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És a nossa Fé!

Circo

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Não deixa de ser curioso que dos três desportivos de hoje, apenas o "A Bola" se refere às declarações proferidas ontem pelo capitão da selecção nacional. Talvez porque os seus profissionais não estejam a gostar (quem gosta?) do despedimento colectivo em curso no periódico da Travessa da Queimada e finalmente estejam a quebrar as amarras que os prendem(ram) a uma linha editorial de subserviência a um clube e a um status quo que todos sabemos quais são. Assim como assim, direi eu, que se lixe a taça, pensarão.

Por ser quem é, por ter o estatuto que atingiu, por estar na idade em que um desportista já pode dizer o que lhe vai na realgana, Ronaldo, o nosso, do Portugal do desporto mas não apenas, maior representante, coloca o dedo na ferida e dá uma lição ao presidente da FPF e ao presidente da Liga Portugal, Fernando Gomes e Pedro Proença.

Estas declarações que deveriam fazer estes dois personagens pensar que caminho querem para o futebol português, cairão, tenho a certeza, em saco roto, porque como até um cego consegue ver, não é do interesse dos interesses (passe a redundância) instalados que as coisas mudem.

Nestas declarações de Ronaldo, com as quais quem gosta de futebol não pode deixar de estar de acordo, pode entender-se porque nunca equacionou voltar ao futebol português e ao Sporting. Como eu o compreendo.

Inaceitável

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Aconteceu no Estádio José Alvalade, há cinco dias, embora não por culpa da SAD do Sporting. Toda a responsabilidade deve ser imputada à Federação Portuguesa de Futebol, "inquilina" do nosso recinto para o jogo particular Portugal-Nigéria, de preparação para o Mundial (vitória portuguesa por 4-0).

Centenas de espectadores que pretendiam assistir ao jogo foram impedidos de entrar pelos assistentes de recinto desportivo só por usarem camisolas distribuídas pela Amnistia Internacional, semelhantes a coletes de trabalhadores da construção civil, com alusões críticas às violações dos direitos humanos no Catar e às mortes de centenas de operários imigrantes que sucumbiram em condições desumanas na construção dos estádios.

É totalmente inaceitável. Algo próprio de um Estado totalitário. E dói-me ainda mais por ter ocorrido no nosso estádio, embora à revelia da estrutura leonina. A FPF - instituição de utilidade pública, como lhe é reconhecido por diploma legal - não pode colocar-se à margem das normas constitucionais portuguesas.

Temos de dizer-lhes sem margem para dúvida: Portugal não é o Catar. E Alvalade não é coutada da FPF, mesmo em dias de jogos das selecções.

Tô xim, a contagem dos campeonatos

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É sempre perigoso reescrever a História.

Seja a história de João Vaz, actualmente, Maria João Vaz seja a história da contagem dos campeonatos de futebol.

A Telecel quando contratou aquela publicidade era um pastor, homem, que andava no campo com as suas ovelhas e atendia o telefone portátil (na altura era um tijolo, que pesava mais que as botas de travessas do Peyroteo, mas era o que havia).

Vamos reescrever a história e dizer que aquele João afinal era a Maria João?

O mesmo para os campeonatos nacionais de futebol.

O Campeonato de Portugal disputou-se de 1922 a 1938, a partir de 1935 disputou-se, também, a Liga Experimental.

Duas competições distintas, a primeira com todo o peso da tradição, a segunda como uma competição subalterna, os participantes desta Liga qualificavam-se  para o Campeonato de Portugal. A primeira Liga Experimental disputada, segundo os jornais da época, nem troféu teve.

Ora foi esta Liga Experimental que o Benfica, manhosamente, adicionou aos títulos de campeão nacional.

A minha proposta é simples e fácil de executar, até 1939, os títulos serão contabilizados com a designação da altura.

O Benfica acrescentaria ao palmarés três Ligas Experimentais e diminuiria três títulos de campeão nacional,  o Porto acrescentaria uma Liga Experimental e diminuiria um título de campeão nacional, os restantes clubes ficariam iguais.

Onde parou a polícia?

De onde estava não consegui ver nenhum policia dentro do campo, quer fossem de presença, spotters ou de intervenção.

Perguntei a um steward, não me soube responder.

Enquanto isso bombeiros, fotógrafos e adeptos nas primeiras filas da bancada levavam com tochas a arder.

Suponho que a organização do jogo fosse da FPF.

Se calhar estiveram a ver o jogo no Jamor com uns croquetes e umas minis a acompanhar...

SL

O Catar-22 e o Covid-19

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1. No último Europeu escrevi três postais sobre os jogos da selecção: Portugal-Hungria, Portugal-Alemanha, Portugal-França. Em todos coloquei, repetindo-me: "Como é óbvio contestei com vigor e sageza veterana o pendor conservador do nosso engenheiro seleccionador, antevendo uma deslustrada campanha sob tal "motorista". E elogiei a extrema capacidade do nosso engenheiro seleccionador - sempre avesso à fugaz embriaguês do espectáculo - montando uma equipa tacticamente irrepreensível, delineada para enfrentar os gigantes que se sucederão, e clarividente nas letais e oportunas alterações que decidiu, mostrando que iremos longe sob tal "motorista".".

Tal enfática repetição impôs-se, por um lado, para enfrentar o ferino diagnóstico do nosso lendário Otto Glória: "(Em Portugal) quando se perde o treinador é chamado de "Besta". Quando vence, de "Bestial".". Mas, por outro lado, e muito mais importante, porque gosto de Fernando Santos. Estou-lhe grato - como estará a esmagadora maioria dos portugueses, mesmo os que não são adeptos de futebol e até aqueles que estão fartos da orgia futebolística na imprensa e na sociedade - pelo enorme e esfuziante alegria de 2016, um momento lindo no país. E também pelo torneio que posteriormente ganhou, ainda que esse secundário mas que também nos alegrou. Alguns dirão que os triunfos se deveram à sorte do jogo, mas isso quer apoucar a boa condução da equipa nacional e fazer esquecer a competência do seleccionador - que foi eleito "treinador da década" na Grécia, coisa que não é de somenos - e tem uma longa e rica carreira. Mas gosto de Santos não só por gratidão, aprecio-lhe o perfil público, educado, simpático ainda que sempre tenso sob pressão, tão contrastante com o insuportável perfil abrasivo, e até gabarola, de alguns outros treinadores portugueses de sucesso, que todos conhecemos.

2. Dito tudo isto parece-me que a época de Santos na selecção está esgotada. Portugal tem um plantel seleccionável bastante bom, excelentes jogadores titulares em excelentes equipas de excelentes campeonatos, orientados por excelentes técnicos. E esse "ínclita geração" de jogadores preenche todos os sectores, ainda que talvez escasseie a verdadeira excelência em extremos puros e duros, "à antiga". E a selecção portuguesa joga mal, desde há muito, quantas vezes em repelões desordenados, numa quase demissão táctica, como se inacção racional face à esperança nos talentos que ali abundam. E muito do que vem ganhando se deve à fabulosa codícia de Cristiano Ronaldo.

Afirmar a fraca qualidade do futebol da selecção não é maledicência, nesta hora de derrota. Há tanto futebol na televisão, de clubes e de selecções, que a comparação torna evidente essa mediocridade. Vemos selecções jogar ordenamente, mesmo que tenham tão pouco tempo de treino como a portuguesa. Este deficiente futebol da selecção vem causando um enorme desperdício, um quase "deitar fora" desta(s) geração(ões) de futebolistas. Tal mostrou-se na medíocre campanha no Mundial-18, concluída nuns meros oitavos-de-final - numa equipa abúlica, pressionada, e tanto que incapaz de ganhar até ao modesto Irão e assim desperdiçar o acesso a uma sequência de sorteio mais fácil que a poderia ter conduzido tão longe, até porque galvanizando-a. Tal e qual se mostrou no Euro-20(1), também culminado nuns medíocres oitavos-de-final, num percurso desde logo prejudicado dado ter a equipa calhado num "grupo da morte" inicial (com Alemanha e França), exactamente devido à sequência de maus resultados que a fez tombar no "ranking" que ordena os sorteios.

Nesses dois grandes torneios torneios a abundância de bons jogadores, as extraordinárias exibições dos veteranos Cristiano Ronaldo e Pepe, o arreganho colectivo e alguma boa sorte, evitaram o péssimo. Mas conduziram - sempre - a resultados medíocres, ao tal desperdício de tombarmos apenas entre os melhores 16, manifestamente pouco para a qualidade do potencial do ror de seleccionáveis. Qualquer adepto, qualquer "treinador de sofá"  percebe isto, a sequência de resultados menores do que o possível. E mais ainda, Fernando Santos é seleccionador há já 7 anos. E todos podemos perceber que a equipa não flui, não joga sequer "à Santos". Pura e simplesmente, joga pouco. Dá a sensação, nada malévola, que Fernando Santos já não contribui. Já não tem soluções, é assim ele o problema.

3. Todos os ciclos se encerram. Quero crer que depois do triunfo do Euro-16 e da Liga das Nações, Santos teria completado o seu percurso de seleccionador após o Euro-20. Seria o normal em termos de selecção, após dois Europeus e um Mundial. Um outro seleccionador teria sido indicado - talvez Rui Jorge, se num rumo federativo, talvez um outro consagrado que estivesse disponível. Acontece que o Covid-19 atrasou o Europeu-20 e encavalitou-o no apuramento para o Mundial-22. Tornou-se assim difícil, até impraticável, mudar de seleccionador - até pelo prestígio e simpatia de Santos. Estamos então diante de uma situação serôdia, um verdadeiro anacronismo. A equipa pouco joga, segue em deriva táctica e sofre desajustadas opções de jogadores, como mostrou o atrapalhado percurso do meio-campo titular no último Europeu e, talvez ainda mais, no desastre de ontem. E assim já perde o que não seria de perder.

Fernando Santos, usualmente contido em declarações, tanto sente este rumo negativo, a sua incapacidade real, já impotência, em potenciar o material que tem, que já algo desatina em expressões públicas: imediatamente após a derrota no Europeu prometeu o título mundial no Catar, prosápia algo desajustada ao seu perfil. E agora, neste término da classificação para o Mundial, vem não só somar más decisões tácticas como fazer proclamações que demonstram "stress", desajuste: ser "igual empatar ou ganhar 5-0" à Irlanda é realidade pontual mas um tiro no pé sob o ponto de vista moral. E o descalabro, táctico mas também psicológico, neste jogo com a Sérvia é demonstrativo de um seleccionador exausto. Que acumula desperdícios.

4. Há três meses para preparar uma equipa para o apuramento ao Mundial. É tempo suficiente, ainda por cima com tão rico plantel. É também tempo para decisões corajosas. E respeitosas. Escolha-se um novo seleccionador - que dado o momento complicado não poderá vir dos quadros da federação, terá de ter não só competência mas também peso simbólico. E que esteja adequado, actualizado, com as tácticas dominantes no actual topo do futebol mundial, que de nada serviria apelar  a um consagrado em nome de um passado bem-sucedido, aportado para encerrar a carreira em lugar honorífico. Trata-se de chamar um Jardim (se sair das Arábias), um Fonseca, um Vilas-Boas, para exemplos, gente que esteja no topo da carreira. E então poderemos dizer, com respeito, com carinho, com desportivismo, com gratidão: "Fernando, Obrigado pelas memórias, mas é tempo para dizermos Adeus"!

5. Nesta noite em que a Sérvia veio ganhar a Lisboa, apurando-se para o Catar-22 e remetendo-nos para um insondável "play-off", e em que todos resmungamos com o seleccionador Santos e com (alguns) jogadores, será avisado lembrar um facto que causou esta situação. Portugal foi jogar à Sérvia para o apuramento do Mundial. A Federação Portuguesa de Futebol não requereu o funcionamento do VAR nesse jogo, como lhe competia. O jogo terminou empatado devido à invalidação de um golo limpo de Cristiano Ronaldo que lhe teria dado a vitória, e que a tecnologia teria validado. E muito provavelmente o apuramento directo. 

Ou seja, é totalmente incoerente pedir a demissão de Santos e não exigir a essa instituição de utilidade pública que assuma a sua inenarrável incúria. E que anuncie a demissão dos quadros directivos responsáveis por tamanha incompetência.

 

Melhor que Eusébio e que Cristiano Ronaldo

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Hoje tem estado tudo muito assanhado, a discutir o desempenho de Paulinho.

Percam (ou ganhem) um pouco de tempo,  passem pelo sítio da Federação Portuguesa de Futebol.

A média de golos de Paulinho, pela selecção A, é superior à de Eusébio e à de Cristiano Ronaldo, não sou eu nem o Luís Lisboa que o dizemos, são os factos, a frieza dos números.

A selecção só para alguns...

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Mais de 30 jogos e dois títulos conquistados, foram insuficientes para convencer o inginheiro Nandinho cinzentão a convocar João Mário. Bastaram porém meia-dúzia de jogos com diferente camisola, para regressar à selecção nacional.

Pedro Gonçalves que não sendo propriamente um ponta-de-lança, foi o melhor marcador da época passada, lá acabou convocado para o Euro 2020, mas não foi utilizado, apesar da incapacidade da selecção em marcar golos, à excepção de um jogador.

Tendo tomado conhecimento que o médio do Sporting C.P., Matheus Nunes, acabou de adquirir nacionalidade portuguesa, o seleccionador português ignorou a oportunidade e perdeu-a para o futuro, porque o seu congénere brasileiro, que muito provavelmente não ignora a nova condição de dupla-nacionalidade, apressou-se a convocar o jovem médio para a selecção brasileira, que nunca é uma equipa de segundo plano, bem pelo contrário.

Percebe-se a hesitação do inginheiro, o patrão de quem recebe ordens, um tal a quem chamam super-agente, tem andado ocupado com uma transferência mediática à escala planetária e sem ordens superiores, o burocrata amanuense não arrisca, limita-se à sua previsível mediocridade habitual.

Claro que haverá quem vá interpretar estas linhas como ressabiamento ou clubite exacerbada, mas os factos são o que são. A chamada de Gonçalo Inácio é quase uma obrigação, afinal substitui na convocatória José Fonte, em fim de carreira e não abundam centrais portugueses disponíveis.

Deixei de me interessar pelos jogos da selecção, que normalmente nem vejo, condição que manterei enquanto a FPF mantiver o inginheiro no cargo...

O meu aplauso a António Oliveira

«Quando o problema é a lei, mude-se a lei»

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«A formação de treinadores ficou aprisionada em legislação complexa, numa visão centralista e totalitária, à boleia de governos.»

 

«Rúben Amorim é um de centenas de casos semelhantes. Quando o problema está na lei, só há uma solução: substituí-la. O actual modelo de formação de treinadores não serve o futebol. Nunca conseguiu cumprir-se totalmente.»

 

«É urgente criar modelos de formação de treinadores que promova partilhas e entendimentos. Grandes talentos e muita experiência se perderam.»

 

«Na regulamentação residem as origens do problema. Gastar mais de 10 mil euros para conseguir atingir o nível IV e demorar o mínimo de seis anos (caso consiga clubes para treinar nos níveis anteriores) é paradoxal, dado não se tratar nem de Doutoramento Académico, nem de Curso Profissional de Investigação, mas de curso desportivo federativo.»

 

«A lei em vigor está fora de jogo e os seus defensores não podem continuar!»

 

António Oliveira, hoje, na sua página de opinião do jornal A Bola

Sim Ivone, assim não vamos lá

Há um ror de anos, numa rábula de revista, dizia o boneco interpretado pela grande Ivone Silva, confesso que já não me lembro p'ra quem, a determinada altura, referindo-se à confusão pós-25 de Abril ainda com cheiro a 24 e ao governo de Adelino da Palma Carlos, o primeiro provisório a seguir à Revolução e que foi de pouca dura (dois meses e dois dias): "Isto já lá não vai com palmas, Carlos!"

Pois no que toca ao CD da FPF, ou se faz uma revolução (com menos cravos e mais "pólvora") para correr com aquela brigada do reumático, ou nunca mais teremos direito a nada, que de palmas, já nem os actores vivem.

E quer esta tropa fandanga ser levada a sério e ser considerada íntegra e honesta...

Espero pela comunicação assertiva do clube já hoje pela manhã, sob pena de sermos ultrapassados pelo modesto, com todo o respeito, Torreense.

 

Não se pode telefonar ao Macaco?

Conselho de Disciplina da FPF volta a abrir guerra ao Sporting e sem apresentar motivo

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O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol instaurou um processo disciplinar ao Sporting, ao seu treinador principal, Rúben Amorim, e ao adjunto, Emanuel Ferro na sequência do jogo contra o BSAD.

Até aqui nada de novo, basta alguém do Sporting respirar sem autorização para que o CD da FPF mostre todo o seu autoritarismo e falta de isenção. Mas, desta vez, o CD foi mais além e nem sequer apresentou motivo para a abertura do processo aos três alvos (Sporting, Rúben Amorim e Emanuel Ferro).

É cada vez mais notória a tentativa de inclinação do campo por parte da instituição gerida por Tiago Craveiro com o auxílio de Luís Sobral, dois conhecidos anti-Sportinguistas. Não nos esqueçamos que Tiago Craveiro aparece várias vezes a trocar e-mails com Luís Filipe Vieira, inclusivamente a perguntar se pode facultar bilhetes, como publicou a seu tempo o blog Mister do Café neste post.

Até quando vamos ter que jogar num campo tão inclinado?

Eis-me a concordar com um benfiquista

INSENSATA, INJUSTA, ASSIMÉTRICA, POPULISTA

«Esta agora considerada e chamada retoma da época futebolística é insensata, injusta, assimétrica e populista. Insensata, porque vai decorrer com tais restrições que é tudo menos o futebol que sempre existiu: treinos multicondicionados, jogos à porta fechada, restrição de campos seleccionados, riscos de aglomeração fora dos estádios, etc. Clamorosamente injusta, porque a falsa rentrée favorece uns poucos em detrimento de todos os outros. (...) Assimétrica, não em função das questões desportivas, mas do todo poderoso dinheiro, com tomada de decisões diferentes para situações desportivas idênticas. Populista, porque é a cedência à excepção por medida, fortemente impulsionada pela simpatia política de dar "coisas boas" ao povo (...).»

 

CASOS SIMILARES, DECISÕES DIFERENTES

«É incompreensível que os desportos colectivos tenham sido dados como concluídos e o futebol não. Bem sei que parte deles - hóquei, andebol, basquetebol, futsal, voleibol - se realizam em recintos fechados, mas nestes casos também seriam à porta fechada. Alguns, por exemplo, como o voleibol até nem têm contacto físico. E há ainda o râguebi ao ar livre, também suspenso, não se compreendendo como é que para casos similares se decide tão diferentemente.»

 

PROFISSIONAIS DE PRIMEIRA E DE SEGUNDA

«Mas a assimetria não é só com outros desportos associativos. É, igualmente, dentro do omnipresente futebol. A FPF decidiu - e bem - dar por terminadas todas as provas, ou seja, o chamado Campeonato de Portugal (3.º escalão), todos os escalões não seniores e o futebol feminino. Agora a Liga resolve dar por concluído o campeonato da 2.ª divisão (desculpem-me, mas nunca sei dizer as novas designações). Mas porquê? Percebo que haja menos condições logísticas para prevenir contaminações, mas, pelos vistos, a decisão foi tomada de chofre, sem se dar uma cabal e completa justificação. Reconhece-se assim que há profissionais de primeira e de segunda, clubes grandes, pequenos e miseráveis.»

 

BATOTA ANTI-REGULAMENTAR

«Tenho lido que se estão a avaliar os campos elegíveis para este torneio, sendo que uma das hipóteses é apenas a de considerar os estádios do Europeu 2004 (dos oito, quatro - Coimbra, Aveiro, Leiria e Algarve - não têm clubes na 1.ª Divisão...) Ora se assim for, estamos perante uma distorção da prova e das regras regulamentares do campeonato. Uma batota apriorística e anti-regulamentar. Ou seja, o conceito de jogar em casa ou jogar fora estará posto em causa, pelo que não há ligação com as 24 jornadas já realizadas. Assim se desvirtuará a verdade desportiva regulamentar. (...) Que grande confusão e contorcionismo para se concluir um agora nado-morto.»

 

Excertos de um artigo de opinião de António Bagão Félix ontem publicado no jornal A Bola. Os subtítulos são da minha responsabilidade.

Critérios da FPF na subida à 2.ª Liga

Seis, dos oito clubes apurados para o playoff que dariam acesso aos dois que subiriam à 2.ª liga, ficaram estupefactos com o critério que a Federação Portuguesa de Futebol tomou ao optar por Vizela e Arouca para ascenderem de imediato às ligas profissionais, por impossibilidade de se reatar o Campeonato de Portugal. Recorde-se que a subida de divisão no Campeonato de Portugal é decidida através de um playoff com os dois primeiros classificados das quatro séries. Com a classificação atual, apuravam-se as seguintes equipas: Vizela e Fafe pela série A; Arouca e Lusitânia pela série B; Praiense e Castelo Branco pela série C e Olhanense e Real SC pela série D.

A Federação, através do seu Comunicado Oficial CO-0438, indicou, para ascender à 2.ª Liga, os dois clubes com maior número de pontos (Vizela e Arouca) entre séries diferentes, com base no "mérito desportivo". Tal situação contraria a informação que a Federação deu a estes clubes, quando no início de abril informou que a breve trecho iriam indicar a data de início dos treinos, o local onde se iria realizar o playoff e as respetivas datas dos jogos.

Assim, como é possível utilizar este critério que a Federação utilizou, quando de certa forma premeia os mais pontuados em séries completamente diferentes, com clubes diferentes e realidades diferentes, onde, como se sabe, a estratégia objetiva dos clubes não está em fazer o maior número de pontos em relação às equipas das outras séries, mas lutar pelos dois primeiros lugares da sua série que dêm acesso ao tal playoff?

Os seis clubes preteridos sentem-se ludibriados, mais que não seja pela forma "habilidosa" como a Federação resolveu esta situação. A verdade desportiva foi varrida de uma forma fácil, para já não falar dos prejuízos económicos que estes clubes sofreram, pois foram mais dois meses de despesas que poderiam ser evitados se em abril a Federação tivesse dito logo quais os dois clubes que "queria" que subissem à 2.ª Liga.

Verdadeiramente não é este o caminho que queremos. Percebemos que atravessamos um período difícil, onde todos as decisões têm que ser muito bem amadurecidas, mas a VERDADE tem que ser sempre dita, seja na saúde, na política ou no desporto.

O lugar certo do Sporting

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O lugar certo do nosso clube só pode ser este, com Frederico Varandas ou seja com quem for, a defesa dos interesses do clube e do futebol profissional em Portugal, em frente ao poder político e desportivo, Governo, Liga e Federação, e num plano de igualdade com os outros dois grandes clubes portugueses.

A postura de desafio e hostilização permanente dos poderes instituídos nacionais e internacionais, com ou sem razão, não leva a lado nenhum, porque o Sporting não joga sozinho, não é dono da bola, se não gosta do que acontece não pode pegar nela e levá-la para casa, e no fim do dia são eles que mandam e o Sporting é prejudicado nas decisões, fora e dentro do campo. 

Há muitos anos que o Sporting por incapacidade, espírito de superioridade ou outra coisa qualquer foi deixando de ter peso nos poderes desportivos em Portugal e consequentente na arbitragem, peso esse que foi sendo ganho primeiro pelo Porto (o "sistema" denunciado por Dias da Cunha) e depois pelo Benfica (o "polvo vermelho") das mais variadas forma e algumas mesmo mafiosas. Ora isso teve reflexo óbvio no rendimento desportivo e também na relação com o poder político, um "cata-vento" sempre alinhado com os vencedores.

Ultimamente vimos a dificuldade que Frederico Varandas encontrou para ser ouvido pelo ministro para tratar do problema das claques. Se fosse o presidente do Benfica, o ministro viria a correr, sendo o do Sporting o problema era... do Sporting.

Mas também temos de nos lembrar que antes disso a última vez que o poder político tinha chamado o Sporting para intervir perante si, descontando as recepções pelas vitórias nacionais e europeias alcançadas na época passada, no caso na Assembleia da República a 3/4/2018, foi brindado por uma intervenção grosseira e infeliz do ex-presidente, sob um olhar envergonhado do Nuno Saraiva que não sabia em que buraco se havia de enfiar, e que terminou da forma mal-educada que conhecem: https://www.youtube.com/watch?v=tUiTwID32YA. 

Respeitar e ser respeitado. É isso que tem sempre de acontecer com o Sporting Clube de Portugal.

SL

Coronavírus pára o futebol

A federação espanhola tomou a iniciativa que se impunha: suspendeu a principal competição de futebol devido à pandemia do coronavírus. La Liga vai parar.

A UEFA acaba de decidir também a suspensão imediata dos jogos da Liga dos Campeões e da Liga Europa.

Este é o caminho correcto, não o da via seguida pelos responsáveis federativos portugueses - organizar jogos à porta fechada

Caso para perguntar, portanto, quando iremos acertar o passo pela Europa do futebol.

E o nosso dinheiro de volta?

Os jogos das competições de futebol profissional e de futsal serão realizados à porta fechada já na jornada que vem aí. Uma decisão da Federação Portuguesa de Futebol hoje anunciada como medida para evitar a propagação do coronavírus - mesmo não havendo por enquanto notícia de qualquer dirigente desportivo infectado por cá, ao contrário do que sucede com o presidente do Benfica grego.

Em comunicado difundido há um par de horas, a FPF admite que estas restrições podem ser ampliadas e prolongadas. Falta esclarecer o que tencionam fazer com os lugares de época adquiridos pelos sócios até ao fim da corrente temporada. Estão já a ser estudadas medidas para reaver o dinheiro que gastámos para jogos que seremos impedidos de ver ao vivo?

É bom que nos esclareçam sem demora. Isto não é um pedido: é uma exigência.

Desporto mafioso

No desporto tuga, o que parece é. Existe um clube ao qual todos os poderes se vergam e tentam servir. Os dirigentes desportivos comportam-se como gangster de rua, procurando agradar ao padrinho, para subirem na hierarquia da famiglia...

É ver os meses que decorreram desde os actos em causa, o tempo que demoraram a decidir o castigo e quem são os adversários que teremos que defrontar à porta fechada. Isto se o recurso para o Tribunal Arbitral não der razão ao Sporting, o que duvido possa acontecer. Mas que ninguém duvide que os membros do CD da FPF não tentam tudo para uma vez mais nos prejudicarem. Nada de novo, nojentos como sempre...

Um fim de ano cheio de preços certos

Um dia destes tivemos na televisão que todos pagamos uma amostra clara do que se usa chamar benfiquistão. Um apresentador de televisão, sportinguista, sem dúvida conhecedor das vigarices perpretadas por um dos seus convidados, presidente do clube rival, ter-se-á visto obrigado a convidar tal personagem para abrilhantar o seu programa. Não quero crer que Fernando Mendes se tenha vendido por um prato de lentilhas. Sabendo bem como funciona o futebol em Portugal, não gostei de ver um conhecido sportinguista fazer a apologia do rei do benfiquistão.

O benfiquistão, e tudo o que à volta dele circula, teve mais um episódio caricato revelador do estado das coisas no mundo da bola: Bolasie, que foi expulso em Portimão de forma caricata e injusta, foi hoje castigado com um jogo de suspensão por ter sido partenaire numa rábula de teatro de revista de duvidosa qualidade levada a cabo no estádio do Portimonense Futebol Clube.

Toda a gente viu as imagens, elas são claras sobre a inocência de Bolasie neste lance que lhe valeu um segundo amarelo e o consequente vermelho. Num país onde o futebol deveria querer ser parte da modernidade e da evolução, castiga-se um jogador com base no relatório do árbitro, que toda a gente viu, inclusive quem impôs o castigo, que errou de forma grosseira. Não virá ao caso, mas este incompetente faz parte daquela fornada que o concursante do Preço Certo lá de cima pagou ao INATEL para formar. Ou terá alguma coisa a ver?

Exige-se que o Sporting peça a despenalização do jogador. É o mínimo, apresentando as imagens de que a FPF dispõe, não precisa de outras. É ridículo? É! É o futebol português no seu melhor.

Nunca mais

Ao que consta, a Federação Portuguesa de Futebol prepara-se para "pôr na jarra" vários árbitros que tiveram actuações lamentáveis ou mesmo vergonhosas nesta época 2018/2019. 

Caso se confirme, isto merece à partida o meu aplauso.

E aproveito para lançar um repto aos leitores: quais os três árbitros que deveriam constar no topo desta lista para que nunca mais apitem jogos do campeonato nacional de futebol?

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