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És a nossa Fé!

As primeiras impressões (8)

Ontem à noite o estádio "Allgarve" serviu de palco para a disputa(?) de uma coisa chamada "Allgarve Summer Cup". Nada mais ridículo: uma equipa portuguesa e outra francesa a baterem-se por um "troféu" com nome inglês em Portugal. Como se fôssemos uma colónia britânica, tipo Gibraltar.

Talvez por isso - coisa também ridícula - os jogadores do Nice desertaram logo após o apito final, correndo para o aeroporto, sem tentarem arrematar o tal "troféu" nos penáltis, como mandaria o regulamento. Por exclusão de partes, aquilo ficou para nós. Espero que arrumem a coisa em inglês numa arrecadação obscura de Alvalade - ou deveremos começar a escrever "Allvalade" a partir de agora?

Apreciação sucinta dos nossos jogadores, neste encontro que terminou empatado a zero:

 

Rui Patrício - Defendeu um penálti aos 43', impediu in extremis um golo cantado aos 86': o melhor guarda-redes da Europa está em excelente forma, como voltou a demonstrar. O melhor em campo.

 

Schelotto - Correu muito mas nem sempre bem. E de tanto correr esquece-se por vezes que a sua missão principal é defender lá atrás. Cometeu um penálti desnecessário por chegar tarde ao corte. Saiu aos 62'.

 

Coates - Não anda bem, como ficou comprovado neste desafio - confirmando o que já tinha ficado patente no jogo anterior. Lento, nervoso, perde sucessivos confrontos individuais. Mau alívio aos 64'. Muito faltoso.

 

Rúben Semedo - O nosso melhor defesa. Pelo menos três grandes cortes - aos 45', 48' e 70'. Único senão: falhou uma intercepção aos 60', abrindo uma avenida ao transportador de bola que Patrício parou fazendo a mancha.

 

Jefferson - Jesus premiou a sua boa actuação anterior fazendo-o alinhar como titular na lateral esquerda - a maior surpresa do onze inicial. O brasileiro cumpriu no essencial. Grande cruzamento aos 44'. Em campo até ao minuto 73.

 

William Carvalho - Alternou bons passes de ruptura (26' e 36', por exemplo) com outros nem sempre bem dirigidos. Mas assumiu-se sem rodeios como patrão do meio-campo até sair, aos 73'.

 

Adrien - Infatigável, como é seu costume, e exímio a inventar linhas de passe para os colegas. Actuou apenas na primeira parte: Jesus quis poupá-lo a excessivo desgaste, já a pensar na jornada inaugural do campeonato.

 

João Mário - Sabe jogar muito mellhor do que tem demonstrado nesta pré-temporada. Parece um pouco apático e desinteressado em aplicar a sua melhor arma: a superioridade no um-para-um. Saiu aos 61'. 

 

Bruno César - Voluntarioso, como sempre. Enviou uma bomba com o seu pé-canhão que rasou o poste aos 29'. Outro bom remate aos 32', mas apontado à figura do guarda-redes. Só jogou meia partida.

 

Bryan Ruiz - Jesus apostou nele como segundo avançado, articulando com o argentino Ruiz para compensar a ausência inicial de Slimani. Isolado aos 22', optou por um chapéu ao guarda-redes, que defendeu. Saiu aos 61'.

 

Alan Ruiz - Não é ponta-de-lança mas actuou nessa posição enquanto titular. Aos 40', foi dele o melhor remate da primeira parte - defesa difícil do guardião do Nice. Bom cabeceamento aos 44'. Substituído aos 62'.

 

Petrovic - Entrou na segunda parte como médio de construção, ocupando as funções de Adrien. Cerebral, demonstrou saber ler o jogo. Mas falta-lhe a intensidade e a dinâmica do campeão português.

 

Gelson Martins - Jogou a segunda parte e voltou a mostrar (bom) serviço. Melhorou mais ainda após a entrada de João Pereira, com quem fez boas tabelinhas. Dinamizou a ala direita sem descurar missões defensivas.

 

Iuri Medeiros - Em campo desde o minuto 61, voltou a desperdiçar uma oportunidade para agarrar um lugar no plantel principal do Sporting. Parece pouco confiante: quase nada lhe sai bem, a começar pelas bolas paradas.

 

Podence - Protagonizou o caso mais estranho deste jogo: Jesus fê-lo entrar aos 61', rendendo João Mário, e mandou-o sair aos 85', para dar lugar a Bruno Paulista. Desta vez mal se deu por ele em campo.

 

João Pereira - Entrou aos 62'. Claro entrosamento com Gelson Martins, criando sucessivos lances desequilibradores no flanco direito para contrariar a apatia na ala oposta. Muito combativo, foi melhor que Schelotto.

 

Slimani - Para ele não existem jogos a feijões. Entrou aos 62': quatro minutos depois já colhia aplausos com um excepcional toque de calcanhar a desmarcar Podence. Grande pontapé à meia-volta aos 86'. Só lhe faltou um golo.

 

Marvin - Substituiu Jefferson aos 73', sem vantagem para a equipa. Só foi à frente uma vez, cruzando para a área, iam já decorridos 86'. Tem um raio de acção demasiado curto para as ambições leoninas.

 

Meli - Em campo desde o minuto 73', substituindo William Carvalho, tentou abrir linhas de passe para os colegas sem ser bem-sucedido. Faltam-lhe rotinas de jogo, o que se compreende. Mas tem bom toque de bola.

 

Bruno Paulista - Entrou aos 85' como uma espécie de prémio de consolação após a desastrosa partida anterior, em que foi titular. Mal deu para mostrar o que vale.

As primeiras impressões (7)

Não podemos ficar satisfeitos com o teste desta noite, no estádio do Algarve, frente ao Bétis de Sevilha - 10.º classificado do campeonato espanhol. Perdemos (2-3) e sobretudo revelámos clamorosas falhas defensivas neste desafio em que não actuaram Rúben Semedo (lesionado), Adrien e João Mário.

Jorge Jesus fez alinhar pela primeira vez nesta pré-temporada Bruno Paulista - que teve responsabilidade num dos golos - e Paulo Oliveira, fazendo igualmente entrar o argentino Meli, reforço de Verão, em estreia absoluta com a camisola do Sporting. Recebeu muitas palmas. E pareceu ter gostado. Deu para perceber que o médio argentino tem bom toque de bola.

Vale a pena também salientar o primeiro golo de Alan Ruiz, a passe de Bryan Ruiz. Um ensaio de dupla atacante a prevenir a ausência de Slimani, que estará fora da jornada inaugural da Liga 2016/17 por necessidade de cumprir um castigo.

Estivemos aliás a vencer, logo a partir dos 17'. Mas tudo virou em três minutos, entre os 27' e os 29', com dois golos da equipa andaluza. Daí até ao fim limitámo-nos a correr atrás do prejuízo.

No segundo tempo, com a equipa a perder 1-2, Jesus substituiu todos os jogadores de campo, mantendo-se apenas Rui Patrício na baliza. O Sporting acabou por lucrar com estas mudanças em catadupa, passando a actuar com mais intensidade e a trocar melhor a bola. Destaque para o sérvio Petrovic, que fez a melhor exibição da pré-temporada, os nossos laterais (João Pereira e Jefferson) a revelarem muito dinamismo e Slimani de novo a marcar, pela segunda partida consecutiva, com um grande golo de cabeça.

Golo insuficiente, ainda assim, para impedir a derrota. Ainda há muitas arestas a limar na nossa equipa a escassos nove dias do início do campeonato.

 

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Apreciação sucinta dos nossos jogadores:

 

Rui Patrício - Noite ingrata para o nosso guarda-redes, traído pelo seu quarteto defensivo. Pecou por algum imobilismo no segundo golo. No terceiro pareceu mal colocado.

 

Schelotto - Exibiu o voluntarismo a que já nos habituou enquanto esteve em campo, no primeiro tempo. Mas por vezes parece dosear mal o esforço. Bom remate aos 7', levando o primeiro sinal de perigo à baliza do Bétis.

 

Coates - Uma decepção. O uruguaio teve responsabilidades directas nos dois golos sevilhanos marcados na primeira parte, Falha de cobertura aos 27', claramente batido aos 29' - ambas as vezes por Rúben Castro. Saiu ao intervalo.

 

Naldo - Melhor do que o seu colega do eixo central. Mas falhou a intervenção no lance que viria a gerar o terceiro golo do Bétis, não estando também imune à sucessão de erros defensivos. Substituído aos 74'.

 

Marvin - Uma das piores exibições. De uma falha de cobertura no corredor à sua guarda nasce o golo inaugural do Bétis. Intervenção quase nula no processo ofensivo. Esteve em campo até ao minuto 60.

 

William Carvalho - Parece diminuir de rendimento nos desafios em que Adrien não o complementa no trabalho do meio-campo. Foi o caso hoje, em que esteve uns pontos abaixo da sua média. Saiu ao intervalo.

 

Bruno Paulista - Foi uma das surpresas de Jesus neste jogo: voltou à titularidade nove meses depois. Bom remate à baliza (22'). Mas seis minutos depois perdeu a bola no eixo central: daí nasceria o segundo golo do Bétis. Saiu aos 60'.

 

Bruno César - Exibição demasiado discreta do nosso médio esquerdo, ainda à procura do seu registo ideal. Teve o mérito de nunca complicar, ao contrário de alguns colegas. Substituído aos 60'.

 

Bryan Ruiz - Bons apontamentos do costarriquenho, que jogou em apoio directo ao ponta-de-lança improvisado, Alan Ruiz. Cumpriu com uma assistência para golo. Só actuou na primeira parte.

 

Alan Ruiz - Estreou-se a marcar pelo Sporting, logo aos 17', com um remate de carrinho dando a melhor sequência a um centro primoroso de Bryan. Substituído aos 60', certamente com a sensação de missão cumprida.

 

Paulo Oliveira - Regressou enfim às exibições após longa assistência, entrando no segundo tempo. Notou-se a falta de ritmo no lance do terceiro golo do Bétis, em que ficou preso de movimentos, sem acompanhar o rematador.

 

João Pereira - Jogou a segunda parte, notando-se que luta com muita energia pela disputa da titularidade na lateral direita. Velocidade, dinâmica e bom entrosamento com os colegas dianteiros. Falta afinar a qualidade nos crizamentos.

 

Petrovic - A melhor exibição do sérvio até agora. Em campo desde o minuto 46, revelou segurança no apoio à defesa e mostrou maior qualidade de passe. Tentou até o remate de meia-distância, chutando forte e com perigo aos 67'.

 

Podence - Entrou na segunda parte, insuflando mobilidade e criatividade na nossa linha ofensiva. Apontamentos de qualidade, sobretudo no passe curto, combinando bem com João Pereira em tabelinhas na ala direita.

 

Iuri Medeiros - Em campo desde o minuto 60. Poucas coisas lhe saíram bem. Quando deve passar, agarra-se à bola. Quando lhe pedem criatividade, perde o controlo da jogada. Nem nas bolas paradas fez a diferença.

 

Slimani - Muitos aplausos sublinharam a sua entrada em campo, aos 60'. Correspondeu às expectativas com um belo golo de cabeça (75'). Lutou sempre pela posse da bola. E envolveu-se em missões defensivas. Foi hoje o melhor Leão.

 

Palhinha - Voltou a ter uma exibição positiva, formando duplo pivô com Petrovic a partir do minuto 60, o que atenuou o ímpeto atacante dos sevilhanos. Vai à luta, não desiste de um lance. Dobrou bem os laterais sempre que necessário.

 

Jefferson - Substituiu Marvin aos 60' com notória vantagem para a equipa, conduzindo vários lances de ataque pelo seu flanco. Marcou de forma perfeita um livre aos 75' que funcionou como assistência para o golo de Slimani.

 

Meli - Boa estreia do reforço argentino, em campo desde os 60'. Envolveu-se em vários lances de ataque no eixo central, com tendência a encostar-se à ala direita. Bons pormenores técnicos e vontade óbvia de mostrar trabalho.

 

Ewerton - Substituiu Naldo aos 74'. Não comprometeu, ao contrário de vários dos seus colegas do sector mais recuado.

As primeiras impressões (6)

O melhor jogo da pré-temporada leonina terminou há pouco em Alvalade, perante mais de 30 mil adeptos. Com uma vitória do Sporting frente ao Wolfsburgo que nos permitiu conquistar mais um Troféu Cinco Violinos.

A primeira parte - em que jogámos com o onze-base que terminou a temporada anterior, já com os nossos quatro campeões europeus reintegrados na equipa - foi muito mais positiva, com claro domínio verde e branco sobre a turma alemã. A nossa vitória (2-1) foi construída nesse período: os jogadores trocaram bem a bola, revelaram muita mobilidade e fizeram uma exibição convincente. Mostrando uma inegável vivacidade e alegria por regressarem aos desafios no relvado, aspecto que merece ser assinalado.

Após o intervalo, Jorge Jesus foi fazendo sucessivas alterações, deixando apenas Rui Patrício em campo, o que afectou a qualidade global da equipa. Foi nesse período que os alemães marcaram o seu golo solitário, insuficiente para travarem a derrota. Mas podiam ter empatado se Rui Patrício não fizesse uma excelente defesa aos 69' - o guarda-redes titular da selecção que conquistou o Euro 2016 merece aliás ser mencionado como o melhor jogador desta partida.

Alguns dos suplentes deram boas provas, outros nem por isso. Mas todos precisam de mais minutos de jogo para ganharem automatismos, desenvolverem destreza muscular e mostrarem o que valem no plano táctico.

Um dos poucos que permaneceram no banco foi Barcos. Sinal evidente de que o treinador não contará com ele. Ninguém tem dúvidas: precisamos de um reforço urgente na frente atacante. Ou talvez mesmo dois.

 

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Apreciação sucinta dos nossos jogadores:

 

Rui Patrício - Qualidade indesmentível. Duas defesas monumentais: uma aos 42', a remate de Ricardo Rodríguez, outra aos 69', travando Kruse, isolado à sua frente. Merece ser distinguido como o melhor em campo.

 

Schelotto - Bastante mais contido do que nos tem habituado, sobretudo nas incursões ofensivas. A defender, voltou a exibir segurança e solidez. A lateral direita parece bem entregue. Saiu aos 65'.

 

Coates - Outra exibição muito positiva, sobretudo na articulação com Rúben Semedo no eixo da defesa. Magistral corte aos 41'. Substituído aos 76'.

 

Rúben Semedo - Voltou à titularidade, evidenciando classe: é um dos jogadores que mais tem evoluído sob o comando de Jesus. Tudo lhe sai bem. Aos 44', pôs fim a um contra-ataque perigoso. Saiu aos 77'.

 

Marvin - A sua melhor exibição da pré-temporada. Foi combativo e arriscou mais incursões pelo seu flanco, sem descurar a vigilância defensiva. Substituído aos 65'.

 

William Carvalho - Regresso em boa forma, com a qualidade de passe que bem conhecemos. Foi o maior distribuidor de jogo da equipa, complementando bem a acção de Adrien na fase de construção ofensiva. Saiu aos 76'.

 

Adrien - O dínamo da equipa, que pauta naturalmente o ritmo de jogo colectivo do Sporting. Marcou muito bem o nosso segundo golo, de penálti (34'). Saiu aos 55', visivelmente cansado, sob uma chuva de merecidos aplausos.

 

Bruno César - Outra boa exibição. Muito dinâmico na ala esquerda, fez um cruzamento perfeito para o primeiro golo e cavou o penálti de que resultaria o segundo. Ainda um grande remate a rasar o poste (31'). Substituído aos 77'.

 

João Mário - Menos explosivo do que nos habituou, demonstrou alguns pormenores de grande classe, sobretudo na forma como domina e transporta a bola. Mas soube a pouco. Saiu ao intervalo.

 

Bryan Ruiz - Com Adrien de regresso, voltou a adiantar-se no terreno. E jogou desta vez no eixo do ataque, tendo Slimani à sua frente, posição em que parece render melhor. Muito marcado pela defesa alemã. Saiu aos 76'.

 

Slimani - O estádio quase veio abaixo quando o argelino regressou aos golos, aos 26'. Com excelente gesto técnico: recebeu a bola de costas, fez uma rotação com ela dominada, driblou Dante e fuzilou. Saiu aos 55', muito aplaudido.

 

Iuri Medeiros - Jogou toda a segunda parte, no lugar de João Mário. Acusa algum excesso de ansiedade, mas vai melhorando de desafio para desafio. Precisa de entrosar melhor com os companheiros de ataque.

 

Palhinha - Outra exibição positiva. Entrou aos 55', com a responsabilidade de substituir Adrien. Mais retraído do que o campeão europeu na fase de construção, foi sobretudo útil no apoio ao nosso eixo defensivo. Cumpriu.

 

Alan Ruiz - Esteve em campo desde o minuto 55, mas não propiciou à equipa as soluções que Slimani fornece no ataque. Hoje pareceu um pouco mais lento e preso de movimentos do que nos jogos anteriores.

 

Jefferson - Substituiu Marvin aos 65'. Tem os defeitos e os atributos simétricos aos do seu companheiro: mais lesto e ousado no ataque, mais inconstante a defender. Podia ter feito melhor no golo alemão, sofrido aos 78'.

 

João Pereira - Rendeu Schelotto ao minuto 65. Os centros não lhe saíram bem e revelou alguma dificuldade em acompanhar o extremo do Wolfsburgo. Mas nunca vira a cara à luta nem desiste do combate, o que justifica elogio.

 

Podence - Entrou aos 76'. Precisa de ganhar traquejo após uma boa época na equipa B. Jesus poderá contar com ele na Liga 2016/17. Destaque para uma grande simulação que possibilitou um golo a Aquilani, infelizmente falhado.

 

Aquilani - Pena ter falhado o golo que Podence ajudou a construir para ele, quase no fim do jogo. Entrou aos 76', para o lugar de William Carvalho. Sabe jogar, mas parece faltar-lhe sempre um suplemento de ânimo.

 

Ewerton - Substituiu Coates aos 76'. Podia ter feito muito melhor no lance do golo alemão, ocorrido em parte devido a uma falha de marcação sua. Está muito longe da forma ideal.

 

Naldo - Rendeu Rúben Semedo aos 77'. Tem disciplina táctica e sentido posicional, embora lhe falte a qualidade de passe do colega. Cumpriu no essencial.

 

Matheus Pereira - Entrou aos 77', cheio de vontade de mostrar serviço, o que lhe aumenta os níveis de ansiedade. Fez dois bons centros para Podence, já no tempo extra. Qualquer deles podia ter dado golo.

As primeiras impressões (5)

O Sporting continua sem vencer nos jogos mais relevantes desta pré-temporada. Hoje terminou empatado a zero com o Villarreal, quarto classificado do campeonato espanhol, num jogo realizado em Badajoz, sob calor intenso, para a atribuição do Troféu Ibérico.

O impasse no marcador forçou o desempate por grandes penalidades. Dois dos nossos falharam: Slimani e Rúben Semedo. Apesar de o guarda-redes Azbe Jug ter defendido um penálti, o troféu foi para a equipa espanhola.

É o que menos interessa. Vale a pena assinalar que o Sporting exibiu hoje mais consistência defensiva, revelou ritmo de jogo, mostrou jogadores em bom plano e dispôs até de maior número de oportunidades de golo, dominando toda a segunda parte.

Tivemos mais uma bola ao poste: foi a terceira em dois desafios consecutivos. E houve enfim um golo de Barcos, embora anulado por um contestável fora de jogo posicional de Coates nesse lance.

Falta afinar rotinas de jogo. E falta sobretudo que regressem quatro jogadores nucleares: os nossos quatro campeões europeus. É quanto basta para fazer a diferença, acreditamos muitos de nós.

Eu acredito.

 

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Apreciação sucinta dos nossos jogadores:

 

Azbe Jug - Na baliza durante os 90 minutos, fez uma boa defesa a remate de Soldado (34'). Destacou-se sobretudo ao defender um penálti, na fase do desempate final: não chegou para nos atribuir o troféu mas foi um sinal muito positivo.

 

João Pereira - Exibição insuficiente. Muito retraído, mal se integrou no processo ofensivo. Uma fífia em zona perigosa poderia ter originado golo do Villarreal (41'). Só jogou a primeira parte.

 

Coates - Mais nervoso e faltoso do que é costume, não teve o nível exibicional a que já nos habitou. Fora de jogo, fez-se à bola no lance do golo de Barcos, invalidando-o. Em campo só durante os primeiros 45 minutos.

 

Naldo - Exibição irrepreensível. Atento às dobras, complementando bem a acção dos colegas, entendeu-se com todos. Ajudou a neutralizar Soldado, goleador do Villarreal. Só foi substituído aos 81'.

 

Jefferson - Não complicou nem deslumbrou. Procurou ser objectivo e empurrar a equipa para a frente, nem sempre com sucesso. Jogou apenas durante a primeira parte.

 

Petrovic - Continua preso de movimentos, parecendo aìnda à procura do seu espaço. Claramente insuficiente na produção de jogo ofensivo. Abandonou o campo aos 43', com queixas físicas.

 

Bryan Ruiz - AInda lento, sem a qualidade de passe nem o sentido posicional demonstrado na Liga 2015/16. Tentou aos 33' um golo de pontapé de bicicleta, sem conseguir. Substituído aos 68'.

 

Bruno César - Voluntarioso como sempre. Começou desta vez por jogar a médio central. Livre muito bem marcado aos 45'. Aos 88', fez um excelente passe que foi quase meio golo. Merecia que Matheus tivesse correspondido.

 

Iuri Medeiros - Procura acertar, mas continua precipitado. E falha por vezes o tempo de decisão, como ficou bem evidente no lance em que atirou a bola ao poste, já no tempo extra, após cruzamento soberbo de Slimani.

 

Alan Ruiz - Voltou a causar boa impressão. O seu melhor momento foi um fortíssimo remate aos 21', que o guardião espanhol defendeu com dificuldade. Aos 45' fez uma assistência para o golo de Barcos, anulado. Saiu aos 61'.

 

Barcos - Enfim, marcou. Boa movimentação na área, correspondendo da melhor forma a um passe de Alan Ruiz. Mas teve azar: o golo foi anulado por deslocação de Coates, que se fez ao lance. Não regressou do intervalo.

 

Palhinha - Substituiu Petrovic aos 43'. Com vantagem para a equipa. Mais posicional e com melhor visão de jogo do que o internacional sérvio, reforçou o bloco defensivo e assegurou bem a ligação ao sector ofensivo.

 

Rúben Semedo - O mais tecnicista dos nossos defesas, substituiu Coates na segunda parte. Repõe sempre a bola em jogo com muita qualidade de passe. No final, marcou o penálti com pouca convicção: foi o seu ponto fraco.

 

Schelotto - Melhor em campo. Substituiu João Pereira na segunda parte e deu logo mais dinamismo à ala, ganhando sucessivos confontos individuais. A defender nunca complica: sozinho, travou um perigoso contra-ataque aos 84'.

 

Marvin - Substituiu Jefferson no segundo tempo. Continua a denotar défice atacante. E abusou dos atrasos ao guarda-redes. Num deles, obrigou Jug a uma defesa difícil (69'). Outro, em zona proibida, foi salvo por Rúben (74').

 

Podence - Foi a sua exibição mais modesta nesta pré-temporada. Substituindo Barcos na segunda parte, voltou a revelar grande mobilidade. Mas demorou por vezes a libertar a bola, abusando dos dribles.

 

Slimani - Entrou aos 61'. Pressionou sempre a defesa adversária, como é seu timbre. Fez um grande cruzamento aos 92' - quase assistência para um golo que Iuri falhou. Nos penáltis, foi o primeiro a bater mas não conseguiu marcar.

 

Matheus Pereira - Entrou aos 68', rendendo Bryan Ruiz, e jogou encostado à linha, do lado esquerdo. Quer mostrar serviço mas continua sem conseguir. Muito bem servido, aos 88' e aos 90', falhou dois possíveis golos.

 

Ewerton - Substituiu Naldo aos 81'. Exigia-se dele um bom entendimento com Rúben Semedo no eixo da defesa. Missão cumprida.

As primeiras impressões (4)

Equipa apresentada aos sócios hoje em Alvalade, com novo relvado e três campeões europeus justamente ovacionados (faltou João Mário). Trinta mil pessoas no estádio a assistir à recepção ao Lyon, vice-campeão francês.

Foi um bom teste à equipa - o melhor até agora nesta temporada. O resultado é o que menos importa nestes amigáveis, embora seja sempre preferível ganhar. Nâo conseguimos: os franceses venceram por 1-0, aproveitando uma falha defensiva leonina no início da segunda parte.

Ao intervalo o marcador permanecia em branco.

Jorge Jesus foi fazendo sucessivas substituições, fazendo entrar em campo um total de 22 jogadores - o equivalente a duas equipas. Só Bruno Paulista se manteve no banco. Adrien e William Carvalho, ainda de férias, apenas surgiram para a ovação inicial. Regressam para a semana.

No capítulo defensivo, e apesar do golo sofrido, estivemos melhor do que nos desafios anteriores, faltando afinar alguns pormenores que deverão ser superados sem dificuldade. O quarteto inicial parece bem posicionado para figurar no onze titular inicial da nova temporada. Não esqueçamos que o Sporting foi a equipa menos batida na Liga 2015/16.

No plano ofensivo é necessário melhorar a mobilidade e a criatividade. É certo que hoje tivemos duas bolas aos postes: uma por Barcos, outra por Naldo. Mas soube a pouco.

Quanto aos reforços, por enquanto eis a única certeza: Alan Ruiz parte com vantagem para integrar o onze-base, prefigurando-se como o mais sério candidato a acompanhar Slimani na frente de ataque. Isto se o argelino se mantiver no Sporting, como todos desejamos.

 

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Apreciação sucinta dos nossos jogadores:

 

Azbe Jug - Jogou os primeiros 45 minutos, desta vez sem sofrer golos. Mas continuou a revelar insegurança. Gelou Alvalade com uma defesa incompleta, aos 16', largando a bola em zona frontal.

 

Schelotto - Actuou com dores após ter sofrido uma falta dura. Jesus manteve-o em campo até aos 68'. Nota positiva para o italo-argentino, o nosso lateral mais ofensivo. Rematou forte aos 15'. Grande cruzamento para Slimani aos 63'.

 

Coates - Exibição positiva, com bons cortes e desarmes. Por duas vezes causou calafrios à defesa francesa, em lances de bola parada. Único senão: foi incapaz de travar Lacazette no lance do golo. Saiu aos 77'.

 

Rúben Semedo - Jogou com a habitual confiança, desembaraçando-se bem da bola, mas não está isento de culpa no golo que sofremos, tendo sido ultrapassado por Rafael, extremo do Lyon. Saiu aos 68'.

 

Marvin - Mantém o defeito que lhe tenho apontado com frequência aqui: raras vezes se integra na dinâmica ofensiva da equipa. Voltou a pecar neste domínio. Esteve em campo até ao minuto 68.

 

Petrovic - A melhor exibição do internacional sérvio nesta pré-temporada, sobretudo quando fez parceria com Palhinha durante a segunda parte. Continua a pecar no capítulo do passe longo: arrisca pouco ou nada. Saiu aos 77'.

 

Bryan Ruiz - Agora com o n.º 10 na camisola, voltou a jogar na habitual posição de Adrien, onde não mostra o seu melhor. Na segunda parte adiantou-se no terreno mas ainda está preso de movimentos. Saiu aos 62'.

 

Gelson Martins - Muita vontade de mostrar serviço, muito talento à flor da pele nas jogadas individuais, disciplina táctica ao integrar-se na manobra defensiva. Assistiu Barcos num remate ao poste (10'). Substituído aos 62'.

 

Bruno César - Ainda à procura da melhor forma, hoje não ultrapassou o plano do razoável. Boa abertura para Schelotto aos 15', pouco mais a registar. Jogou apenas durante a primeira parte.

 

Alan Ruiz - O argentino voltou a merecer nota positiva. Combativo, desequilibra nos confrontos individuais. Tentou o golo aos 26' e novamente aos 51', desta vez servido por Podence. Não marcou por pouco. Saiu aos 62'.

 

Barcos - Mais um jogo sem marcar. No entanto, desta vez acertou no poste. Iam decorridos 10', o lance parecia promissor. Mas foi-se apagando e foi errando demasiados passes. Já não regressou do intervalo.

 

Rui Patrício - Ainda de férias, fez questão de sentar-se no banco e pediu ao técnico para jogar na segunda parte: mais uma prova de dedicação à equipa e aos adeptos. Foi ele a sofrer o golo, aos 53', embora sem qualquer culpa.

 

Palhinha - Entrou na segunda parte para fazer dupla com Petrovic como médio de contenção. Exibição positiva. Ajudou a dar equilíbrio defensivo à equipa, tornando-a mais consistente no corredor central.

 

Podence - Novamente o jogador mais em evidência. Substituiu Barcos na segunda parte, esticando o nosso jogo. Bom na finta, na dinâmica e na visão periférica. Grandes passes aos 73', 83' (de calcanhar) e 87' (isolando Slimani).

 

Slimani - Para ele não existem amigáveis: todos os jogos são a sério. Entrou aos 62': no minuto seguinte já cabeceava à baliza. Ocasião soberana para marcar aos 87', mas quis fazer tudo sozinho. Parece muito motivado.

 

Matheus Pereira - Entrou aos 62' com nítida vontade de mostrar serviço, mas as intenções foram melhor do que os resultados. Podia ter marcado aos 77': falhou por precipitação. Tem talento para render muito mais.

 

Iuri Medeiros - Entrou aos 62'. Marcou muito bem um livre curto aos 70': a bola, cabeceada por Naldo, embateu no poste. A partir daí foi-se enervando: lento a decidir, dispôs de oportunidades que não conseguiu aproveitar.

 

João Pereira - É um jogador sempre combativo, como demonstrou em campo, a partir do minuto 68. Falta-lhe por vezes em fôlego o que lhe sobra em energia anímica. Hoje não chegou para fazer a diferença.

 

Naldo - Entrou aos 68' e parecia ter fome de golo. Dois minutos depois, chegando-se à frente numa bola parada, cabeceou ao poste: a sorte não o acompanhou nesse lance. Exibição positiva.

 

Jefferson - Entrou aos 68'. Fez as habituais deambulações pela ala, nem sempre consequentes. Perdeu a cabeça aos 85', empurrando um adversário. Recebeu amarelo. Num jogo menos amigável o cartão poderia ter outra cor.

 

Aquilani - Em campo desde o minuto 77, substituindo Petrovic. A sua melhor intervenção ocorreu já no tempo extra, com um belo passe em profundidade que merecia ter encontrado melhor desfecho.

 

Ewerton - Substituiu Coates aos 77'. Desconcentrou-se num lance que poderia ter originado perigo, mas corrigiu o lapso recuperando a bola.

As primeiras impressões (3)

Segue-se a apreciação sumária do desempenho dos nossos jogadores na goleada hoje sofrida em Lausana, frente ao PSV.

 

Stojkovic. Inseguro, mal batido em pelo menos dois dos golos, um dos quais resultou de uma defesa incompleta sua. Não pode ser ainda o eventual substituto de Rui Patrício. Nem sequer anda lá perto.

 

João Pereira. Sem pedalada para as cavalgadas da equipa holandesa, falhou uma intercepção da bola, dando origem ao segundo golo, e foi incapaz de acompanhar o marcador do terceiro. Substituído aos 64'.

 

Naldo. Cometeu um penálti aos 5' e parece ter ficado marcado por esse lance. Irregular nas coberturas e longe de revelar bom entendimento com Ewerton no eixo da defesa.

 

Ewerton. Apático, sem energia anímica. Escorregou na grande área e demorou a levantar-se. Quando finalmente se posicionou, o PSV acabava de marcar o quarto golo. Saiu aos 79', aparentemente lesionado.

 

Jefferson. Um desastre. Abriu literalmente uma avenida para a equipa adversária marcar o quinto golo, aos 55'. Quatro minutos depois, repetiu a dose: só não foi golo porque não calhou. Saiu aos 64'.

 

Aquilani. Está em campo fisicamente, mas parece estar ausente em parte incerta. Marcou um livre de forma displicente. Expulso aos 34', ao receber o segundo amarelo. Pouco tinha feito até aí.

 

Palhinha. Procurou acertar, mas a exibição esteve muito longe do que prometia. Melhor momento: um passe longo para Alan Ruiz, aos 32'. Embrulhou-se com Petrovic na segunda parte. Saiu aos 64'.

 

Iuri Medeiros. Tal como Palhinha, esforçou-se para mostrar serviço sem conseguir. Poucas incursões atacantes no seu flanco. Agarrou-se por vezes demasiado à bola. Substituído aos 64'.

 

Podence. O melhor do Sporting. Destacou-se no primeiro tempo, enquanto teve forças. Bom cruzamento aos 30' para Matheus - melhor jogada colectiva da equipa. Foi recuando por imposição táctica. Saiu aos 64'.

 

Matheus Pereira. Carregado em falta por dois adversários quando se infiltrava na área: seria penálti. O árbitro não fez caso. Mas ficou aquém do que se esperava dele. Já não regressou na segunda parte.

 

Alan Ruiz. Foi dele o único remate leonino à baliza. Aos 32', a passe de Palhinha: remate forte, com o pé esquerdo, para defesa difícil do guarda-redes do PSV. Ainda pouco móvel. Saiu aos 64'.

 

Petrovic. Entrou na segunda parte. Pouco dinâmico, incapaz de fazer um passe longo e sem acertar posições com Palhinha. Parece jogar demasiado com os olhos. É insuficiente.

 

Schelotto. Entrou aos 64', quando Jesus substituiu cinco jogadores para evitar maior goleada. Esforçado, mas sem brilhantismo. Anda com os nervos demasiado à flor da pele, o que lhe tira discernimento.

 

Marvin. Em campo desde os 64'. Competia-lhe fazer melhor do que Jefferson, o que não era difícil. Fechou razoavelmente o corredor esquerdo e atreveu-se por vezes a atacar.

 

Bryan Ruiz. Entrou aos 64', substituindo Podence. Ainda lento, preso de movimentos e jogando numa posição em que não se sente muito confortável. Alguns pormenores de classe, mas todos inconsequentes.

 

Gelson Martins. Procurou sacudir o marasmo ofensivo desde que entrou para o lugar de Iuri, aos 64'. Trouxe algum dinamismo, mas a equipa continuou com um futebol curto e previsível.

 

Slimani. Ajudou a pressionar mais à frente ao entrar para o lugar de Alan Ruiz (64'). Tentou passes, mas com pouco sucesso. Procurou rematar, mas sem sucesso algum.

 

Rúben Semedo. Em campo desde o minuto 80, rendendo o lesionado Ewerton, pareceu ser o elemento mais confiante da defensiva leonina. E também aquele que saía com a bola mais controlada.

 

Ryan Gauld. Substituiu Palhinha aos 85'. Primeira oportunidade na pré-temporada para mostrar o que vale. Quase não conseguiu. Talvez merecesse mais tempo em campo, mas foi o que se arranjou.

As primeiras impressões (2)

Segundo jogo de preparação do Sporting nesta temporada. Com um onze totalmente diferente daquele que ontem alinhou frente ao Mónaco.

Desta vez o nosso adversário era o modestíssimo Stade Nyonnais, da terceira divisão suíça. Nada que nos permita avaliar devidamente os reforços da nossa equipa e a dinâmica que começa a desenvolver.

 

Devo dizer que só vi a primeira parte. Que terminou com o Sporting a vencer 3-0 (com dois golos de penálti). Na segunda parte, a turma suíça reduziu para 3-1.

Mesmo só tendo acompanhado meio jogo, tomei algumas notas. Reparto-as com vocês aqui.

 

Vladimir Stojkovic, jovem sérvio de 19 anos nascido em Portugal e sobrinho do nosso ex-guarda-redes homónimo, mostrou-se em melhor nível do que o seu colega esloveno Azbe Jug no jogo de ontem. Pelo menos na primeira parte manteve a nossa baliza invicta, repetindo as exibições da época passada na equipa B.

 

Na defesa, destaque para as movimentações de João Pereira (hoje com a braçadeira de capitão) pela ala direita e de Jefferson no flanco oposto. Com ligeira vantagem para o português, autor do nosso segundo golo, iam decorridos 27': pareceu-me melhor a centrar e mais ousado na manobra atacante. Por seu turno, o brasileiro sacou um livre aos 36'. Daí resultou um penálti (por mão na bola) que o próprio Jefferson converteu. O nosso terceiro golo, aos 37'.

 

Dupla de centrais hoje composta por Paulo Oliveira e Naldo. Melhor o brasileiro, com bons cortes aos 29' e 33'. Paulo Oliveira, que chegou a ser titular leonino na primeira volta de 2015/16, parece inseguro.

 

Palhinha procurou mostrar o que vale como titular. Não mostrou muito. A posição de médio defensivo exige mestria nos passes longos e sabedoria na ligação dos sectores. O melhor da sua exibição na primeira parte foi uma recuperação aos 33' seguida por um contra-ataque que ele próprio conduziu com a dinâmica que se impunha.

Como médio central, numa posição vital da transição ofensiva, Aquilani transmitiu sempre um sensação de relativa apatia. Ficou como exemplo um remate ao lado do poste esquerdo da baliza suíça, aos 26': o italiano podia e devia ter feito melhor.

 

Na posição de médios alas, destacaram-se Bruno César pela esquerda e Iuri Medeiros pela direita. Pareceu-me melhor o brasileiro, um dos jogadores preferidos de Jorge Jesus. Jogou e fez jogar: sacou o primeiro penálti aos 11' e fez um remate bem colocado aos 23'.

Iuri, querendo dar nas vistas, destacou-se na condução de um ataque à meia hora de jogo. Soube a pouco.

 

O lituano Spalvis, um dos reforços desta temporada, alinhou de início. Mal se deu por ele. Bem servido, desperdiçou duas ocasiões de golo - aos 32' e aos 35'.

Em muito melhor plano esteve o argentino Alan Ruiz, outro reforço. Vi-o jogar hoje pela primeira vez e confesso que gostei do que observei. Marcou o nosso primeiro golo - de penálti, sem vacilar, aos 12': o castigo máximo resultara aliás de um fulminante passe dele. E assistiu João Pereira no segundo golo leonino. Na primeira parte, foi o melhor em campo.

Promete ser uma figura em destaque neste Sporting 2016/17.

 

As primeiras impressões

Espero que se confirme a regra: um mau início da pré-temporada pode indiciar uma boa época.

Se assim for, o Sporting terá dias risonhos pela frente. Porque neste primeiro jogo de preparação mais a sério, concluído há pouco na Suíça frente ao Mónaco, a nossa equipa teve uma exibição fraquíssima. Com um resultado a condizer: perdemos 1-4. A turma treinada por Leonardo Jardim dominou durante quase todo o encontro. E venceu sem margem para dúvidas, com golos de Germain (12'), Falcão (23' e 66') e Carrillo (82').

Só Podence, marcador do solitário golo leonino aos 21', sobressaiu no nosso onze titular, empurrando-o para a baliza monegasca na primeira parte. Mas valeu-lhe de pouco o esforço. Com quatro dos nossos titulares ausentes (Rui Patrício, William Carvalho, Adrien e João Mário), ficou bem evidente que a equipa está muito emperrada e necessita de ganhar ritmo de jogo.

A maior curiosidade era espreitar o desempenho do nosso principal reforço até agora: o internacional sérvio Petrovic, de 27 anos, oriundo do Dínamo de Kiev. É cedo para ajuizar. E é muito mais prematuro especular sobre a possibilidade de termos aqui um eventual sucessor de William Carvalho na posição de médio defensivo. Esperemos para ver.

 

................................................

 

Apreciação sucinta dos nossos jogadores:

 

Azbe Jug - Quando Rui Patrício está ausente, nota-se ainda mais a sua importância. O jovem guarda-redes esloveno pareceu mal batido em dois dos golos e mostrou-se sempre intranquilo.

 

Schelotto - Primeira parte desastrosa. Os dois primeiros golos foram construídos pela sua ala. Voltou a ser batido em velocidade duas outras vezes. Em notória quebra física na segunda parte.

 

Coates - Pareceu preso de movimentos: precisa de ganhar automatismos nesta fase de preparação. Mostrou-se demasiado lento na jogada do terceiro golo do Mónaco.

 

Rúben Semedo - O nosso melhor defesa. Confiante, com boa qualidade técnica e capacidade de passe, bloqueou as vias de acesso à baliza leonina pelo seu lado. Um esforço insuficiente.

 

Marvin - Continua tímido a atacar, o principal defeito que lhe notei na época passada. Perdeu vários confrontos individuais e revelou alguma falta de confiança.

 

Petrovic - Chega a Alvalade com boas credenciais que precisa de comprovar em campo. Tem físico e parece com vontade de acertar. Hoje esteve pouco móvel, demasiado contido, muito próximo dos centrais. Saiu aos 64'.

 

Gelson Martins - Pouco resultou da sua parceria com Schelotto na nossa ala direita. Foi por ali que o Mónaco mais atacou, causando sucessivos calafrios ao Sporting. Saiu aos 64'.

 

Bryan Ruiz - Ostentou a braçadeira de capitão. Pareceu um pouco ausente da partida. Falhou um golo aos 46' por querer adornar o lance. Demasiado discreto. Saiu aos 74'.

 

Matheus Pereira - Bons apontamentos, mas intermitentes. Um remate com perigo aos 36'. Grande passe para Bryan, desperdiçado dez minutos depois. Voluntarioso mas por vezes precipitado. Saiu aos 64'.

 

Podence - De longe o nosso melhor jogador na partida. Marcou aos 21': justa recompensa pelo seu desempenho como segundo avançado. Desmarcou-se bem e serviu com qualidade e precisão. Saiu aos 64'.

 

Barcos - Ainda não foi desta que vimos um golo dele. Mas podia ter marcado se correspondesse da melhor maneira a um excelente passe de Podence aos 60'. Saiu quatro minutos depois.

 

Palhinha - Substituiu Petrovic. Prometia mais do que mostrou. Muito contido, demasiado encostado aos centrais, não evitou progressão de Falcão no terceiro golo do Mónaco. Exibição modesta.

 

Iuri Medeiros - Substituiu Gelson Martins. Mal se deu por ele. Foi prejudicado por ter entrado no flanco direito já com Schelotto esgotado: as combinações com o italo-argentino não resultaram.

 

Bruno César - Substituiu Matheus Pereira. Outro jogador demasiado discreto. Rende mais quando joga sobre a ala, sem necessidade de recorrer a movimentações interiores, com hoje sucedeu.

 

Teo Gutiérrez - Substituiu Podence. Algumas tabelinhas com Slimani não chegaram para provocar boa impressão. O argelino fez-lhe quase uma assistência para golo aos 89'. Mas o colombiano chutou ao lado.

 

Slimani - Substituiu Barcos. Única entrada que pareceu beneficiar a nossa manobra colectiva. Dois bons passes para Teo, aos 79' e 89'. Cabeceamento aos 85', ainda sem a intensidade a que nos habituou.

 

Jefferson - Substituiu Marvin. Sem vantagem para a equipa. Se o holandês se revelou totalmente inofensivo na transição ofensiva, o brasileiro limitou-se a seguir-lhe o exemplo.

 

Aquilani - Substituiu Bryan Ruiz. Tal como na época passada, joga pelo seguro e procura abrir linhas de passe. Mas parece faltar-lhe sempre um suplemento de entusiasmo. Hoje a regra confirmou-se.

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