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És a nossa Fé!

Dérbi a dérbi enche o leão a barriga

Todos sabemos duas coisas: que Sporting e Benfica são os únicos clubes portugueses ecléticos com dimensão nacional e que quando eles se conseguirem entender sobre verdade desportiva e competições desportivas isentas de controlos mafiosos mais se acentuará a repartição dos títulos e sucessos entre os dois.

Está à vista de todos o buraco financeiro em que o maior clube do Porto se encontra, a baixa de qualidade das suas equipas e as dificuldades das autarquias da região do Porto justificarem as benesses e os tratamentos de favor que lhe prestam.

Então quais foram os resultados nos últimos confrontos entre os dois, os famosos dérbis?

Futebol - Sporting 2 - Benfica 1 (29/02/2024)

Futebol Fem - Benfica 1 - Sporting 3 (26/11/2023)

Futebol B - N/E

Futebol Sub23 - Sporting 5 - Benfica 2 (30/01/2024)

Futebol Sub19 - Sporting 0 - Benfica 1 (08/12/2023)

Futebol Sub17 - Benfica - Sporting    a disputar 03/03/2024

Futebol Sub15 - Sporting 1 - Benfica 5 (17/02/2024)

Voleibol - Benfica 3 - Sporting 2 (21/01/2024)

Voleibol Feminino - Sporting 3 - Benfica 1 (01/03/2024)

Andebol - Benfica 34 - Sporting 38  (17/12/2023)

Basquetebol - Sporting 91 - Benfica 88 (26/11/2023)

Hóquei em patins - Benfica 6 - Sporting 1 (11/02/2024)

Futsal  - Sporting 7 - Benfica 3 (17/02/2024)

 

Para um Sportinguista, vencer um dérbi será sempre um enorme prazer seja em que modalidade for, a rivalidade entre os dois emblemas é tremenda e uma força indispensável à evolução do desporto em Portugal, mas quando sabemos que o rival está a gastar como nunca na ilusão da hegemonia lampiónica do desporto em Portugal ainda mais.

Deixando o futebol sub17 de lado, porque o primeiro dérbi da fase final é esta semana mesmo. São 7V e 4D para o Sporting nos últimos dérbis.

Dérbi a dérbi enche o leão a barriga. 

E ficam as hienas a curar a azia.

SL

Quente & frio

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Morita e Morten brilharam no meio-campo, vulgarizando o Benfica no clássico da Taça em Alvalade

Foto: Rodrigo Antunes / Lusa

 

Gostei muito da nossa vitória ontem, em Alvalade, frente ao Benfica, cumprindo a primeira mão da meia-final da Taça verdadeira. Num desmentido vivo e cabal daquela treta - propalada por alguns adeptos que são leões sem juba - de que o Sporting claudica nestes clássicos. O que se viu ontem foi o contrário disto: o Benfica a tremer durante uma hora, em que sofreu dois golos e podia ter sofrido outros tantos, incapaz de construir um lance colectivo digno desse nome, sem posse de bola, remetido ao reduto defensivo, impotente na reacção à contínua pressão atacante da nossa equipa. Basta referir que o primeiro remate deles à nossa baliza aconteceu só aos 59' quando João Mário - sempre muito assobiado cada vez que tocava na bola - atirou à figura, para defesa fácil de Israel.

 

Gostei deste triunfo por 2-1 que nos dá vantagem para o desafio da segunda mão, a disputar na Luz daqui a mais de um mês - caprichos do calendário futebolístico que está sobrecarregado de jogos nesta fase e devia ser revisto em futuras temporadas. Pusemo-nos em vantagem logo aos 9', com um surpreendente golo de Pedro Gonçalves de cabeça, quase sem tirar os pés do chão, batendo o guarda--redes ucraniano do SLB, que tem quase 2 metros de altura. Mérito inegável do melhor jogador português do Sporting, ontem excelente como segundo avançado: já fez 14 golos esta época, sendo agora o segundo artilheiro da equipa. Assim chegámos ao intervalo. O segundo golo, aos 54', foi de antologia - com Gyökeres muito bem lançado de trivela por Geny junto à linha direita, a correr com ela dominada durante 35 metros e a fuzilar Trubin. Destaco ainda a fantástica dupla Morita-Morten (com o dinamarquês a assistir no primeiro golo), que controlou as operações no meio-campo durante 65 minutos, até a fadiga se instalar. Mas sublinho acima de tudo a presença imperial de Coates no comando da defesa neste seu jogo 355 de Leão ao peito: elejo-o como melhor em campo. Cortes impecáveis aos 22', 38', 45'+2, 51' e 90'+5. Com ele ao leme, nem parecia que estávamos desfalcados de um titular naquele sector: Gonçalo Inácio, lesionado, esteve ausente do onze. Tal como Trincão, pelo mesmo motivo. 

 

Gostei pouco que algumas oportunidades de golo tivessem ficado por consumar. O campeão dos perdulários voltou a ser Edwards, que atravessa fase menos boa. Frente à baliza e com as redes à sua mercê, demorou a rematar, permitindo intercepção, aos 45'. Também muito bem colocado, aos 64', falhou o disparo: a bola saiu-lhe enrolada, perdendo-se assim a hipótese de dilatar o marcador.

 

Não gostei que o golo de Nuno Santos - obra-prima que prometia dar a volta ao mundo - tivesse sido anulado por deslocação de Paulinho. Aconteceu aos 90'+3: ainda festejámos por alguns momentos o suposto 3-1 após monumental chapéu de mais de 20 metros a desenhar um arco perfeito sobre a cabeça de Trubin com a bola a anichar-se no ninho da águia. Mas ficou sem efeito, o que deve ter causado noite de insónia ao nosso brioso ala esquerdo, que substituiu Geny aos 86' enquanto Paulinho rendera Pedro Gonçalves no minuto anterior.

 

Não gostei nada da exibição de Esgaio: entrou aos 76', rendendo um Edwards que se perdeu em fintas e fintinhas esquecendo-se de que o futebol é um desporto colectivo. Mas o substituto do inglês não esteve melhor, longe disso: voltou a revelar-se o elemento tecnicamente mais débil do plantel leonino. Aos 80', muito bem enquadrado com a baliza, em posição de disparo e sem marcação, ficou sem saber o que fazer com a bola: sentiu uma espécie de temor cénico e acabou por confundir futebol com râguebi, atirando-a muito por cima da baliza. Pior: voltou a fazer o mesmo aos 88'. Incapaz de tirar um jogador da frente, entregou-a em zona perigosa, aos 90'+1, ficando pregado ao chão e dando origem a uma rápida ofensiva dos encarnados. Tanta asneira junta em tão pouco tempo. Pior só aqueles inenarráveis "olés" que a partir da hora de jogo, num estádio com lotação quase esgotada (45.393 espectadores), começaram a escutar-se nas bancadas: bazófia burra que só contribuiu para desconcentrar os nossos e mobilizar a equipa adversária. Esta gente tarda em perceber que "olés" servem para a tourada, nada têm a ver com futebol. 

O dia seguinte

No segundo jogo do ciclo infernal o Sporting venceu o Benfica por 2-1, para a Taça de Portugal, e o Atalanta perdeu por 0-4 com o Inter em Milão depois do empate com o Milan no fim de semana passado. Domingo temos o Sporting-Farense e o Porto-Benfica e o Atalanta-Bologna, depois o Sporting-Atalanta, enfim é muito cedo para cantarmos de galo e andarmos aos olés nas bancadas. Desta vez as claques muito mal a criarem um ambiente de bazófia que deu no que deu, um golo contra, outro logo a seguir, felizmente invalidado.

Uma primeira parte de domínio completo pelo Sporting, vulgarizando o Benfica, e onde o golo do Pedro Gonçalves de cabeça soube mesmo a pouco, muito por culpa da dupla Catamo-Edwards que falhava na definição tudo o que de muito bom criava.

Uma segunda parte onde o Sporting continuou no mesmo registo. Marcou o segundo golo e não teve a lucidez ou a capacidade de comando para congelar o jogo, antes deixou-o partir, desgastando-se sem necessidade, desperdiçando à frente e concedendo enfim oportunidades atrás. 

O Benfica pode não jogar um piço, mas tem jogadores de grande classe a quem não se pode dar abébias. Como o Di Maria. E foi ele que do nada tirou um centro de excelência que deu golo, e pouco depois uma incursão seguida de remate que deu outro, felizmente anulado. Porque se não tivesse sido, o Sporting ia passar mal. A quebra física da equipa, a começar pela dupla do meio-campo, era evidente.

Com Catamo a arrastar-se em campo entrou Esgaio, cheio de força mas a acumular disparates indignos dum jogador com o seu curriculum. 

Depois veio uma tripla substituição que me pôs os cabelos em pé. Realmente é preciso tê-los no sítio para a fazer aquilo contra o Benfica ou então sou eu que ainda estou traumatizado pelos últimos minutos na Luz, mas a verdade é que os jogadores que entraram ajudaram o Sporting a crescer no campo, e aquele remate do Nuno Santos merecia ter sido golo validado.

 

Melhor em campo? Hjulmand, evolução incrível do dinamarquês com Rúben Amorim.

Arbitragem? No essencial esteve muito bem. E o VAR ainda melhor. Deixou jogar, desvalorizou cargas, foi moderado nos cartões. Se não fosse o fora de jogo o penálti marcado a Edwards deveria ser revertido, a simulação foi por demais evidente na TV.

E agora?  Domingo em Alvalade para marcar cedo e passear o resto do tempo. Quem não gostar, paciência, reveja alguma goleada anterior na Sporting TV. 

E que o Porto ganhe no Dragão. Não joga um piço mas o Benfica também não, o treinador é um carroceiro agora armado em calimero, isso é verdade, mas Herr Schmidt já interiorizou o espírito lampião, sempre os maiores do mundo e arredores ganhando ou perdendo, quando perdem são os árbitros que não conseguem entender tal grandeza. E ganhando pelo menos os Super-Dragões não lhe assaltam a casa e o enchem de pancada como fizeram ao zelador do Villas-Boas. Não lhe quero tamanho mal assim.

SL

Calão rima com corrupção e com campeão

Com sucessão e panteão

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Porque hoje não é sábado (é importante ler a Sábado) e eu não sei fazer links, nem ligações, nem corrupções, a partir do telemóvel, este texto (em imagens) é a minha contribuição.

Luís Filipe Vieira queria um sucessor que fosse incompetente, chulo e calão, depois de muito procurar parece que encontrou.

Calão é, de certeza.

Marc Batta topou-o, o actual presidente do Benfica a impedir o actual treinador do FC Porto de entrar em campo.

Quanto ao resto, enfim, é o "príncipe da Damaia", cheio de boa sorte, boa ventura como diria o Di Maria, o jogador que obrigou Lucílio Baptista a ver uma mão no peito de Pedro Silva (consultem o youtube).

Não sou de raivas, nem de vinganças, nem de ficar calado, nem com um melão [feliz dia dos namorados] mas gosto de ver pessoas importantes no panteão.

César Boaventura, Luís Filipe Vieira, Rui Costa, qual estátua junto a Eusébio, bah, pensar pequeno, um lugar no panteão, isso sim.

Quanto mais depressa, melhor.

Quem cabritos vende

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E cabras não tem, de algum lado vem.

O homem deu-se como falido, a origem do dinheiro é desconhecida, dias antes de ter oferecido dinheiro para que fosse facilitada vitória ao seu clube do coração, apareceu-lhe o dinheiro na conta.

Não se sabe de onde veio o dinheiro e a ordem, sabe-se que César Boaventura foi hoje considerado culpado.

Terá em consequência da sua condenação, que pagar 30 mil euros a uma instituição de caridade para não ser preso.

Duas dúvidas me assolam:

1- Se o homem está falido, caso "bata a cláusula", de onde lhe aparecerá o dinheiro na conta;

2- Se a instituição de caridade será o Benfica, que lhe fez, diz-se, chegar tanto dinheiro à conta, a troco de nada.

E com esta decisão do douto tribunal, lá vai para as urtigas a mais que justa pretensão do Sporting a vencer "a título póstumo" o campeonato de 2015/2016. É o que temos...

Incongruências

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O Sporting reconquistou ontem o caneco da Liga em futsal, derrotando o Benfica por 4-2.

Nada de anormal, portanto. Eles são nossos clientes frequentes, devem até ter milhas suficientes para uma viagem até ao além, já que são patrocinados por uma agência funerária. Claro que eu não lhes desejo mal algum, senão como teria o prazer regular de ver os nossos derrotarem a equipa que mais investe a nível mundial no futsal e que joga como nunca e em regra perde como sempre?

Leio agora nos media que querem repetir a final porque um dos nossos interrompeu um ataque deles quando já perdiam por dois, a menos de um minuto do final. Sim, sei que um minuto em futsal é uma eternidade, mas o nosso jogador era suplente, mesmo que fosse expulso não adiantaria de muito, mas adiante. Claro que há sempre a possibilidade de a final ser repetida, eu diria as vezes que eles quiserem. Basta irem à box da tv e irem às gravações. Eu recomendaria que vissem acompanhados de uma embalagem de kompensan, à cautela.

Para terminar este postal em jeito de telegrama, só quero mostrar a incongruência para onde nos remete o título: O Benfica (diz que) foi prejudicado pela arbitragem e por isso exige a repetição da final. E onde está a incongruência, perguntarão os estimados leitores? Pois, "Benfica" e "prejudicados pela arbitragem" na mesma frase é como o anúncio do restaurador "Olex"...

O melhor prognóstico

Como era de supor, perante o resultado final (não o 0-1 que se registava aos 90 minutos de jogo), ninguém acertou nos prognósticos do Benfica-Sporting. Ninguém sportinguista, quero dizer. Porque um benfiquista que assina o cunhado do acutilante, vá-se lá saber porquê, acertou no 2-1 para os encarnados. Apesar de nem ele parecer muito convicto quando fez o vaticínio.

Nem nos distritais

Não pode - nunca mais - voltar a acontecer o que na noite de domingo aconteceu no estádio do SLB: a meio do tempo extra, aos 90'+3, ganhávamos o jogo; perdemos esse desafio por termos permitido que o Benfica marcasse dois golos nos três minutos que restavam.

Algo impensável.

Absolutamente intolerável.

Nem numa equipa dos distritais isto se compreende.

De nada adianta virem agora alguns adeptos, como sempre, entoar a ladainha da Vasta Conspiração Universal Contra o Sporting.

Tenham lá paciência, mas a culpa é toda nossa. Sem paliativos de espécie alguma.

Balde de água gelada no inferno da Luz

Benfica, 2 - Sporting, 1

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Edwards, o maior desequilibrador do Sporting, conduz lance de ataque: não merecia esta derrota

Foto: Tiago Petinga

 

Que balde de água gelada. Que decepção tão profunda. Tivemos o pássaro na mão, controlámos a partida durante o tempo quase todo, mesmo com um jogador a menos, e vimos três pontos voar nos últimos quatro minutos, já na segunda metade do tempo extra. 

Dificilmente esqueceremos este dérbi de anteontem, disputado no Estádio da Luz. Chegámos ao intervalo a vencer 1-0, com um golaço de Gyökeres marcado no último lance desse primeiro tempo. Nesse minuto 45, dezenas de milhares de adeptos benfiquistas assobiavam a equipa, vaiavam o treinador e preparavam uma onda de lenços brancos a esvoaçar nas bancadas, exigindo a demissão de Roger Schmidt.

Soçobrámos mesmo ao cair do pano. Foi traumático - ao nível daquele monumental falhanço de Bryan Ruiz a dois metros da baliza também frente ao Benfica, em Alvalade, que nos custou o campeonato de 2016. 

 

Este jogo - o clássico dos clássicos do futebol português - começou com alguns erros da nossa equipa, que rapidamente equilibrou as forças. E ficou por cima. Com duas grandes hipóteses de golo, por Diomande e Pedro Gonçalves. Chegámos ao intervalo não só a vencer: também com melhor exibição do que o velho rival.

Tudo parecia correr bem. Mas temos uma vocação inata para darmos tiros nos pés quando o cenário é mais favorável. Desta vez começou com uma desconcentração de Gonçalo Inácio, que ao minuto 49 - sem qualquer necessidade, longe da baliza - provocou falta passível de amarelo. O problema é que, desde os 22', já tinha outro cartão desta cor. O árbitro Artur Soares Dias mostrou-lhe o vermelho. Ficámos a jogar só com dez desde o minuto 52.

Mesmo assim, fomos superiores. Controlámos o jogo, anulámos a desvantagem numérica, nem parecia que tínhamos um a menos. Lá na frente, Gyökeres trabalhava por dois. No meio-campo, Morten e Morita travavam as investidas encarnadas.

Quando o árbitro concedeu seis minutos de compensação, a massa adepta benfiquista fervilhava de indignação contra o técnico e vários jogadores, brindando-os com insultos.

 

Estranhamente, foi então que naufragámos. Termos um a menos não explica tudo, não explica isto.

Houve substituições inexplicáveis. Edwards, o mais criativo e desequilibrador, recebeu ordem de saída aos 57' para entrar St. Juste - não haveria outro jogador, menos influente, a retirar de campo? Aos 73', Rúben Amorim decide trocar Pedro Gonçalves por Trincão. Matheus Reis, visivelmente esgotado, teve de ceder lugar a Nuno Santos.

A mudança mais incompreensível aconteceu aos 85', quando o técnico leonino mandou sair Morita e fez entrar Paulinho. Não dava mesmo para entender. Sobretudo porque precisávamos de defender aquela magra vantagem e Daniel Bragança estava sentado no banco de suplentes, de onde não saiu.

 

E veio o descalabro. Quando já se dobrara metade do tempo extra, João Neves - o melhor do SLB - apareceu solto, livre de marcação, a 11 metros da nossa baliza. Teve tempo para tudo: num pontapé rasteiro, de ressaca, meteu-a lá dentro. Aos 90'+4.

Do mal, o menos: o empate ainda nos servia. Deixaria a classificação na mesma, mantendo o Sporting no comando com três pontos de vantagem sobre a equipa adversária.

Só era necessário conservar a bola em nossa posse, trocando-a, durante cerca de dois minutos. Se fosse necessário, praticava-se algum antijogo: nenhum sportinguista levaria a mal.

Mas nem isso conseguimos: aos 90'+7, deixámos via aberta para o Benfica virar o resultado. Passando de equipa derrotada, com seis pontos de atraso, para vencedora, estando agora no comando do campeonato - em igualdade pontual com o Sporting, mas com vantagem em golos.

 

Claro que nos faltou frescura física nessa fase crucial do jogo. Mas faltou sobretudo mentalidade competitiva.

Faltou espírito de sacrifício. Faltou competência. 

Até porque alguns dos elementos que mais erraram ou nada adiantaram, nesses fatídicos minutos finais, tinham saltado do banco minutos antes. Estavam frescos. Refiro-me a Nuno Santos, St. Juste, Paulinho e Trincão. Incapacidade total para fechar linhas de passe do Benfica. Incapacidade para marcar com eficácia nas bolas paradas. Incapacidade de comando em campo: ninguém coordenou as manobras, era cada um por si. 

Foi a nossa primeira derrota neste campeonato: desde Fevereiro que não perdíamos em competições nacionais. Mas foi também uma derrota muito amarga. E não vale a pena atirar as culpas para cima da equipa de arbitragem: os dois lances cruciais que oferecemos de bandeja ao Benfica não são dignos de uma equipa que sonha ser campeã nacional.

 

Breve análise dos jogadores:

Adán - Monumental defesa em voo, aos 78', desviando um míssil disparado por Di María. Aos 12', tinha visto Rafa rematar ao ferro. Sem culpa nos golos sofridos.

Diomande - Travou duelos difíceis com Rafa. Arriscou penálti ao pisar Musa (9'). Criou a primeira oportunidade de golo num grande cabeceamento aos 30', para defesa apertada de Trubin.

Coates - Condicionado por ter visto amarelo logo aos 15', não se atemorizou. Fez valer a experiência em cortes precisosos, aos 55' e 61'. Não merecia aquele descalabro defensivo final.

Gonçalo Inácio - Duas vezes amarelado, por faltas desnecessárias (22' e 52'). Na primeira (pisão a João Neves) arriscou ver o vermelho. Já sem ele, jogámos mais de 40' só com dez. Para esquecer.

Esgaio - Esforçado mas sem grande rasgo, contribuiu para anular João Mário. Teve mais dificuldade em travar Guedes, a partir dos 85'. Défice no plano ofensivo, sem surpresa.

Morten - Pendular, organizador de jogo, distinguiu-se nas recuperações. Soube controlar e pausar o ritmo da equipa. Não está isento de culpa, também ele, no naufrágio à beira do fim.

Morita - Regressou de uma lesão, ainda com índices físicos aquém do desejável. Enquanto teve pulmão, cumpriu no essencial. Venceu duelos com Florentino. Saiu esgotado (85').

Matheus Reis - Cumpriu sobretudo no plano defensivo, com rigor e acerto nas marcações, neutralizando Di María. Substituido por Nuno Santos aos 73': saiu esgotado e magoado.

Edwards - Fez belo passe para golo que Pedro Gonçalves desperdiçou. Assiste no golo de Gyökeres. Injustamente amarelado aos 56' por simulação inexistente. Saiu logo a seguir.

Pedro Gonçalves - Soube a pouco. Não foi o desequilibrador que a equipa exigia, também por ter actuado em zonas mais recuadas. Desperdiçou um golo cantado aos 33'. Saiu aos 73'.

Gyökeres - O melhor Leão. Levou o Sporting para o intervalo em vantagem com um tiro do seu pé-canhão (o direito) sem defesa possível. Deu imenso trabalho a Otamendi e António Silva.

St. Juste - Rendeu Edwards (57') para compensar a expulsão de Gonçalo. Não se deu bem como central à esquerda. Cortes aos 67' e 69'. Mas falhou intercepção no segundo golo encarnado.

Nuno Santos - Substituiu Matheus Reis, sem vantagem para a equipa. Passivo no primeiro golo, deixou João Neves mover-se à vontade. No segundo, estendeu a passadeira no seu corredor.

Trincão - Entrou para o lugar de Pedro Gonçalves (73'). O melhor que conseguiu foi uma rosca lá na frente, fazendo a bola sair ao lado. Incapaz de segurar a bola nos minutos finais.

Paulinho - Saiu Morita, entrou ele. Aos 85'. Sem que ninguém compreendesse porquê. Andou engolido no meio-campo, incapaz de ganhar um lance aéreo. Atrapalhou mais do que ajudou.

O dia seguinte

Custa muito perder um dérbi quando estávamos a ganhar aos 94 minutos de jogo, mas há que engolir o sapo e seguir em frente como leões, deixando os cães a ladrar e as hienas a guinchar.

Em termos de futebol foram 15 minutis de erros sucessivos da nossa defesa que originaram oportunidades de golo e cartões amarelos. Depois dos defesas conseguirem pôrr os médios a jogar, domínio completo do Sporting, oportunidades e um grande golo a cair o intervalo. Que continuou na 2.ª parte até à expulsão de Inácio. Depois foi mesmo aguentar, sabendo jogar com o sueco para esticar o jogo, refrescando a equipa com substituições lógicas. E aguentou-se mesmo até aos 94 minutos. Depois dois lances consecutivos de inspiração dos jogadores do Benfica resolveram o jogo, que só acaba quando o árbitro apita.

Em termos de arbitragem, foi ao belo estilo APAF, sem piedade nos primeiros amarelos e depois sempre existiria algum lance em que o segundo amarelo seria plausivel. Nem foi preciso marcar penáltis em lances tão duvidosos que o VAR se poderia lembrar de questionar a sumidade arbitral. Assim foi à Soares Dias, trabalho perfeito, o Benfica agradece, o FC Porto agradece e a pastelaria também.

 

Em termos de experiência de ir à Luz ao sector do visitante, digamos que a expressão "Porco lampião" é bem empregue para quem recebe os adeptos do clube rival daquela forma, a começar pelo responsável da instalação sonora, mas obviamente extensiva ao presidente Rui Costa.

 

A "procissão dos porcos" a que chamam "caixa de segurança" organizada pela Polícia é uma vergonha também, mas no contexto dum Estádio da Luz onde permitem a passagem de adeptos provocadores do Benfica em frente à tal caixa de adeptos do Sporting enquadrados pror policia de intervenção, é um nojo organizado. Os sons de very light fazem o resto. Depois disso obviamente muitas cadeiras vandalizadas, casas de banho também, quem devia pagar todo esse nojo era o presidente do Benfica, o sr. Rui Costa.

Na entrada consegui chegar directo, mas na saída lá tive de ir na caixa sempre no final até me conseguir "desenfiar", recuperar o carro e ir à procura de dois putos que seguiram na tal caixa a quem tinha de dar boleia para o regresso a casa. Já em casa consegui ver o resumo do jogo na Sport TV, mas dos primeiros dois amarelos que foram determinantes em tudo o resto, zero. Soares Dias, o artista.

E pronto, perdemos uma bela oportunidade de nos distanciarmos mas continuamos no topo da classificação, o alemão continua como treinador o que é bom, Rúben Amorim demonstrou mais uma vez a sua valia e houve cântico dedicado a ele na bancada dos adeptos. Gonçalo Inácio não deve passar a melhor noite da vida dele, mas saberá tirar as ilações do que aconteceu e seguir em frente.

SL

Rescaldo do jogo de ontem

 

Não gostei

 

De perder o clássico na Luz (2-1). Derrota mesmo ao cair do pano, com dois golos sofridos, aos 90'+4 e aos 90'+6. Um pesadelo em casa do nosso velho rival: no tempo regulamentar de jogo tínhamos mais 6 pontos do que o Benfica. Agora estamos em igualdade pontual.

 

De termos jogado com menos um durante mais de 40'. Gonçalo Inácio viu dois amarelos exibidos pelo árbitro Artur Soares Dias: o primeiro logo aos 22', o segundo aos 52'. O que lhe valeu o vernelho por acumulação de cartões ter-se-á devido a uma entrada intempestiva, à queima, mas as imagens não confirmam se chegou realmente a tocar em Rafa. De qualquer modo, se algum factor, do nosso lado, contribuiu para esta derrota tangencial na Luz foi sem dúvida este. Disputar um clássico de alta voltagem e com grande intensidade com apenas dez em campo conduz à exaustão física, potenciando um resultado negativo - que, mesmo assim, estivemos a escassos minutos de evitar. Após termos sido melhores enquanto jogámos onze contra onze.

 

De Gonçalo Inácio. Nervoso, intranquilo, desconcentrado, imprudente. Não jogará a próxima partida, o que lhe faz bem: precisa de uma cura de banco. Espera-se que aproveite este período fora do onze para reflectir sobre a quebra anímica que por vezes o afecta em confrontos especiais. Voltou a acontecer, na partida de ontem. Penalizando toda a equipa.

 

Da lesão de Geny. Infelizmente, o internacional moçambicano continua lesionado. Se estivesse em boa condição física, seria ele o titular da nossa ala direita. É muito mais dinâmico e acutilante do que Esgaio, incapaz de fazer cruzamentos bem medidos, hesitante e sempre tímido na manobra atacante. Não admira que o Benfica tenha conduzido a grande maioria dos seus ataques pelo corredor esquerdo - era ali que estava o nosso principal ponto fraco.

 

Da saída de Matheus Reis, magoado. Boa actuação do brasileiro, ontem titular no clássico: praticamente anulou Di María, sem temer o campeão mundial argentino. Infelizmente, por jogarmos em inferioridade numérica, foi ele um dos que mais acusaram desgaste fisico, acabando por ser substituído aos 73'. Nuno Santos, que o rendeu, teve desempenho muito inferior: deixou João Neves movimentar-se à vontade, sem marcação, no lance do primeiro golo encarnado. No segundo, andou desaparecido. Defender com os olhos não basta.

 

Das oportunidades não concretizadas. Com destaque para um cabeceamento de Diomande aos 30' que levava selo de golo e de um remate de Pedro Gonçalves aos 33' só com Trubin pela frente. Em ambos os casos, o guarda-redes ucraniano impediu que marcássemos.

 

De Rúben Amorim. Com dois dos três centrais amarelados (Coates também tinha visto cartão, logo aos 15'), o treinador hesitou em fazer a substituição em tempo útil. Devia tê-lo feito, até porque contava com St. Juste no banco. O holandês acabou por entrar, mas só aos 57', quando já estávamos com um a menos. Também pouco compreensível a troca de Morita por Paulinho aos 85', quando precisávamos de reforçar o meio-campo e não a linha avançada - havia Daniel Bragança, mas nem chegou a calçar. Enfim, nem estrelinha nem sabedoria no momento de mudar.

 

De termos sofrido a primeira derrota em jogos nacionais em nove meses. A última tinha sido em Fevereiro, contra o FC Porto. Terminou um ciclo de 24 desafios sem perder.

 

De termos desperdiçado a liderança da Liga 2023/2024. À 11.ª jornada, após cinco rondas no comando, mantemos os 28 pontos (cinco perdidos, nas deslocações a Braga e à Luz), agora em igualdade pontual com o SLB, mas em desvantagem no confronto directo. E com mais três do que o FCP. Mas estamos na luta. Com igual número de golos marcados e apenas mais dois sofridos do que o Benfica. Ainda há ainda muito campeonato por disputar.

 

Da falta de condições de segurança. Durante todo o jogo, foram sendo rebentados petardos no estádio. Nos minutos finais, registou-se uma autêntiva invasão de campo, com os adeptos do SLB a pisarem o relvado perante a total impotência dos assistentes de recinto desportivo. Qualquer semelhança entre um cenário destes e o Terceiro Mundo não é pura coincidência.

 

 

Gostei

 

De Gyökeres. Voltou a ser o melhor Leão em campo. Voltou a fazer o gosto ao pé. Mesmo muito marcado (por António Silva e Otamendi) destacou-se, na primeira oportunidade de que dispôs, ao marcar um golaço. Aos 45', no último lance da primeira parte, que nos abria as melhores expectativas para o segundo tempo. 

 

De Edwards. Uma vez mais, foi ele o nosso maior desequilibrador. Primoroso passe para golo aos 33', isolando Pedro Gonçalves após neutralizar a defesa encarnada. E excelente passe vertical que lançou o internacional sueco para o primeiro golo da partida, aos 45'. Fixando o resultado ao intervalo. Já com a nossa equipa reduzida a dez, foi sacrificado aos 57' (saiu para a entrada de St. Juste). Fez-nos falta, com a sua evidente capacidade de criar lances de ruptura. 

 

Do nosso desempenho colectivo até aos 90'+4. Ao terminar o tempo regulamentar, quando no estádio da Luz já havia sonoros assobios ao treinador alemão e a vários jogadores (João Mário foi alvo de uma vaia monstruosa, ao ser substituído no minuto 85) e começavam a ver-se lenços brancos nas bancadas, o onze leonino - reduzido a dez - demonstrava ser equipa unida, compacta e solidária. Tudo se desmoronou nos instantes finais, desta vez sem qualquer estrelinha: o segundo golo do SLB é validado por escassos 4 cm pelo VAR. 

Prognósticos antes do jogo

Desafio grande em perspectiva amanhã à noite, a partir das 20.30, no estádio da Luz. Vamos defrontar o campeão nacional em título levando na bagagem um excelente cartão de visita: 24 jogos seguidos sem sofrer derrotas no plano interno. A última foi a 12 de Fevereiro, com o FC Porto, no nosso estádio.

Nas últimas cinco ocasiões em que nos defrontámos, vencemos o Benfica duas vezes (para o campeonato na Luz e na final da Taça da Liga), empatámos outras tantas e perdemos um desafio (em Alvalade, por 0-2, durante o campeonato 2021/2022). 

Agora como será? Aguardo os vossos prognósticos.

Pirotecnia fora dos estádios

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Mais uma vez alguns adeptos do Benfica se comportaram como selvagens num estádio de futebol, bombardeando com tochas adeptos da equipa da casa, uma vergonha não só para o clube como para o futebol português. A polícia espanhola fez aquilo que a portuguesa não consegue ou não quer fazer, deteve 3 individuos e apreendeu vasta quantidade de material pirotécnico.

Trata-se do clube que foi pioneiro na criminalidade pirotécnica nos estádios com o assassinato do sócio do Sporting Rui Mendes por um "very ligth" em pleno final da Taça, facto esse que em vez de ser motivo de vergonha para presidente e sócios, serve de inspiração para um cântico de provocação ao nosso emblema no estádio e no pavilhão, sob o encolher de ombros cúmplice dos dirigentes presentes.

Trata-se também do clube que com Luís Filipe Vieira conseguiu esconder de todas as formas a existência de claques organizadas e subsidiadas de diferentes formas, e talvez ajudar com os melhores advogados quando exageram nos actos criminosos e são levados à justiça. Com Rui Costa nada se viu em contrário, focado que está em ganhar tudo seja a que preço for, até no berlinde. Vem agora o mesmo Rui Costa  pedir desculpas ao presidente da Real Sociedad que estava em fúria ao ver adeptos do clube atingidos com tochas.

As desculpas não se pedem, evitam-se- Que fez ele para que aquilo não tivesse acontecido?

 

Também no Sporting, e depois dum presidente cúmplice que assistiu de cadeirinha ao bombardeio de Rui Patrício com tochas em pleno dérbi depois de ter andado na pista, e à vista de todos, com responsáveis da claque a organizar a coreografia, a pirotecnica organizada pelas duas claques em guerra com o actual presidente tem causado grandes problemas, nos jogos europeus e nacionais. Estamos ameaçados pela UEFA com jogos sem adeptos ou mesmo à porta fechada.

Ainda agora, no Bessa, tivemos três encapuzados num jogo que o Sporting precisava de ganhar fazerem mais um número de circo, quebrando o ritmo do jogo, sob o olhar próximo e passivo da polícia, "spotters" e unidade de intervenção. Nos ultimos dois jogos já não tivemos tochas, hoje à noite vamos ver o que acontece.

 

Há quem no Sporting aponte o dedo ao vizinho esquecendo o que tem em casa. Não é o meu caso. 

Até por uma razão muito simples. A delinquência duma franja de adeptos inseridos numa claque dum determinado clube afecta em primeiro lugar os restantes adeptos do próprio clube, que ao acompanharem os restantes se sujeitam ao que não querem e correm riscos substanciais. A começar por todos os sócios, como eu, que compraram bilhete e estarão domingo no estádio da Luz a apoiar a equipa do Sporting.

Pirotecnia fora dos estádios de futebol. E que quem a pratica seja perseguido e levado à justiça. E que ela seja dura.

SL

Inácio e o "super-Benfica"

Andava eu cheio de dúvidas sobre qual a equipa com mais hipóteses de conquistar o campeonato nacional de futebol 2023/2024 quando li umas declarações de Augusto Inácio que me esclareceram por completo.

Diz ele: «O Benfica reforçou-se de uma maneira em que não dá hipóteses a ninguém e tem uma super-equipa.»

Nem discuto mais o tema. Está encontrado o campeão. A turma de São Domingos de Benfica que encomende as faixas.

Vence os grandes, Rúben, vence os grandes

Sporting, 2 - Benfica, 2

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Nuno Santos em duelo aceso com Grimaldo: imagem emblemática deste clássico

Foto: José Sena Goulão / EPA-Lusa

 

Precisávamos de ganhar este jogo. Não para salvar a época, que já estava perdida, mas mantermos acesa uma ténue esperança de ainda atingirmos a pré-eliminatória da próxima Liga dos Campeões, entregue ao Braga.

Estivemos quase a conseguir o triunfo. Infelizmente, como tantas vezes tem acontecido nesta época, estragámos tudo já no tempo extra concedido pelo árbitro, estavam decorridos 90'+4. O golo é precedido de fora-de-jogo de Florentino, que bloqueia a acção de Coates, e devia portanto ter sido invalidado. Aqui o erro não foi do suspeito do costume - o apitador João Pinheiro - mas do vídeo-árbitro, Hugo Miguel.

Mas só podemos queixar-nos de nós próprios. Competia-nos metê-la lá dentro, traduzindo em golos a claríssima superioridade exibida em campo no primeiro tempo deste clássico disputado na noite de anteontem no nosso estádio. Trincão fez o que lhe competia, inaugurando o marcador aos 39'. Diomande seguiu-lhe o exemplo cinco minutos depois - de cabeça, após canto. Na sua estreia como artilheiro leonino.

Ao intervalo vencíamos 2-0. Registou-se ainda uma perdida escandalosa de Pedro Gonçalves, que aos 21' falhou a emenda à boca da baliza, imitando o Bryan Ruiz do Sporting-Benfica de 2016. E Vlachodimos fazia a defesa da noite aos 32', voando para travar um remate cheio de força e pontaria saído do pé direito de Esgaio, um dos melhores em campo.

Nesse tempo também brilharam Ugarte (homem do jogo), Nuno Santos, Morita e Diomande. Deslumbrando os adeptos leoninos.

 

A segunda parte foi a antítese da primeira. Inverteram-se os papéis: o Benfica passivo e encostado às cordas dos 45' iniciais tornou-se um conjunto dominador, com o Sporting a consentir domínio evidente do adversário.

Como sabemos, um 2-0 provisório é um dos momentos mais traiçoeiros do futebol. Nada recomendável, portanto, começar a defender tal resultado ao minuto 46, muito menos quando o adversário se chama Benfica, virtual campeão nacional. Nem é prudente recuar tanto as linhas com fizeram os nossos jogadores, aparentemente a mando do treinador após palestra ao intervalo no balneário. Este recuo deu moral aos encarnados, com o treinador Roger Schmidt a refrescar a equipa muito antes da nossa e a dominar pela primeira vez nas alas, aproveitando o espaço que lhe oferecíamos.

As coisas pioraram quando Amorim decidiu trocar Edwards por Paulinho aos 54'. Se a presença do inglês, mesmo longe das suas melhores exibições, bastava para fixar um lateral e um central a policiá-lo na nossa ala direita, o ex-Braga foi sempre incapaz de pôr a defesa adversária em sentido, dada a sua insólita tendência de aparecer mais vezes em zonas recuadas do que em terreno ofensivo. 

É certo que Paulinho esteve quase a ser o herói do jogo. Teria acontecido se marcasse o seu sexto golo deste campeonato, numa oportunidade soberana aos 86', apenas com Vlachodimos à sua frente. Mas claudicou no momento da decisão, permitindo que o guarda-redes defendesse, mesmo em desequilíbrio. Aliás falhou duplamente pois tinha a seu lado Matheus Reis, totalmente livre de marcação, e optou por não lhe endossar a bola. 

 

Muitos dos 39 mil espectadores presentes nas bancadas de Alvalade pressentiam que os três pontos ainda não estavam garantidos quando Pinheiro concedeu oito minutos de prolongamento. Nessa altura já a nossa equipa defendia de qualquer maneira, com chutões para fora da área que permitiam ao Benfica recuperar de imediato a posse de bola e acelerar de novo rumo à nossa baliza, aproveitando a velocidade de Aursnes e Bah. 

Adivinhava-se o empate - e chegou mesmo. Num golo irregular, sim, mas nada fizemos para o evitar. Nem para ampliar a vantagem que esteve em larga medida do nosso lado. Do mal, o menos: pelo menos o SLB não fez a festa do título no nosso estádioo. Mas voltámos a revelar-nos incapazes de vencer um adversário histórico: neste campeonato perdemos os dois embates com o FC Porto e empatámos com o Benfica.

Dez pontos perdidos.

Se os tivéssemos, a Champions estava mais do que garantida. E talvez até o título fosse nosso: chegaríamos aos 81 pontos - 84, se derrotarmos o Vizela na ronda que ainda falta. Apenas menos um do que os da Liga 2020/2021, quando nos sagrámos campeões.

«Come chocolates, pequena, come chocolates», escreveu Álvaro de Campos no célebre poema "Tabacaria". Se eu fosse pessoa para dar conselhos, diria ao nosso treinador, parafraseando o poeta: vence os grandes, Rúben, vence os grandes. Verás que tudo se torna mais fácil a partir daí.

 

Breve análise dos jogadores:

Israel - Segundo jogo no campeonato, estreia num clássico, substituindo Adán, ausente por castigo. Mostrou-se seguro e tranquilo, bom jogo de pés. Sem culpa nos golos sofridos.

Diomande - O jovem marfinense pegou como titular e estreou-se a marcar pelo SCP neste desafio - num cabeceamento perfeito. Alheou-se do lance no primeiro golo encarnado. (71').

Coates - Capitão com cortes providenciais. Aos 35', anulou uma acção de Rafa. Aos 90'+2 voltou a desfazer uma jogada de perigo. Bloqueado por Florentino no segundo golo do SLB.

Gonçalo Inácio - É ele a iniciar, com um passe bem medido para Nuno Santos, o lance do nosso primeiro golo. Algo intranquilo no segundo tempo, acusando fadiga.

Esgaio - A melhor primeira parte do ala direito. Centro com selo de golo para Pedro Gonçalves falhar escandalosamente (21'). Aos 32', um tiro à baliza: Vlachodimos evitou in extremis.

Ugarte - Campeão das recuperações, senhor absoluto do meio-campo no primeiro tempo. Aos 55', protagonizou um slalom de 40 metros com bola que merecia melhor desfecho.

Morita - Complemento ideal do uruguaio: enquanto Ugarte anula, o japonês constrói. Combinam muito bem. Aos 77', esteve quase a cobrir-se de glória num remate frontal que rasou a trave.

Nuno Santos - Dono do nosso corredor esquerdo, pareceu robustecer-se com os assobios da claque encarnada. Assistiu nos dois golos. Termina a época em excelente forma. 

Edwards - Muito policiado, teve o mérito de prender dois defesas que lhe faziam cobertura. Soltou-se aos 21' num primoroso passe de calcanhar para Esgaio que esteve quase a dar golo.

Pedro Gonçalves - Muito desgastado fisicamente, o que lhe rouba lucidez no plano táctico. Foi tentando fazer a diferença em lances individuais, sem sucesso. Perdida incrível aos 21'.

Trincão - Foi dele o primeiro remate enquadrado do clássico, logo aos 7'. Aos 39', levou a melhor no confronto com António Silva e rematou para golo. Com o seu pior pé, o direito.

Paulinho - Entrou aos 54', para render Edwards. Com ele em campo, a equipa caiu a pique. Teve o golo à sua mercê, aos 86', mas permitiu a defesa de Vlachodimos. Como se fosse principiante.

Matheus Reis - Entrou aos 72', por troca com Trincão. Sem rasgo nem ousadia, talvez para cumprir instruções do técnico. Reclamou passe de Paulinho aos 86', isolado perante a baliza.

Bellerín - Substituiu um Esgaio já esgotado aos 72'. Cumpriu bem a missão de ala, no plano ofensivo. Com dois centros perfeitos - para Morita (77') e Paulinho (86'). 

Arthur - Rendeu Nuno Santos aos 79'. Perdeu mais uma oportunidade para se mostrar como alternativa ao nortenho. Tem boa técnica, mas isso não basta.

Dário - Coube-lhe substituir Morita aos 79'. Ainda controla mal a força física e calcula de modo deficiente o tempo de intervenção. Aliviou mal no segundo golo do Benfica.

Uma época de equívocos

Quando ontem, ao intervalo do jogo com o Benfica, a equipa estava confortavelmente a vencer por duas bolas a zero, interpretando de forma sublime as ordens do treinador, subjugando um adversário valoroso, como se veio a verificar, que esta época demonstrou estar muitos furos acima do futebol praticado nas últimas épocas e que poderia ter ido para intervalo com outra expressão, não fora Pedro Gonçalves falhar um golo feito (hoje passou completamente ao lado do jogo, mais uma vez) e Esgaio (uma excelente exibição) obrigar o GR dos visitantes a defesa apertada a remate que ia lá pra dentro, nada fazia prever o descalabro táctico, físico e anímico que veio depois.

Esta, a da primeira parte, foi a equipa dos jogos com Frankfurt, com Arsenal, com Benfica na Luz, até com Porto no Dragão e em Alvalade (apesar do resultado, não esquecer os gamanços do Pinheiro) e na Pedreira e em Alvalade com o Braga, p.e. A equipa que todos queremos, do adepto ao treinador e que apareceu muito poucas vezes esta época.

Depois do descanso houve uma estranha metamorfose e a equipa que estava a sair bem da defesa, com segurança de passe, com o meio campo controlado, de repente começou uma onda de pontapé para a frente, a perder bolas em zona de perigo e sentiu-se que algo de Mr. Hyde se estava a sobrepor ao Dr. Jekyll perfeitinho até aí.

Todos no estádio se aperceberam que à onda de euforia que viveram na primeira parte, se adivinhava uma segunda de sofrimento. Não sei que disse Amorim aos jogadores ao intervalo, mas quase todos os da defesa desceram de rendimento, a começar por Diamonde que esteve no melhor, o golo que marcou e no pior, os dois que consentiu de forma infantil e acabando em Coates que definitivamente já vai pedindo alguém para o seu lugar. Hoje errou várias vezes, com prejuízo e perigo para a nossa baliza. Temos de volta o Coates trapalhão, o que foi uma constante das últimas jornadas. E ele não merece, que foram dele muitos dos golos que nos deram o título.

Há depois aquilo a que o treinador define como "verdice", falta de traquejo, demasiada juventude, falta de calo. É capaz de ser verdade, mas quem marcou o segundo do Benfica foi um puto imberbe, quase, que terá menos calo que qualquer dos nossos que estiveram em campo hoje.

Outro equívoco foi desfazer a dupla dinâmica que na primeira parte tão bem funcionou, fazer sair Morita sem fazer recuar Pedro Gonçalves, foi uma espécie de hara-kiri, agravado com a saída de Nuno Santos, que se atirou para o chão para queimar tempo e o treinador interpretou com dificuldade física. A juntar a isto, a saída de Esgaio, que foi o nosso melhor na primeira parte, com duas assistências e um remate perigoso, deixou-nos numa situação caricata, a saber: Na primeira parte, sem ponta de lança fixo, usámos e abusámos dos centos para a área, na segunda, com um PL em campo, nem um centro para amostra. E realmente Arthur, Matheus, Paulinho e Essugo não vieram acrescentar nada ao jogo do Sporting, antes pelo contrário.

Eu diria que o Sporting mais uma vez se pôs a jeito e como se a coisa tem tudo para correr mal, connosco corre, mais uma vez desperdiçámos um pecúlio bom, deixando-nos empatar num jogo em que fomos claramente melhores num período em que poderíamos ter matado o jogo e fomos metidos no bolso noutro, podendo agradecer o jogo ter terminado evitando males maiores.

Dizem-me que Duarte Gomes e a SportTV consideram que o 2.º do Benfica foi mal validado por fora de jogo posicional de um seu jogador, que impediu Coates de disputar a bola. Não vi, mas vindo de quem vem, acredito, sem deixar de dizer isto em relação ao lampião Pinheiro, que hoje estando amestrado pelo seu guru do norte, foi o escorpião que é e como é de sua natureza, foi incapaz de anular um golo ao seu clube do coração, talvez perdendo com isso uma excursão a um sultanato qualquer, ou a umas ilhas remotas. Quando um tipo é mau e incompetente, o favorecimento está-lhe na massa do sangue. Não foi contudo por isso que perdemos (digo perdemos porque é essa a minha sensação) este jogo. Perdemos este jogo porque na segunda parte fomos o Sporting que nenhum de nós quer.

Vem aí uma nova época, onde queremos muitos jogos, de preferência todos, como esta primeira parte. A pressão está toda em cima de Amorim. Oxalá tenha solução para as extirpações que se avizinham.

E olhem, apesar dos equívocos da segunda parte, acho que caímos de pé e a vitória nos assentaria muito bem e serviria para dar um belo par de coices, em sentido figurativo claro, no Bonzinho, na RTP, na SIC, na TVI e nos demais que anteviram a festa benfiquista em Alvalade como se fosse uma inevitabilidade. Como dizia a minha querida avó Matilde, nascida em 1917 e que frequentou a escola, coisa rara no interior do país e era uma mulher extraordinária, "cagou-lhes o cão no carreiro, coitados que iam tão direitinhos".

O dia seguinte

O resumo do dérbi de ontem é simples:

Uma primeira parte muito bem preparada por Rúben Amorim e executada pela equipa, com domínio total sobre o Benfica, um Israel em descanso e um 2-0 inteiramente merecido.

Uma segunda parte com o Benfica a correr e pressionar e o Sporting a encostar atrás, cada vez com mais dificuldade a sair a jogar, o 2-1 acontece por volta dos 70 minutos, as substituições foram ocorrendo dos dois lados, com vantagem para o Benfica, e o jogo ficou numa corda bamba, entre o 3-1 e o 2-2. Acabou por acontecer o 2-2, num lance em que Coates sofre uma carga dum jogador que sai de posição de fora de jogo. Mais uma Pinheirada.

Melhor em campo? Ugarte, mesmo com aquele passe para golo desperdiçado. Dos suplentes, Bellerín demonstrou a sua qualidade.

Quem viu este jogo e viu todos os outros do Sporting, como eu, encontra facilmente as razões para o relativo insucesso desta época:

1. A falta que fez Matheus Nunes. Se num 8, ou box-to-box, a capacidade física é fundamental, a diferença entre Matheus e Morita é abissal. Enquanto o primeiro aguentava a bom ritmo 120 minutos se preciso fosse, Morita "fica" no intervalo. Pior que isso, enquanto o primeiro passava toda uma temporada sem lesões, com o japonês, também pelos compromissos com a sua selecção, não é assim. E depois, quando não está disponível, recua Pedro Gonçalves, ou seja destrói-se fisicamente o melhor jogador e melhor avançado do plantel, com impacto directo no seu instinto goleador. Ontem Morita desapareceu na 2.ª parte, o suplente Tanlongo está na selecção argentina de sub20, Sotiris não se adaptou, Daniel Bragança cumpre a sua penosa via-sacra, sobrou hoje um Essugo ainda muito verde para estas andanças.

2. A falta que fez um Bölöni. O livro que publicou descreve o processo e todos os que treinaram com ele confirmam, ainda agora Paito confessou isso, o cuidado que o romeno colocou na preparação física e que esteve na base do sucesso da temporada. Neste plantel do Sporting há demasiados jogadores que não aguentam os 90 minutos a bom ritmo, como Morita, Trincão e Edwards, e este Benfica treinado por um alemão tipo Bölöni, que foi pondo toda a carne no assador, pôs isso a nu. Muito tinha a ganhar Amorim com um Bölöni a seu lado.

3. A falta que fez um "artilheiro". Se Paulinho, muito castigado pelas lesões, esteve muito abaixo do que pode e sabe, Pedro Gonçalves a mesma coisa pelos motivos atrás referidos. Ontem um e outro, pela enésima vez esta época, falharam golos que não se podem falhar. Que custaram muito em termos da temporada.

Concluindo, soube a pouco este empate concedido ao cair do pano ao futuro campeão nacional. Mas não foi nos jogos com os grandes que perdemos a temporada, foi mesmo com os pequenos.

SL

Rescaldo do jogo de ontem

 

Não gostei

 

Do empate. Tivemos o pássaro na mão e deixámos fugir a vitória. Contra o Benfica, em Alvalade, repetindo o resultado da primeira volta (2-2). Com a diferença, desta vez, de termos sido totalmente dominantes na primeira parte, com reflexos no marcador: ao intervalo estava 2-0. Fez mal aos jogadores a prelecção do treinador no balneário. A nossa equipa entrou irreconhecível no segundo tempo, concedendo todo o domínio de jogo ao adversário. 

 

Das substituições. Em equipa que ganha não se mexe, diz o adágio futebolístico. Rúben Amorim não o seguiu: fez várias trocas, quando vencíamos por duas bolas de avanço, e a equipa foi piorando com todas elas. Recuando sempre, deixando de causar perigo, perdendo ligação entre os sectores, defendendo aflitivamente a vantagem - que começou por ser confortável, tornou-se tangencial e deixou de ser vantagem ao sofrermos o segundo golo, já no tempo extra.

 

Da entrega do meio-campo ao Benfica. Ao desfazer o duo Ugarte-Morita, que brilhara no primeiro tempo, Amorim abdicou do domínio dessa decisiva faixa de terreno, confiando-a à equipa visitante. Algo inexplicável, tal como ordenar a saída de Nuno Santos (79'), o nosso jogador que melhor cruza, quando tinha optado pouco antes por plantar um avançado de referência na área (Paulinho). O homólogo alemão, treinador dos encarnados, deve ter agradecido.

 

De dois golos desperdiçados à queima-roupa. Aos 21', Pedro Gonçalves imitou Bryan Ruiz, falhando a dois metros da baliza escancarada após centro perfeito de Esgaio. Aos 86', Paulinho limitou-se a ser Paulinho: mais um falhanço na sua longa lista, quando tinha tudo para a meter lá dentro, só com Vlachodimos de permeio. 

 

Da segunda parte de Diomande. Amorim apostou nele como titular, mas o jovem marfinense - um dos heróis da primeira parte - enterrou a equipa nos dois golos encarnados. No primeiro, aos 71', atirou-se para o chão e lá ficou, imóvel, aguardando a marcação de uma falta que não aconteceu e deixando a equipa em inferioridade numérica. No segundo, aos 90'+4, foi incapaz de aliviar a bola após sucessivos remates encarnados. Está ligado ao melhor e ao pior desta partida.

 

De termos dito adeus à Liga dos Campeões. O Braga empatou no Bessa, poderíamos ter reduzido distância, ainda com possibilidade aritmética de atingir a liga milionária. Mas voltámos a ser incapazes de aproveitar um tropeção da turma minhota. Permanecemos isolados no quarto lugar: resta-nos a Liga Europa.

 

De termos sido incapazes de vencer novamente o SLB em casa. Nas últimas doze épocas, já contando com estas, só triunfámos duas vezes como anfitriões neste dérbi lisboeta: em 2011/2012 (1-0, golo de Wolfswinkel, com Ricardo Sá Pinto) e em 2020/2021 (1-0, golo de Matheus Nunes, com Rúben Amorim).

 

De termos sido incapazes de vencer um só jogo contra os nossos maiores rivais. Dois empates com o Benfica, duas derrotas contra o FC Porto. Estes pormenores contam - e de que maneira - numa prova de continuidade como é o campeonato nacional de futebol. Dez pontos perdidos.

 

 

Gostei

 

Do nosso primeiro tempo. Marcámos dois (Trincão, 39', e Diomande, 44'), não sofremos nenhum. Demos espectáculo em Alvalade, perante 39 mil espectadores. Pressionámos o Benfica, impedimos a saída de bola adversária, neutralizámos jogadores como João Mário, Rafa e Gonçalo Ramos. Com fio de jogo, olhos na baliza, impecável organização colectiva. Remetendo o rival ao seu reduto defensivo. Uma das melhores primeiras parte do Sporting nesta temporada. Os números ajudam a compreender esta diferença: nove remates nossos, apenas dois do SLB. Há 22 anos que não chegávamos ao intervalo a vencer 2-0 num confronto com o Benfica para o campeonato.

 

De Ugarte. O melhor em campo. Impecável nas recuperações, funcionou como pêndulo da equipa não apenas na organização defensiva mas também na ligação com o sector ofensivo. Exímio no passe e nos confrontos individuais. Ninguém como ele merecia tanto a vitória que nos fugiu mesmo ao cair do pano.

 

Da primeira parte de Diomande. O jovem marfinense, que pegou de estaca como titular do trio de centrais, estreou-se como artilheiro de verde e branco. Num cabeceamento perfeito na sequência de um canto. Fez levantar os adeptos no estádio em celebração festiva, confirmando o domínio leonino na primeira parte. Pena tudo ter-se desmoronado no recomeço da partida. Aquele intervalo fez mal aos nossos jogadores. Diomande foi um dos mais afectados, como se viu.

 

De Nuno Santos. Exibição brilhante durante todo o primeiro tempo, vencendo todos os duelos com João Mário no nosso corredor esquerdo. Centrou várias vezes com qualidade. Fez duas assistências: é dele que sai a bola para o golo de Trincão, que supera António Silva e à segunda tentativa a mete lá dentro; foi também ele a marcar o canto de que resultou o golo de Diomande. Termina a época em excelente forma. Se sair, a equipa vai ressentir-se. Matheus Reis não tem a mesma energia, a mesma garra, a mesma entrega ao jogo.

 

De termos cumprido o 13.º jogo seguido sem perder. Se todo o nosso campeonato tivesse sido como está a ser esta segunda volta, agora quase no fim, teríamos garantido pelo menos o acesso à pré-eliminatória da Liga dos Campeões. Vencemos Chaves, Estoril, Portimonense, Boavista, Santa Clara, Casa Pia, V. Guimarães, Famalicão, Paços de Ferreira e Marítimo, empatámos com Gil Vicente, Arouca e ontem com o Benfica. 

 

Da homenagem inicial a Manuel Fernandes. Foi excelente vermos no relvado, além dele, vários outros nossos antigos capitães, desde Hilário a Nani. Passando por Carlos Xavier, Iordanov, Oceano, Pedro Barbosa e Daniel Carriço. E outros craques que jogaram com o "Manel" na década de 80: Litos, Nogueira, Barão e António Oliveira.

 

De ver Matheus Nunes e Pedro Porro na tribuna. É sempre bom recebermos as visitas de ex-campeões nossos. Estes saíram há pouco tempo e já temos saudades deles.

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