rasgam as vestes porque a equipa das quinas caiu nesta fase. Talvez, apesar das palavras de desprezo que disseram e escreveram, ambicionassem mesmo o título mundial que sempre nos fugiu. 

 

Antes deste confronto com Marrocos, selecção que já contribuíra para o afastamento da Bélgica (segunda da tabela da FIFA) e a eliminação de Espanha (sétima na mesma tabela) alguns invocaram a alegada "vingança de 1986" como motivação adicional, aludindo ao Mundial do México, quando o país africano também nos afastou, embora isso tivesse acontecido ainda na fase inicial da prova. 

Esqueceram que essa vingança já tinha ocorrido. Foi na nossa vitória contra Marrocos, por 1-0, no Mundial de 2018 - precisamente com golo de Cristiano Ronaldo. Talvez não haja mesmo coincidências...

Liga das Nações: Wembley é na "Pedreira"

Mais logo, às 19h 45m (hora portuguesa), a Inglaterra recebe a Alemanha em Wembley. Amanhã, à mesma hora, Portugal recebe a Espanha em Braga. Dir-se-ia que os holofotes estariam apontados ao clássico de Londres. Na verdade, trata-se de um jogo entre duas equipas humilhadas, só serve para cumprir calendário. Já da "Pedreira" vai sair um dos semi-finalistas da Liga das Nações.

Como o Pedro Correia aqui disse, a Inglaterra já caiu para a Liga B. Quanto à Alemanha, falhou a hipótese de passar às meias-finais, ao perder com a Hungria, em Leipzig, por 1:0, na passada sexta-feira. Uma derrota humilhante, à semelhança do que aconteceu com a Espanha.

Ao contrário da Alemanha, porém, nuestros hermanos ainda se mantêm na corrida. Espero que só até amanhã, ao serão.

Força, Portugal!

 

Nota: A Alemanha nunca logrou atingir a meia-final da Liga das Nações. Nem à terceira foi de vez.

França, Inglaterra e Itália na mó de baixo

Liga das Nações é tomba-gigantes

 

A França, sem conseguir uma só vitória em quatro jogos, foi derrotada em casa pela Croácia e sai da Liga das Nações, sem conseguir defender o título.

 

A Inglaterra, derrotada por 0-4 pela Hungria em casa, arrisca-se a descer de divisão: segue em quarto e último lugar no seu grupo.

 

A Itália campeã europeia, goleada pela Alemanha, vê o apuramento para a fase seguinte cada vez mais difícil: segue em terceiro, com apenas cinco pontos.

 

Factos que deixo à consideração daqueles que passam o tempo a denegrir a selecção portuguesa, quase parecendo que preferem sempre vitórias estrangeiras. Não imagino porquê.

 

Do desportivismo inglês à canalhice tuga

Cristiano Ronaldo homenageado por adeptos rivais

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Como é diferente a cultura desportiva em Inglaterra comparada com a existente em Portugal. Ontem, ao minuto 7 do jogo Arsenal-Manchester United, o público de todas as bancadas levantou-se num vibrante aplauso a Cristiano Ronaldo, de luto por ter perdido há dias um filho bebé. Repetindo o que já sucedera em Liverpool.

A equipa londrina venceu 3-1, com CR7 a marcar o golo do United. O melhor jogador do mundo não festejou: benzeu-se e apontou para o céu, como esta imagem testemunha. Comovendo adeptos e adversários.

O que menos importa é o resultado. Interessa, sim, salientar este exemplar gesto de desportivismo, acima da clubite doentia. Culminando uma semana em que por cá, nas redes sociais, se vomitou toda a espécie de ódio contra o campeão português. «Miséria moral», chamou-lhe o Rui Calafate na sua coluna do Record, também ontem. Aludindo aos canalhas que «celebraram a perda de uma vida humana para mostrar a inveja sobre o jogador, a sua mulher e respectiva família». 

Que muitos desses canalhas tenham cidadania portuguesa torna este lixo humano ainda mais desprezível. E torna a nobre atitude do público inglês, aplaudindo um jogador rival, ainda mais louvável.

Questiono-me se algo semelhante poderia acontecer num estádio em Portugal. Vendo e lendo tantas expressões de intolerância e rancor, cada vez mais generalizadas, sinto-me inclinado a concluir que não.

A ver o Europeu (29)

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FESTA ITALIANA NA CHUVA LONDRINA

Nem sempre costuma haver justiça no futebol. Mas desta vez houve. O Campeonato da Europa 2021, realizado um ano depois da data inicialmente prevista, acaba de ser conquistado pela Itália - que não vencia um Euro desde 1968.

squadra azzurra foi, de longe, a melhor selecção deste torneio. E foi também a melhor desta final, disputada num estádio de Wembley cheio, com mais de 60 mil adeptos nas bancadas, sob chuva fina mas persistente. 

 

Os ingleses até começaram da melhor maneira, com um golo de Shaw logo aos 2', coroando um lance muito rápido de futebol colectivo. E dominaram durante a meia hora inicial. Os italianos acusaram muito o golo: aos 30' ainda não tinham conseguido um só remate enquadrado.

O primeiro sinal de perigo partiu do pé esquerdo de Chiesa, uma das grandes figuras da selecção campeã. Aconteceu aos 35', com um forte disparo a rasar o poste. Único lance de perigo da squadra antes do intervalo.

As coisas mudaram no segundo tempo. Sobretudo com as trocas operadas pelo treinador Roberto Mancini aos 54': saíram Immobile e Barella, entraram Berardi e Cristante. Itália acelerou o jogo, encurtou linhas e demonstrou o seu maior trunfo: superioridade técnica, fazendo recuar os ingleses.

Previa-se o golo do empate a qualquer momento. E acabou por acontecer, marcado pelo artilheiro menos provável: o central Bonucci, aos 67', na sequência de um canto.

Chiesa saiu lesionado aos 86': outra magnífica exibição do ponta direita da Juventus, que já brilhara contra austríacos e espanhóis. É um dos heróis desta equipa, tal como o ausente Spinazzola, forçado a abandonar o Euro-2021 cedo de mais.

O melhor talento individual da equipa anfitriã continuou a ser Sterling, mas com um notório defeito: tem o vício de cavar penáltis. Assim fez aos 44', 48' e 90', tentando ludibriar o árbitro, como conseguiu na meia-final frente à Dinamarca que permitiu o passaporte inglês para o jogo decisivo. Mas este juiz da partida não foi na cantiga do médio ofensivo do City. Faltou exibir-lhe o amarelo por simulação.

 

Muito disputado, o prolongamento não desfez o empate registado aos 90 minutos. A final decidiu-se por penáltis.

Aqui primou a incompetência do seleccionador inglês, Gareth Southgate, que para a série de cinco grandes penalidades escolheu dois jogadores muito jovens: Sancho, de 21 anos, e Saka, de 19. Ambos permitiram que Donnarumma - outro herói da noite e do torneio - parasse as bolas na linha de meta. Rashford, de 23 anos, atirou ao poste. E assim a Inglaterra foi atirada fora, para imensa decepção dos milhares de apoiantes ali presentes. Desde 1966 que os ingleses não vencem um grande torneio a nível de selecções.

Também dois italianos falharam: Belotti e Jorginho. Mas prevaleceu a experiência do veterano Leonardo Bonucci, de 34 anos: chamado a converter, não claudicou. Tal como Berardi e Bernardeschi.

A partir daí, foi a festa italiana - que ainda dura. Justíssima festa debaixo da chuva londrina.

 

Inglaterra, 1 - Itália, 1 (nos penáltis finais, os italianos venceram 3-2)

A ver o Europeu (28)

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O CAMPEONATO DOS AUTOGOLOS

O factor casa continua a pesar - e de que maneira. Que o diga a feliz selecção inglesa: em seis jogos já disputados neste Campeonato da Europa, cinco foram em casa. No estádio de Wembley, em Londres.

É decisivo em absoluto? Não, mas ajuda muito.

Basta ver os números: em 15 edições já realizadas do Europeu, o país organizador figurou 13 como semifinalista. E chegou cinco vezes à final.

 

Há três dias, as bancadas londrinas encheram-se novamente. Quase todos os que ali estavam, mais de 60 mil, puxavam pela selecção anfitriã. 

Mesmo assim a Inglaterra não teve vida fácil neste embate contra a Dinamarca na meia-final restante do Euro-2021. De tal maneira que até esteve a perder: aos 30', Damsgaard, jovem craque da Sampdoria, abriu o marcador com um belíssimo golo: vai figurar decerto entre os dez melhores deste campeonato.

Foi o momento alto da Dinamarca. Mas nove minutos depois, a onda inverteu-se. Golo britânico, com ajuda nórdica: infeliz autogolo do capitão Kjer. Há já quem chame ao Euro-2021 o campeonato dos autogolos. Com este, já são onze. Em todos os anteriores só tinha havido três.

 

No segundo tempo, muita luta e muito cansaço. Aconteceu futebol, como apregoam os cultores das frases feitas. Com destaque, do lado dinamarquês, para o guardião Kasper Schmeichel - filho do nosso campeão do ano 2000 - com enormes defesas aos 55' e aos 73'. Também para o ala esquerdo Maehle e o central Vestergaard, intransponível.

Nas fileiras inglesas brilhou Sterling - de longe o astro-rei desta selecção. Com arte e técnica para tudo, até para cavar penáltis. E foi assim, graças a um penálti mais que duvidoso, que conseguiu a vitória para a sua equipa. Chamado a converter, Harry Kane falhou à primeira; Schmeichel voltou a brilhar entre os postes, defendendo; mas a bola sobrou para o ponta de lança inglês, que à segunda não perdoou.

Estava decorrido o minuto 104', já no prolongamento, fixando-se o resultado tangencial que permitirá aos ingleses discutir amanhã o título com os italianos. É a estreia da Inglaterra numa final de um Campeonato da Europa. Novamente em Wembley. Assim, para eles, tudo se torna um pouco mais fácil.

 

Dinamarca, 1 - Inglaterra, 2

A ver o Europeu (26)

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SURPREENDENTE DINAMARCA, EXUBERANTE INGLATERRA

Já são conhecidos os quatro semifinalistas do Campeonato da Europa. Depois de italianos e espanhóis, apuraram-se dinamarqueses e ingleses.

A maior surpresa deste Euro-2021 tem sido a selecção da Dinamarca. Começou desfalcada, num jogo dramático, em que perdeu a sua figura mais emblemática: Eriksen, vítima de uma síncope, chegou a estar clinicamente morto no relvado. Felizmente foi salvo a tempo.

Parece que esta quase-tragédia deu alento suplementar à equipa nórdica, que em 1992 começou como outsider e terminou como campeã europeia. O trajecto que tem seguido, contra ventos e marés, revela essa capacidade de fazer das fraquezas força.

Foi o que aconteceu ontem, em Baku, frente à República Checa. Vitória categórica, começada a construir logo aos 5', com golo de Delaney. Aos 42', ampliaram a vantagem num belo golo de Dolberg, correspondendo da melhor maneira a uma assistência de trivela de Maehle, lateral esquerdo que joga com o pé direito e é titular da Atalanta.

A República Checa, após a dupla substituição operada ao intervalo, reagiu e tentou virar o resultado. Começou bem, aos 49', com um golo de Schick: o avançado do Bayer Leverkusen igualou Cristiano Ronaldo na lista dos marcadores do Europeu: estão ambos com cinco. Mas Cristiano ganha vantagem no confronto por ter menos minutos.

Houve muita incerteza, mas o resultado não se alterou. Destaque, nos checos, para o guarda-redes Vaclik (como é possível estar sem clube?), o médio ofensivo Barak e o avançado Vydra: todos são jogadores acima da média.

Mas a minha selecção favorita, não escondo desde o início, é a dinamarquesa. Além dos jogadores já mencionados, destaco o jovem avançado Damsgaard (que ontem fez 21 anos), o central Christensen (campeão europeu pelo Chelsea), o ponta-de-lança Poulsen (quase marcou, com um excelente disparo à baliza, aos 78'), o extremo Braithwaite e sobretudo o guarda-redes Kasper Schmeichel (enormes defesas aos 22', 46', 47' e 74'), filho do campeão leonino Peter Schmeichel. Teve um bom mestre lá em casa.

Os dinamarqueses chegam às meias-finais, 29 anos depois, sendo a segunda equipa mais goleadora do torneio: 11 golos. Só a Espanha, com um mais, conseguiu fazer melhor.

 

Dinamarca, 2 - República Checa, 1

 

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Finalmente, uma goleada inglesa. Aconteceu também ontem, em Roma - única partida que a Inglaterra disputa fora das ilhas britânicas neste Europeu. Contra a Ucrânia, que nunca tinha ido tão longe num torneio deste género.

Domínio absoluto da Inglaterra, que desde 1966 aspira à conquista de outro título europeu ou mundial. Parece bem encaminhada, agora também no capítulo do golo - desta vez marcou tantos como nos quatro jogos anteriores desta fase final.

Tem excelentes executantes - não apenas no plano físico ou táctico, mas também no plano técnico. Kane, Mount, Shaw, Sancho, Rashford, Phillips, Grealish, Folden, Henderson. E, acima de todos, Sterling - talvez o melhor interior esquerdo do futebol actual. 

Seguem em frente com oito golos marcados e nenhum sofrido. É obra.

 

Inglaterra, 4 - Ucrânia, 0

Levada ao colo

A Inglaterra está a ser levada ao colo, como ficou evidente neste Inglaterra-Alemanha jogado em Londres num estádio praticamente cheio apesar de o Reino Unido estar novamente com aumento de casos de infecção por Covid-19 - ao ponto de nas últimas 24 horas ali terem sido registados 26 mil novos contágios, sem que isso pareça incomodar as sumidades da UEFA.

Dos quatro jogos da Inglaterra disputados até agora, três foram em Wembley. O outro ocorreu em Glasgow. Assim tudo se torna mais fácil.

A ver o Europeu (23)

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ALEMANHA TOMBA EM WEMBLEY

Surpresa após surpresa. Desta vez foi a selecção germânica que ficou encostada às cordas. Eliminada dos oitavos-de-final do Europeu, como já sucedera com Portugal, França, Holanda e Croácia. Mesmo tendo ainda vários jogadores que há sete anos se sagraram campeões do mundo. Como Neuer, Kroos, Ginter, Hummels e Thomas Müller.

Soou a vingança portuguesa? Talvez, mas foi sobretudo a confirmação da extrema competência da selecão inglesa, candidata ao título. Beneficiando do facto de jogar em casa: as bancadas em Wembley estavam preenchidas com ruidosos adeptos, não faltando sequer um neto e um bisneto da Rainha. 

Este Inglaterra-Alemanha começou cheio de cautelas tácticas, com as equipa a medirem-se - o que ficou espelhado no empate a zero registado ao intervalo. E que só se desfez aos 75', num soberbo rasgo individual de Sterling - a grande figura deste desafio - que começa e conclui o lance, após tabelinha com Grealich, outro craque inglês, prestes a transitar do Aston Villa para o Manchester City.

Estava aberto o cofre. Previa-se enérgica reacção dos alemães, reforçados com a entrada de Gnabry, um dos maiores desequilibradores da equipa. E o empate esteve a centímetros de acontecer, aos 81', quando Müller, isolado, rematou em jeito fazendo a bola rasar o poste.

Funcionou como sinal de alerta para os ingleses, que redobraram a ofensiva à baliza adversária. Materializada num segundo golo, aos 86', por Harry Kane. O rei dos goleadores no Mundial-2018 estreou-se enfim a marcar neste Europeu.

Portugal teve saída prematura. Com direito a este pequeno prémio de consolação: os nossos parceiros do chamado "grupo da morte" despedem-se ao mesmo tempo do Euro-2021. Em futebol, o destino dos favoritos muitas vezes é este: abandonar o palco mais cedo. A hora parece ser dos intérpretes secundários. 

 

Inglaterra, 2 - Alemanha, 0 

A ver o Europeu (17)

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MODRIC DE TRIVELA

Dois jogos muito diferentes, esta noite. Partida intensa em Glasgow, onde se disputou o Escócia-Croácia. Jogo táctico e pausado em Wembley, palco do Inglaterra-República Checa.

No primeiro, ambas as selecções disputavam os três pontos: nenhuma tinha garantido o acesso aos oitavos. No segundo, estavam tranquilas: já sabiam que iriam passar. O que se reflectiu na qualidade do jogo, arbitrado por Artur Soares Dias.

Schick, o astro checo, desta vez ficou em branco. Aos 28, Holes obrigou o guardião inglês à defesa da noite com um disparo de meia-distância. No outro lado, Kane manteve o jejum de golos. Ao contrário de Sterling, que marcou aos 12', fixando o resultado. Com assistência de Grealich, um dos melhores extremos esquerdos deste Europeu.

 

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Em Glasgow, a emoção andou à solta. A Escócia tinha uma hipótese remota de qualificar-se, mas precisava mesmo de vencer. Chegou a empatar por McGregor, aos 42', após golo inaugural de Vlasic (17').

Depois do intervalo, o rolo compressor croata entrou em acção. Liderado pelo capitão Modric, que aos 35 anos mantém intactas as qualidades que há muito lhe conhecemos. Foi ele a desatar o nó, com um golo de sonho: rematou forte e muito bem colocado, de trivela, sem hipóteses de defesa. Era o minuto 62', a Croácia carimbava passaporte para os oitavos. De canto, aos 77', Modric ainda viria a assistir Perisic para o terceiro golo. 

Há jogadores que, só por si, justificam que acompanhemos o Euro-2021. Este é um deles.

 

Inglaterra, 1 - República Checa, 0

Escócia, 1 - Croácia, 3

A ver o Europeu (15)

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LEWANDOWSKI, GRIEZMANN, GREALISH

Queixamo-nos - e com razão - da nossa exibição de ontem contra a Alemanha. Pois os espanhóis estão pior que nós: dois jogos, apenas dois pontos. Só um golo marcado até agora. Empataram a zero com a Suécia e ontem registaram novo empate (1-1), desta vez contra a Polónia.

Em alta competição, não se pode falhar nos momentos decisivos. Morata, que já tinha desperdiçado uma oportunidade soberana na partida inaugural, ontem voltou a ser protagonista pela negativa. Aos 83', assistido por Sarabia, foi incapaz de a meter lá dentro. É verdade que foi ele a marcar o golo solitário dos espanhóis, aos 25', mas soube-lhes certamente a pouco. E os adeptos do país vizinho não lhe perdoam decerto ter falhado a recarga após uma grande penalidade que Moreno - também pouco inspirado - dirigiu ao poste, aos 58'.

A Polónia arrancou um precioso ponto (primeiro até agora) graças ao talento ímpar de Lewandowski, que marcou de cabeça aos 54'. O seu primeiro neste Euro-2021. E ainda - já no segundo tempo - registou a estreia do mais jovem jogador de sempre num Campeonato da Europa: o jovem Kacper Kozlowski, com apenas 17 anos e 245 dias.

A selecção polaca, comandada pelo nosso Paulo Sousa, viu-se muito pressionada no primeiro tempo desta partida, disputada em Sevilha. Mas a etapa complementar foi equilibrada: o resultado acabou por ser justo. Agora fazem-se muitas contas no Grupo E, que a Suécia comanda com 4 pontos (venceu anteontem a Eslováquia por 2-1).

 

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Quem disse que a Hungria é a pior selecção deste Europeu? Tal dislate, papagueado após Portugal a ter derrotado na primeira ronda, ficou ontem desmentido no empate imposto pelos húngaros à França, campeã mundial, com a Arena Puskás repleta de adeptos a puxarem pelo onze da casa. 

Os franceses dominaram - uma vez mais com Pogba e Mbappé como motores do ataque. Mas foram os húngaros a adiantar-se no marcador, aos 45'+2, com um grande golo de Attila Fiola. Havia cinco jogos que a selecção gaulesa mantinha as suas redes intactas.

O empate surgiu aos 56', num grande trabalho colectivo da selecção azul: o veterano guardião Lloris repôs muito bem a bola num passe longo, seguiu-se uma grande movimentação de Mbappé e o remate forte e bem direccionado de Griezmann a metê-la lá dentro. O avançado do Barcelona, que foi o rei dos marcadores no Euro-2016 (com seis golos), estreou-se agora como artilheiro neste confronto em Budapeste. Mas foi insuficiente para desfazer o empate. 

Os franceses farão tudo para vencer Portugal na quarta-feira: só assim confirmarão o passaporte para os oitavos.

 

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Se houve jogo que merecia golos, foi o Inglaterra-Escócia, disputado sob chuva intensa em Wembley, na sexta-feira. 

Foi um jogo disputadíssimo. Não faltou caudal ofensivo de parte a parte. Os escoceses parecem ter surpreendido os ingleses, que não vencem um grande torneio desde o Mundial de 1966. Kane, o rei dos avançados da selecção inglesa, continua em branco neste Europeu. 

Do lado da Escócia, realço as exibições de Billy Gilmour, Callum McGregor e Stephen O'Donnelll (que quase marcou na primeira parte). Pelos ingleses, merece destaque Grealish, que entrou talvez demasiado tarde (63'): tecnicista requintado, venceu todos os confrontos individuais. Também gostei de Rashford, que rendeu Kane aos 74': a partir daí, o corredor direito foi todo dele. 

Mas não bastou aos ingleses para conseguirem mais do que um ponto. E a Escócia foi até a selecção com mais remates, algo que poucos imaginariam antes do jogo.

 

Espanha, 1 - Polónia, 1

Hungria, 1 - França, 1

Inglaterra, 0 - Escócia, 0

A ver o Europeu (7)

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DE STERLING A RISTOVSKI

É um prazer ver em acção o futebol de ataque dos ingleses. O quarteto composto por Sterling, Mount, Foden e Kane teve ontem 25 minutos iniciais estonteantes no confronto com a Croácia em Wembley. Infelizmente sem reflexos no marcador: o melhor que conseguiram foi um tiro aos ferros, disparado aos 6' por Foden, craque do City. 

A Croácia tem um fio de jogo semelhante ao português: gosta de transportar a bola e cultiva o passe curto. Falta-lhe, no entanto, poder de fogo lá na frente: o primeiro remate, assinado pelo capitão Modric de meia distância, ocorreu só aos 55'. 

O público presente nas bancadas empurrava a sua selecção, procurando desfazer um mito: nunca os ingleses haviam vencido um desafio inaugural de fases finais, tanto no Mundial como no Europeu. Uma tradição que se manteve tempo de mais.

Kane arrastava os defesas adversários, Mount funcionava como acelerador, Sterling confirmava a sua fabulosa capacidade de desmarcação. E foi numa destas manobras ofensivas desenhadas a régua e esquadro que surgiu o golo do triunfo inglês: Kalvin Phillips, numa digonal perfeita, coloca a bola em Sterling, que não perdoou, antecipando-se ao guarda-redes. Era o minuto 57, estava fixado o resultado. As tradições, muitas vezes, servem para isto mesmo: para serem desfeitas.

 

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Para um sportinguista, o Áustria-Macedónia do Norte, ontem disputado em Bucareste, tinha como principal atractivo ver actual Ristovski, ex-lateral direito em Alvalade. Ao serviço do seu país, mantém as qualidades e defeitos que revelou de verde e branco: combativo, voluntarioso, indisciplinado.

Vitória natural dos austríacos, capitaneados pelo astro Alaba, que não tardará a estrear-se no Real Madrid. Há jogadores que fazem sempre a diferença em campo: é o caso deste lateral-esquerdo, um dos melhores do mundo em actividade. Destaque também para o médio Sabitzer: grande exibição a servir os parceiros lá na frente.

Numa partida debaixo de chuva, uma das figuras em foco foi o capitão Pandev, que aos 28' marcou o golo inaugural da Macedónia do Norte numa fase final de uma grande competição futebolística. Passa à história ainda antes de festejar o 38.º aniversário: é um dos jogadores mais velhos neste europeu.

 

Inglaterra, 1 - Croácia, 0

Áustria, 3 - Macedónia do Norte, 1

Quem não viu, veja agora

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O célebre golo fraudulento de Maradona, que foi validado no Mundial de 1986

 

O canal 11 - com uma programação cada vez mais criteriosa e digna de elogio - exibiu ontem à noite, na íntegra, o quase mítico Argentina-Inglaterra, dos quartos-de-final do Campeonato do Mundo de 1986. Jogo que vi à época, a torcer pelos argentinos, até porque Portugal vencera os ingleses na fase de grupos antes da balbúrdia de Saltillo - e de uma impensável derrota contra Marrocos - ter afastado a equipa das quinas desse Mundial, disputado no México.

Vale a pena revisitar este jogo, que o canal 11 recordou com boa narração contemporânea de Pedro Sousa e comentários apropriados de Nuno Presume. Não apenas pela presença inigualável de Maradona, que marca um golo fraudulento e batoteiro - um hino à fraude no futebol - mas para comparar o futebol desse tempo com o actual. Em 1986 vigoravam várias regras entretanto alteradas: só eram permitidas duas substituições, por exemplo. E os guarda-redes podiam agarrar a bola sempre que fosse atrasada deliberadamente, o que favorecia o antijogo. A tecnologia digital aplicada ao futebol era mero sonho e o vídeo-árbitro não passava de utopia, o que muito penalizou o guarda-redes inglês, Peter Shilton, batido naquele lance.

 

Curiosamente, a Argentina estreou neste desafio o sistema de três centrais hoje adoptado pelo Sporting - inédito à época.

Jogou em 3-5-2 e graças a essa inovação vulgarizou a selecção inglesa, que mal conseguiu passar do meio-campo na primeira hora da partida, condenando o seu astro, Gary Lineker, à irrelevância lá na frente. Tudo fruto do engenho de Carlos Bilardo, o seleccionador que sucedeu a César Menotti e também viria a sagrar-se campeão mundial.

 

Este foi o jogo da vida de Maradona. Pela batota, primeiro; e pela magia, logo a seguir, quando correu 60 metros com a bola, deixou cinco adversários pelo caminho e a meteu lá dentro após 12 toques sucessivos com o pé esquerdo em 12 segundos.

Maradona (chamado simplesmente assim, e não Diego Armando Maradona, como os complicadinhos insistem em designá-lo nos ditirambos fúnebres) atingiu ali, naquele péssimo relvado do Estádio Azteca, na Cidade do México, o cume da carreira. Com apenas 25 anos. Mas é injusto omitir os nomes de outros craques daquela selecção alviceleste: Burruchaga, Valdano, Ruggeri, Batista, Enrique.

 

Quem viu, viu. Quem não viu, pode ver agora.

Jogo jogado

Fascinante o poderio do futebol da premier league (não é sinónimo de futebol inglês).
Um futebol “positivo”, de táticas fluídas, desde que seja sempre com os olhos na baliza. Acredito que por teima e exigência do público e da própria cultura desportiva e de espetáculo do país. Impressionante a disponibilidade física e a ditadura do “jogo de equipa” a que os craques se submetem. Ficou bem visível que dez jogadores do Barça, enjoados com a velocidade dos de Liverpool, estavam à espera que Messi tirasse um coelho da cartola.
Destaque para a ausência de jogadores portugueses nas finais. E dos nossos treinadores.
Na Champions, que acompanhei mais de perto, foram jogos sem momentos mortos, simulações de lesões, controle do meio campo, manobras de diversão ou teatros, com faltas e livres a serem marcados depressa e com poucas ou nenhumas reclamações das decisões da arbitragem.
Falando por mim, tendo a gostar de treinadores e jogadores mais estratégicos e menos dados a correrias, mas devo admitir que há anos que não me empolgava tanto com bola como nesta  “jornada europeia”.
Indo ao nosso Sporting e ao futebol português, não parece assim tão impossível aspirar a um futebol deste tipo. Jogos intensos, sem claques arruaceiras, com equipas olhos nos olhos, sem tipos a refilar com o árbitro, misturados com jovens da formação em quem tem de se apostar e a quem se pagam milhões, somados a aquisições de refugo, pequenas agendas, adversários de amigos, tipos que deviam ser atores em vez e jogadores e árbitros com medo de serem competentes.  
Deixo uma palavra para Silas, que foi vítima da extrema incompetência de vários dos seus jogadores ao mesmo tempo naquela segunda parte. E deixo uma palavra, porque me parece que ele é um homem deste futebol de jogo jogado que tanto nos impressionou nesta jornada europeia. E, claro, uma palavra mais forte ao Sporting que (além desse fenómeno que é Bruno Fernandes) também me parece estar a mecanizar um espírito práfrentex que me agrada.

Marco Silva

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Em cinco anos e três meses de consulado Carvalho, que englobou quatro treinadores, foi ele o único a conseguir um título digno desse nome. A Taça de Portugal 2015. Recebeu como paga dessa conquista o despedimento imediato, com a cumplicidade e o aplauso de figuras que então gravitavam em torno do desvairado presidente e se apressaram a virar a casaca assim que o vento soprou em sentido contrário, tipo "antifascistas de 26 de Abril".

Para o lugar dele chegou alguém a embolsar dez vezes mais sem conseguir vencer nada de relevante. Mesmo assim, Marco Silva manteve a classe: ninguém o viu envolvido em sessões públicas de lavagem de roupa suja - especialidade de quem o despediu em Alvalade. Hoje no Reino Unido, como treinador do Everton, acaba de ser notícia em todo o mundo com a goleada que aplicou ao poderoso Manchester United. E segue em sétimo na classificação da Premier League: a sua equipa é a primeira após os Seis Grandes (Liverpool, City, Tottenham, Arsenal, Chelsea e United). 

«There may have been some doubts expressed about Silva's position not so long ago, but this blistering run of home form - and a style which will win full favour from Everton's fans - surely means he will be given time to build, as he should», escreve a BBC, entre elogios à «devastadora forma» apresentada pelos toffees em campo. 

Marco Silva merece estes elogios. E merece também uma palavra de apreço dos sócios e adeptos do Sporting que não são ingratos, conservam boa memória e jamais se deixam iludir com bravatas verbais destinadas a disfarçar a ausência de troféus.

Toma e embrulha, pá

Este, que andava a gozar com Cristiano Ronaldo, teve de meter a viola no saco. Ao menos a selecção portuguesa empatou com a Islândia. A selecção dele foi corrida do Europeu pela mesmíssima Islândia, facto que está a ser encarado pelos ingleses como uma tragédia nacional.  

Agora, ao que parece, tem menos vontade de gozar os outros. Confesso que me dá imenso gozo.

A ver o Europeu (6)

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Quando Wayne Rooney marcou o golo de penálti, logo aos 4', os adeptos da selecção inglesa terão pensado que eram favas contadas. Enganaram-se redondamente. Antes dos vinte minutos já a Islândia tinha virado o resultado e trocava por completo as voltas ao onze comandado por Roy Hodgson. Daí até ao fim da partida os ingleses viram-se incapazes de anular a desvantagem. Os corredores de acesso à baliza islandesa permaneceram bloqueados, a equipa desorganizou-se, Rooney andava a desgastar-se em terrenos recuados e nenhum talento individual emergiu ali para anular o claro predomínio físico dos jogadores da Islândia - país com pouco mais de 300 mil habitantes que está a tornar-se no caso mais sério deste Campeonato da Europa em futebol.

Vi o jogo com muito interesse. Foi uma partida disputada sempre em ritmo acelerado, com grande intensidade, em que nunca se perdeu de vista a baliza contrária. Uma espécie de antítese do Portugal-Croácia, onde ambas as equipas pecaram por excesso de temor reverencial em relação aos adversários. Aqueles que já peroravam por aí contra a falta de interesse competitivo e emotivo deste Euro 2016 falaram cedo de mais.

 

A Islândia mereceu a vitória? Claro que sim. Formou um colectivo coeso, compacto, solidário, com uma intensidade física que só surpreendeu aqueles que hoje a viram actuar pela primeira vez. Ganhou quase todos os lances aéreos aos ingleses e nunca descurou o contra-ataque. A tal ponto que esteve mais perto de marcar o terceiro - evitado por grandes defesas de Joe Hart, aos 55' e aos 84' - do que os ingleses estiveram de marcar o segundo.

Sem Lallana mas não acusando falta de estrelas na equipa - Rooney, Kane, Sterling, Sturridge, Vardy, Cahill, Rashford e o "nosso" Eric Dier, hoje muito apagado e cedo substituído - Hodgson foi incapaz de desatar o nó cego armado pela selecção nórdica onde brilhou o central Sigurdsson, que travou tudo quanto havia a travar no eixo defensivo, marcou o primeiro golo e quase ia marcando outro num vistoso pontapé de bicicleta.

 

Altos são, mas toscos nem pensar. Se o fossem não teriam eliminado os ingleses, que muitos anteviam como sérios candidatos à conquista da competição. Afinal já estão a fazer as malas, imitando os espanhóis, esta tarde afastados pela Itália.

"Fim de ciclo", titula o jornal Marca num síntese certeira do confronto latino que a Espanha perdeu. A equipa que hoje se arrastou em campo frente aos italianos é uma caricatura da que nos empolgou no Mundial de 2010 e nos Europeus de 2008 e 2012. É o momento adequado para mudá-la de alto a baixo.

É também o momento certo para rebobinarmos o filme do Portugal-Islândia. Afinal esse nosso empate, bem vistas as coisas, acaba por ser um resultado muito menos negativo do que à primeira vista parecia. Escrevia há pouco o Guardian"A Islândia submeteu a Inglaterra a uma das maiores humilhações da sua história." Portugal foi poupado a isso. 

Agora os franceses que se cuidem: vão levar com eles nos quartos-de-final. Outro jogo que não vou perder.

 

Inglaterra, 1 - Islândia, 2

Espanha, 0 - Itália, 2

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