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És a nossa Fé!

A miopia de Luís Freitas Lobo

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LFL comentando o jogo Rio Ave-Sporting (exclusivo És a Nossa Fé)

 

O que ele viu na Rio Ave TV * (minuto 3):

«O grande golo de Embaló até mexeu com o tempo! Com uma chuva e um vento tremendo, quando estava um tempo tranquilo para aquilo que se previa. Uma grande jogada, um grande arranque do Rio Ave!»

O que aconteceu de facto:

Duarte Gomes: «No início do lance que resultou no golo de Embaló, Amine puxou o braço esquerdo de Pedro Gonçalves, derrubando em falta o seu adversário. A infracção foi clara e devia ter valido a anulação, via VAR, do golo do Rio Ave.» (A Bola)

Fortunato Azevedo: «No início da jogada, Pedro Gonçalves é consequentemente agarrado. Falta clara que o árbitro deveria ter assinalado. Golo deveria ter sido invalidado.» (O Jogo)

Jorge Coroado: «Amine cometeu falta sobre Pedro Gonçalves, punível com livre directo, na jogada que precedeu o golo dos vilacondenses.» (O Jogo)

Jorge Faustino: «Jogada do golo de Embaló iniciou-se em recuperação de bola de Pote, numa situação em que este foi claramente puxado. Infracção por sancionar que justificava intervenção do VAR.» (Record)

José Leirós: «No início da jogada, Amine, com a mão direita, agarrou e deliberadamente puxou Pedro Gonçalves, derrubando-o. Falta evidente por assinalar.» (O Jogo)

Marco Ferreira: «Fábio Ronaldo recupera a bola após Amine agarrar Pote, impedindo-o de disputá-la. Na sequência, Embaló faz golo. Árbitro valida. VAR erra ao não intervir, punindo a infracção no início da jogada.» (Record)

Pedro Henriques: «Com a mão direita, Amine puxa claramente a camisola do Pedro Gonçalves. Na repetição por trás, percebe-se que a camisola está já completamente fora do corpo do jogador. É isso que leva o jogador do Rio Ave a ficar com posse de bola. Há claramente falta.» (Observador)

Rui Rodrigues: «Amine, com o seu braço direito, puxa claramente o Pedro Gonçalves e acaba por projectá-lo para o chão. Este puxão, de forma ostensiva, acaba por provocar a queda do Pedro Gonçalves. Daqui resulta toda a jogada até a bola entrar na baliza do Sporting. O VAR devia ter chamado o árbitro. Falta por assinalar, erro importante.» (Sport TV).

 

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O que ele viu na Rio Ave TV * (minuto 29):

«É um choque forte que deixou mais colocado o Trincão!»

«Um choque muito forte, com a sola na bota do Nóbrega! Ficou ali a marca...»

O que aconteceu de facto:

Duarte Gomes: «O único motivo pelo qual Trincão pontapeou o pé de Miguel Nóbrega foi a abordagem totalmente negligente, em salto, com perna esticada e pitons à mostra, do defesa. Penálti por assinalar, a exigir intervenção do VAR.» (A Bola)

Iturralde González: «Penálti contra o Rio Ave, claríssimo. É um penálti muito, muito claro! O defesa [Nóbrega] entra a disputar a bola de forma temerária e acerta no avançado [Trincão]. Penálti por assinalar e também cartão amarelo, pela forma como o defesa do Rio Ave abordou o lance.» (Record)

José Leirós: «Clássico jogo perigoso com contacto. Miguel Nóbrega não teve em conta o perigo do movimento efectuado, atingindo Trincão. O árbitro errou ao não assinalar penálti.» (O Jogo)

Jorge Faustino: «Nóbrega tem abordagem claramente negligente ao tentar jogar a bola de sola quando Trincão rematava com o peito do pé. Mesmo tocando na bola, acertou com sola da bota no pé de Trincão. Penálti.» (Record)

Fortunato Azevedo: «Quando Trincão se preparava para pontapear a bola, Miguel Nóbrega lança-se com o pé em riste e com a bota da sola atinge Trincão. Jogo perigoso activo, com contacto, cometido dentro da área, que não foi assinalado. Era, por isso, penálti.» (O Jogo)

Pedro Henriques: «Nóbrega corta o lance com uma patada de frente para trás, acabando por acertar com os pitons em Trincão. Toda a abordagem do jogador é desproporcionada e perigosa. Há ali imprudência e negligência, há mais do que um simples corte de bola. O pontapé de penálti seria a decisão mais correcta para este lance.» (Observador)

Rui Rodrigues: «Quando Trincão tenta rematar, num lance totalmente controlado, o jogador do Rio Ave lança-se com a sola da bota bem à mostra. Com negligência. Actuou sem ter em conta o perigo do seu acto para o adversário. Ficou um pontapé de penálti por assinalar e um cartão amarelo por exibir.» (Sport TV)

 

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O que ele viu na Rio Ave TV * (conclusão):

«Olhando aquilo que foi o jogo do princípio ao fim, Nóbrega foi o melhor jogador em campo porque foi o melhor nas diferentes fases do jogo.»

«Miguel Nóbrega é um dos centrais com melhor capacidade de passe na primeira fase de construção do nosso campeonato.»

 

* Copyright do Vítor Hugo Vieira

Adiós, Navarro!

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Lembram-se do Navarro? Sim, esse. O tal.

 

«É muito fácil aceitar que estamos dispostos a dar 7,5M (que podem chegar aos 12,5M) por 80% do passe de um central que joga no Mafra da II Liga, emprestado pelos vikings com quem vamos jogar na Liga Europa, isto quando, ainda há dias, Ruben Amorim garantiu que não contratamos outro ponta de lança, porque não temos capacidade de investir no tipo de avançado desejado. Ainda a propósito dos 7,5 M€ do jovem central da II Liga, por exemplo, o Gil Vicente em agosto pedia 6 M pelo Fran Navarro, mas o espanhol poderia ser uma séria ameaça para o goleador João Paulo, este, ainda é a mais cara transferência de sempre do Sporting.» Palavra dum comentador anónimo, aqui, a 30 de Janeiro de 2023.

 

«O Navarro não presta, acabou de marcar em Paços, já leva 12 golos na Liga, e já não vai para Braga, vai mesmo para o Porto, mas só na próxima temporada, provavelmente o Porto vai vender um avançado.» Palavras, provavelmente, do mesmo anónimo. No dia seguinte. Enquanto arrasava Diomande aqui.

 

«O Navarro não interessa ao Sporting porque faz golos, e o Sporting não pode ter um plantel com 30 e tal jogadores, segundo o nosso treinador.» Este comentário, assinado Leão de Alfragide, foi a 20 de Abril. 

 

«Avançados a bom preço que marcam golos como esse e como o Fran Navarro não servem para o Sporting da Nova Era.» Outro, anónimo até ao tutano, veio vomitar isto a 3 de Julho.

 

«O Amorim exige, e o Amorim vai ter, já tinha sido assim com o goleador Paulinho, neste caso concreto, vamos investir 23 milhões no jovem sueco, porque vivemos desafogadamente ou faustosamente, mesmo sem Champions. O velho crocodilo 'teso como um virote', investe 15 milhões, e contrata 2 jovens espanhóis de enorme qualidade e potencial, já perfeitamente identificados com o futebol português: Iván Jaime e Fran Navarro ambos irão custar 15 milhões, e ambos não pagam um Gyokeres do Amorim.» Estas, "assinadas" por um tal Leão da Estrada, foram aqui publicadas a 4 de Julho. A patada desta vez já não era em Diomande, mas em Gyökeres. Para rasgar Frederico Varandas e enaltecer o decrépito presidente do FCP, cônsul honorário de Palermo na Invicta e patrono dos verdazuis. 

 

«Durante três anos não era necessário um ponta de lança e agora gastamos 24M num, quando poderíamos ter gasto um terço deste valor com o Navarro.» Na mesma linha, apareceu outro (ou seria o mesmo?) a 14 de Julho. Sempre com a mesma lógica: apontar baterias ao presidente por ter contratado Viktor Gyökeres.

 

«Os falidos do norte foram a Barcelos, e contrataram o Navarro com 25 anos, e que foi o 3º melhor marcador da nossa Liga, ou que fez 37 golos em dois anos no Gil Vicente, e custou-lhes 6 milhões, e supostamente o novo Guardiola nem o quis.» Este comentário é de 20 de Julho, "assinado" à americana: Only Lions roar as Lions. Mesma lógica: os do Porto é que sabem gerir, Varandas é um nabo.

 

«Sobre a comparação Gyokeres/Navarro: 1 Gyokeres fez 21 golos na Championship em 49 jogos, custou-nos 20 milhões. 2 Navarro fez 17 golos na Liga portuguesa (a 6ª melhor da Europa), em 34 jogos, e custou-lhes 6 milhões.» Arrazoado dum tal Rui Cunha (putativo pseudónimo de Bruno de Carvalho) a 26 de Julho. Deslumbrado com a brilhante gestão desportiva de PdC.

 

«Sporting: Gyokeres 20 milhões, Hjulmand 18 milhões, tudo somado dá 38 milhões investidos em apenas dois reforços, média de 19 milhões por reforço. Porto: Varela 8 milhões, Nico Gonzalez 8 milhões, Fran Navarro 7 milhões, tudo somado dá 23 milhões em 3 reforços, média de 7,66 milhões por reforço.» Cereja em cima do bolo, esta bojarda de quem assina Leão do Algarve, a 12 de Agosto. Embevecido já não apenas com Navarro, mas com todos os fiascos dos andrades.

Que já mostraram muito bem o que valem. Ou o que não valem.

 

Estes e mais uns quantos sofreram enorme desgosto na sexta-feira. Motivo? Sérgio Conceição, farto de tanta inépcia, decidiu despachar o tal brilhante "reforço" espanhol, mandando-o às malvas. «Fran Navarro está encaminhado», limitou-se a dizer o técnico portista em conferência de imprensa. Segue para o Olympiacos, emprestado com opção de compra.

O que fez no FCP? Entrou em dez jogos, conseguiu um golito. Nada mais.

Adiós, Navarro!

Que pena. Um rapazinho tão brilhante... Como devem andar tristes, os verdazuis.

Alguém percebe o que isto quer dizer?

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«A transição é um passe que não é mais do que isso, não é nenhuma acção de condução nem sequer de triangulações. É essencialmente um passe que faz a equipa sair desse momento defensivo para outro momento, de organização ofensiva.»

Luís Freitas Lobo, na Sport TV, durante a transmissão do Braga-Sporting. Quem souber descodificar este jargão da bola, faça o favor de me explicar. Agradeço desde já.

Que gente esta

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Enquanto escrevo estas linhas, oiço dois comentadores televisivos desancar Cristiano Ronaldo minutos após a vitória sobre a Macedónia (2-0) que carimbou a ida da selecção portuguesa ao Campeonato do Mundo. A nossa oitava participação de sempre numa fase final de um Mundial, a nossa sexta consecutiva.

Vitória para a qual Ronaldo contribuiu claramente com uma primorosa assistência para o golo inicial, de Bruno Fernandes, aos 32'.

Mesmo assim lá se dedicam eles à sua modalidade favorita: o tiro ao Ronaldo. Deve dar-lhes um prazer enorme, este de se atirarem ao melhor futebolista português de todos os tempos - com 115 golos marcados em 143 desafios pela selecção, recorde absoluto na história da modalidade - e prestes a marcar presença no seu quinto Mundial, algo que até hoje só sucedeu a dois outros jogadores de campo: o alemão Lothar Matthäus e o mexicano Rafa Márquez.

Que gente esta. Questiono-me se na televisão da Argentina também haverá comentadores deste calibre, sempre prontos a pôr em causa o mérito, a qualidade e o talento de Lionel Messi.

A ver o Europeu (5)

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A IMPORTÂNCIA DE TER MEMÓRIA

Há cinco anos, o "grande educador da classe operária", que já consumiu mais tempo de antena do que qualquer outro até hoje e fala com a cadência dos relógios de cuco a dar horas, encarregou-se desde o primeiro instante de profetizar um percurso péssimo à selecção nacional. Talvez porque o seleccionador se chama Fernando Santos e não Carlos Queiroz, seu favorito.

 

Entre os dislates que debitou em antena, anotei estes:

«A selecção nacional está transformada no clube do Ronaldo.»

«Com todo o respeito pelos nossos adversários, a Croácia e a Polónia são boas equipas mas não são testes a sério.»

«Agora, depois das 'tangentes' perante a Croácia e a Polónia, já é tarde para despertar para o 'grande futebol'.»

«Nós não encontrámos até agora um grande adversário.»

«A França é uma equipa que me encanta.»

«A França é uma equipa fresca, que joga um futebol positivo.»

«Esta equipa [País de Gales] cultiva uma certa alegria no futebol e dá gosto vê-la jogar.»

«Nós não fomos melhores que a Croácia, não fomos melhores que a Croácia. A Croácia foi melhor que nós.»

«Eu gostei muito do futebol da Itália e lamento muito que a Itália tenha saído.»

«A Alemanha tem as dimensões todas do futebol. É uma equipa super-equilibrada, com várias soluções, poderosa fisicamente, tecnicamente muito bem dotada, com uma dimensão táctica. Os jogadores alemães são fantásticos.»

«Este é um Portugal que se afasta muito daquilo que tem sido o seu padrão do ponto de vista do comportamento desportivo.»

«Eu só dou grande mérito a Portugal quando ganhar a final.»

«A selecção nacional, na final, foi melhor sem Ronaldo do que com Ronaldo.»

 

Elogios para tudo e todos, excepto para a selecção nacional. Que acabaria por sagrar-se campeã europeia.

Construção antecipada de uma narrativa sempre a pensar no iminente desaire português. Que - para azar do narrador - jamais aconteceu.

Do princípio ao fim, um odiozinho de estimação a Cristiano Ronaldo. Que nesse mesmo ano voltaria a ser eleito melhor jogador do mundo.

Incoerência total face aos argumentos debitados em 2010, quando defendeu Queiroz com unhas e dentes apesar da medíocre prestação portuguesa no Mundial da África do Sul. Ao ponto de, no rescaldo desse certame de tão má memória para nós, ter proclamado esta pérola: «Carlos Queiroz pensa o futebol, em termos de organização, como poucos em Portugal.»

 

Este ano ainda não tive pachorra para ouvir tal pitonisa. Nem sei se ainda pontifica na pantalha. 

Valerá a pena?

Cor de papoila murcha

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Um comentador que se diz imparcial mas é lampião até à medula vaticinava à quarta ou quinta jornada do campeonato 2020/2021, na televisão onde vai grasnando uns dislates, que o Benfica tinha o título no papo, restando às outras equipas lutar pelo segundo posto.

Quero ver de que cor este zandinga da treta vai pintar a cara quando voltar a aparecer na pantalha. Sou capaz de adivinhar qual é. Cor de papoila murcha.

A montanha pariu um Braga

Três jogos contra o Braga nesta temporada. Três vitórias do Sporting.

Olho para a classificação da Liga 2020/2021: o Braga está com menos 15 pontos.

Lembram-se? É a mesma equipa que todos os catedráticos do esférico se fartavam de gabar, semana após semana, dizendo que praticava "o melhor futebol" em Portugal. Olhavam para o Monte do Sameiro e viam lá a Serra da Estrela.

Se já me faziam rir antes, imaginem o gozo que me dá ouvi-los agora. 

Apenas há seis meses

No início da temporada, o objectivo principal do Sporting - reconhecido como tal por todos os comentadores desportivos - seria a qualificação para a Liga dos Campeões, ainda que por via indirecta, o que implicava conseguir o terceiro lugar no campeonato. Alvo que muitos questionavam, antecipando inúmeras dificuldades para atingirmos tal posto. Ninguém falava na conquista do campeonato.

Alguns desses bitaiteiros, à falta de melhor tema, falavam com frequência na suposta "belenização do Sporting" e fizeram correr rios de tinta perorando sobre a hipotética irrelevância do nosso emblema no futebol nacional. Sem surpresa, vários adeptos leoninos alinhavam em tal coro.

Isto passou-se em Setembro. Decorreram apenas seis meses. Com tanto que aconteceu depois, há quem se esqueça. Lamento, mas não é o meu caso. 

Fernando "Il tifoso" Mendes

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Com a concorrência dos canais televisivos no que ao futebol diz respeito surgiu uma nova classe de protagonistas, algures entre os jornalistas e os funcionários: os comentadores desportivos afectos aos clubes.

Logo alguns clubes tentaram distorcer o debate através do coaching ou da entrega regular de  guiões ou cartilhas aos comentadores afectos, destacando-se nesse aspecto o Benfica e a "cartilha do Janela". Por outro lado, alguns dos comentadores menos alinhados com as direcções dos clubes respectivos logo aproveitaram o tempo de antena para lavar a roupa suja dos mesmos, e alguns "sportinguistas" nesse aspecto "pintaram a manta".

Entre uns e outros são mesmo raros os tais comentadores que pensam pela sua cabeça, e que transportam para o ecrã um genuíno e desinteressado amor clubista.

Fernando Mendes nasceu na terra do seu amigo Paulo Futre e chegou a defesa esquerdo da equipa A com 18 anos, tal como o Nuno Mendes. Também ele tinha um estilo de jogo vibrante e empolgante. Saiu do Sporting quatro anos depois com 115 jogos realizados, tendo representado depois vários clubes: Benfica, Est. Amadora, Boavista, Porto, Belenenses e outros, digamos que foi um saltimbanco do futebol português. A sua vida pessoal também conheceu altos e baixos, toda uma história que registou num livro que ainda não tive oportunidade de ler.

Ao contrário de Paulo Futre, um "cidadão do mundo" que julgo saber se mantém sócio do Sporting, o Fernando Mendes, na caracterização que dele faz Futre, "só vê Sporting", é um verdadeiro "tifoso".

Várias vezes vi os dois amigos entrar com estatuto VIP no tempo de Bruno de Carvalho no átrio central de Alvalade rumo aos elevadores que os iriam conduzir ao camarote presidencial. Depois do assalto a Alcochete, parece que as relações entre eles esfriaram, como esfriaram as do ex-presidente com muita gente desse tempo, que se atrevia a dizer o que ele não gostava de ouvir. Pouco tempo depois da destituição, Fernando Mendes já era "persona non grata" dos brunistas, e perseguido de diversas formas que ele já teve oportunidade de contar.

Desde então foi-se mantendo na CMTV. O que ganha deve dar-lhe muito jeito para ultrapassar anteriores dificuldades que não teve vergonha de assumir. É uma pessoa que fala com o coração ao pé da boca, diz o que sente doa a quem doer. Sobre os cartilheiros diz que "são uns tristes". Para o cartilheiro Amaral do Porto, acabado de perder a Taça da Liga, foi curto e grosso: "tens azia, come iscas."

Depois da derrota da época passada com o Rio Ave, naquela noite super-infeliz de Coates que ditou o fim de Marcel Keizer no Sporting, ficou desvairado e foi bem duro com a equipa. Disse que "o Sporting não joga nada !

Pois anteontem, também na CMTV, lá foi sofrendo com o jogo, dizendo que "o Sporting não pode facilitar em momento algum", mas quando o mesmo Coates marcou o golo final a reacção dele ultrapassou em muito aquela que eu tive, e ainda hoje o meu sobrinho veio reclamar que o acordei. A reacção dele foi esta.

Fernando "il tifoso" Mendes, não gastes tudo agora. Cada vez mais me vou convencendo que este ano vais ter tu e vamos ter nós todos a alegria que há muito merecemos.

#OndeVaiUmVãoTodos

SL

Há noites assim! Boooooooas!

Falar (leia-se escrever!!!) quando se ganha é fácil.

Como sempre (continuo a ser da equipa do Zé Navarro!) não vi o jogo. Fui somente escutando o relato na Antena 1.

Após os noventa e tal minutos e a vitória, fui tomar uma banhoca e por fim sentei-me em frente da televisão para ouvir os comentadores televisivos que surgiram nos diversos canais, sempre tão assertivos…

O ambiente era pesado, muito pesado. Do lado dos derrotados percebia-se uma incontrolável azia própria de quem julga de que tem o mundo a seus pés e que as vitórias constroem-se agitando camisolas. Do outro, os homens do Norte, também eles pouco felizes já que continuam a quatro pontos do primeiro lugar e viram na noite passada uma oportunidade para se chegarem à frente… gorada.

Os poucos Sportinguistas tinham entretanto direito a explicar as movimentações dentro de campo (a que gostei mais foi a de Ricardo, o nosso antigo guarda-redes!), mas mostraram sempre muito serenidade e nenhuma arrogância.

Ainda por cima este jogo não teve casos de arbitragem, o que havendo daria outro paladar aos debates.

Enfim termino com a consciência que ontem foi uma boa noite televisiva.

A cartilha do ódio ao Sporting

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Os mesmos comentadores que nas pantalhas debitam a cartilha do ódio ao Sporting, acusando-o de beneficiar dos favores da arbitragem, fecharam os olhos aos dois penáltis perdoados ao Braga no jogo de sábado contra a nossa equipa. Um empurrão pelas costas de Rolando a Feddal e um derrube de Raul Silva a Tiago Tomás, que as imagens tornam evidente. O primeiro foi transformado pelo árbitro Fábio Veríssimo em... falta atacante do Sporting. O segundo ocorreu quando o vídeo-árbitro João Pinheiro estaria a pairar em meditação transcendental lá nos confins da "cidade do futebol".

No empurrão a Feddal, dizem eles, nada se passou: tudo depende da intensidade. São os mesmos, em vários casos, que vislumbraram fúria intensiva no involuntário toque de Coates ao guarda-redes do Famalicão, justificando a anulação do nosso terceiro golo nesse jogo pelo árbitro Luís Godinho que nos impediu de ali conquistar os mais que merecidos três pontos e valeu a Rúben Amorim a segunda expulsão na sua carreira, a segunda ao serviço do Sporting (a primeira, por mera coincidência, foi também ditada por Godinho).

São os mesmos, exactamente os mesmos. E, do nosso lado, ainda há por vezes quem acredite neles.

«O Sporting não é o principal candidato»

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José Manuel Freitas - No sábado, no estádio de Alvalade, vão jogar duas das melhores equipas do campeonato português e é neste jogo que eu quero perceber duas coisas: se o Braga é realmente (como eu acho) candidato ao título e se o Sporting, na verdade, tem bagagem suficiente para se manter no primeiro lugar e provar, como diz o Marco Caneira e eu estou de acordo, que é um forte candidato a poder ser campeão nacional.

Marco Caneira - O principal candidato.

J. M. F. - Eu não acho que seja o principal candidato.

M. C. - Neste momento é o principal candidato.

J. M. F. - Mas essa é a tua opinião!

M. C. - É a opinião que estou a emitir.

J. M. F. - Tens de respeitar a minha, por favor!

M. C. - Eu estou a respeitar a tua, estou a emitir a minha.

J. M. F. - Não estás a respeitar nada a minha! Porque queres que eu vá atrás da tua e eu não me apetece, não me apetece.

M. C. - Não, não, não. Cada um tem a sua opinião.

 

 

Excerto de um diálogo travado no passado dia 30, no programa Jogo Aberto, da SIC Notícias. Um dos intervenientes - aquele que recusa apontar o Sporting como principal candidato ao título - participava há cerca de 30 anos, de cachecol ao pescoço, num programa da TSF como simpatizante assumido do emblema leonino. 

Esses tempos, pelos vistos, ficaram definitivamente para trás. Parafraseando o outro, 30 anos é muito tempo...

Eficácias

O Sporting está mal, Pote é um bluff, Nuno Mendes anda coxo, Nuno Santos perdeu o gás, Neto falha todos os cortes, Adán defende por centímetros, Amorim depende da estrelinha, uma desgraça pegada. O Sporting só se safa porque é eficaz. É este o novo mantra: o Sporting é eficaz. O que dito assim parece um defeito, um golpe de sorte, um acaso, se não mesmo um bruxedo. Não joga nada mas é eficaz, dizem os peritos da SportTv, sobretudo o nosso querido Rui Amaro, esse cómico cabisbaixo, que fala de futebol como poderia falar de equações diferenciais, já que tem conhecimento equivalente em ambas as matérias. Só nos resta pois continuar a ser eficazes e pedir desculpa por qualquer coisinha.

Não vai a bem vai a murro!

Como sempre não vejo o jogo na televisão porque não pago essas coisas. Futebol em Alvalade é para ver no Estádio. Ponto.

Mas oiço o relato da Antena 1 e de repente há um comentador que diz que não deveria ser grande penalidade porque o jogador do Farense tocou na bola primeiro. Só que o guarda-redes deu um valente murro na cabeça do jogador do Sporting. Vi as imagens há pouco!

O que interessou foi mais uma vitória. Nem que seja a murro...

Os mesmos

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Os mesmos comentadores que andaram dias e noites a enaltecer o golo mais fraudulento da história do futebol, elevando aos píncaros da glória celeste o autor da batota, que ele próprio - sem um pingo de vergonha - celebrou como efeito da "mão de Deus", passaram toda a semana posterior a vituperar uma bola que ressaltou na coxa do Pedro Gonçalves e lhe terá roçado o cotovelo antes de entrar na baliza do Moreirense.

Repito: os mesmos. Comentadores, cartilheiros, "analistas", palpiteiros das pantalhas, linguajadores do ludopédio, enciclopédias ambulantes do toca-e-foge. Sem vergonha também, todos eles. Descem da "divina" mão do falecido argentino ao famigerado cotovelo do melhor jogador actual do campeonato português, transitando do céu ao inferno enquanto o diabo esfrega um olho.

Quem não os conhecer que os compre. Eu passo ao lado.

Boa noite, Sofia

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Esta semana, no Canal 11, Sofia Oliveira e seus pares tentaram ridicularizar Jovane Cabral enquanto faziam declarações de amor a Adel Taarabt.

Não houve posts de reação, não houve uma palavra que fosse na conferência de imprensa para isso. Houve, sim, um grande jogo e mais um grande golo.

A melhor maneira de calar os idiotas não é com palavras idiotas, é com trabalho e talento. E isso Jovane tem de sobra.

Boa digestão.

Baralhado

A falta de profissionalismo é tramada. E a displicência, quando se fala aos microfones dum canal televisivo, é um dos sinais inequívocos da falta de profissionalismo. Aconteceu no domingo, na Sport TV, durante a transmissão em directo do Sporting-Boavista: o narrador-comentador cometeu a proeza de, na mesma jogada, chamar Borja ao Wendel, Jovane ao Borja e Wendel ao Jovane.

A este baralhado chamei, também eu, um nome diferente do que tem. Mas, por uma questão de elementar decoro, não vou reproduzi-lo aqui.

A sabedoria dos velhos

Em muitas sociedades ser velho significa sabedoria, gente que fez e viveu muito, fez a sua síntese do melhor e pior que vivenciou e melhor do que os outros consegue distinguir o trigo do joio. Para além disso, não anda à procura de nada nem anda a pagar favores a ninguém e pode com a maior liberdade dizer o que vem à alma. 

Vem isto a propósito de duas intervenções de dois "velhos" esta semana sobre o nosso Sporting, onde tiveram em tempos papel relevante.

Disse Dias da Cunha à TSF (o "velho" do último título e dobradinha) sobre a presidência:

"... ser preciso dar tempo ao tempo", pois Frederico Varandas "pegou no Sporting em condições absolutamente desgraçadas... Mesmo assim, tem conseguido ultrapassar os problemas financeiros o que é espantosamente difícil ... eleições antecipadas estão fora de questão." E sobre a contestação "As pessoas cegam! Ou, então, pretendem cegar para arranjar condições para chegarem ao poder. Depois, há aqueles que aproveitam a contestação das claques porque ainda pensam no regresso do bronco. Isso é muito mau para o Sporting."

Disse Manuel José à RTP3 (o "velho" dos 7-1 ao Benfica que me deu um dos maiores prazeres que tive no futebol na bancada de Alvalade):

"... o departamento de scouting do clube de Alvalade deve ter problemas de consciência que nunca mais acabam... não me lembro duma equipa tão ruim em Alvalade como este ano... A atmosfera continua difícil. Se olharmos para este jogo, a segunda parte do Sporting, por amor de Deus, foi horrível! Tive de ver porque vinha para aqui, senão tinha mudado de canal, com tantos jogos que estavam dar na televisão. Esta história de jogar com três centrais, meus amigos, joguei oito anos assim no Al-Ahly, no Egipto, e quatro anos no Boavista. Quando o nosso defesa central ganhava a bola, se o adversário metesse cinco jogadores no ataque ele tinha de sair imediatamente a jogar e a defesa toda saía com ele, para pôr aqueles cinco jogadores, caso perdêssemos a bola, em fora de jogo. E o líbero subia para a posição dele. No Sporting o único que faz isso é o Mathieu. O Coates é muito bom a defender, mas quando tem bola, aquilo para ele é um objecto estranho, não sabe o que lhe fazer. Joga um futebol directo mas a bola não vai para ninguém, vai sempre para o adversário".

 

Pois, se calhar custa a ouvir e mais ainda custa a engolir para quem tem dono. Para quem o único dono é o Sporting, só tem mesmo de ouvir e reflectir...

 

Quem preferir ouvir o Pina ou o Pinotes, faça favor...

 

SL

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