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És a nossa Fé!

A verdade!

O Edmundo já escreveu tudo neste seu postal.

Assino por baixo. A letras garrafais não vá alguém pensar que não botei a minha assinatura!

Estive em Alvalade na passada quinta-feira, como estive noutros jogos em que não jogámos... um caroço! 

Relembro aquele jogo com o Marselha e como me senti.

Este ano tem sido contínuo. Quando parece que as coisas tendem a entrar nos eixos... pumba, catrapumba e aterramos mais uma vez com o focinho na lama.

Chaves, Porto, Marselha, Borussia, os dinamarqueses com nome estranho, Marítimo, Arouca, Boavista... são alguns dos exemplos. Já nem falo do Varzim!

Muitos querem atribuir as culpas aos jogadores, outros ao treinador. Eu culpo o Presidente e respectiva direcção. Calculo que devem ter feito algum acordo com a banca aquando do perdão. Daí a venda de tanto jogador. Dizem que os bancos não querem as imparidades expostas ao futebol. Vai daí... toca a vender activos para abater à dívida.

Todavia o que eu gostaria de saber é a verdade! A VERDADE! 

Toda! Nua e crua!

Sem subterfúgios.

Com 44 anos de sócio já mereço saber, certo?

Abandonar o barco

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Frederico Varandas regressou esta noite às entrevistas televisivas para uma longa "conversa" (o termo foi utilizado por um dos entrevistadores) ao canal 11, da FPF.

Fez algumas revelações que merecem registo. Destaco duas: o Sporting voltará a ter equipa B já a partir da próxima época e pelo menos um terço do plantel da temporada 2020/2021 será composto por jogadores da formação. Boas notícias.

E assegurou que o principal objectivo do clube, até 2022, é marcar presença na Liga dos Campeões. Haja optimismo.

 

Arriscou também fazer previsões, nadando para fora de pé.

Sobre Rúben Amorim, o técnico que foi buscar ao Braga por uma quantia astronómica escassos dias antes da prolongada paragem do futebol a nível mundial: «Não tenho a menor dúvida de que o treinador do SCP muito dificilmente dentro de três ou quatro anos não estará num dos melhores clubes europeus.»

Sobre Matheus Nunes, o jovem médio-centro adquirido ao Estoril em Janeiro de 2019: «Não tenho dúvida nenhuma de que só o Matheus vai pagar o Rúben Amorim.»

Oxalá os dotes divinatórios do presidente do Sporting tenham melhorado muito desde Setembro do ano passado, quando garantiu noutra entrevista televisiva que Jesé, Fernando e Bolasie - todos já remetidos à procedência - iriam singrar no clube. 

 

Mas o que mais retive desta entrevista - exibida no dia em que se registaram duas novas baixas no Conselho Directivo do Sporting - foi a revelação, feita pela boca do próprio Varandas, de que o vice-presidente Filipe Osório de Castro e o vogal Rahim Ahmad já estavam demissionários desde o início de Março.

O clube enfrentou assim este período de severa crise com uma Direcção mutilada, sem que os sócios tivessem sido informados. Algo que considero inaceitável por violar as normas de transparência que qualquer Direcção leonina deve manter com os associados, a quem tem de prestar contas em todas as circunstâncias.

Estas demissões - que se seguem à saída do ex-vogal do CD Francisco Rodrigues dos Santos, em Dezembro, para concorrer à presidência do CDS, e do administrador da SAD leonina Miguel Cal, em Março, por alegados motivos pessoais - são provas inequívocas do desgaste desta equipa directiva, empossada apenas há 20 meses. Os dois dirigentes agora substituídos, segundo o próprio Varandas, alegaram a necessidade de se concentrarem a tempo inteiro nas respectivas actividades empresariais, sem mais disponibilidade para o Sporting. Vão longe os tempos dos abraços eufóricos na tomada de posse destes titulares dos órgãos sociais, em 9 de Setembro de 2018.

Ficámos portanto a saber que no preciso momento em que a nau leonina exigia maior coesão e concentração para enfrentar a tempestade provocada pela pandemia, logo houve quem preferisse abandonar o barco. É uma conduta que só pode merecer censura da massa adepta. E um péssimo indício para os tempos que vão seguir-se.

Director Desportivo, precisa-se

Na sequência duma troca de ideias "on-line" com o "nosso" Pedro Azevedo, fui alinhavando algumas ideias sobre esta figura de director desportivo, com a ideia de fazer um post sobre o assunto, guardei-as em rascunho no dia de ontem por falta de tempo para as terminar mas também porque estava com a impressão de estar a debitar banalidades e que me estava a faltar o essencial.

Eis que leio hoje que Frederico Varandas anda à procura dum director desportivo e vejo Carlos Freitas metido na conversa, enfim, parece realmente então que vale a pena discutir a questão, e acabar o que me tinha proposto fazer.

Em primeiro lugar, acho que importa discutir a questão em termos de Sporting Clube de Portugal e não de Frederico Varandas, de Bruno de Carvalho, João Benedito, Ricciardi, ou seja quem for. Por isso, quem ande nessas guerras, passe à frente e ignore o que vou dizer, tem outros posts deste blogue, manifs, facebooks e tascas virtuais onde pode dizer de sua justiça.

Então vamos lá discutir a figura do director desportivo.

Em primeiro lugar quem é o melhor director desportivo da 1.ª Liga? Bom, se a pergunta fosse o treinador, enfim podia dizer quem no meu entender seria o melhor. Se a pergunta fosse o presidente, também teria uma opinião. Mas director desportivo? Nem sei quem são, quanto mais o que fazem ou deixam de fazer...

Mas se formos para outras Ligas e países, então já encontramos directores desportivos, alguns até famosos, alguns até portugueses (Antero Henriques e outros), alguns que até conseguem "pôr os patins" em treinadores que foram importantes no próprio clube (Leonardo Jardim).

Mas então porque não existem directores desportivos em Portugal como existem lá fora?

Bom, penso que será tudo uma questão de poder.

O poder dos treinadores está nas vitórias, vivem na corda bamba dos resultados, passam rapidamente de bestiais a bestas e vice-versa. Seja quem for o presidente, enquanto o treinador for ganhando ninguém lhe toca.

O poder dos presidentes em Portugal está nos votos dos sócios. E os sócios querem vitórias. Então a primeira missão de qualquer presidente é encontrar um treinador que consiga as tais vitórias. E quer estar próximo e partilhar dos louros dessas vitórias. E descartar-se dos treinadores que não ganham.

O problema é que é preciso ovos para se fazerem omeletes, ou seja, é preciso jogadores para se conseguirem vitórias, e os jogadores bons para uns treinadores são maus para outros. Então um presidente não se pode dar ao luxo de cada treinador exigir um cabaz de jogadores que para ele são essenciais mas que passam a ser descartáveis para o treinador seguinte. Ou seja, tem de aguentar com o "entulho" que cada novo treinador deixa no final da "sua obra".

Então faz falta realmente uma figura que garanta os interesses a longo prazo do clube, construindo plantéis, gerindo carreiras, promovendo, contratando, dispensando e emprestando jogadores, articulando com a formação, promovendo um modelo de jogo e uma cultura táctica transversal a todas as equipas do clube, construindo uma "linha de montagem" de jogadores que garantam sucesso desportivo e financeiro ao clube.

Uma figura necessariamente profissional, conhecedora do mercado, explorando o scouting interno, não obrigatoriamente adepta do próprio clube, que até possa permanecer no cargo quando um novo presidente seja eleito.

No Sporting até existiram figuras assim, como Luís Duque e Carlos Freitas, e fomos duas vezes campeões com Duque. 

Mas existiram essas figuras quando na presidência do Sporting também existiram presidentes com uma visão empresarial do clube e da SAD, que pretendiam alguma distância do relvado e alguém a gerir a coisa. Como Roquette, Dias da Cunha e Godinho Lopes. Tal como existem esses presidentes ou donos de clubes nas Ligas estrangeiras, onde existem os tais directores desportivos.

Mas como podem existir directores desportivos em clubes portugueses onde os presidentes têm a mania que percebem de futebol, que contratam e despedem, vêm a público protestar contra tudo e contra todos quando a equipa perde, sentam-se no banco e andam aos pulos no relvado nas vitórias? Ou, pior um pouco, quando existem presidentes-adeptos?

Concluindo, sou a favor da criação na SAD do Sporting Clube de Portugal da figura do director desportivo profissional, que não seja um mero ajudante do presidente da altura, com um quadro de poder e de responsabilização adequado à configuração e capacidade financeira da SAD, tendo como limite a não criação dum poder bicéfalo e conducente ao divórcio entre as duas entidades (vide Belenenses). 

Fico a aguardar os vossos comentários.

SL

Evitar o pântano desportivo

O projecto desportivo da Direcção do Sporting falhou.

Plantel globalmente fraco, treinadores em série, bancadas despidas de adeptos, descrença generalizada dos sócios, distância pontual assinalável para os nossos rivais, tudo somado não é o Sporting a que nos habituámos nos últimos anos.

Confesso que esperava mais de Frederico Varandas e da sua equipa. Um Presidente com conhecimento do futebol, domíno da gestão desportiva e assertivo. No entanto, nada disso aconteceu.

Lamento muito que Frederico Varandas tenha desperdiçado a oportunidade de contratar um catedrático como Jesualdo Ferreira, para estabilizar a equipa e trabalhar os futuros craques provenientes da Academia, optando, antes, por um monitor como é Silas, que está longe de preencher os mínimos olímpicos para treinar o Sporting.

As sucessivas oportunidades falhadas impõem, pois, neste momento, uma clarificação.

A Direcção, se pretende levar o mandato até ao fim, precisa de renovar a confiança junto dos associados do clube. O contexto assim o pede. Doutro modo, iremos cair num pântano, processo que será bastante doloroso e comprometerá ainda mais o clube.

Quando a bola não entra... o fosso alarga

Quando a bola não entra, o grau de probabilidade de que comece tudo a correr mal aumenta em conformidade. Sobretudo porque se confirma a máxima de que se pode correr assim, ainda vai correr pior, o que tem acontecido. Qualquer direção deve ter este risco em conta e plano de contingência para o efeito. Parece que esta direção e o Presidente não tiveram isso em conta nem nada preparado para o efeito, dando uma ideia de navegação à vista que fragiliza. É pena. 

É preciso ser feita reflexão profunda sobre o que se passou, e o retrovisor não pode alcançar distância superior à pré época, onde parece que tudo começou. E também é altura para questionar o que se passa com a estrutura profissional para o futebol, que mais parece que desestrutura. Qualquer equipa tem de responder por atingir objetivos e responder por maus resultados, como nas empresas, pois são todos assalariados. Dentro e fora das quatro linhas. 

Sem querer invocar exemplos que podem ser lidos em livros de auto ajuda ou de sucesso empresarial, nem querer mergulhar ninguém no "shark tank", olhem em redor e vejam como está estruturada a organização das modalidades, o nível competitivo das suas equipas, a identificação entre jogadores e técnicos com adeptos, a relação entre profissionais das diversas secções, o apoio e o carinho dos assíduos no Pavilhão João Rocha pelos atletas (mesmo nas derrotas, pouquíssimas felizmente), e os resultados. Não é preciso ir longe para perceber que há, ali, algo para aprender. E, às vezes, a bola também não entra. Mas nunca se desiste.

Ainda vamos a tempo de tapar o fosso?

Humildade procura-se. E precisa-se com muita urgência. E acerto!

Em 1º lugar, Frederico Varandas. Está na hora de banho de realidade e, com humildade, pedir desculpa pela forma ligeira e descuidada com que tem tratado o futebol, reconhecendo que, afinal, não era tão fácil como pensava e que não basta força de vontade. E que tem cometido erros sucessivos na gestão do plantel, na política de contratações e na escolha dos treinadores. Só lhe fica bem. E talvez assim ganhe uma nova oportunidade. Muito embora, como se diz na política, nunca há uma 2ª oportunidade para causar uma boa 1ª impressão. E deve responder à pergunta: agora quais são os objetivos para a época? Depois, tomar uma iniciativa: desistir imediatamente de aumentos para os dirigentes da SAD. Nem explicito razões por desnecessidade óbvia. 

Em 2º lugar, Leonel Pontes. Que desilusão na leitura de jogo e que falta de bom senso ao justificar a substituição de Vietto para defesa do jogador, que vinha de uma lesão. Pior de tudo, não foi capaz de assumir que errou nesse fatídico momento, apenas referindo superficialmente que não funcionou. Assim não tem condições para ser treinador do Sporting, talvez nem dos sub23. Constatou amargamente o que o estádio pensou, acertadamente, da escolha profundamente errada que fez. Aqui confirma-se que não há uma 2ª oportunidade para causar uma boa 1ª impressão.

Por último, a direção. Este grupo de jovens deve refletir profundamente sobre o caminho que está a tomar este falhanço de gestão da equipa profissional, rever métodos e avaliar o somatório de erros sucessivos, de pequenos a maiores, que tem cometido a outros níveis. Exige-se mais competência nas ações. Basta estar atento às redes sociais e/ou acompanhar o quotidiano do clube para perceber que falta coordenação, mas sobretudo conhecimento aprofundado do clube. Não podem gerir com complexo de que existem fantasmas do passado a assombrar o dia a dia, senão quando se derem conta estão num filme de terror. E informem. E comuniquem. E expliquem. Só fica bem e não dá azo à especulação e à desinformação. Não passem ao lado da realidade. Após um ano de mandato, acho que todos esperávamos mais. E não esqueçam, também aqui a humildade só fará bem. 

Nota final para os milhares de sócios que, numa 2ª feira, se deslocaram às 21 horas a Alvalade para, mais uma vez, sofrer e sair num desalento profundo sem ver luz ao fundo do túnel. São magníficos, somos os melhores adeptos do mundo, sentimos o Sporting de forma inexplicável. Merecíamos mais. Muito mais. Agora e sempre!

(PS- a lampionagem não é para aqui chamada. Por isso, não percam tempo com a costumeira boçalidade de alguns que aqui se exibem)

Sporting, comunicação e jornal

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Dia de fecho do mercado de transferências de jogadores de futebol. Apesar do Sporting ter anunciado que tinha tudo planificado, e que por isso começara a planificação e identificação de reforços bastante cedo - até mesmo no Inverno passado - segue uma azáfama no plantel: Diaby, em quem Keizer tanto confiou ao longo de meses, parece que já está na Turquia; um jovem lateral-direito que não dava garantias, tanto que se contratou um jogador sistematicamente lesionado, segue para Valência (óbvia manobra de Jorge Mendes), Raphinha saíu ontem para França, talvez haja outras saídas, mais ou menos saudáveis. Entram jogadores que não se esperavam, e o Sporting nisso anuncia uma mudança de perfil - a ver se é para continuar se é apenas fruto dos constrangimentos actuais: empréstimos de jogadores estrangeiros, decerto que algo caros, a valorizarem-se aqui. Reforços de segunda linha, mas nunca se sabe: um Fernando Santos, a ver vamos; um Jesé que dá vontade de rir; e fala-se ainda de um extremo veterano. Mas nunca se sabe, pode funcionar. 

Mas o que é interessante, e denotativo do estado do clube, é o que acabo de ver: São 19 horas deste afinal frenético dia. Os jornais, desportivos e não só, têm catadupas de notícias sobre jogadores a aportar para o clube - parece que vem um tal de Jesé, que dá vontade rir ou mesmo de chorar. Eu vou ao "site" do clube, vejo a secção "plantel de futebol": não há uma única notícia. Nem Raphinha, está anunciado. Vejo o plantel do clube.  Não está alterado, nem mesmo Raphinha.   Bas Dost é ainda - depois de ter sido maltratado na página FB do clube - o rosto que anuncia a venda de lugares cativos (aos quais os analfabetos funcionais insistem em chamar, e até com orgulho, patetas ambulantes que são, gameboxes).

Depois vou ao jornal Sporting. Nenhuma notícia sobre o que se está a passar no plantel sénior. E ainda encabeçado pelas fotos e notícias do jogo com o .... Portimonense, em cabeçalhos glorificadores.

Isto é a total incompetência. Ou então é mesmo uma inconsciência. Para quê ter estes serviços, gastar algum dinheiro, por pouco que seja, com este tipo de abordagem? De, entenda-se, falsificação. 

Dirão que é marginal, que o que interessa são as xistradas. Sim, é verdade. Mas com esta monumental mediocridade e este vil seguidismo, os tipos da comunicação com o chapéu na mão à espera da autorização de um qualquer doutor para noticiar, isto é uma vergonha. Feche-se aquela loja. Fede.

Palavra à direção

Consumada a expulsão, é imperativo que se faça uma leitura dos números. Entre os quarenta porcento de sócios (esqueçamos os votos por agora) que votaram o perdão de Bruno de Carvalho temos várias motivações. Neste exercício irei aplicar "etiquetas" aos grupos mas, por favor, não entendam como uma categorização. É apenas para tentar resumir as características.

Os Leais - Aqueles que foram aparecendo à volta de Bruno de Carvalho após a destituição. Saíram alguns e entraram outros mas é um grupo relativamente sólido e estável. Vêem em Bruno de Carvalho ainda potencial para voltar a ser presidente e tendem a recusar qualquer outra figura "alpha".

Os Anti-Poder - Pessoas que não estão confortáveis com quem quer que esteja na direção do Sporting a não ser que sejam os seus pares. O seu voto é maioritariamente de protesto.

Os Gratos - Pessoas que reconhecem o que de bom foi feito pela direção liderada por Bruno de Carvalho e que, apesar de não o quererem de novo como presidente, acham injusto que seja expulso de sócio. São votantes das mais variadas listas.

A existência de várias linhas de pensamento é salutar, principalmente num clube com mais de centro e treze anos de vida. Mas é também importante que, após aquilo que queira-se ou não foi um marco na História do Sporting, a direção comece a olhar para os mais variados tipos de sportinguistas e seja capaz de passar uma mensagem que cative. Não é preciso agregar de forma demagógica e/ou totalitária. É preciso é que a nação leonina olhe para o clube e pense "mesmo que não concorde a 100%, é aqui que eu pertenço".

Tem a palavra a direção.

De regresso para analisar o nosso futuro.

1

Há quase um ano que nada escrevo por aqui. Ao que parece foi no dia 6 de Abril do ano passado. Posso justificar-me com as alterações na vida profissional, na vida pessoal ou até mesmo com o afastamento que diversas situações que ocorreram no nosso clube causaram na vontade de me manifestar.

Hoje, talvez compelido pelo facto de o nosso grupo se ir reunir, sinto que devo deixar aqui umas palavras.

 

2

Nunca deixei de apoiar e ir sempre que posso a Alvalade, mas a verdade é que as informações que fui recebendo sobre acções da anterior direção, acções de Cintra e da comissão de gestão e agora sobre a atual direção me fizeram perceber por que motivo continuamos tão atrás dos nossos rivais.

Não escondo que votei Frederico Varandas. Não por o achar mais capaz, pois já por várias vezes tive oportunidade de dizer que o acho fraco, mas por confiar em elementos da sua equipa e no seu trabalho.

Não vou aqui falar sobre os negócios ruinosos que Cintra fez ou sobre algumas das já sabidas falcatruas de Bruno (atenção que há mais para vir a descobrir nos próximos tempos). Vou-me focar em quem está em funções e no que pode ser melhorado.

 

3

Para começar, parece-me inadmissível que, mesmo trabalhando com a maior empresa de comunicação nacional, a nossa comunicação seja no geral fraca.

Em segundo lugar, em nada ajuda ter o fundador dessa mesma empresa - mesmo que já não exerça vai estar sempre ligado a ela - a mandar bitaites online, ajudando a que posições suas sejam confundidas com posições do clube, mesmo que já tenha sido defendido por elementos do clube que nada têm a ver com o que é dito e que se trata da simples opinião de um adepto como outro qualquer.

 

4

Em terceiro lugar, a postura de "a direção e o treinador têm desculpa este ano, quaisquer que sejam os resultados, porque no início da época nem sabíamos se tínhamos equipa para a manutenção ou sétimo lugar", é manifestamente pouco ambiciosa para um clube que se quer vencedor.

Em quarto lugar, surpreende-me que digam que este treinador, mesmo entrando a meio da época, era uma aposta já para esta época, mesmo que isso lhe tire margem para preparar a próxima, mas que já seja visto por algumas pessoas como um erro de casting e tenha estado inclusive perto de sair, não tivesse a equipa apresentado uma agradável surpresa, tanto na exibição como no resultado frente ao Braga.

 

5

Percebo que em seis meses não se vira uma ruína numa mansão, mas a margem para dar tiros nos pés está cada vez menor em Alvalade. Precisamos urgentemente de dinheiro e por isso acredito que, mesmo tendo aliviado - e bem - a pauta salarial, dificilmente conseguiremos manter os nossos dois melhores jogadores. 

Mathieu é claramente acima da média, apesar de revelar alguns problemas físicos, mas já não vai para novo, tem um vencimento considerável e tem mercado.

Bruno Fernandes é de outro planeta. Não é formado em Alcochete mas dá lições de sportinguismo e profissionalismo. Um craque da cabeça aos pés, dentro e fora de campo. Se não for a melhor venda da nossa história, algo de muito errado se passa.

 

6

Espero que a próxima época esteja a ser já muito bem preparada e que levem em conta estas receitas e poupanças, bem como a de Acuña, jogador que para mim continua a fazer mais sentido na ala esquerda do que a lateral.

Sei que querem uma equipa made in Academia, por isso não era mau reinvestir na academia, já largamente ultrapassada pelo Seixal, bastando olhar para os juniores e sub-23 para perceber isso.

 

7

Temos de começar a dar minutos ao Max ou colocá-lo a rodar numa equipa mais competitiva para um dia assumir as redes. Renan não é mau mas Salin está longe de me convencer, sendo necessário alguém que nos assegure que a baliza fica bem entregue

Espero que olhem para as laterais e percebam bem onde têm de se reforçar. Borja é bom, Ristovski é um bom suplente, mas Jefferson e Bruno Gaspar são do pior que já vi com a verde e branca. Thierry e Abdu Conté têm potencial, mas tal como Max precisam de minutos a um ritmo competitivo mais elevado se um dia quiserem ser donos do lugar no onze.

 

8

No centro da defesa, sem Mathieu, temos um problema. Gosto muito de Coates, um verdadeiro líder, tal como Bruno, mas basta não ter um parceiro da qualidade de Mathieu para se notarem algumas das suas debilidades. André Pinto parece-me manifestamente pouco e Ilori, sendo rápido e alto, é uma boa opção, apenas tem de deixar de inventar na saída de jogo.

Mas fica a faltar pelo menos um. Não gosto de fazer sugestão de reforços porque os jogadores às vezes enganam. Por exemplo Borja, que achei que poderia ter problemas de adaptação ao ritmo e posicionamento, tem sido uma bela surpresa enquanto Gudelj continua a ser uma decepção.

 

9

Para o meio-campo há o homem dos livros. Geraldes entra sempre cheio de vontade, só tem de aprender a posicionar-se defensivamente. Por outro lado, há um mini-Adrien e um mini-Moutinho em potência, estou a falar, claro, de Miguel Luís e Daniel Bragança.

Há ainda um jogador que sempre gostei de ver jogar, Bruno Paz. Além de Wendel, Doumbia e o emprestado Palhinha.

Não incluí Gudelj, não por ser mau jogador - acho que, se quisesse, pelo seu físico e posicionamento, varria um meio-campo - mas pelo seu valor excessivo de opção de compra e pela atitude demonstrada em campo. Ficando ainda a faltar o útil mas limitado Battaglia e Petrovic que, na minha opinião, pode seguir viagem.

 

10

Nas alas, havendo Acuña é menos um problema; não havendo, é preciso encontrar alguém. Ficam Raphinha, Diaby, Jovane.

Raphinha tem potencial, mas precisa de ter cabeça para ser constante, sem as oscilações de forma que já apresentou. Diaby é limitado mas voluntarioso: parece-me pouco para quem quer ser vencedor. De Jovane diria o mesmo que de Raphinha, apesar de achar o brasileiro mais jogador.

Pode regressar Matheus, ainda com muito a provar, depois dos problemas ocorridos no início da época. O potencial está lá, mas a cabeça tem de ser outra. Havendo ainda dois extremos da formação com potencial por comprovar: estou a falar do Elves Baldé e do Diogo Brás.

 

11

Para a frente de ataque, há Dost que, já dizia Jesus, não pode jogar sempre e faltam opções.

Luiz Phellype foi um erro de casting, já não há Montero e, neste momento, faltam na Academia jogadores que tenham capacidade para fazer essa posição.

 

12

Esta é a minha visão do que pode ser feito. Gostava de saber as das outras pessoas, por isso venham daí as vossas opiniões.

Um logro

De acordo com um comunicado da direcção, sexta-feira teremos uma conferência de imprensa ou outro comunicado. Sinceramente não sei o que esperar. A desilusão não tem a ver com os péssimos resultados no futebol que a última vitória, nem de perto disfarçam. Desde a sua eleição infelizmente temos vindo a assistir a uma verdadeira penúria, para qualquer Sportinguista. Pensei, numa primeira fase, que fosse apenas um problema de como comunicar, mas depois de erro atrás de erro, fico sem dúvidas que a causa principal deste descalabro, por que é disso que falamos, se deve a uma total impreparação para gerir um clube.

Um clube não é, nunca será, uma empresa. Por muito mérito que alguém tenha na gestão de uma qualquer empresa, gerir um clube é todo outro campeonato. Esta direcção apresentou-se a eleições com um conjunto de pessoas, Sportinguistas sem dúvida, que afirmaram conhecer de forma profunda, o meio do futebol. Passados estes primeiros meses a conclusão é óbvia: não conhecem, não estão preparados para gerir um clube da dimensão do Sporting.

Então o que esperar agora e no futuro desta direcção? 

Sinceramente e por muito que me custe afirmar isto, não espero nada.

Os que já saíram

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 Bruno de Carvalho em 2013: muita coisa mudou desde então

 

 

Conselho Directivo

Vice-presidentes:

Artur Torres Pereira (2017)

Vicente Moura (2017)

Vítor Silva Ferreira (2015)

Vogais:

Bruno Mascarenhas (2018)

Rita Matos [suplente] (2018)

Jorge Sanches [suplente] (2018)

 

Mesa da Assembleia Geral

Presidente:

Jaime Marta Soares (2018)

Vice-presidente:

Rui Solheiro (2017)

Eduarda Proença de Carvalho (2018)

Secretários:

Miguel de Castro (2018)

Luís Pereira (2018

Tiago Abade (2018)

Diogo Orvalho [suplente] (2018)

Manuel Mendes [suplente] (2018)

Rui Fernandes [suplente] (2018)

 

Conselho Fiscal

Presidente: Jorge Bacelar Gouveia (2017)

Presidente: Nuno Silvério Marques (2018)

Vice-presidente: Oscar Figueiredo (2017)

Vice-presidente: Vicente Caldeira Pires (2018)

Vogais:

Vítor Vale (2018)

Miguel Almeida Fernandes (2018)

Jorge Gaspar (2018)

Nuno Miguel Santos (2018)

João Peixoto da Silva (2018)

Os sete

São estes os que restam. Agarrados como lapa à rocha, indiferentes à vontade dos sócios, ao caos que reina no clube e ao desprestígio nacional e internacional do Sporting.

Não esqueceremos.

Ficam os nomes, para a posteridade:

 

Bruno de Carvalho

Carlos Vieira

Rui Caeiro

José Quintela

Alexandre Godinho

Luís Roque

Luís Gestas

 

Mata, Soares!

Caro Senhor Presidente da Mesa da Assembleia-Geral:

Hoje é para matar esta novela interminável. Chega de flics-flacs.

Se a Direcção não tiver a humildade e dignidade para se demitir e, assim, devolver a palavra aos sócios (ai que saudades do "O Sporting é nosso outra vez!"), queira V. Exa., sem mais delongas, dar início imediato aos procedimentos necessários para a destituição de uma Direcção bastante descredibilizada e que muito envergonhou o país nos últimos tempos.

Viva o Sporting Clube de Portugal!

Ainda nenhuma demissão

Há que chamar as coisas pelos seus nomes.

Neste caso, há que recordar quem integra o Conselho Directivo leonino.

Presidente: Bruno de Carvalho.

Vice-presidentes: Carlos Vieira e António Rebelo.

Vogais: Rui Caeiro, Bruno Mascarenhas, José Quintela, Alexandre Godinho, Luís Roque, Luís Gestas e Luís Loureiro.

 

Até ao momento, não há notícia de que nenhum destes senhores se tenha demitido assumindo a respectiva quota-parte de responsabilidade pela chocante insegurança nas instalações da Academia de Alcochete, onde dezenas de energúmenos de focinho tapado agrediram jogadores, os técnicos Jorge Jesus, Mário Monteiro e Nelson Pereira, e ainda o ex-capitão Manuel Fernandes, velha glória do clube, à hora em que o plantel se preparava para iniciar o treino, cinco dias antes da realização da final da Taça de Portugal.

 

É fundamental assinalar aqui estes nomes, lembrando aquele que foi um dos dias mais negros da história secular do nosso clube.

No instante em que escrevo estas linhas, nenhum renunciou, em nome dos mais elementares princípios da ética da responsabiidade, inerente a todos quantos desempenham posições de liderança.

É um pouco chato, como diria o ainda presidente do Conselho Directivo.

Que venham agora os 20 milhões!

Agora já sem obstáculos, e depois de uma maratona negocial de sucesso hoje mesmo revelada, os sportinguistas aguardam ansiosamente a entrada das prometidas verbas dos investidores e a revelação do misterioso 3º elemento para o futebol que permanece incógnito na Academia.

Gosto de ver

Por uma questão prática e de tempo (e alguma paciência, ou falta dela, confesso), abstenho-me de comentar nos posts os comentários que só hoje li no  que até agora escrevi após o meu regresso a esta casa. Opto por fazê-lo aqui, com algumas notas que, penso, poderão ajudar a clarificar melhor o que disse.

 

Colaborei na campanha de José Couceiro por convicção e sportinguismo e por acreditar que, dos três, era o melhor candidato para o nosso Clube. A vitória ou derrota de Couceiro em nada influíria na minha actual situação profissional. Repito: A vitória ou derrota de Couceiro em nada influíria na minha actual situação profissional. (E, já agora, dizer-vos que também não ganhava nada por escrever no jornal do Sporting, pelo que, quanto muito a perda será de quem gostava de me ler).

 

Importante será talvez, todos nós, ficarmos atentos às contratações  e outsourcings que vão entrar em Alvalade nos próximos tempos em vez de estarmos preocupados em encontrar supostos mensageiros ou porta-vozes de uma oposição que, lembro, da parte de José Couceiro e de quem com ele colaborou neste projecto, ficou bem clara que deixou de existir no dia das eleições.

 

Por isso, sobre a unidade, volto a dizer que esta Direcção terá o meu apoio formal e institucional. Mas como dizia um dos nossos leitores num dos muitos comentários que recebi e que votou em Bruno de Carvalho, não passo cheques em branco. Por ninguém. O Sporting é demasiado importante para todos nós para confiarmos cegamente. E isso aplica-se ao novo Presidente, a José Couceiro ou até mesmo se todos estivéssemos doidos e elegêssemos Carlos Severino :)....Estarei atento e recomendo o mesmo a todos vós. E, volto a dizer, que a maior prova de unidade e abrangência era aproveitar as mais-valias de todos os sportinguistas que já lá estão, incluindo Diogo Matos e Mário Patrício.

 

Em relação ao Inácio, nada me move pessoalmente contra o próprio. Apenas dei conta do sui generis da situação de todos nós sabermos que ele irá para a SAD, mas que neste momento treina um Clube que vai disputar um jogo com o nosso Sporting. Se toda a gente acha isso normal, enfim, nada a dizer. Não concordamos. Apenas isso. Sou livre de expressar a minha estranheza como todos vós a vossa crítica.

 

Por último, dizer-vos que gosto de ver a vitalidade do nosso Sporting ilustrada nos comentários de todos os que vão tendo tempo para visitar esta casa e, ainda mais, para me ler. Será esse o caminho para, todos vigilantes e atentos, dar-mos ao nosso Sporting, o mandato mais escrutinado de todos os tempos. E, se assim for, todos ganhamos, incluindo a Direcção que hoje toma posse. No resto, meus caros(as), Keep Calm and Carry On.

Contas a sério ou contas de merceeiro?

Tenho pena de ver partir Ricky van Wolfswinkel. Considero-o um bom avançado e o Sporting fica, futebolísticamente falando, mais pobre sem a sua contribuição. Mas a verdade é que o dinheiro não abunda para as bandas de Alvalade  (em bom rigor o cofre está vazio) e não se pode querer ter e exigir aos ainda responsáveis terem  tudo pago, sem ter onde ir buscar o dito cujo. Acresce, ademais, que muitos dos que agora choram a partida de Ricky no final da época são os mesmíssimos que, ainda recentemente, diziam "cobras e lagartos" do rapaz e que "não era jogador para o Sporting". Meras e ocasionais lágrimas de crocodilo, portanto.

Mas terá o Sporting, como alguns iluminados escrevem, perdido dinheiro? Aliás, será que o Sporting perdeu dinheiro com as vendas que fez? Nada mais falso. Vamos a contas. Mas contas a sério e não as de merceeiro que por aí se podem ler em catadupa.

O Sporting pagou por 50% do passe de Wolfswinkel 2,7 milhões de euros. Vendeu 15% deste por 975 mil euros. Logo, os 35% que restam custaram 1,625 milhões. Ora é precisamente esta parte, os 35%, que o Sporting agora vende por 3,5 milhões. Um lucro de 1,825 portanto. É pouco?. É, concordo, mas é lucro e é isso que conta nas contas de uma sociedade como a Sporting, SAD.

Esta direcção comprou 25 jogadores por 51 milhões de euros. Foi muito dinheiro? Foi, sem dúvida. Acontece que as vendas que já efectuou totalizaram 32 milhões de euros e os jogadores que potencialmente podem ser vendidos podem dar outros 30 milhões de euros. Dará prejuízo? É claro que não. Existirá sempre lucro. E substancial.

Nos últimos 10 anos o Sporting comprou 90(!) jogadores.Vendeu 2. Um deles por esta Direcção: João Pereira. Esta mesma Direcção que pagou Grimi, Torsiglieri, Pongole e todos os erros de Direcções passadas. E estão ainda no Sporting muito e bons jogadores, com forte procura no mercado. É o caso de Rinaudo, Rojo, Schaars, Carrilo, Viola, Jefffren, Arias, Diego, Turan, sem falar de Rui Patrício, Bruma, Etock, Zézinho, Tiago Illori, Renato Neto, etc.

Afinal de contas onde está a tão apregoada má gestão financeira dos jogadores do plantel, isto só para falar de contas, claro está? Pois é, falar é fácil. Demonstrar a dita é que é mais complicado.

Projecto?

 

Falei anteriormente de tranquilidade. Porém, apesar de muito valorizar a estabilidade, não deixo de pensar pela minha cabeça e perceber que algo vai mal no nosso reino. 

 

Em um ano e meio, uma lista que era poderosa em nomes sonantes venceu as eleições. Não entro no resultado, penso que o clube deveria ter segunda volta sempre, mas era uma lista sonante e que enchia a vista a todos. 

 

Mas, quando uma lista passa a Direcção, são esses os nomes que nos representam e em última instância quem manda é o Líder. Porém, a campanha para as últimas eleições no Sporting contou com mensagens claras e apostas bem centradas em... pessoas. O que é normal são as pessoas que colocam os projectos a funcionar e andar. No caso da lista que venceu, a grande tónica, o grande trunfo sempre foram Luís Duque e Carlos Freitas, com o Treinador Domingos Paciência. 

 

Aqui começou um erro básico. Por maior garantia de qualidade, por mais lembranças de vitórias que estes nomes traziam à nação Sportinguista, um candidato a Líder e um Presidente não pode sempre que fala em público afirmar as suas posições com o apoio de Duque e Freitas. Esta situação revela uma fragilidade gritante. 

 

Ora, nesse sentido, chegamos ao actual ponto. Em que já não existem Freitas, Duque, Domingos e ainda outros nomes com peso, como Carlos Barbosa e Paulo Pereira Cristóvão. São saídas a mais, em ano e meio... 

Eleições? Porquê e para quê?

Subitamente - há sempre um 'subitamente' com o Sporting em certos momentos chave - parece que o mundo está preocupado com «eleições no Sporting». Foi o ZeroZero, foi O Jogo, de hoje. E amanhã haverá mais, estou certo, é a vida.

Que há de verdadeiramente novo?

Nada de palpável, até ao momento. Se bem me lembro, em entrevistas dadas há algum tempo, o Presidente não pôs de lado essa hipótese - mas apenas se algo de novo se apresentasse como um salto qualitativo para o clube. Parece razoável o raciocínio. Eleições, sem essa certeza de salto qualitativo, seria o quê? Um salto no escuro. O envolver do clube, agora que estamos numa fase de acalmia, na turbulência de um ato eleitoral, apenas um ano depois de iniciado um mandato.

A 18 de Abril, Godinho Lopes disse o que tinha a dizer (na minha opinião): «Partir para eleições, nesta altura, prejudicaria o clube. A AG do dia 24 é fundamental para o futuro e para cativar investidores». Isto é: o «futuro» (qualquer futuro) dependeria do que se aprovasse na AG e, aprovando, dependeria da chegada ao clube (através da sua SAD) do dinheiro fresco de eventuais investidores ou parceiros. Este, sim, será um quadro verdadeiramente novo, a necessitar de um eventual ato eleitoral referendário - de novos rumos e de nova estratégia.

Nada de extraordinário, nesse caso. Mas... apenas nesse caso. Se a busca de novos parceiros para a SAD resultar positiva - e parece (eu, pelo menos, desejo que sim) que está a ser - aí talvez seja importante partirmos, com o voto dos sócios, para uma fase diferente e mais sólida da vida do nosso clube. Mas, eleições por eleições ou para fazer ajustamentos tópicos, seria um caminho imprudente - seria continuarmos a viver na espuma dos dias. Aquela de que os media gostam, para fazer manchetes 'porque sim'.

O Sporting não pode viver sempre em campanhas eleitorais, tem de viver bem mais em ação decidida e continuada. Eleições, agora, só se houver algo de muito forte, mesmo muito forte, que as requeira. Ou seja, por haver boas notícias a curto prazo. Estou certo que, sendo difícil a situação, uma solução estará à vista. E, aí, outros horizontes se abrem então.

Pontos nos i

Não vale a pena disfarçar. Ontem não correu bem. Para além de tudo o que se passou, a insistência de Bojinov em fazer asneira, num penalty que podia ter virado o jogo a nosso favor, lançou a polémica no balneário e no Clube.

Continuo a acreditar no Sporting e sei que já me deu muitas alegrias. E felizmente o Sporting é muito mais do que jogadores que não sabem o que é jogar em equipa.

O Sporting tem de ser muito mais do que as tricas de café e da instabilidade criada por pessoas que, passados estes meses todos, ainda não perceberam que o Clube tem uma Direcção, uma Equipa e um Treinador.

 

Não está a correr bem? Claro que não está. Adepto que se preze quer o seu Clube a ter vitórias e a dar alegrias. Mas continuo a acreditar, mesmo que este seja um projecto a médio prazo. Tal como na cozinha, jantares feitos à pressa dão sempre mau resultado.

Sei também que a euforia inicial do Campeonato não duraria para sempre. Uma equipa nova precisa de tempo, calma, serenidade e (do) Paciência. Não sou um defensor incondicional de nenhum treinador, mas acho que o Domingos ainda merece um voto de confiança. Acredito que tem um caminho, uma estratégia e um rumo.

Mas, como sabemos tão bem, muitas vezes as chicotadas psicológicas são usadas como os caminhos mais fáceis de seguir, em vez de mandar embora jogadores que podiam estar dedicados ao bilhar que o resultado seria o mesmo.

 

Não fui ao jogo, mas parece que ontem alguns tontos de serviço já acenaram com lenços brancos. Não sei o que augura o futuro, mas confesso-vos que ficaria muito triste de ver Domingos a sair e brilhar noutra equipa. E, já agora, que estamos numa onda de pedidos, será que os críticos do costume podiam estar calados ou falar em fóruns próprios, e dar alguma serenidade para que esta Direcção possa trabalhar? Nas próximas eleições podem tentar a vossa sorte e deixar de ser treinadores de bancada….

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