Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

És a nossa Fé!

Rescaldo do jogo de ontem

 

Não gostei

 

De ter começado o jogo a perder. Aos 3' já estávamos a sofrer o primeiro golo, marcado por Embaló, que fez o que quis no nosso corredor direito, onde Geny e Diomande nunca conseguiram completar-se com eficácia, deixando todo o campo livre ao jogador rioavista, que pôs a sua equipa a vencer por mérito próprio e demérito dos nossos.

 

De termos deixado dois pontos em Vila do Conde, os primeiros de 2024. Empate 3-3 em noite de chuva e muito vento, que beneficiou a equipa da casa, muito mais habituada a estas condições climatéricas. Mas demos forte contributo para este tropeção: sofremos dois golos de penálti, aos 31' e aos 67', de forma infantil, quase amadora. Numa partida em que fomos capazes de reagir ao desaire inicial: empatámos aos 9', ganhámos vantagem aos 44', mas voltámos a sofrer um golo, momentos antes do intervalo, num castigo máximo provocado por Nuno Santos sem qualquer necessidade, em lance que estava controlado.

 

Do nosso segundo tempo. Em vez de entrarmos após o recomeço com força e garra, como tem sido hábito do onze leonino, viemos mais apáticos e entregámos ao Rio Ave a iniciativa de jogo, chegando a estar mais de meia hora sem rematar à baliza. Assim tudo se tornou muito mais difícil. Neste período sofremos o terceiro (67') e a partir daí apostou-se tudo numa solução de recurso que há muito não víamos no Sporting: Coates avançou para a posição de ponta-de-lança. Também porque as alternativas no banco, no capítulo ofensivo, eram nenhumas.

 

Da ausência inicial de Eduardo Quaresma. O treinador deixou-o fora do onze, preferindo apostar em Diomande como central à direita apesar de o marfinense não competir desde Dezembro no campeonato português. Opção inexplicável, que também contribuiu para a nossa insuficiente prestação frente ao Rio Ave. Eduardo acabou por entrar logo após o intervalo, remetendo Diomande para a esquerda, e confirmou que continua em boa forma. O titular ali deve ser ele.

 

De Adán. Intranquilo, nervoso, transmitindo insegurança aos colegas, cometeu um penálti indiscutível aos 65', saindo fora de tempo dos postes e derrubando Aziz. Foi a sua segunda saída em falso: já tinha feito o mesmo aos 31' e só por muita sorte nossa o Rio Ave não marcou nesse lance. Sorte tivemos também, 5 minutos depois, ao ver uma bola embater no nosso poste esquerdo. O espanhol esteve igualmente mal na reposição da bola, mandando-a com frequência para fora ou entregando-a ao adversário. E continua incapaz de defender um penálti: faz-nos sentir saudades do Rui Patrício ou até do Renan. Jogo para esquecer.

 

Dos três golos sofridos. Não nos acontecia desde a derrota em Guimarães (2-3), a 9 de Dezembro.

 

Do penálti perdoado ao Rio Ave. Acção claramente negligente do defesa rioavista pondo em risco a integridade física de Trincão, que tinha a bola dominada junto à linha da pequena área e se preparava para rematar. Aconteceu aos 29': Miguel Nóbrega foi de sola em riste. Sem André Narciso o ter admoestado nem assinalado a grande penalidade que se impunha, beneficiando sem margem para dúvida a equipa da casa. Fomos duplamente prejudicados neste lance, pois Trincão ficou magoado, tendo sido substituído ainda antes do intervalo. Eis como um árbitro pode condicionar um resultado por manifesta impreparação ou incompetência.

 

De ver Adrien jogar contra nós. Ainda por cima com braçadeira de capitão, pelo Rio Ave. Entrou aos 64', ainda a tempo de demonstrar que conserva várias qualidades que nos habituámos a admirar nele durante os longos anos em que foi profissional do Sporting.

 

Das lesões. Além de Trincão, que saiu a coxear aos 45', também Gonçalo Inácio se magoou neste Rio Ave-Sporting - lesão muscular, que o impediu de jogar toda a segunda parte, dando lugar a Eduardo Quaresma. Más notícias para o nosso próximo desafio - já na quinta-feira, primeira mão da meia-final da Taça de Portugal, em que recebemos o Benfica. Serão duas baixas muito prováveis, quase inevitáveis.

 

 

Gostei

 

De Gyökeres. Se há jogador que tudo fez para alcançarmos uma vitória neste embate em Vila do Conde foi o internacional sueco: incansável, correu 10,7 km sempre de olhos fitos na baliza. O melhor dos nossos, voltou a fazer o gosto ao pé num remate fortíssimo, na cara do guarda-redes. Assinando o centésimo golo do Sporting nesta temporada, uma das mais produtivas de toda a história do futebol leonino. O seu 17.º golo na Liga 2023/2024.

 

De Morten. Também ele não merecia estes dois pontos perdidos no vendaval vilacondense. Marcou o nosso primeiro, num remate rasteiro, de ressaca, aproveitando da melhor maneira a bola que foi ter com ele após lance muito embrulhado na grande área. Recuperou bolas, passou com critério, ligou sectores, foi sempre um dos mais inconformados. É um médio com golo: superior a Ugarte - que substituiu no nosso onze titular - pelo menos neste capítulo.

 

De Coates. Há muito que não o víamos como pronto-socorro de emergência para colmatar lacunas no plano ofensivo. Com Paulinho lesionado, Rúben Amorim deu ordem ao capitão para se plantar lá na frente, como nos velhos tempos em que foi solução improvisada em várias partidas. Desta vez ajudou também, mas só em parte: foi dele o terceiro golo, que nos permitiu empatar quando estávamos a perder 2-3: belo cabeceamento, aos 73', correspondendo da melhor maneira a um cruzamento de Morita por via aérea. Mostrou assim como se faz a alguns colegas ontem mais apáticos -  Geny e Edwards, por exemplo. Infelizmente, não bisou: teria sido o ideal.

 

De ver o Sporting marcar há 31 jornadas. Sempre a fazer golos, consecutivamente, desde o campeonato anterior. Sem eles não há vitórias. E sem vitórias não se conquistam títulos e troféus.

 

De manter a esperança intacta. Continuamos a depender só de nós depois de uma jornada em que o FC Porto também perdeu dois pontos (empate 1-1 em Barcelos)

Nós, há dez anos

 

Eu: «Sim, eu sei: para alguns, Adrien será mais revelação do que confirmação do ano. Não é o meu caso. Porque já em 2013 o jovem médio formado na nossa academia emitira sinais suficientes de que era um valor a ter em conta. Isso sucedia desde o tempo em que, emprestado pelo Sporting à Académica, foi fulcral na conquista da Taça de Portugal pela turma de Coimbra, precisamente frente à nossa equipa. O profissionalismo falou mais alto do que o tributo às origens. Em boa hora Adrien regressou a Alvalade, com contrato até Junho de 2017 e uma cláusula de rescisão de 40 milhões de euros, contrariando notícias sopradas por fontes muito duvidosas e o gozo indisfarçável de alguns comentadores que já o imaginavam longe do Sporting. Comentadores como o inefável Joaquim Rita, que chegou a soprar frases como esta no sítio do costume: "Pela qualidade que tem, Adrien entraria como uma luva quer no Benfica quer no FC Porto." Previsão falhada, entre tantas outras.»

Possiveis Reforços - Adrien Silva

Com Morita e Daniel Bragança no meio-campo, seria importante reforçar a posição com alguém que tivesse experiência e fosse uma solução imediata. Apesar da enorme qualidade de Daniel Bragança, entendo que não seria positivo colocar a pressão no jovem jogador, atendendo ao facto de este ter saído de uma época dificil. 

Adrien Silva podia ser uma solução interessante porque é um jogador formado no Sporting Clube de Portugal, sempre demonstrou respeito e tem experiência.

Algo bem feito e que merece realce - II

Um acaso o nosso encontro no Twitter, que veio a revelar que nem tudo é mau por ali, para além de palco de batalha de egos, clubismos, partidarites, outros "ismos" e outras "ites". Afinal, tinhamos mais em comum do que poderíamos imaginar, uma cumplicidade implícita que só quem estudou em Coimbra consegue entender. É noutra dimensão. Habituei-me a lê-lo. Possuidor de invulgares conhecimentos de voleibol, desporto "maldito" na nossa atmosfera desportiva, e com escrita magnífica que transcende a mera análise técnica do jogo mas salta com a vara da emoção para o plano em que vê os jogadores/jogadoras como individualidades, integrando-as numa figura de estilo quase inventada, a que eu chamaria de poética desportiva.

Adaptando a excelente expressão de Arnaldo Jabor* e que deu título a um livro, "Amor é prosasexo é poesia" ,  poderia afirmar com a certeza que não seria castigado com o Inferno que, para o Adrien S., "Amor é Sporting, Voleibol é poesia". 

Falo do Sérgio Martins (SM/Adrien S.@AdrienS_1906 no Twitter), um sportinguista, a norte, daqueles de mão cheia que adora voleibol e conhece como poucos o vocabulário técnico-tático da modalidade e as equipas do Sporting, tendo uma capacidade de análise ao jogo e aos jogadores que até nos faz acreditar que percebemos da coisa.

Julgo que, à semelhança do Tiago @tigas68, com um blogue sobre as Modalidades a que já aludi em recente post, o Sérgio Martins é uma mais valia que justificava ter um palco maior, apesar de ser bastante conhecido na blogoesfera leonina. Ele escreve na Tasca do Cherba, como se anuncia na página: "*às terças, o Adrien S. puxa a bola bem alto e prega-lhe uma sapatada para ponto directo (ou, se preferires, é a crónica semanal sobre o nosso Voleibol)", e aqui deixo o seu mais recente "serviço" para melhor perceberem do que falo http://atascadocherba.com/2020/08/18/bonito-servico-expetativas-voleibol-masculino/ . Algo bem feito e que merece realce!

A política de comunicação do Sporting e a respetiva expressão mediática na comunicação social, escrita e falada,  nada teria a perder se os seus responsáveis, com espírito aberto e plural percebessem que há fora da órbita habitual lisboeta, valor e conhecimento de muitos voluntários (pro bono até) que poderia ser útil disponibilizar aos sportinguistas, sobretudo nas modalidades pois de futebol todos somos catedráticos. Quem tem critérios seletivos na informação que lê e acompanha as redes sociais sabe a que me refiro. E quer o Jornal do Sporting quer a Sporting TV têm lacunas que poderiam ser corrigidas aqui e ali, com melhorias significativas do seu produto e maior satisfação dos sportinguistas se fossem guiadas por mais e melhor informação e também opinião. Estes órgãos de comunicação do clube devem obedecer ao prpósito de informar e unir-nos ao clube.  

Unir não pode ser palavra vã. Unir não é estarmos todos juntos na mesma bancada, ou todos com o presidente ou com uma claque ou seja lá com o que for que domina as nossas angústias diárias. Unir é criar identificação com os nossos valores, é fortalecer o nosso ecletismo, é retribuir com esforço o que os sócios e adeptos dão ao clube com dedicação e devoção, é honrar a nossa divisa. O que muitos fazem por esse país fora, diariamente, e muitas vezes sem reciprocidade de quem, na 1ª linha, tinha essa obrigação. Um dia chegaremos lá.    

Mas voltemos ao Sérgio e não batamos mais no ceguinho. Não o conheço pessoalmente mas é-me muito gratificante a sua amizade virtual pois permitiu enriquecer o meu conhecimento sobre voleibol,  sobre a qualidade técnica de jogadores e jogadoras do Sporting mas também quanto à capacidade competitiva das nossas equipas, em suma o meu sportinguismo. E depois, bem, depois há aquela cumplicidade Briosa, que se nos entranhou sem estranhar, um negro a debruar o verde profundo das nossas almas e corações.

Obrigado Sérgio

Adrien.png

* (jornalista, comentador, escritor e cineasta brasileiro: "Toda nudez será castigada", diz alguma coisa?) 

O Rúben Amorim também quer o Arco da Porta Nova? E o Bom Jesus?

Pelos vistos, o treinador pelo qual o Sporting (ainda não) pagou dez milhões de euros mais juros é daqueles que só sabem trabalhar com um grupo restrito de jogadores. Será por isso que não quer o Adrien (o tipo de jogador que faz falta no balneário do Sporting)? Será por medo de que lhe faça sombra? Eu não gosto de treinadores com medo de jogadores.

Jogadores do Sporting ou jogadores à Sporting

Li com alguma curiosidade a entrevista de Adrien. À medida que ia lendo, percebi uma coisa tão simples quanto isto: o Sporting, hoje, não é um clube apetecível, os jogadores que de certa forma marcaram uma época em Alvalade não sentem mais do que uma mera recordação desses tempos, preferindo olhar mais para os treinadores que comandam as equipas do que  para o nome do clube. O Sporting, para o jogador de futebol, perdeu a mística, perdeu a referência, não passa de um clube cheio de problemas, onde ninguém se entende, onde não dá vontade de jogar. Hoje, renova-se com o jogador, amanhã já se dispensa e está no mercado. Hoje, conta-se com ele para a próxima época, na próxima semana já se procura alguém para esse lugar. Instabilidade constante. Nesta conjuntura, com estes dirigentes, como podem aparecer jogadores à Sporting? Impossível.

Adrien: a queda de um ‘anjo’

F9087E0C-0DA8-4473-B560-BE2AA52296CF.jpeg

 

Confesso, estou chocado. Adrien Silva escolheu o jornal "A Bola", conhecido por ser próximo dos adeptos encarnados, para dizer que estabeleceu contactos para regressar ao Sporting Clube de Portugal e que Frederico Varandas e Rúben Amorim lhe fecharam a porta na cara. Não o quiseram. Mas diz pior e oferece-se completamente ao SLB e a Jorge Jesus. Isto vindo de um ex-capitão do clube, formado em Alcochete, internacional e campeão europeu enquanto jogava em Alvalade, é o quê? Alta traição? É a realidade. E temos que reagir e procurar que no futuro outros não repitam o que Adrien fez hoje.

 

Não encontro palavras para definir esta atitude de Adrien, mesmo sendo um profissional de futebol. E também aproveito para perguntar: este 'defeso' será para ver os nossos rivais históricos e as outras equipas fortes da liga fazerem contratações explosivas enquanto nós discutimos questões menores, laterais e olhamos para o infinito? O Sporting precisa de um rumo, de estratégia e de arregaçar as mangas!

Eric Dier, Zlatan Ibrahimovic e algumas ideias mais ancoradas à realidade

Este jogo com o Santa Clara demonstra que precisamos de um avançado que seja aquilo que Sporar não consegue ser e Pedro Mendes precisaria de um tirocínio numa equipa de meio da tabela para conseguir vir a ser. A este último, recomendaria um regresso às origens, num ano de empréstimo ao Moreirense, levando consigo, nas mesmas condições, Tomás Silva, com quem formou uma excelente dupla no arranque dos sub-23.

O sonho seria Zlatan Ibrahimovic (sonhar não custa) mas na nossa realidade triste já não espero melhor do que um "anjo caído" como Balotelli ou então um veterano como o retornado Slimani ou o emblemático Eder. Mais lúdico do que isso só forçar o miserável Rafael Leão a resolver o imbróglio da indemnização com uns bons anos de trabalhos forçados a marcar golos... Ou, lá está, convencer o empresário que mais lucrou com o ataque a Alcochete a convencer o AC Milan a pagar dois anos de salários ao astro sueco para seguir as pisadas de Schmeichel numa reforma gloriosa em Alvalade.

No meio-campo, como Palhinha aparenta ter a guia de marcha carimbada – juntando-se a Matheus Pereira, Demiral ou Domingos Duarte entre os escorraçados –, há que ter alguém capaz de ser o que Idrissa, Matheus e Battaglia não são: um muro dinâmico que faça acontecer e impeça que aconteça. Adrien Silva? Não sei se não será demasiado tarde, embora seja um jogador admirável. Sonho impossível? Eric Dier, mesmo que por empréstimo com ou sem opção de compra. Solução plausível? Não vender Palhinha ou apostar todas as fichas em Daniel Bragança.


E ainda mais um extremo. Ou uma oportunidade de “scouting” do género Gonzalo Plata ou então o regresso de Nani ou de Wilson Eduardo, para juntar experiência à miudagem. 

São os casos mais gritantes, mas outras trocas haveria para fazer: Beto Pimparel por Renan, um objectivo lateral não identificado (não digo que não ao espanhol Pedro Porro, ainda que seja ciência que desconheça...) por Rosier (fazendo o francês rodar em França e evitando dar meia-dúzia de milhões por Ricardo Esgaio depois de o termos oferecido ao Braga), em vez do marroquino sevilhano Feddal já apalavrado talvez José Fonte ou Marcos Rojo para apadrinharem o crescimento de Gonçalo Inácio ou o regresso de Ivanildo Fernandes, a contratação de Gonda do Portimonense ou o regresso de Lumor em caso de saída de Acuña (sendo a aposta em Nuno Mendes tão assumida quanto a feita em Eduardo Quaresma), Kraev como alternativa a Wendel se este sair ou Francisco Geraldes desistir de lutar, e a reintegração de Gelson Dala no plantel.

Qualquer coisa como isto:

Luís MaximianoBeto Pimpapel e Diogo Sousa (B e/ou sub-23)

OLNI/Pedro Porro, Ristovski, Coates, Neto, Eduardo Quaresma, Feddal/José Fonte/Marcos Rojo, Ivanildo Fernandes/Gonçalo Inácio, Nuno Mendes e Acuña/Gonda/Lumor

Dier/Adrien Silva/Palhinha, Matheus Nunes/Idrissa Doumbia, Daniel Bragança, Wendel, Francisco Geraldes/Kraev

Jovane Cabral, Gonzalo Plata, Nani/Wilson Eduardo e Joelson Fernandes/Bruno Tavares

Ibrahimovic/Balotelli/Slimani/Eder, Sporar, Vietto, Gelson Dala


Chegaria para o título? Talvez só com Dier e Ibrahimovic. Mas seria um início.

O que diz Adrien

 

«Fui campeão em todos os escalões da formação e, no meu espelho de objectivos, tinha também o de ser campeão pelo Sporting. Infelizmente, ficou por concretizar. Mas estou de consciência tranquila.»

 

«Dei tudo o que tinha ao Sporting, mas não me custa admitir que o facto de nunca ter ganhado o título é uma espinha encravada. Ainda para mais quando estivemos tão, tão perto de o conseguir.»

 

«Sinto-me triste pelo momento que o Sporting vive actualmente. Numa nova fase de reconstrução. Caiu por água abaixo tudo o que tinha sido feito de bom antes. O Sporting tinha conseguido criar uma equipa muito competitiva, uma estrutura capaz de dar continuidade. Infelizmente, desmoronou-se tudo após os acontecimentos de Alcochete. É preciso reconstruir tudo e isso não se faz de uma época para a outra. Acredito que as pessoas que estão à frente do Sporting são competentes. Mas precisam de tempo.»

 

Adrien, em entrevista à edição de ontem do Record conduzida pelo jornalista Alexandre Carvalho

Adrien, Cédric, João Mário, Slimani, Veloso

IMG-20200323-WA0012-1.jpg

 

A SAD do Sporting, segundo notícias credíveis, está apostada em trazer de regresso a Alvalade pelo menos dois deste grupo de cinco jogadores: Adrien, Cédric, João Mário, Miguel Veloso e Slimani. Três dos quais, como sabemos, são campeões europeus em título.

Gostava de saber o que pensam destes eventuais regressos.

A diferença

Há um ano, demos cinco secos ao Guimarães no estádio que tem o nome do nosso primeiro Rei. Desta vez saímos de lá com uma derrota tangencial.

Qual foi a diferença?

Para mim, explica-se com cinco nomes: Adrien, Battaglia, Coates, Coentrão e Gelson Martins. Foram titulares na época passada e agora não contámos com nenhum deles - um por castigo, outro por lesão, os restantes por já não integrarem o plantel leonino.

Como dizia o saudoso Otto Glória, que chegou a ser campeão pelo Sporting, «sem ovos não se fazem omeletes». É bem verdade.

Tudo ao molho e FÉ em Deus - Perguntem ao Queiroz (o "elbow")

A partida disputava-se em Saransk, na Mordóvia, região russa que Gerard Depardieu escolheu para residir, trocando o imposto para ricos em França (75%) por uns meros 13%.

 

Fernando Santos é um homem justo, um meritocrata e, por isso, lançou Quaresma e André Silva de início, em detrimento de Bernardo e Guedes que têm passado ao lado deste Mundial. Portugal começou bem, a circular a bola com rapidez. Ronaldo lançou-se em velocidade entre três adversários e rematou com perigo. Pouco tempo depois, João Mário mostrou que a sua relação com o golo é semelhante à que um gato tem com a água.

 

Após esta entrada forte, o jogo tornou-se previsível. A equipa lusa voltou à lentidão de processos a meio campo que nos vem habituando. A excepção era Adrien, que ia ligando os sectores e criando alguma dinâmica. Numa dessas acções tabelou magistralmente, de calcanhar, com Quaresma e a defesa iraniana estendeu o tapete (persa) para a trivela do Mustang. Bola no ângulo superior esquerdo. Um golo magistral!

 

Na segunda parte, Portugal regressou a dominar as operações mas com pouca profundidade no seu jogo. Após uma penetração na área de Ronaldo, o VAR entrou em cena pela primeira vez. Penálti! Cristiano partiu para a bola e, para espanto de todos, mostrou que é humano. Aliás, o craque português não esteve feliz no jogo como se lhe faltasse uma concorrência do outro lado que o motivasse para ir mais longe.

 

Os iranianos nunca baixaram os braços, mas infelizmente Ronaldo e Cedric também não. Penso que o árbitro "trocou as voltas": à primeira, salvamo-nos de perder o nosso capitão e melhor jogador (segunda decisão do VAR); à segunda, penálti, forçado, contra (terceira decisão do VAR) e golo do Irão. Festa breve dos persas pois, quase em simultâneo, a Espanha empataria contra Marrocos, voltando a pôr os os pupilos de Queiroz fora do Mundial. Nos últimos minutos, os iranianos ainda podiam ter ganho mas o remate acertou na malha...lateral, apurando-se assim os portugueses para os oitavos-de-final, onde defrontarão o Uruguai, Sábado, em Sochi, no Mar Negro.  

 

Em conferência de imprensa, Carlos Queiroz mostrou ainda haver sequelas do episódio "perguntem ao Queiroz", da África do Sul. Queixou-se de que só 3 jogadores portugueses o cumprimentaram e usou mil e uma vezes, numa longa narrativa, a expressão "elbow", referindo-se ao lance que envolveu Cristiano Ronaldo. A mim, soou-me a dor de cotovelo...

 

Adrien e Pepe foram os nossos melhores jogadores. Ricardo Quaresma foi o génio da lâmpada que soltou a magia esta noite na Mordóvia. Os restantes não deslumbraram, embora se registe a melhoria de Raphael Guerreiro. As entradas de Bernardo e de Moutinho foram mais para arrefecer o jogo. Guedes mal aqueceu, sequer.

 

O juíz, paraguaio, mostrou fraca personalidade.

 

Tenor "Tudo ao molho...": Adrien Silva

portugalirão.jpg

 

2017 em balanço (6)

ZZ85HXVJ.jpg

 

 

DESPEDIDA DO ANO: ADRIEN

À segunda foi de vez. O nosso capitão Adrien Silva esteve quase para abandonar Alvalade rumo ao futebol inglês no início da época anterior. Acabou, no entanto, por permanecer no Sporting - seu clube de sempre, seu clube do coração. Desta vez a vontade de experimentar outros campeonatos, conhecer novas realidades e ousar travar novos desafios acabou por ser mais forte. E lá rumou ele ao Leicester, efémero campeão inglês da temporada anterior, que andava há muito tempo a seduzi-lo.

Despediu-se da forma que já esperávamos: com elevação, cavalheirismo e galhardia. E também com lágrimas, como ficou  registado em Alvalade, a 2 de Outubro. E com um golo - marcado no campeonato português a 19 de Agosto na nossa goleada perante o V. Guimarães no estádio D. Afonso Henriques. Um golo que o habilitará ao título de campeão português caso o Sporting - como todos esperamos - recupere em Maio o ceptro que lhe vai fugindo desde 2002. Ainda no campeonato, foi para A Bola o melhor em campo no Sporting-V. Setúbal.

Nascido em França, de mãe francesa e pai português, Adrien iniciou a carreira futebolística nas escolas infantis do Bordéus. Quando a família Silva regressou a Portugal, transferindo-se para Arcos de Valdevez, o pequeno futebolista começou a jogar no Paçô, numa altura em que ainda dominava com dificuldade o nosso idioma, e a partir dos 13 anos esteve ligado à formação de excelência de Alvalade.

Um lamentável atraso de 14 segundos na sua inscrição no Leicester levou a Liga inglesa a mantê-lo inactivo nestes quatro meses entretanto decorridos. Mas o ano começa com uma boa notícia: Adrien está de volta aos relvados. Já alinhou pelo Leicester.

Todos esperamos que a sua época desportiva seja um sucesso. E todos queremos vê-lo um dia de regresso às nossas cores.

 

Despedida do ano em 2012:  Polga  

Despedida do ano em 2013: Wolfswinkel

Despedida do ano em 2014: Leonardo Jardim

Despedida do ano em 2015: Marco Silva

Despedida do ano em 2016: Slimani 

Traduzindo...

Leio que o Leicester falhou o registo da "inscrição de Adrien Silva devido a um atraso de 14 segundos relativamente ao fecho da janela de transferências, à meia-noite de 31 de agosto. Recorde-se que os 'foxes' pediram à Premier League uma extensão de duas horas para fechar a contratação do médio do Sporting, uma vez que a mesma estaria dependente da venda de Danny Drinkwater para o Chelsea."

 

Ou seja, por causa do «Bebe-Água» Adrien não foi inscrito a tempo no Leicester.

{ Blogue fundado em 2012. }

Siga o blog por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Pesquisar

 

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D