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És a nossa Fé!

Nuno Mendes, João Mário, Nani

20 anos de Academia: os dez que mais renderam

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Em vinte anos de funcionamento da Academia de Alcochete, foram estes os dez jogadores integralmente ali formados que mais renderam ao Sporting:

 

NUNO MENDES: 47 milhões de euros (2022, ao PSG)

JOÃO MÁRIO: 40 milhões de euros (2016, ao Inter)

NANI: 25,5 milhões de euros (2007, ao Manchester United)

GELSON MARTINS: 22 milhões de euros (2018, ao Atlético Madrid)

ADRIEN: 20,5 milhões de euros (2017, ao Leicester)

RUI PATRÍCIO: 18 milhões de euros (2018, ao Wolverhampton)

WILLIAM CARVALHO: 16 milhões de euros (2018, ao Bétis)

RÚBEN SEMEDO: 14 milhões de euros (2017, ao Villarreal)

BRUMA: 13 milhões de euros (2013, ao Galatasaray)

THIERRY: 12 milhões de euros (2019, ao Valência)

 

Infelizmente, alguns outros futebolistas que formámos saíram com lucro zero para o Sporting. Aconteceu com Carlos Mané, Silvestre Varela e Wilson Eduardo, por exemplo.

Enquanto outros deixaram o Sporting rendendo abaixo de um milhão de euros. Como Daniel Carriço, que saiu em 2012 por 750 mil euros para o Reading, de Inglaterra. Já no Sevilha, viria a sagrar-se triplo vencedor da Liga Europa.

 

Valores que constam de um excelente trabalho de oito páginas sobre os 20 anos da Academia leonina ontem inserido no jornal A Bola. Trabalho assinado pelo jornalista Miguel Mendes, que aproveito para felicitar. É raro ver peças deste fôlego - com informação, contextualização e memória - na nossa imprensa desportiva.

Academia de Alcochete abriu há 20 anos

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Faz amanhã 20 anos que a Academia de Alcochete - agora denominada Academia Cristiano Ronaldo - foi inaugurada, servindo de referência a nível europeu e de modelo para vários outros clubes, incluindo alguns adversários históricos do Sporting. Em 2010, recebeu o reconhecimento do primeiro nível de excelência. Tornou-se uma das mais prestigiadas academias desportivas do mundo.

De lá saíram muitos craques nestas duas décadas. Em benefício do nosso Clube, da selecção nacional e até de outros emblemas europeus onde viriam a distinguir-se.

Antecipando a efeméride, venho perguntar-vos: quais foram os três melhores - e, por sugestão de um leitor, também os piores - profissionais de futebol formados em Alcochete desde 2002?

E também isto: na vossa perspectiva, qual o ponto mais positivo deste percurso já longo e qual o ponto mais negativo?

Se houver polémica, não faz mal nenhum. 

 

ADENDA:

Alguém é capaz de fazer uma lista dos melhores craques que saíram de Alcochete, ano por ano, nestas duas décadas?

O melhor onze da nossa Academia

Há um mês, perguntei aos leitores do És a Nossa Fé quem escolheriam para o melhor onze saído desde sempre da Academia leonina. 

As opiniões aqui emitidas resultaram na seguinte votação:

 

Cristiano Ronaldo 17

Nani 15

Rui Patrício 15

Nuno Mendes 14

João Palhinha 12

Eric Dier 11

Ricardo Quaresma 11 

João Moutinho 9

Cédric Soares 8

William Carvalho 8

Gonçalo Inácio 7

João Mário 5

Adrien Silva 4

Domingos Duarte 4

Ricardo Esgaio 4

Gelson Martins 3

Matheus Nunes 3

Mehri Demiral 3

Rúben Semedo 3

Daniel Bragança 2

José Fonte 2

Miguel Veloso 2

Rafael Leão 2

Ricardo Pereira 2

Daniel Podence 1

Luís Maximiano 1

Mário Rui 1

Nuno Valente 1

 

Perante estas escolhas, a nossa equipa ideal destes últimos 20 anos ficaria assim alinhada:

Rui Patrício; Cédric, Eric Dier, Gonçalo Inácio, Nuno Mendes; Palhinha, Moutinho, Adrien; Quaresma, Nani e Cristiano Ronaldo.

 

Concordam? Discordam? Que alterações fariam?

De pedra e cal - Formação de Talentos na AFS Algarve: nova actualização

Escrevi, apaguei.

Seleccionei trechos de textos passados, apaguei.

A tristeza arrasta-se há muito. A falta de vontade, por constatar ser absolutamente inglório querer chamar a atenção para o que se passa, também não ajuda.

Informo, sem entrelinhas, a quem possa interessar, que a 31 de Maio Paulo Poejo entregou as chaves da (E)AFS – Algarve. Ocupou, de Agosto de 2020 até à data indicada, o cargo de responsável máximo pela, outrora, pequena Academia de excelência. A Paulo Poejo desejo, sinceramente, boa sorte. É - para mim e de longe - o menos responsável pelos resultados alcançados e que decorrem das alterações introduzidas.

A quem possa interessar, fica a actualização.

O mais que poderia ter para dizer continuará, por ora, silenciado.

Tristeza. Muita tristeza. É o que sinto há muito tempo.

Gabriel Serôdio Silva

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Foto: retirada do comunicado emitido pelo Sporting Clube de Portugal

 

Uma vez que o comunicado emitido pelo Sporting Clube de Portugal não faz a mais pequenina referência à proveniência do jogador, esclareço: o Gabriel completou 14 anos a 9 de Abril, é algarvio e o mais recente iniciado a assinar contracto de formação.

Este jovem jogador treinou uma época na EAFS - Algarve, foi detectado antes ainda de a mesma abrir (por outro técnico de recrutamento que não João Nunes). Tal como João Simões é o chamado "jogador de fim-de-semana", durante a semana treinava na EAFS (sob a alçada do ex-responsável) e ao fim-de-semana jogava no Pólo EUL. Viu, de resto, a sua admissão na Academia Sporting antecipada por ter começado a acusar o desgaste provocado pelas viagens. Entrou com 12 anos.

Já no És a Nossa Fé foi mencionado, na qualidade de possível 9,5 com uma «relação espantosa com a baliza». 

À semelhança do que já acontecera com Cristiano Vitaly Palamarchuk, não existe a mais ténue referência à proveniência do jogador, circunstância que muito estranho e lamento. Como sublinhei a 9 de Abril de 2021, no texto dedicado ao Cristiano lacobrigense, contam-se pelos dedos de uma mão e sobram muitos dedos, os comunicados de jogadores em que não é feita qualquer referência à sua origem. No rodapé deste texto, encontram-se ligações para todos os comunicados que localizei.

Provindos da EAFS - Algarve, vamos nesta altura em 5 assinaturas (para além do Gabriel e do Cristiano, assinaram também: Atanásio Cunha, João Simões e Gonçalo Simões Dias).

Recupero um trecho de um texto que aqui foi publicado a 2 de Agosto de 2020:

«Só para que se perceba, da geração de 2007 no ano de arranque, a AFS – Algarve pôs cinco meninos em Alcochete e ainda pusemos mais um de fora da AFS, da geração de 2006. O C.F.T. (o equivalente benfiquista à AFS), pôs zero no Seixal. Secámos o Benfica logo no primeiro ano.»  João Nunes

O jovem de 2006, de fora da AFS, é Gonçalo Simões Dias. Dos restantes 5 jogadores, 4 já assinaram contracto de formação.

Continuarei atenta.

A quem possa ter interesse em consultar os demais comunicados de assinaturas de contratos de formação (iniciados):

22-04-2021 - Fernando Sadjó

12-04-2021 - Rafael Alonso

09-04-2021 - Cristiano Palamarchuk

23-03-2021 - Miguel Félix

12-03-2021 - Rafael Mota

12-02-2021 - Denilson Santos

11-02-2021 - João Simões

10-02-2021 - Miguel Almeida

08-02-2021 - Gonçalo Simões Dias

29-01-2021 - Daniel Amorim

27-01-2021 - Martim Botão

22-01-2021 - João Coelho

20-01-2021 - Tomás Abreu

18-01-2021 - João Muniz

14-01-2021 - Eduardo Felicíssimo

12-01-2021 - Atanásio Cunha

FC Famalicão está na moda

Diz o jornal Record de hoje que Flávio Costa é o mais recente reforço do Departamento de Recrutamento (ou Scouting) do Sporting Clube de Portugal. Era o Director de Recrutamento do Futebol Clube de Famalicão.

 

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Foto: zerozero

 

Não deixa de ser surpreendente que tendo sido despedido Nuno Mota, coordenador operacional de recrutamento, áreas de que se ocupava conforme fotografia infra

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*

e no âmbito de um despedimento colectivo noticiado a  13 de Janeiro de 2021 motivado, dizem, pelas dificuldades trazidas pelo contexto pandémico que se conhece, e sem que as condições estruturais se tenham alterado, o Sporting Clube de Portugal tenha reunido condições para fazer uma contratação desta natureza e calibre.

Bruno Mascarenhas dizia numa sua crónica n' O Leonino que os despedimentos de Carlos Bruno e Nuno Mota teriam uma natureza "política" e que Tomaz Morais e Paulo Gomes andavam na Academia Sporting a atropelar-se.

A mim, só  interessa que não atropelem o Sporting enquanto se movimentam todas as peças e mais algumas na esperança de que se ajustem ao, se calhar, desajuste natural que alguns revelam desde sempre.

Uma grande cadeia de Hipermercados tinha, há alguns anos, uma política de recrutamento muito interessante: colocava os futuros gerente de loja em lugares de estágio em lojas nas quais não iriam assumir funções de chefia. Findo o estágio, assumiriam funções de chefia em loja por onde não tinham passado enquanto aprendizes de chefes. Fico a perguntar-me se no Sporting não se fará ao contrário: será que não se contratam directores que aprendem o que deviam saber à partida, com quem já lá estava, de seguida, elimina-se quem já lá estava e contrata-se quem já poderá, eventualmente, olhar para as chefias como habilitadas para o exercício de funções? É uma dúvida que, quem sabe, um dia, consigo dissipar.

Será que este novo colaborador vem assumir as funções de André Gomes na AFS Algarve? Este último, esteve connosco de Agosto de 2020 a Fevereiro de 2021.

Será que virá para coadjuvar os prospectores internacionais anunciados recentemente?

O futuro próximo certamente dirá.

 

Edição * Foto: parede de uma sala de espera que existe na Academia Sporting. Sala de espera que se encontra antes de se entrar para o backoffice, área pública portanto.

Cristiano Vitaly Palamarchuk

Uma vez que o comunicado emitido pelo Sporting Clube de Portugal não faz a mais pequenina referência à proveniência do atleta, aproveito para esclarecer...

O Cristiano completou 14 anos a 7 de Fevereiro deste ano, mede 1,71m, tem dupla nacionalidade (é luso-ucraniano), jogava num clube de Lagos chamado Sport Lagos e Benfica e foi detectado por um ex-colaborador nosso. Basicamente, João Nunes enquanto acompanhava um jogo treino de uma dos nossas equipas, detectou este jovem jogador - que jogava num dos campos ao lado - e que passou ao lado de todos os demais clubes e respectivos recrutadores/treinadores. Pelos vistos, reúne os predicados necessários para jogar/trabalhar ao mais alto nível num clube como o nosso. Já a Secundária Júlio Dantas, desconfio, vai ter saudades do seu aluno. 

Tenho lido os comunicados dos jogadores que assinam contracto de formação. Contam-se pelos dedos de uma mão e sobram muitos dedos, aqueles em que não é esclarecida a sua proveniência.

Provindos da AFS - Algarve ou detectados por ex-responsável pela mesma, este ano, vamos em quatro assinaturas.

Continuarei atenta.

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Imagem retirada do comunicado oficial do Clube que pode ser lido na íntegra aqui.

Linhas e entrelinhas? Estrelinhas.

Enquanto a ‘desenvoltura cognitiva’ prometida pelos mais recentes prospectores de talento para os do Leão Rampante não se manifesta, também, no argumentário dos que aqui vêm de forma militante pôr a tónica em parte do trabalho desenvolvido pela Direcção de Frederico Varandas, gostaria de sugerir que não perdessemos de vista dois aspectos fundamentais.

 

Primeiro:

- a avaliação que já é possível fazer do trabalho que é da responsabilidade total da actual Direcção, seja pela sua acção directa, e assumpção pública, e indirecta, por via dos escolhidos para assumir pastas.

Sugiro alguns critérios: as contratações feitas por Frederico Varandas, o seu impacto na equipa A, a facilidade com que os colocámos noutras equipas, os valores/condições pelos quais foram emprestados e/ou vendidos.

Obrigada pela colaboração, Record: O que têm feito os jogadores emprestados pelo Sporting? A maioria deve voltar à casa de partida.

Sim, alguns jogadores foram herdados. E sobre outros ouvimos que não iriam falhar, [olá Vietto, adeus Vietto], e, mais recentemente, Sporar que afinal de contas não falhou, tal como vaticinava o nosso presidente. O Sporting é que decidiu abrir a porta à venda do seu passe. Semântica, diria eu. Manifestação de desenvoltura cognitiva, talvez?

Pergunto: a julgar pela discrepância dos valores envolvidos nas contractações efectuadas nas duas primeiras épocas e nesta última, bem como os planos de pagamentos tornados públicos, os que se falharam e os que serão honrados por quem assumir o próximo mandato à frente da Direcção [olá 'Paulinho'], teríamos mesmo verbas para ir buscar jogadores que não à nossa formação?

Já todos sabemos que o próximo mercado será determinante, a campanha desenvolvida na Europa – todos sonhamos que na prova rainha – a revelar muito do que será a verdadeira política desta Direcção. Não será novidade para ninguém que aumentando o grau de exigência daquilo que é preciso apresentar em campo, e sendo expectável que a verba disponível para investimentos no plantel seja superior à da desta última época, a tentação para contratar jogadores já consolidados aumente, a pressão de empresários para colocar jogadores “estagnados a carecer de montra”… siga igual caminho. Espero, desejo aliás, que nos seja possível manter o rumo e que os jogadores da formação não percam espaço. Não é crítica antecipada a Frederico Varandas, é perceber que são as dinâmicas próprias das diferentes realidades. Hoje vivemos uma, se tudo se mantiver de feição, a partir de Maio de 2021 passaremos a viver outra.

 

Segundo:

- a aposta de sucesso no produto da nossa formação que tanto nos enobrece e lisonjeia, acontece num contexto altamente específico, e em que parte dele, se não é quase irrepetível, será difícil de mimetizar; os jovens jogadores foram integrados no seio de jogadores mais experientes, cujas carreiras se encontra(va)m num ponto em que dificilmente aspiram a mais do que à oportunidade de ainda ter espaço numa equipa que (ainda) lhes permita calçar em cenários europeus. Adan, Feddal, Antunes, João Pereira, Luís Neto e até Coates, estão à procura de dar o salto para onde, excepto (alguns) para os quadros formativos do Sporting? Compreendemos a importância deste caldo na gestão da (natureza da) competição que existe no balneário gerido por Rúben Amorim? Admito que, com algum esforço, possamos ainda assim mais facilmente replicar a aposta em jogadores com este perfil e que todos estes, à excepção de Coates, chegaram pela mão da Direcção de Frederico Varandas.

O que também parece escapar à observação da generalidade dos Sportinguistas, mas especialmente aos que, preocupando-se em evidenciar o mérito da Direcção de Frederico Varandas, tornam-se verdadeiros "propagadores exaustivos das mesmas ideias-chave (não por acaso, insistem em manter a atenção na actual coqueluche, o mobilizador Rúben Amorim, e naquele soft spot tipicamente leonino: a expressiva utilização dos da nossa criação na equipa A)", é que estes jogadores lá chegaram, à equipa A, com base num critério de selecção e metodologia de trabalho a cargo de colaboradores que ou já não estão no Sporting ou estão, mas com um raio de acção diminuído.

Uma coisa é falar, quando não papaguear chavões, de que é exemplo a referência contínua à importância da estabilidade. Outra, bem diferente, é proporcioná-la. E, neste domínio, vejo estabilidade em dois postos: os de directoria da Academia Sporting. De resto, entre treinadores mais conhecidos, a menos conhecidos, a coordenadores, a especialistas em rendimento físico, a lista – do que estão do lado de fora – é já extensa. Dos escolhidos e dispensados por Frederico Varandas e dos que já lá estavam, com obra feita e resultados mais do que apresentados, demonstrados, e estão agora, também eles, do lado de fora.

Se Maio de 2018 trouxe uma cadeia de acontecimentos que nos deixou sem chão e obrigou a todos a olhar para a tão amada Academia com atenção, Agosto de 2020 tornou incontornavelmente claro, para mim, que sabemos, Sportinguistas mas sobretudo sócios, muito pouco sobre o que se passa na Academia Sporting, extra aquilo que se escolhe comunicar para o grande público. Entre o que não convém que se saiba, ao que se sabe parcialmente, ao que se comunica a partir de um período temporal que serve o propósito de (tentar) fazer brilhar os que no momento mandam, lembrei-me do filme The Truman Show. Não gosto da sensação que me provoca. Gosto ainda menos de pensar em quais poderão ser as consequências destas mudanças ainda que, claro, aprecie desenvoltura cognitiva. Convém é melhorá-la naqueles que põem a difundir o guião.

Dizia, e mantenho, que não acho que seja uma questão que se circunscreve a Frederico Varandas. Diz quem vive a realidade por dentro que tem persistido uma política de gestão da Academia Sporting que assenta predominantemente na "imposição" de "homens fortes" vindos de fora da estrutura, trazidos a cada mudança directiva e que em nada tem beneficiado a tal 'estabilidade' tão necessária à consolidação de processos.  

Ora, vejo, também por ter tido oportunidade de reunir elementos que ajudam a ler nas entrelinhas, sinais de alarme que, infelizmente, se têm avolumado e que gostaria que a entrada de Paulo Noga pudesse ter sanado. Tenho dúvidas de que assim seja, ainda que não duvide, até por disso ter recebido nota de diferentes quadrantes, que 'é forte' e 'competente'.

Receio, contudo, que possa ser dificil assumir realidades desagradáveis, por implicar a assumpção de falhas de apostas muito pessoais que, infelizmente, são-no mais do que deviam. Pessoais. Deviam ser mais profissionais. Profissionais, despojadas (o mais possível) da dimensão pessoal que tende a conduzir para a autopreservação.

É por tudo isto que alimento a esperança de que haja quem queira e possa desenvolver um modelo que nos permita a "autonomização" da Academia Sporting, de uma forma que se torne menos permeável às oscilações trazidas pelas Direcções. Direcções, quem quer que seja que as encabece. Pelo Sporting. Mais pelo Sporting e menos pelos que estão a geri-lo e querem, tipicamente, manter-se nessa posição.

Não me deixo deslumbrar por 'resultados'. Privilegio 'processos'. Sei também que bons resultados agora alcançados, resultam de processos, na sua forma conceptual e material, que não têm a impressão digital da Direcção em exercício. Sempre assim foi e será. Sei que há resultados já alcançados que resultam de processos, na sua forma conceptual e material, que têm a impressão digital da actual Direcção, e não são positivos. No domínio das contractações de jogadores e técnicos, e mesmo formativos.

Sei, que há muito que nos interessaria saber que dificilmente nos chegará pelos órgãos de comunicação do Clube. Que, sabemos todos, são na verdade boletins informativos ao serviço das Direcções. O meu ponto de não retorno? A entrevista de Tomaz Morais ao Jornal Sporting que aqui partilhei e, mais do que isso, contrastei.

Como é que se autonomizam órgãos de comunicação de um clube, a favor dos sócios sem que se tornem um contra poder nas mãos de quem quer chegar ao poder? Não sei.

Mas sei que é preciso saber ler nas entrelinhas e que essas são muitas vezes, para a maioria, raras oportunidades. Quase nunca se apresentam.

Gostaria que soubessemos todos mais. Gostaria que não precisassemos, tantos e tanto, de saber ler nas entrelinhas. Acima de tudo, e no fundo, gosto das nossas estrelinhas. As que já o são e as que para lá caminham (devem). Não gosto, mesmo nada, de sentir que temos de estar atentos às entrelinhas.

Gosto mesmo muito do Sporting. É por isso que vos deixo estas linhas. Espero, a bem das nossas estrelinhas, que saibam todos ler nas entrelinhas. A tempo de assegurarmos o melhor... para todas as nossas estrelinhas. Sem entrelinhas.

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Steven Kazlowski/Barcroft Media

Virgílio Lopes e honestidade intelectual

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Foto: Paulo Calado/Record 

 

Já se sabe que cada um é como qual. Pessoalmente, muito gostei de saber que ainda há quem seja capaz de assumir as coisas como elas são: erra-se. Às vezes, nem poderemos falar em erro, já que no momento em que somos "obrigados" a fazer escolhas, a decidir, fazemo-lo com base nos indicadores de que dispomos. E os indicadores estão sempre em evolução. Afinam-se. Refinam-se. E, com isto, ajustam-se teorias sobre como fazer. Pelo menos, em teoria.

Serve o introito para dizer que fiquei contente por perceber que ainda é possível ler quem tenha a coragem de vir publicamente assumir as coisas como elas são: Nuno Mendes, há um par de anos, não era craque. Não exibia essas características distintivas. Se calhar, até terá estado na calha para ser dispensado. Vai daí, um dia, ainda ficamos todos a saber que só não recebeu guia de marcha, tendo estado iminente a assinatura da sua dispensa, por não haver defesa esquerdo alternativo e por ser um miúdo (vindo de uma família humilde) que não dava problemas. 

 

Seria bom que se aproveitasse a experiência de quem sabe (e a honestidade intelectual) para... refinar as práticas. E ousar reajustar teorias. Mas que o façamos fora da bolha que são os gabinetes e para além do risco calculado (protegido) que são as apresentações em PowerPoint, não raras vezes, meros espelhos dos manuais, que pouco esclarecem sobre como se faz, apenas apontam o que deve ser o resultado.

 

P.S. Alguém saberá dizer se o Manchester City está feliz com a cláusula de compra de Pedro Porro? 

P.S.2. Alguém reparou que na peça (do ano passado) do Jornal Sporting sobre os futuros craques que despontavam na Academia Sporting, não consta Dário Essugo?

P.S.3. E o FC Barcelona e Ansu Fati?

Leitura recomendada: Aurélio Pereira ao Record

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Em entrevista ao Record de hoje.

Recomendo vivamente a leitura atenta. Diplomata de craveira o nosso Mestre Aurélio. 

(...) O Sporting acabou de

estrear um miúdo com 16 anos.

É preciso coragem, não é? E só é

possível porque os miúdos vêm

para cá muito cedo. Habituam-

-se a estar num clube de topo e,

quando chegam aos 16/17 anos,

já os conhecemos bem. E eles já

não tremem. Não tremem! (...)

 

A ver vamos se as alterações que estão a acontecer na formação do Sporting permitem que daqui a 10 anos possamos dizer que a actual Direcção do Sporting Clube de Portugal deixou a mesma matéria-prima para brilhar. 

"São jogadores muito focados e cognitivamente desenvoltos" - talentos escandinavos a caminho!

«(...) o diretor desportivo da NF Academy, João Plantier, também louvou o acordo. "Descobrimos inúmeros atletas através dos programas que levamos a cabo e para o Sporting acaba por ser uma vantagem muito grande conhecê-los antecipadamente", vincou, corroborado por Gonçalo Nunes, igualmente responsável na NF Academy: "Há uma que achamos muito importante: a capacidade de disciplina. São jogadores muito focados e cognitivamente desenvoltos. Além disso, têm uma capacidade de assimilação, desenvolvimento e de potenciar o que já apresentam muito grande. Isso acaba por contrastar um pouco com o jogador português e pode trazer benefícios.»

A notícia saiu no Record, o negrito é meu e o sublinhado também.

Percebe-se assim melhor que a Equipa Selecção - composta por Paulo Moreira, Luís Branco, Nélson Barbosa, Akil, Libânio -, responsável por deslocar-se pelo país em visita às várias AFS e fazer o acompanhamento longitudinal dos talentos que lá temos, de maneira a tentar minimizar o erro na hora de escolher os jogadores que integravam as AFS e Academia de Alcochete, tenha sido dissolvida ainda em 2020. Também poderíamos eliminar as AFS, não? Parecendo que não, acabámos de estabelecer uma parceria (pro bono, certamente; não sendo pro bono ficará mais em conta, acredito eu) com especialistas no mercado escandinavo que, notem, detectam jovens jogadores cujas capacidades cognitivas se sobrepõem, ou melhor, "contrastam" (em bom), com as do jogador português...

Estes jogadores, cognitivamente muito "desenvoltos", com uma "grande capacidade de assimilação e de potenciar o que já apresentam" (palavras da NF Academy) quase nem precisarão de ser trabalhados (digo eu). Já chegam prontinhos, provavelmente. Que bom!

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Foto: Sporting Clube de Portugal

Academia de Alcochete

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Esta é uma fotografia mais ou menos recente da Academia de Alcochete, imaginada e projectada por José Roquette, concluída e inaugurada em 2002 por Dias da Cunha, assaltada em 2018 na presidência de Bruno de Carvalho, o que lhe custou a destituição.

Na altura da inauguração, com cerca de 250 mil metros quadrados, a Academia Sporting foi o primeiro complexo desportivo com esta envergadura e qualidade feito em Portugal e um dos mais modernos e melhor equipados da Europa, considerada por grandes personalidades do futebol mundial - como Luis Felipe Scolari e Alex Ferguson - como uma das melhores academias de futebol alguma vez vistas. 

É o local de trabalho de todo o futebol leonino, ao serviço da preparação e dos estágios da equipa profissional e de todos os escalões de formação a partir dos 13 anos de idade, tendo como principal finalidade a formação de jovens jogadores, aptos a enveredarem por uma carreira no mundo cada vez mais competitivo do futebol profissional, permitindo à SAD do clube gerir o futuro do seu plantel profissional numa óptica de desenvolvimento sustentado. A Academia de Alcochete é complementada pelo Pólo Universitário, bem próximo de Alvalade, a primeira casa dos leõezinhos dos 6 aos 13 anos. 

 

Em 2010, a Academia Sporting tornou-se a primeira na Europa a receber o certificado de qualidade ISO9001:2008, atribuído pela EIC (Empresa Internacional de Certificação e Reconhecimento do Modelo de Excelência, da European Foundation for Quality Management), um feito histórico assinalado numa cerimónia a 19 de Janeiro desse ano. Em Setembro de 2020, a Academia de Alcochete, "em homenagem àquele que se tornou o melhor jogador português de todos os tempos", adoptou o nome de Cristiano Ronaldo. A inaguração oficial será realizada "assim que as condições o permitam". 

Uma das ideias fortes da campanha de Frederico Varandas foi a recuperação da formação do Sporting, tendo anunciado já como presidente um investimento de 12M€ em Alcochete e no Pólo, contemplando infraestruturas e recursos humanos, e recusando cenários mirambolantes de construção de uma nova academia mais perto de Alvalade. Mesmo considerando a conjuntura actual, conviria saber ao pormenor o que já foi feito e o que se pensa fazer ainda para tornar a Academia ainda melhor, ultrapassando de vez daquele cenário turvo e deprimente "das vacas e dos bois" e do "Seixal às portas de Lisboa" perspectivado pelo ex-presidente.

 

Já não posso precisar quando foi a última vez que fui à Academia de Alcochete, que fica ainda bem longe da vila, a 15km do centro na direcção de Pegões, ver um jogo da equipa B no funcional estádio Aurélio Pereira, mas foram muitas as vezes que lá fui, e estamos a falar de 55 minutos de carro e alguma paciência para lá chegar. Sempre valeu a pena o esforço, porque a Academia cheira bem, cheira a Sporting.

Mas a Academia de Alcochete de pouco vale sem recheio, matéria-prima de luxo para trabalhar. Neste momento metade do plantel A do Sporting que ocupa a liderança da 1.ªLiga e está muito bem colocado para aceder directamente à Champions, é constituído por jovens formados ou acabados de formar em Alcochete. Um grupo que vale já largas dezenas de milhões de euros e onde se destacam Nuno Mendes, Matheus Nunes, Jovane e Plata. Depois temos a renascida equipa B, a disputar a liderança do grupo respectivo, os sub-23 e os empréstimos a clubes da 1.ª Liga onde Rafael Camacho, Pedro Mendes e Pedro Marques estão a jogar (e alguns a marcar).

 

Quando olhamos para os rivais, o Benfica de Jorge Jesus entra em campo sem ninguém da formação: o Seixal serve agora apenas para angariar troféus e promover "merchandising", e alguns craques recusam já a renovação por falta de perspectivas de futuro. Quanto ao Porto, vendeu o que de melhor havia e destrói agora, com Sérgio Conceição, a moral daqueles que ainda lá estão: "não basta ser da formação, não basta ser bonito nas redes sociais..."

Concluindo: se graças ao golpe de génio que foi a aposta em Rúben Amorim temos uma janela de oportunidade incrível ao mais alto nível do futebol, essa janela igualmente existe na formação. Importa ser aproveitada de forma a recuperarmos o tempo perdido e pormos de novo a Academia de Alcochete no topo nacional e internacional.

#OndeVaiUmVãoTodos

SL

«Academia não trata só dos pés, trata também da cabeça» - Aurélio Pereira

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Fonte: Sporting Clube de Portugal, por ocasião da remodelação efectuada nas instalações da Academia Sporting, em Alcochete, nas paredes da qual Aurélio Pereira foi retratado. Na imagem, Aurélio Pereira e Paulo Gomes

 

O nome dispensa apresentações. A obra, fala por si e excede há muito as paredes de Alcochete. Dele se diz ser o grande responsável pela captação de talento para os do Leão Rampante e da listada verde e branca. Dele se diz, ainda, ser o enorme responsável pela forma de trabalhar, no seu todo, com crianças e jovens que vestem as nossas cores.

Mais do que a imagem colada na parede, cada tijolo em que assenta o às de trunfo do Sporting, a AS*, foi por si e por aqueles que escolheu, cimentado. Um dos pilares desta complexa estrutura, Nuno Mota, deixou-nos. Certamente não por sua vontade, mas no âmbito das exigências trazidas pela pandemia - e que pandemia...! -, que conduziram ao despedimento colectivo anunciado recentemente.

Na hora de render homenagem ao Homem, mais do que plasmar um rosto na parede, manter vivos os pilares que o mesmo escolheu e aprimorou, parece tarefa muito exigente. Impossível, até. Medonha pandemia...

Difícil de digerir, este Janeiro de 2021, já que ainda a 19 de Novembro de 2020 foi anunciado Carlos Tavares, vindo do Futebol Clube do Porto, como reforço para a estrutura de recrutamento da Academia de Alcochete.

Entristecida, ainda que não surpreendida, com o rumo dos acontecimentos, escolhi relembrar Aurélio Pereira e trazer os desenvolvimentos trazidos pela actual Direcção da Academia Sporting, por mais do que deferência, reverência para com Homem, Obra e obreiros.  

A frase que titula este texto é, naturalmente, de Aurélio Pereira e serviu de título para a entrevista concedida a António Pedro Pereira e Isaura Almeida (Diário de Notícias) a 25 de Outubro de 2008

Nessa altura, há 12 anos, dizia-nos Aurélio Pereira:

«[...] E que tipo de jogador formamos na Academia? Com cabeça, tronco e membros. O número de ingredientes que contribuem para o sucesso é menor dos que levam ao insucesso. Hoje temos todas as condições, com uma equipa extraordinária de pessoas e onde se respira um ambiente de sã camaradagem, e isso passa para os jogadores. [...]»

 

“No Sporting o mau aluno não tem lugar.” Este é o lema?

«Não, não é esse o lema. Criámos uma Academia essencialmente para formar jogadores, não vamos ignorar isso. A filosofia da Academia é essa. Quando escolhemos o nome de Academia Sporting em vez de centro de estágio não foi por acaso, porque a Academia não trata só dos pés, trata também da cabeça. Maus alunos, felizmente temos poucos.»

 

«É por isso que é importante ter um Gabinete Psicopedagógico?

Os clubes têm de ter capacidade para poder dialogar com os pais e eu sou normalmente a primeira cara que a família vê. Por vezes querem entrar mais na esfera desportiva do que na sua, de educadores. Isto não é uma crítica aos pais, mas é assim que funciona. Quando um jovem não joga o tempo que o paizinho quer e eles mostram descontentamento, eu digo sempre que ele devia ir a pé a Fátima agradecer ter filhos numa instituição chamada Sporting, onde estudam, são acompanhados e sabem que estão em segurança

 

Antes ainda, a 3 de Junho de 2007, em entrevista concedida ao jornal Público: 

«Não é só de futebol que estamos a falar. O acompanhamento dos jovens jogadores tem de se estender às mais diversas áreas, dos estudos à formação cívica, do ensino das regras do desporto até aos conselhos sobre nutrição, higiéne, vícios. Entre o sucesso desportivo e o insucesso às vezes vai apenas um pormenor", avisa Aurélio Pereira. E ele sabe do que fala. Ele viu crescer alguns dos melhores futebolistas mundiais das últimas décadas.»

«Hoje, com a Academia de Alcochete, o Sporting é apresentado como um exemplo de excelência na área da formação de futebolistas. "A nossa missão é produzir jogadores que possam jogar na primeira equipa. E a missão está a ser cumprida", diz o responsável pelo recrutamento (...)» [negrito meu]

 

A 9 de Julho de 2016, Tiago Palma desafiou Aurélio Pereira a falar para O Observador, sobre cada um dos jogadores do Sporting que, no dia seguinte, bom, no dia seguinte Portugal conquistaria o Campeonato da Europa com, apenas, 10 jogadores formados no Sporting Clube de Portugal. Retalhos preciosos cuja leitura recomendo, também, por permitir ver no plano concreto aquilo que acima, de forma teórica, Aurélio Pereira foi, ao longo dos anos, dizendo. E mais do que dizer, fez. E fê-lo tão bem, que chamar aos 10 jogadores da nossa formação "Os Aurélios" é da mais elementar justiça. 

 

Já a 12 de Setembro de 2019, neste blogue, Pedro Correia partilhou alguns trechos de uma entrevista que Aurélio Pereira concedeu nesse mesmo dia ao jornal A Bola, de entre os quais destacaria, para já, apenas um:

«O foco é no jogador e nos seus comportamentos; o acompanhamento, quer social, quer escolar, somos nós que fazemos. Isso é um trabalho altamente complexo. Tomar conta dos filhos dos outros é muito pior do que os nossos. Temos de estar preparados para isso.» [verdito meu]

 

Mais recentemente, nas páginas 16 a 19 da edição 3780 do Jornal Sporting (9 de Julho de 2020) encontramos uma entrevista a Tomás Morais, director de futebol de formação e liderança, a partir da qual é possível obter os seguintes esclarecimentos quanto ao inovador trabalho que está a ser feito na Academia Sporting:

 

«O que é o modelo centralizado no jogador que tem sido trabalhado e implementado no Sporting CP?

Consideramos que o modelo centralizado no jogador é a capacidade que toda uma equipa multidisciplinar formativa tem para colocar o foco no jogador e não apenas num sentido colectivo. Nesta perspectiva, o atleta é o principal interveniente no processo. Tencionamos, acima de tudo, formar jogadores completos, que se tornem autónomos, resilientes e que sejam física e cognitivamente superiores. Desta forma, acreditamos estar a valorizar e a maximizar o talento individual de cada um sem retirar a capacidade criativa que mais tarde irão fazer toda a diferença.
Acreditamos que com esta visão estratégica podemos dar cumprimento aos princípios gerais e específicos de um modelo formativo que vise essencialmente o desenvolvimento e potencialização do jovem jogador enquanto pessoa e atleta, estamos em simultâneo a formar equipas no expoente máximo das suas plenitudes. Para que tal aconteça e para que estejamos mais perto do sucesso, é fundamental a existência de um ambiente positivo entre todas as áreas suportado por bom senso, comunicação permanente, capacidade crítica construtiva e a vivência diária de valores comuns.

 

Quais são as suas características mais importantes?
Numa fase inicial procurámos definir um propósito sustentado na nossa visão, missão e valores. Numa segunda fase definimos uma estratégia para estarmos efectivamente capacitados para potenciar não só o talento existente, mas igualmente preparados para o que nos vai chegando através da nossa área de recrutamento e identificação de talento. Numa terceira fase apostámos na nossa estrutura de forma a maximizar a competência interna e criar padrões de coerência. Por último, contruímos um processo multidisciplinar para a essência: o futebol. Só com um ambiente positivo de aprendizagem conseguimos que todos os jovens evoluam diariamente com o processo de treino e retirem o maior número de ferramentas que lhes garanta a revelação de todas as suas capacidades, em qualquer que seja o contexto competititvo onde joguem. Este modelo acaba por valorizar, envolver, motivar e mobilizar a excelência profissional existente em todos os colaboradores da Academia nas suas diferentes áreas. [negritos e sublinhados meus]

 

O longo e reconhecido passado no râguebi infuenciou, de alguma forma, o modelo centralizado no jogador que implementou no Sporting CP?

Não especificamente porque a norma deste modelo holístico é a sua implementação pelas direcções técnicas, por todo o quadro de treinadores e técnicos desportivos que, desde a base até ao longo da pirâmide da formação desportiva, diariamente trabalham com os jogadores. Compete-me, enquanto director, proporcionar reflexões, discussões, a revisão do pensamento e caminho estratégico, bem como a criação de um ambiente propício a que tudo se desenvolva. Como acreditamos que este é o modelo certo, gostaríamos que ficasse e fosse implementado independentemente de quem estiver na liderança directiva ou técnica do futebol de formação. Temos a responsabilidade de melhorar o legado que nos foi deixado! O maior exemplo passa por dar expressão a tudo o que o senhor "formação" Aurélio Pereira continuamente nos ensina e transmite. Na formação estamos sempre a aprender... [verdito e sublinhados meus]

 

Qual é o objectivo primordial do modelo centralizado no jogador?

É potenciar todas as qualidades futebolísticas que o jogador tem individual e colectivamente. Suportado por um trabalho orientado nas áreas mental, física e estrutural. Sabemos que todas a funcionar numa dinâmica perfeita resultam naquilo que se pretende: um atleta integral, dentro e fora do campo. O foco no jogador permite a conciliação perfeita entre a sua vida futebolística e as vertentes familiar, social e escolar, dado que neste processo participam diferentes agentes desportivos para que em sintonia ponham em prática todos os detalhes tanto educativos como formativos. Deste modo, podemos atingir aquele que é o grande propósito da Academia Sporting: formar jogadores capazes de chegar e afirmarem-se na equipa principal do Sporting Clube de Portugal. Para que isso aconteça, as nossas acções diárias têm de ser boas e detalhadas, mas também de grande consistência entre toda uma vasta equipa que tem por único objectivo pensar que a razão da sua existência é a construção do jogador e do homem na vida e no campo.

 

O que foi necessário alterar para implementar este modelo?

Acima de tudo, a construção de um plano estratégico que envolveu na sua liderança e administração, o director técnico, o director da formação, o director  da Academia e os coordenadores de cada área multidisciplinar. Conscientemente no nosso modelo operacional motivámos todos os colaboradores da Academia a revelarem as suas competências num único propósito. Encontramos em todos aqueles que estão de corpo e alma no Clube uma vontade férrea de continuar a colocar a Academia Sporting como uma referência mundial em termos formativos. Os que entraram, depressa se enquadraram neste estímulo e nesta enorme vontade organizacional de fazer mais e melhor pelo Sporting Clube de Portugal. [negrito e sublinhados meus]

 

Fora de campo, a nível cívico, social e educacional, o que tem sido feito?

Devemos sempre associar a vertente desportiva à vertente humana. Um atleta é tão ou mais capaz de revelar as suas competências e qualidades quanto melhor pessoa for. Tentamos a todos os níveis incutir uma liderança ética e construtiva baseada no exemplo, com responsabilidades partilhadas, princípios de proximidade e acompanhamento. Queremos, na Academia, criar um conjunto de estímulos com origens muito diferenciadas para os sensibilizar que a vida passa por momentos contínuos de sucesso e frustração e a forma como sabemos estar e reagir perante os obstáculos vai fazer toda a diferença. O valor do jogador não está apenas na paixão que coloca no treino e no jogo, mas também na sua capacidade de se sacrificar para aquilo que é a missão do Clube. Só assim poderá dar corpo aos seus sonhos. [verdito, meu]

 

Qual era a urgência de mudar o paradigma quando chegou ao Sporting CP?

Um paradigma nunca é nem pode ser mudado por uma pessoa apenas. Venho de uma essência colectiva e acredito que o somatório de um conjunto de valências de vários especialistas é sempre superior a um pensamento egocêntrico. Como tal, havendo uma nova visão suportada por um propósito muito claro que a administração nos passou desde o príncipio, sentimos que era preciso aprender com o passado e reter todo o triunfalismo histórico que o Sporting CP tem na formação, mas também incutir novas reformas organizacionais e funcionais. Daí que a transparência entre todos e a capacidade de dar voz a todos os envolvidos, desde as escolas Academia, Academias Formação Sporting, Pólo EUL até à Academia, teriam de ser o lema de suporte para todas as transformações a efectuar. [sublinhados e negritos, meus]

 

O que falta fazer em relação ao modelo centralizado no jogador?

Continuarmos a aplicar o nosso esforço e conhecimento naquilo que é realmente importante: o jogador. Não perdermos energias e tempo com os factores que não levam o Sporting CP a caminho algum e focarmo-nos naquilo que importa e interessa. Temos, cada vez mais, de ser credíveis, coerentes e justos. Temos de deixar a cultura de depressão nas pequenas derrotas e a euforia nas vitórias, porque o objectivo é a criação de uma estabilidade que permita tornar estes momentos efectivamente naturais, como parte fundamental do processo de crescimento desportivo. [negrito e verdito meus]

 

Quais são os objectivos a curto e a longo prazo?

O grande objectivo, seja a curto ou a longo prazo, é formar e preparar jogadores para a equipa principal. A formação nunca está completa, é altamente dinâmica e aberta, sendo um somatório de todas as mais-valias daqueles que em dado momento contribuíram para as aprendizagens dos jogadores. Um projecto formativo deve ser silencioso e virado essencialmente para dentro. Só assim geramos a tão necessária confiança e a mobilização do contributo de todos os envolvidos.» [verdito, meu]

A entrevista de Tomás Morais prolonga-se para além dos trechos aqui partilhados, mas no essencial, esta foi a mensagem que quis transmitir aos leitores do Jornal Sporting.

 

Aurélio Pereira é unanimemente considerado "O Senhor Formação" (confira, por favor, a fotografia acima), foi o responsável pela criação do Departamento de Recrutamento do Sporting Clube de Portugal em 1987/1988** e disse-nos ainda em 2019:

«Há duas coisas que têm de caminhar lado a lado: o recrutamento e a área técnica. São dois pilares de uma academia, sem esses pilares conscientes não há trabalho de nível tão elevado. Temos nesta altura essa simbiose, está a crescer dia a dia. Falamos a mesma linguagem. O novo director técnico, o Miguel Quaresma, tem sido um homem certo no lugar certo.»

Infelizmente, também Miguel Quaresma e Raul José já nos deixaram (em Maio de 2020). 

 

Ao Mestre Aurélio Pereira e ao Nuno Mota, a este último pelos 16 anos de Esforço, Dedicação e Devoção à formação leonina, a minha vénia. A Glória, está em muito mais do que é visível aos nossos olhos, é verdade. Está na acção da verdadeira estrutura invisível que sempre foram. A Glória, estará sempre no pioneirismo e carácter que revelaram continuamente e na magia que os vossos diamantes espalham no relvado, cá e pelo mundo.

Obrigada, é pouco. É muito pouco. 

*Academia Sporting, actualmente conhecida por Academia Cristiano Ronaldo.

**Em entrevista ao jornal Público é dito 1987, na entrevista ao jornal Diário de Notícias, 1988. 

Campo nº 8 da Academia: Paulo Futre

Leio que a direcção do Sporting irá homenagear Paulo Futre, atribuindo o nome deste antigo jogador ao campo nº 8 da Academia, juntando-se a Aurélio Pereira (campo principal), e a outros nomes a homenagear como Vítor Damas (campo n.º 2), Manuel Fernandes (campo n.º 3), Hilário da Conceição (campo n.º 4), Cinco Violinos (campo n.º 5), Luís Figo (campo n.º 6), Rui Jordão (campo n.º 7).

 

João Távora, no texto infra, recorda que ter uma “conduta irrepreensível” era uma das condições para alguém pertencer ao clube. Não pondo em causa o sportinguismo deste antigo jogador, e recordando essa “conduta irrepreensível”, lembro-me do passado deste jogador no clube, nomeadamente «a falta de condições psicológicas» para continuar no Sporting e o trocar pelo FCPorto, assim como mais tarde, por causa de outras condições – que afinal sempre foram as mesmas, voltar a preterir o Sporting a favor do Benfica.

 

Assim, se permitem, pergunto: concordam com esta decisão da direcção?

 

Eu não.

Só para concluir este assunto

Obviamente orgulha-me que o Cantona seja sportinguista e sócio do Sporting, se for essa a sua vontade. Agora não me parece bem que o Sporting lhe ofereça um título honorífico.

Não estou a comparar o sportinguismo do Ronaldo com o do Cantona (embora acredite em ambos). A ligação do Ronaldo ao Sporting é bem mais forte, mais antiga e mais profunda, e também me enche (a mim e a todos os sportinguistas) de orgulho. Dito isto, o Cristiano Ronaldo ainda não fez o suficiente pelo Sporting para merecer uma distinção como a de dar o seu nome à Academia do clube. Talvez daqui a alguns anos a realidade seja outra, e esta distinção se justifique. Espero sinceramente que assim seja. Por agora, parece-me muito cedo para atribuir tal distinção. É a minha opinião.

Teorias da conspiração

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Não deve haver clube em Portugal - e talvez até no mundo - tão fértil em teorias da conspiração como o Sporting.

O que quer que possa ser dito ou decidido, em Alvalade, obedece sempre a uma lógica oculta e maquiavélica. É assim que muitos pensam.

 

Ontem, ao escrever aqui no blogue a minha posição favorável à atribuição do nome de Cristiano Ronaldo à Academia leonina, neste assunto em divergência com um texto anterior do Filipe Moura, logo fui brindado por amáveis leitores com a suspeita de que estaríamos perante uma decisão anunciada agora - antes do início do nosso primeiro jogo oficial da época e a duas semanas do fecho do mercado de transferências - «para distrair» os adeptos dessa magna questão que é a votação, em assembleia geral ordinária, do relatório de gestão e contas do exercício financeiro anterior e do orçamento para o próximo exercício.

 

Salvo o devido respeito, como agora é norma dizer-se em todos os programas de debate futebolístico, imaginar que os sócios do Sporting possam confundir as contas do clube com uma homenagem onomástica a Cristiano Ronaldo equivale a tomar-nos por imbecis. Uma coisa nada tem a ver com outra. 

Mas é inútil contrariar a tendência hoje em voga: as redes não tardaram a fervilhar de indignação. E lá veio o argumento habitual: Cristiano Ronaldo «é para distrair». Como se esta homenagem não valesse por si própria.

Voltaremos a ouvir esta narrativa quando o melhor jogador do mundo vier assistir à inauguração simbólica da Academia Cristiano Ronaldo, sabendo-se que faz questão em estar presente mas só poderá viajar de Itália a Alcochete quando o calendário das suas provas desportivas permitir.

 

Este é um tema que, por analogia, me suscita uma catadupa de interrogações.

A estátua do Leão inaugurada junto ao estádio em Junho de 2017 também terá sido «para distrair»?

A rotunda Visconde de Alvalade e a rua Mário Moniz Pereira, descerradas no mesmo dia com estes nomes ilustres, também terão sido assim denominadas, naquele preciso momento, «para distrair»?

A solene atribuição do cartão "em tons dourados" de sócio n.º 100.000 do Sporting Clube de Portugal a Cristiano Ronaldo, em Novembro de 2016, terá sido «para distrair»?

O baptismo da baliza poente do estádio José Alvalade com o nome do inesquecível Vítor Damas, em Julho de 2009, foi «para distrair»?

A justa homenagem a Aurélio Pereira, como passou a ser conhecido o principal relvado da Academia de Alcochete desde Setembro de 2012, também terá sido «para distrair»?

A decisão de atribuir ao antigo presidente João Rocha o nome do pavilhão destinado às modalidades, assumida em Julho de 2012, foi igualmente «para distrair»?

 

Se as respostas a estas perguntas forem positivas, deixa de haver dúvidas: tudo no Sporting está envolvido em teorias da conspiração.

Sendo antes de uma assembleia geral, é «para distrair» do que estará em debate.

Sendo depois de uma assembleia geral, é «para distrair» de algum voto negativo que ali ocorra.

Sendo a meio da época, é «para distrair» de maus resultados desportivos.

Sendo no final de um mandato, é «para distrair» da campanha eleitoral que vai seguir-se.



Quando até Cristiano Ronaldo separa, nada pode unir. Esta é a principal nuvem negra que paira sobre o Sporting.

Eis o que deixo à consideração dos "verdadeiros adeptos". Sobretudo aos que vivem num mundo de permanentes conspirações. Um mundo onde se dispara primeiro e só se pensa depois. 

Cristiano sim, Cristiano não, Cristiano s...

Confesso que me é indiferente o nome por que tratem o centro de estágio e formação, vulgo Academia, do Sporting Clube de Portugal. Para mim será sempre Alcochete em privado e Academia Sporting em público.

É um facto que Ronaldo, a par das públicas e carinhosas manifestações de sportinguismo, é o melhor produto da formação de sempre e não me choca nada que a SAD atribua o seu nome ao seu centro de formação, disse bem, a SAD, porque ali o clube já não manda... Espera! Mas o clube não detém a maioria da administração da SAD? E todas as decisões importantes e esta é importante (terá um largo concesso, admito), não deverão ser objecto de consulta aos sócios, donos do clube que detém a mioria da SAD? Adiante, fico expectante sobre a forma como irá ser utilizado o nome de Luis Figo, um pouco mais modesto em títulos e troféus, mas também ele com uma bola d'ouro e como irá reagir a sua "entourage" que circula pelos corredores de Alvalade.

A questão pertinente é sempre a mesma: O clube deverá "usar" as suas glórias (atletas) passadas e presentes em seu benefício, sendo que as estará em simultâneo a homenagear? Definitivamente sim! A ideia de dar nomes de atletas às portas do estádio é uma boa ideia? Sim, claro! Eu sugeria até que se nomeassem as bancadas também,  bem como as portas e bancadas do pavilhão e a praça onde estão as bilheteiras, "Praça Carlos Lopes", "Praça Aldegalega", "Largo Fernando Mamede" "Alameda Moniz Pereira" e por aí fora, todo o espaço propriedade do clube, com a respectiva placa identificativa; Nunca é demais darmos o mérito e o reconhecimento a quem nos serviu.

Por isso sim, que se chame Academia Cristiano Ronaldo ao centro de formação do Sporting em Alcochete. O que eu questiono é o tempo da decisão ou da divulgação da decisão. Confesso que estou aqui em pulgas para saber quando é que sai um novo nome de mais uma porta do estádio, será ainda esta semana, antes da AG eleitoral, desculpem de aprovação do orçamento?

É triste que este que deveria ser um não assunto, seja escolhido meticulosamente para a semana da realização de uma AG (a possível, com contornos muito especiais, a roçar a ilegalidade até, mas tolerável por motivos atendíveis) tão importante para o futuro do clube, com o intuito claro de desviar as atenções do essencial, que são as desastrosas contas apresentadas.

Daqueles que vão ler este postal, passa-vos pela cabeça que no universo Sporting haja empresas ligadas ao imobiliário (criadas algumas nos idos da gestão Roquette) que têm largas dezenas de milhões de Euros de capitais negativos? Prejuízo, para o comum dos mortais como eu! Quem são os administradores destas empresas? Quem se está a servir do clube para ir dando rombos que ascendem a mais de 200M€, já?

Isto sim, é importante, dar o nome de Cristiano Ronaldo ao centro de formação é assunto que não o é. E posts de análise a contas, zero, posts sobre Ronaldo, vão quatro! Goleada, como se pretendia.

Academia Cristiano Ronaldo? Claro que sim

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Vai por aí um enorme burburinho e um sururu dos diabos a propósito da anunciada decisão de atribuir o nome de Cristiano Ronaldo - o melhor jogador do mundo, formado no Sporting - à Academia de Alcochete. Oficialmente designada "Academia Sporting Puma – Centro de Futebol do Sporting Clube de Portugal". Era assim, pelo menos, quando em Outubro de 2010 o clube celebrou um contrato de trespasse que tornou a SAD titular daquele espaço. 

Só mesmo no Sporting é que um tema destes gera polémica. Tivesse Ronaldo sido formado no Barcelona, no Liverpool, no PSG ou no Bayern, haveria consenso automático e até unanimidade entre os adeptos. Estamos perante alguém que foi cinco vezes designado melhor jogador do mundo (2008, 2013, 2014, 2016, 2017), ganhou quatro Botas de Ouro (2008, 2011, 2014, 2015) e se sagrou campeão em clubes de primeiríssimo plano: Manchester United, Real Madrid e Juventus, além de cinco vezes vencedor da Champions League.

 

Mas o Sporting insiste em ser diferente, pelos piores motivos: tudo quanto se faz ou deixa de se fazer por cá gera de imediato um turbilhão de polémica: até o que devia unir, divide. E não faço ideia quem mais poderia unir do que um jogador que chegou a Alvalade com apenas 12 anos e foi o único jogador, até hoje, a actuar nos sub-16, sub-17, sub-18, equipa B e equipa principal leonina numa só temporada. 

Trata-se de alguém que sempre proclamou com orgulho o seu sportinguismo. Em 2015, numa entrevista ao Record, confessou ter ainda o sonho de ser campeão vestido de verde e branco.

 

Cristiano Ronaldo é, de longe, o jogador de craveira mundial mais associado ao Sporting Clube de Portugal, transportando o nosso clube a qualquer canto do planeta. Dar o nome do expoente máximo da nossa formação à Academia Puma é uma justa retribuição. E a melhor prova de que sabemos reconhecer os nossos valores. Tal como o estádio se chama José Alvalade, o pavilhão se chama João Rocha e o estádio da academia se chama Aurélio Pereira.

Ninguém contesta estas designações. Como ninguém contestou que em Novembro de 2016 fosse entregue a Cristiano Ronaldo, das mãos do então presidente Bruno de Carvalho, o simbólico cartão dourado que lhe atribui o número de "sócio cem mil".

 

Espantosamente, levanta-se por estes dias um coro de vozes indignadas contra a prevista homenagem a Cristiano Ronaldo.

Questiono-me se estes adeptos preferiam que a Academia de Alcochete fosse conhecida por uma marca comercial - de automóveis, cosméticos, banca ou transporte aéreo. Como a Caixa Geral de Depósitos, que patrocinou ou patrocina o espaço de formação do Benfica e o pavilhão do FC Porto

Questiono-me se estes escandalizados adeptos - que, quando viajam ao Funchal, aterram no aeroporto Cristiano Ronaldo - ficariam mais felizes com uma Academia Mercedes-Benz ou uma Academia Emirates ou uma Academia Montepio. 

E chego a interrogar-me se um clube onde nem o nome Cristiano Ronaldo gera consenso estará já de tal modo capturado por ódios internos que lhe impossibilitem superar os obstáculos do presente para construir o futuro que as novas gerações de sportinguistas exigem e merecem.

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