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És a nossa Fé!

Faz hoje um ano

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Faz hoje um ano. O Sporting Clube de Portugal, interrompendo um penoso jejum que se prolongou por 19 anos, sagrava-se enfim campeão nacional de futebol do primeiro escalão. Vencendo em casa o Boavista.

Não foi um triunfo à tangente, longe disso. Conquistámos o título a duas jornadas do fim, com a nossa maior pontuação jamais conseguida à 32.ª jornada (82 pontos) e após 25 rondas consecutivas no comando da prova, em que nos mantivemos invictos.

 

Nunca esquecerei esse dia. Um dos mais emocionantes de sempre desde que acompanho esta modalidade, desde miúdo. 

Serei eternamente grato ao nosso presidente, ao nosso treinador e acima de tudo aos nossos 28 jogadores campeões da Liga 2020/2021 que lembro aqui, por ordem alfabética:

Adán

Antunes

Borja

Coates

Dário

Daniel Bragança

Eduardo Quaresma

Feddal

Gonçalo Inácio

João Mário

João Pereira

Jovane

Luís Maximiano

Matheus Nunes

Matheus Reis

Neto

Nuno Mendes

Nuno Santos

Palhinha

Paulinho

Plata

Pedro Gonçalves

Porro

Sporar

Tabata

Tiago Tomás

Vietto 

Wendel

 

Sintam-se à vontade para partilharem aqui as vossas recordações do glorioso dia 11 de Maio de 2021, que recordo com uma alegria imensa.

Faz hoje um ano

Íamos na frente, com mais seis pontos que o FCP

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Pedro Gonçalves saudado pelos colegas ao marcar contra o Famalicão em casa (1-1)

 

A 13 de Abril de 2021, em contagem decrescente para a conquista do título, liderávamos o campeonato. Mas tínhamos acabado de sofrer um sobressalto: empate em casa com o Famalicão, por 1-1.

Nada animador, até porque era o segundo consecutivo: em duas jornadas, víamos fugir quatro pontos. E o adversário seguia em 13.º na tabela classificativa.

Pedro Gonçalves - com cabelo oxigenado - emergia como quase-herói por ter marcado o golo que nos valeu o pontinho em Alvalade. Era o seu 16.º da temporada. O segundo artilheiro da equipa, Nuno Santos, só tinha sete.

Nuno Mendes e Porro, recém-chegados das respectivas selecções, tiveram exibições muito discretas no relvado leonino. Feddal «esteve irreconhecível» , como aqui assinalei no rescaldo do desafio. Tiago Tomás, muito apagado, aos 56' - servido de bandeja por Coates - atirou para as nuvens a 10 metros da baliza. Mas o destaque pela negativa recaiu em Jovane, que já no tempo extra falhou a dois passos da linha de golo, colocando o pé de forma deficiente, ao ponto de a bola ter saído muito ao lado.

Alguns apontávamos o dedo a Paulinho. Ao longo de toda a partida, nem um remate à baliza dos minhotos.

 

E que mais?

Igualávamos a nossa melhor série de jogos consecutivos sem perder. Algo que só antes sucedera na vitoriosa temporada de 2001/2002, sob o comando de Laszlo Bölöni. E mantínhamos a liderança do campeonato: 66 pontos, em 78 possíveis, fruto de 20 vitórias e seis empates. Levando seis de avanço sobre o FC Porto, nosso principal perseguidor, e mais nove do que o Benfica de Jorge Jesus.

Mesmo com esses dois empates, continuávamos a ser a equipa menos batida da Liga 2020/2021: apenas três sofridos em 26 jornadas.

Lierávamos há 19 rondas consecutivas. E éramos a única equipa sem derrotas.

 

Nada disto evitava que o nervosismo imperasse entre os adeptos. Um leitor do És a Nossa Fé, Luís Barros, escreveu: «Amorim falhou pela segunda vez nas opções que fez e demonstrou algum nervosismo durante quase todo o jogo.(...)  Vejo os principais adversários a jogar com mais atitude e contando ainda com mais soluções no banco.»

Outro leitor, AHR, desabafava: «O futebol do Sporting não tem extremos. Tem dois defesas que vão à linha de fundo de quando em vez. Como é possível ter um futebol de ataque com um esquema destes?» Adiantavam-se sugestões. «Recuperar Plata, que foi uma gazua que funcionou bem nalguns jogos e quem sabe até Luiz Phelippe se fisicamente a um nível já capaz, talvez não fosse mal», recomendava João Gil.

 

E, claro, não faltavam os letais. Que já aproveitavam para ajustar contas com treinador, jogadores, dirigentes - dizendo mal de tudo e de todos.

Alguns punham-se aos gritinhos reclamando «eleições antecipadas».

 

Foi há um ano exacto. Lembram-se?

Sabemos hoje como tudo terminou.

Folhetim do Verão passado

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31 de Julho

A Bola: «Palhinha em Inglaterra»

 

15 de Agosto

A Bola: «Palhinha "paga" Pedro Gonçalves»

 

21 de Agosto

A Bola: «CSKA está em Lisboa e sobe parada por Palhinha»

 

24 de Agosto

A Bola: «Roma e Sevilha para Acuña e CSKA para Palhinha»

 

26 de Agosto

A Bola: «João Palhinha aguarda CSKA»

 

27 de Agosto

A Bola: «Palhinha olha para Inglaterra»

 

28 de Agosto

A Bola: «Palhinha no CSKA rende 12 milhões»

 

30 de Agosto

A Bola: «Palhinha para fechar esta semana»

 

31 de Agosto

A Bola: «Palhinha fechado esta semana»

Faz agora um ano

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Faz agora um ano, a Jumentude andava a espalhar tarjas pelas auto-estradas e vias rápidas deste país contra a Direcção leonina e acusava publicamente o próprio clube de ser "caloteiro". Numa tentativa deliberada de destruição do Sporting.

«Está à vista de todos que estes órgãos sociais não têm as mínimas condições para continuar a liderar o Sporting Clube de Portugal. Façam um favor ao Sporting e demitam-se, sejam democráticos e dêem palavra aos verdadeiros donos do clube, os sócios.» Pérolas como estas eram escritas, dia após dia, nas redes sociais. E logo uns palermas tratavam de repeti-las um pouco por toda a parte. Sem perceberem que estavam a ser instrumentalizados por uma clique que mais não ambicionava senão assaltar o poder. Ela sim, pondo em causa a vontade dos sócios. Ela sim, derespeitando as instituições legítimas mandatadas pelo voto democrático menos de dois anos antes.

Vergonhosamente, alguns núcleos do Sporting entravam na dança e acusavam também publicamente a Direcção de práticas ilícitas. Em sintonia com os jumentos, urravam: «Acorda Sporting.»

Como milito contra a amnésia, aqui recordo alguns desses núcleos movidos pelo ódio a Frederico Varandas: Vila do Conde, Póvoa de Varzim, Barcelos, Quinta do Conde e Batalha. Na altura, escrevi aqui: «É um comportamento execrável, como nunca vi. Espero que os sócios desses núcleos recusem ser cúmplices desta atitude vergonhosa de quem ainda os dirige.» Reitero hoje tudo quanto escrevi.

Nunca vi qualquer destes sujeitos, tanto da claque como dos núcleos, fazer mea culpa. Isto significa que o inimigo continua dentro de portas, à espera do menor pretexto para voltar à carga. Não tenhamos ilusões.

Faz hoje um ano

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Imediatamente antes do jogo Sporting-Aves, que marcou a estreia de Rúben Amorim como treinador do Sporting, houve junto ao nosso estádio uma manifestação contra o presidente Frederico Varandas com a presença de largas centenas de adeptos e a entusiástica adesão da chamada Juventude Leonina.

A manifestação acabou por se prolongar nas bancadas do estádio, sobretudo na curva sul, de onde logo no início da partida já se escutavam indignadíssimos gritos não apenas contra os dirigentes do clube mas contra os próprios jogadores. 

«Estavam decorridos apenas 15 minutos quando começaram a escutar-se, de forma bem audível, vaias insistentes aos jogadores leoninos, cruzadas com gritos como "joguem à bola", "corram", "chutem". Quando será que estes adeptos perceberão que um ambiente tão hostil só perturba e desconcentra a equipa?» Palavras minhas, escritas no rescaldo desse jogo, que terminou com vitória do Sporting (2-0, golos de Sporar aos 62' e Vietto aos 64').

 

Fazendo uso da liberdade que me assiste, deixei claro antes da partida que não participaria naquela manifestação. E expliquei porquê. 

Num texto de que transcrevo este excerto:

«Há duas atitudes que nunca tomei nem tomarei: assobiar quem preside ao clube enquanto estou na bancada do Estádio José Alvalade e integrar protestos públicos em dias de jogo. Desde logo porque uma coisa e outra desestabilizam a equipa e dão alento aos nossos adversários. E eu apoio sempre a equipa - seja quem for o presidente, seja quem for o treinador.»

E mais este: 

«Respeito quem se manifestar mas considero um erro que este protesto público ocorra imediatamente antes do Sporting-Aves - tratando-se ainda por cima do jogo em que se estreia o sucessor de Silas, que a partir de hoje é o timoneiro do plantel leonino, gostemos ou não do tempo e do modo como foi contratado.»

Para concluir: «Serei sempre o último a contestar o direito à manifestação. Mas estarei sempre entre os primeiros que advogam uma separação clara entre dia de protesto e dia de jogo. É quanto basta para não aparecer lá.»

 

Na caixa de comentários, reagindo ao que escrevi, logo apareceu o antigo presidente Bruno de Carvalho, que à epoca aqui surgia com alguma regularidade. Com tanta rapidez, nesse dia, que até foi um dos primeiros a comentar:

«Não se preocupe, Pedro. A sua presença será dispensável porque os verdadeiros sportinguistas (a escumalha...) estarão em grande número na manifestação. Toda a gente que lê este espaço sabe qual o tipo de presidente que agrada ao Pedro, por isso fique lá a ver o jogo deste novo Sporting treinado pelo benfiquista fanático e liderado pelo inenarrável dr. Coragem (o homem que salvou o Sporting...). Estamos todos "estristes", menos o Pedro...»

 

Tudo isto a 8 de Março de 2020.

Relendo hoje o que ficou escrito, não tenho a menor dúvida em concluir de que lado estava a razão. 

E aproveito para alargar o debate aos leitores. Para que possam também pronunciar-se sobre o tema.

Amorim um ano depois

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Faz hoje um ano, Rúben Amorim era anunciado como treinador do Sporting, ainda sem ter habilitação própria para o efeito. Por decisão arriscada (e na altura muito contestada) do presidente Frederico Varandas.

A 3 de Março de 2020, o futebol leonino sofria a sua enésima crise exibicional, reflectida nos medíocres resultados. Sofremos nova derrota, por 1-3, dessa vez com o Famalicão - por irónica coincidência, agora treinado por Silas. Igualámos o nosso máximo de derrotas numa temporada (15) e víamos o Braga quatro pontos à frente.

Insolitamente, foi o próprio Silas a revelar o nome do sucessor, em conferência de imprensa, nessa noite em que Varandas lhe apontou a porta de saída.

Amorim seria apresentado aos sócios dois dias depois. E logo ali fez a diferença, com um discurso claro, descontraído e sem sombra de crispação - em perfeito contraste com o tom tristonho e macambúzio do técnico anterior. 

 

Estreou-se no banco a 8 de Março, um domingo. Último dia em que muitos de nós estivemos no estádio, acompanhando então o Sporting-Aves, que terminou com vitória leonina por 2-0 - golos de Sporar e Vietto que apenas surgiram na recta final numa partida em que jogámos contra nove desde os 20 minutos.

Valha a verdade que o ambiente era de cortar à faca, o que nada ajudou a equipa. Nesse princípio de tarde, pouco antes do jogo, houve uma manifestação promovida pela Juve Leo que juntou centenas de adeptos exigindo a demissão de Varandas. E estavam decorridos apenas 15 minutos do desafio quando começaram a escutar-se, de forma bem audível, vaias insistentes aos jogadores leoninos, cruzadas com gritos como «joguem à bola», «corram», «chutem». Vaias e gritos que funcionavam como oxigénio para a equipa adversária. 

 

Esse triunfo num ambiente tão complicado, no estádio e fora dele, seria a famosa "estrelinha" do novo treinador já a funcionar?

Nesse dia, abandonámos Alvalade ainda cheios de dúvidas, muito longe de estarmos convencidos. E nem fomos às bifanas, como era costume: rumámos logo a casa. O coronavírus já rondava.

Acabaram os jogos ao vivo, mas Amorim vingou como treinador. O melhor que passou pelo Sporting, pelo menos desde Laszlo Boloni. Hoje não restam dúvidas: foi uma excelente opção do presidente. Que não devolveu só a esperança e a alegria aos adeptos: tem tudo encaminhado para devolver o Clube ao patamar que merece, no topo do futebol nacional.

 

Venho saber a vossa opinião sobre Rúben Amorim.

Que balanço fazem deste seu trajecto de um ano ao serviço do Sporting? 

Faz hoje um ano

 

Nunca antes tinha acontecido: mais de dois mil comentários nos 22 textos que mereceram maior destaque em Julho de 2018. Esta estatística era aqui destacada a 4 de Agosto de 2018.

Por curiosidade, os mais comentados foram estes:

Hoje giro eu - Bruno acabou com a nostalgia de Cintra. Do Pedro Azevedo, com 207 comentários.

Tanto já feito em tão pouco tempo. Texto meu, com 146 comentários.

O que os jagunços disseram. Texto meu, com 134 comentários.

Faz hoje um ano

 

Iam longe os tempos em que Bruno de Carvalho pedia aos adeptos para não lerem os jornais, sobretudo os pertencentes ao grupo Cofina. Agora era ele próprio a tomar a iniciativa de conceder entrevistas a esses jornais.

Aconteceu há um ano. Em entrevista ao Record, o presidente cessante do Sporting - entretanto suspenso de sócio - disparava em diversas direcções, bem ao seu estilo. Contra Frederico Varandas, Jaime Marta Soares, Álvaro Sobrinho, José Maria Ricciardi, Sousa Cintra, Torres Pereira, Jorge Jesus. E até contra Carlos Vieira, que fora seu vice-presidente até mês e meio antes. Quase ninguém escapava da fúria vingativa do sucessor de Godinho Lopes.

 

No dia seguinte, 3 de Agosto de 2018, comentei aqui essa entrevista.

Nos termos que passo a transcrever parcialmente.

 

«O que afirma nesta cavaqueira o presidente destituído - e agora suspenso por um ano de associado do Sporting?

Mais do mesmo: não assume um erro (nem sequer a prosa miserável que publicou no facebook rebaixando os jogadores, logo após o jogo em Madrid contra o Atlético, futuro vencedor da Liga Europa). Não faz um mea culpa.

Lança lama sobre as pessoas que escolheu e aceitaram trabalhar com ele (vice-presidentes, presidente da Mesa da Assembleia Geral, treinador, director clínico), faz insinuações rasteiras a torto e direito, enche a entrevista com frases do habitual rancor azedo, próprio de quem está de mal com o mundo.

Vive numa espécie de realidade paralela, alimentando-se da sua delirante megalomania e de inifinitas teorias da conspiração. Imagina-se um estadista mas só tem conversa de porteira - sem desprimor para as porteiras.

São, bem ao seu estilo, declarações de um queixinhas.

Faz a todo o tempo juízos de (mau) carácter sobre ex-colaboradores directos e gente que integrou a sua comissão de honra e até foi convidada para o seu badalado casamento no Mosteiro dos Jerónimos, coincidente com o Dia do Clube.

Garante que só ele soube exercer o poder no Sporting mas, relativamente a tudo quanto ocorreu de mal, aponta a responsabilidade sempre para terceiros. Deixando-nos definitivamente esclarecidos quanto a falhas de carácter.»

Faz hoje um ano

 

Bruno de Carvalho, suspenso de sócio durante um ano por decisão unânime da Comissão de Ficalização, viu-se forçado a abandonar a corrida eleitoral. Ainda antes de ter verdadeiramente entrado nela.

Mas não ficou só. O ex-vice-presidente Carlos Vieira e os restantes ex-membros do Conselho Directivo destituídos na assembleia revogatória de 23 de Junho foram também suspensos - por dez meses. Excepto Luís Roque, que recebeu a pena mais leve: apenas uma repreensão registada.

Obviamente, ninguém ficou surpreendido com esta notícia difundida faz hoje um ano. A começar pelos visados.

 

Carvalho concedeu naquele dia uma inenarrável entrevista ao jornal Record - pertencente ao grupo Cofina, que ele antes fazia questão em diabolizar perante os sócios. Afirmando que a responsabilidade do assalto a Alcochete terá sido dos jogadores (que não saíram do balneário, etc.) e de alguém de dentro, em clara alusão a Frederico Varandas, então seu mais recente ódio de estimação.  Aludiu a supostas manipulações fotográficas (incluindo a imagem de Bas Dost, que correu mundo), afinal supostamente encomendadas. No fundo, nesta disparatada tese, tudo se resumira a uma cabala para o tramar.

«Isto tudo é mau demais. É um ocaso, demorado, doloroso. Que seria pungente se não fosse perverso, tão perverso», reagiu o JPT.

 

Entretanto, Zeferino Boal - que desistiu antes de ir a votos, imitando o que fizera em 2011 - passava-se de armas e bagagens para a candidatura de José Maria Ricciardi. Cabendo-lhe de imediato o importante pelouro dos núcleos leoninos.

«Deve ser boa carta de recomendação: eis um desistente nato a quem oferecem sempre mais do que ele parece disposto a dar», comentei aqui a 2 de Agosto de 2018.

Faz hoje um ano

 

No dia em que se assinalava um ano de existência da nossa rubrica diária A Voz do Leitor, as notícias mais em evidência no Sporting relacionavam-se com o apoio de Peter Schmeichel ao candidato João Benedito, a chegada do guarda-redes Renan por empréstimo e as pressões leoninas para o ansiado regresso de Slimani

Além do anúncio, mais que esperado, da desistência de Zeferino Boal ainda antes de ter formalizado a candidatura à presidência do Sporting. Ninguém ficou surpreendido.

 

E o que se escrevia por cá nesse dia 1 de Agosto de 2018?

 

Palavras do Ricardo Roque:

«Julgo que, cada um à sua maneira, todos sentiremos saudades de Bruno de Carvalho (BdC). Desde este blogue, pelas estatísticas fantásticas que atingimos, à CMTV (e respetivo jornal) pelas audiências e share alcançado, passando por todas as outras TV´s e jornais, desportivos em 1ª linha. Se nos recordarmos do discurso vitorioso de BdC contra a comunicaçao social em geral, após os 90% alcançados na célebre assembleia de fevereiro dos estatutos, não podemos deixar de soltar um sorriso pela ironia que provoca a situação.»

 

Palavras do António de Almeida:

«Ao ver a apresentação da candidatura de José Maria Ricciardi à presidência do Sporting Clube de Portugal, fico com a sensação que surgem fora de tempo. O timing perfeito teria sido 2011, em lugar de terem apoiado Luís Godinho Lopes. Teríamos sido poupados a dois anos catastróficos, que tiveram como consequência os cinco de insanidade que atravessámos e dos quais a muito custo estamos a sair.»

Faz hoje um ano

 

Seguem-se, nos parágrafos mais abaixo, excertos de textos publicados no És a Nossa Fé a 31 de Julho de 2018. Dia em que Frederico Varandas formalizou a entrega da sua lista de candidatos a todos os órgãos sociais leoninos - incluindo Francisco Salgado Zenha, como vice-presidente com o pelouro financeiro, Rogério Alves, como presidente da Mesa da Assembleia Geral, e Joaquim Baltazar Pinto, como presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar.

 

Meu:

«Tivemos três jogadores na selecção que acaba de vencer o Campeonato Europeu de sub-19: Thierry CorreiaMiguel Luís e Elves Baldé. É o momento de perguntar aos responsáveis desportivos do Sporting - e a todos os candidatos à eleição de 8 de Setembro - o que pretendem fazer com a formação em geral e estes jovens jogadores em particular. Para que não se percam, como tantos outros, de empréstimo em empréstimo e de tropeção em tropeção.»

 

Do Ricardo Roque:

«São precisas equipas multidisciplinares, que façam o acompanhamento desportivo mas também escolar e acompanhem de perto a própria situação familiar dos miúdos. A Academia precisa de ser refundada através duma espécie de regresso às origens, formando jogadores e homens e dotando o Sporting de ativos, quer em termos de desempenho desportivo quer depois em termos de sustentabilidade do clube com a sua valorização e reconhecimento pelo mercado.»

 

Do António de Almeida:

«Se porventura a candidatura mais votada acabar eleita com uma votação residual, proponha uma alteração estatutária no sentido de incluir uma segunda volta no próximo acto eleitoral e promova eleições antecipadas. Atender às pretensões dos signatários deste documento está para mim totalmente fora de hipótese, que espero não venha a merecer qualquer credibilidade por parte da actual Comissão de Gestão ou da Mesa da Assembleia Geral...»

 

Do José da Xã:

«As próximas eleições, ao invés do que seria de esperar, vão dividir ainda mais o Sporting e os sportinguistas. Os defensores do presidente destituído continuam numa demanda contra tudo e todos, seguindo o seu mentor. Vivem assentes no pressuposto de quem não está comigo está contra mim.»

 

Do JPT:

«Aqui entre nós, deixemo-nos de coisas, um Espírito Santo não pode pertencer à direcção de um grande clube português. Muito menos ser presidente. O primo do ex-DDT que tenha juízo e fique lá entre a sua malvada parentela e clube de escroques.»

Faz hoje um ano

 

José Maria Ricciardi entrava faz hoje um ano na corrida presidencial do Sporting.

Nesse mesmo dia, 30 de Julho de 2018, o António de Almeida comentava essa notícia nestes termos:

«Frederico Varandas terá que se acautelar com a entrada em cena de José Maria Ricciardi, porque o seu candidato para Presidente da Mesa da Assembleia-Geral, Rogério Alves, é advogado de José Maria Ricciardi e admitiu, há menos de um mês, a possibilidade de o presidente do clube e o presidente da SAD não serem a mesma pessoa. Bem sei que Frederico Varandas já afirmou que tenciona exercer o cargo de presidente da SAD, caso venha a ser eleito, mas nesta altura, com várias teorias conspirativas já a circular, precisa de o reiterar de forma clara e inequívoca. Rogério Alves, para não se tornar num activo tóxico para Frederico Varandas, terá que alinhar pelo mesmo diapasão e distanciarem-se ambos da candidatura de José Maria Ricciardi. Qualquer tentativa de fusão envolvendo as candidaturas não acrescenta votos e diminui as possibilidades do médico, que partiu com enorme vantagem, cortar a meta em primeiro lugar.»

Faz hoje um ano

 

Ao fim da tarde da véspera, realizara-se o jogo de apresentação da equipa, em Alvalade, frente ao Olympique de Marselha, finalista vencido da Liga Europa e que contava nas suas fileiras com jogadores como o brasileiro Luiz Gustavo e o francês Payet, ambos titulares das respectivas selecções.

Éramos cerca de 29 mil no nosso estádio. Momento alto: os vibrantes aplausos que soaram nas bancadas a saudar os regressos de Bas Dost e Bruno Fernandes. Muitas palmas também para outro regressado: o campeão europeu Nani.

Os franceses marcaram logo aos 4', devido a um monumental frango de Viviano - última contratação do consulado de Bruno de Carvalho. O golo do empate, que ditou o resultado, foi apontado por André Pinto aos 61'.

 

Naturalmente, houve vários comentários aqui no blogue. Mas, devido à hora tardia do jogo, só foram publicados no dia seguinte, 29 de Julho de 2018. Faz hoje um ano.

 

Do Pedro Azevedo:

«Entre os substitutos, Jovane Cabral ofereceu mais audácia atacante que Matheus Pereira e Bruno Gaspar e Raphinha deram mais profundidade nas alas do que Ristovski e Nani, respectivamente, haviam dado no primeiro tempo. Mas o melhor jogador voltou a ser Bruno Fernandes (recebeu de Nani a braçadeira de capitão). Dos seus pés sairia a jogada do golo do empate, com um cruzamento perfeito para um André Pinto que marcaria à segunda tentativa.»

 

Meu:

«Bas Dost e Bruno Fernandes, por esta ordem, foram os dois jogadores ontem mais aplaudidos em Alvalade. Era o que faltava para se fechar de vez um contencioso que nunca devia ter existido. Nós, os adeptos que estivemos no estádio, tratámos disso. Por maioria esmagadora.»

 

Do António de Almeida:

«De enorme significado os aplausos a Bas Dost e Bruno Fernandes, demonstrando sem margem para dúvidas que a razão foi recuperada no Sporting a 23 de Junho. A loucura, a intolerância, o despotismo e a demência são passado, um pesadelo que não queremos tornar a viver…»

 

Do Edmundo Gonçalves:

«Gostei de ver a bola rolar de novo em Alvalade. Gostei da apresentação. Gostei dos aplausos aos regressados. Bas Dost merecia-os, mesmo tendo-se ficado pela rescisão. Há que sarar as feridas. (...) Não gostei de ver a braçadeira de capitão em Bruno Fernandes. Não gostei do frango do Viviano, quase ao nível do frango de Patrício na última jornada da época anterior. Não gostei da feira de vaidades no camarote presidencial, exalava um cheiro característico.»

Faz hoje um ano

 

Por vezes a história repete-se mesmo: faz hoje um ano, a notícia do dia no Sporting era o iminente regresso de Battaglia. Não na sequência de uma lesão, como agora acontece, mas após o assalto a Alcochete e a consequente rescisão, por vontade do jogador, do contrato que o ligava ao nosso clube. Sousa Cintra, enquanto líder transitório da SAD, conseguiu resgatar o médio argentino - algo que parecia quase impossível escassas semanas antes.

 

Aqui no blogue, nesse dia de apresentação da equipa aos adeptos, a peça de fundo ficou a cargo do Pedro Bello Moraes.

Um excerto desse texto:

«Quando forem 20h30 lá estaremos nos nossos lugares a acreditar nos nossos e a apoiá-los. Confiança e orgulho no emblema de tal forma grandes que reduzem à mais reduzida insignificância o incessante ruído carvalhista, esse lixo tóxico que insiste em poluir o clube para mero benefício próprio. É também por causa dessa desmesurada nódoa (inapagável) na história do Sporting que hoje sairei de casa para voltar a casa, à minha casa, aquela casa de onde despejámos o inquilino com pretensões a ser seu proprietário.»

Faz hoje um ano

 

Foi falso alarme: Luís Figo mandara dizer que talvez se candidatasse à presidência do Sporting, mas faz hoje um ano anunciava que afinal não participaria nesse combate.

«Resta saber o que o levou a poupar-se a tal maçada. Se as duríssimas declarações de José Maria Ricciardi contra ele, há poucos dias, dizendo que «isto não está para crianças ou amadores», se a opinião dos nossos leitores, que por larga maioria deixaram claro no És a Nossa Fé que Figo não contaria com o voto deles», reagi de imediato aqui, num deliberado exercício de ironia.

 

O Francisco Melo criticava a Comissão de Gestão e o treinador José Peseiro por terem prescindido de Francisco Geraldes na época prestes a começar. «Anda alguém cego», comentou. Em óbvia alusão ao Ensaio Sobre a Cegueira, o livro que Geraldes tinha sido fotografado a ler no intervalo de um treino.

A propósito, anotei: «Espero que não se confirme a perspectiva de que este Sporting 2018/2019 seja aquele que, em largos anos, incluirá menos jogadores da nossa formação. Desejo que tal cenário não se concretize. Porque o considero inaceitável.»

 

Também nesse dia 27 de Julho de 2018, igualmente sobre o tema da formação, o Pedro Azevedo escreveu uma longa reflexão, lembrando os jogadores utilizados nas últimas épocas em que fomos campeões.

Eis um breve trecho do que concluiu:

«Assim, como está, é que não, não é caminho e esta época será aquela em que teremos menos jogadores da nossa formação. Em conformidade, temo pelo nosso futuro. Sinceramente. Não se trata só da nossa sustentabilidade, é a nossa cultura enquanto clube que está a ser posta em causa e já há alguns anos.»

Faz hoje um ano

 

Faz hoje um ano, a 26 de Julho de 2018, formulei esta pergunta aqui no És a Nossa Fé: «Algum dos nossos leitores votaria em Sousa Cintra para a presidência do Sporting, caso o empresário fosse candidato na eleição de 8 de Setembro?»

Houve respostas para os mais diversos gostos: registaram-se 128 comentários.

 

Cinco exemplos:

- «Votava, mas não nestas eleições, terá de manter a palavra e não ser candidato»;

- «Não (salvo tratar-se, comparativamente, do melhor candidato ou do menos mau)»;

- «Gosto da pessoa de Sousa Cintra mas para a estatística fica um não»;

- «O Sporting deve procurar uma nova geração para liderar o clube e não voltar a agarrar-se a caras do passado (por muito mérito que tenham)»;

- «Depende do programa que desse à estampa. Mas não tenho dúvidas: entre as duas figuras da foto [a outra era Bruno de Carvalho], votava de cruz no Sousa Cintra».

Faz hoje um ano

 

«Ao que consta, houve um número de associados que perfazem 1500 votos que, de acordo com os estatutos, requereu uma AG extraordinária, com o objectivo de na ordem de trabalhos constar o ponto de aceitar todas as candidaturas que se apresentem. Claro que o que se pretende é que as candidaturas de Bruno de Carvalho e Carlos Vieira sejam aceites, que as outras serão recebidas e validadas de forma pacífica.»

Palavras do Edmundo Gonçalves, aqui publicadas a 25 de Julho de 2018. Acrescentando: «Curioso também o facto de Marta Soares ter dado instruções aos serviços para não receberem os sócios que carregavam as assinaturas.»

Com este remate dirigido em discurso directo ao presidente da Assembleia Geral leonina: «Que diabo, tem medo de quê, Marta Soares? que os 71% tenham ido de férias?»

 

O Pedro Azevedo, por sua vez, deixava aqui uma interrogação de outro género: «Francisco Geraldes emprestado ao Eintracht Frankfurt! É uma brincadeira de mau gosto, certo?»

Faz hoje um ano

 

Um texto apenas, escrito por mim, no dia 24 de Julho de 2018. Sob o título «Um abraço, Eduardo Barroso».

Reproduzo-o na íntegra:

«Eduardo Barroso é um grande sportinguista, de alma e coração. Foi presidente da Mesa da Assembleia Geral do nosso clube, comentador televisivo de cachecol verde e branco, articulista num dos jornais diários portugueses - sempre em defesa do seu clube de sempre. Do nosso clube.

É por vezes excessivo nas palavras e na entoação com que as pronuncia. Mas ninguém nega o seu sportinguismo militante. Exemplar, a vários títulos.

Escrevo estas breves linhas para lhe desejar um rápido restabelecimento na sequência do susto que apanhou há dias, quando o coração lhe vacilou, forçando-o a um internamento hospitalar no Algarve. Com um abraço que torno extensivo ao seu filho Eduardo Garcia da Silva, que já foi nosso colega aqui no blogue. Votos calorosos de boas melhoras.»

Faz hoje um ano

 

Excerto de alguns textos aqui publicados a 23 de Julho de 2018.

 

Meu:

«Faz hoje um mês, o Sporting virou a página. Afundava-se num abismo de consequências imprevisíveis, com um presidente totalmente descontrolado, que viu dezenas de elementos da principal claque do clube assaltarem e destruírem instalações da academia em Alcochete, agredindo jogadores e elementos da equipa técnica em lamentáveis imagens que deram a volta ao mundo, enquanto ele encolhia os ombros, declarando que fora "chato", e rumava a um jantar num restaurante fino da capital.»

 

Do António de Almeida:

«Faz um mês que uma esmagadora maioria de sócios nos livrou do traste e de então para cá, regressaram Bas Dost e Bruno Fernandes, apareceram várias candidaturas com diferentes visões para o clube, a situação financeira está a ser resolvida.»

 

Do José da Xã:

«Termino com um veemente apelo aos adeptos sportinguistas: - não apupem os jogadores, treinadores ou dirigentes do Sporting; - não assobiem jogadas menos conseguidas dos jogadores leoninos. A equipa necessita, essencialmente, de paz.»

Faz hoje um ano

 

A pré-temporada leonina começava a rolar. O treinador José Peseiro dispensava dois avançados: Doumbia e Castaignos - tendo este sido um dos maiores fiascos de que há memória em Alvalade nas últimas épocas. 

Piccini rumava ao Valência, por 10 milhões de euros, após ter permanecido apenas uma temporada no Sporting, onde fez boas exibições como lateral direito.

Sousa Cintra, líder provisório da SAD leonina, prestava declarações públicas desfazendo alguns rumores que já circulavam sobre as suas eventuais ambições de curto prazo: «Eu não me vou candidatar, nem vou apoiar ninguém. Quero ficar isento.»

 

Quanto à pré-campanha na altura em curso no Sporting, resumi-a aqui nesse dia 22 de Julho de 2018:

Frederico Varandas - Leva larga vantagem em relação aos demais.

João Benedito - Apareceu tarde mas começou bem.

Fernando Pereira - Anda pelo país profundo, tarda em vir à tona.

Madeira Rodrigues - Incapaz de sair do ponto onde começou.

Dias Ferreira - Só promessas: ainda não se viu nada. 

Zeferino Boal - Outra falsa partida, como em 2011?

Bruno de Carvalho - Corre por fora, para local nenhum.

Carlos Vieira - Lidera a equipa B de Bruno de Carvalho.

Luís Figo - Agarrem-me, senão eu candidato-me.

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