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És a nossa Fé!

«Os Aurélios»

Faz hoje três anos - a 10 de Julho de 2016 - que Portugal, no futebol, conquistava o maior feito da sua história.

 

Esta, convém não esquecer, foi a equipa:

 

Rui Patrício (1)

Cédric (21)

Pepe (3)

José Fonte (4)

Raphaël Guerreiro (5)

William Carvalho (14)

Renato Sanches (16) - substituído aos 79 minutos por Éder (9)

Adrien Silva (23) - substituído aos 66 minutos por João Moutinho (8)

João Mário (10)

Nani (17)

Cristiano Ronaldo (7) - substituído após 25 minutos por Ricardo Quaresma (20)

 

Treinador: Fernando Santos

2016 em balanço (10)

 

FRASE DO ANO: "PELO TEU AMOR EU SOU DOENTE"

Alvalade, 2 de Janeiro de 2016. Uma canção diferente irrompe nos microfones do Estádio José Alvalade. Minutos antes do jogo Sporting-FC Porto, todos quantos ali estávamos começámos a trauteá-la, ainda com a letra mal conhecida mas já contagiados pelo efeito mobilizador que dela emanava.

"O mundo sabe que / Pelo teu amor eu sou doente / Farei o meu melhor / Para te ver / Sempre na frente / Irei onde o coração / Me levar e sem receio / Farei o que puder / Pelo meu Sporting."

Era uma versão do célebre tema My Way, popularizado mundialmente na voz de Frank Sinatra, numa adaptação feita por Paul Anka do original francês Comme d' Habitude, de Claude François e Jacques Revaux. Começou a soar na curva sul, onde se concentra a Juventude Leonina, e a partir do jogo inaugural de 2016 tornou-se num novo hino do Sporting Clube de Portugal, gravado por Miguel Pacheco, fervoroso Leão. O nosso Sinatra. The Voice, que já gravara o mega-êxito da JuveLeo Só eu sei (porque não fico em casa).

O Mundo Sabe Que passou desde então a ser cantado a plenos pulmões por todo o estádio. E também pelo treinador: Jorge Jesus, aliás, não esconde o entusiasmo pelo vibrante tema, já comparado à mítica You'll Never Walk Alone, que acompanha os jogos do Liverpool.

Um novo hino que nos deu sorte: logo nessa jornada inaugural de 2016 derrotámos o FC Porto em casa, recuperando a primeira posição no campeonato. E manteremos a confiança de que haveremos de cantá-lo muitas vezes para festejar a conquista de futuros troféus. Não por acaso dizem que o verde é a cor da esperança.

 

Frase do ano em 2013: «O Sporting é nosso outra vez»

Frase do ano em 2014: «Estamos em casa»

Frase do ano em 2015: «Temos de acordar o Leão adormecido»

2016 em balanço (9)

 

GOLO DO ANO

Houve vários, muitos deles memoráveis. Mas talvez nenhum tão emocionante para os adeptos sportinguistas como aquele que Bruno César marcou na baliza de Casilla, na segunda parte do Real Madrid-Sporting. Iam decorridos 48 minutos, desfazia-se o nulo inicial, os sonhos mais remotos prometiam tornar-se realidade.

Não esqueceremos essa data: 14 de Setembro de 2016. Estivemos tão perto da glória e afinal saímos derrotados de Madrid depois de termos vulgarizado a turma comandada por Zidane durante 75 minutos. Fizemos o mais difícil. Mas deixámos fugir a vitória no penúltimo minuto do tempo regulamentar, com um livre marcado por Cristiano Ronaldo (que marcou sem festejar porque mantém o Sporting no coração). Um golo de Morata já no tempo extra transformou o sonho em pesadelo.

Foi um jogo em que Gelson Martins, estreante na Champions, deslumbrou não apenas os sportinguistas mas toda a Europa do futebol. Desmarcou-se, fez tabelinhas, centrou, baralhou a defesa, fez a cabeça em água a Marcelo, passou com medida, assinou algumas das mais vistosas jogadas do desafio. E - muito mais importante - revelou eficácia, ao ajudar a construir o nosso golo.

Um belo lance colectivo iniciado numa excelente recuperação de bola por Adrien e prosseguido por tabelinhas entre Gelson e Bryan Ruiz, sendo concluído da melhor maneira por Bruno César. Com o seu fortíssimo pé esquerdo, o Chuta-Chuta fez jus ao cognome.

Jorge Jesus, com protestos exuberantes e histriónicos, acabou expulso. Diria no fim do jogo que o Sporting não teria perdido com ele no banco - frase deselegante para o seu adjunto, Raul José, e pouco abonatória para o seu próprio desempenho junto à linha. Mas o técnico leonino só poderia queixar-se de si próprio: ao mandar sair os nossos dois melhores jogadores, Gelson e Adrien, fazendo entrar Elias e Markovic, pôs o Sporting a jogar com nove.

E Zidane agradeceu.

 

Golo do ano em 2012: Xandão, contra o Manchester City

 Golo do ano em 2013: Montero, contra a Fiorentina

Golo do ano em 2014: Nani, contra o Maribor

Golo do ano em 2015: Slimani, na final da Taça de Portugal

2016 em balanço (8)

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VITÓRIA DO ANO: FINAL DO CAMPEONATO DA EUROPA

Tínhamos tudo contra nós. Jogávamos em casa da selecção adversária, perante um público maioritariamente hostil e tradicionalmente muito arrogante. Éramos apontados como “patinho feio” em todas as casas de apostas desportivas. Para cúmulo, vimos o nosso melhor jogador – e melhor jogador do mundo – inutilizado a partir do minuto 8 por falta que o árbitro entendeu não assinalar.

Mas soubemos resistir a todas as adversidades. Abdicámos do tradicional futebol-espectáculo que durante décadas nada mais nos trouxe senão umas quantas “vitórias morais” e trouxemos para Portugal o mais cobiçado troféu até hoje conquistado pelo futebol português: o Campeonato da Europa ao nível de selecções seniores, arrebatado na épica final do Parque dos Príncipes, em Paris.

 

Como de costume, não faltaram desde o início os profetas da desgraça ao nível do comentário desportivo, prontos a vaticinar o desaire da equipa das quinas. Um desses comentadores destacou-se mesmo por ir criticando sempre a exibição dos jogadores comandados por Fernando Santos.

”A selecção nacional está transformada no clube do Ronaldo”, começou por dizer (19 de Junho) o tal comentador, corporizando todos os Velhos do Restelo cá do burgo. Uma semana depois (26 de Junho) proclamava com gravidade perante das câmaras da estação televisiva que lhe serve de palco: “Nós ainda não entrámos no campeonato da Europa! Nós ainda não entrámos no campeonato da Europa!» Dias depois (2 de Julho), assinalava: “Nada do que aconteceu neste Campeonato da Europa deve ser considerado um êxito, bem pelo contrário.” A uma semana do jogo decisivo (3 de Julho), não encontrou nada melhor para dizer senão isto: “Eu só dou grande mérito a Portugal quando ganhar a final.” Ainda antes da final (6 de Julho), torcia pelos nossos adversários: “A França é uma equipa que me encanta.» No fim de tudo (11 de Julho), lá teve de meter a viola no saco, mas resmungando ainda: “A selecção nacional, na final, foi melhor sem Ronaldo do que com Ronaldo.”

 

Indiferente a esta e muitas outras aves agoirentas, a selecção trilhou a sua rota ascendente, passo a passo, com persistência, sem nunca perder: 1-1 com a Islândia, 0-0 com a Áustria, 3-3 com a Hungria, 1-0 com a Croácia, 1-1 com a Polónia (vitória no desempate por penáltis), 2-0 com o País de Gales e 1-0 na final de 10 de Julho frente à anfitriã, França.

Cristiano Ronaldo (3), Nani (3), Renato Sanches, Quaresma e Éder marcaram os golos portugueses. Rui Patrício foi designado melhor guarda-redes deste torneio que nos encheu de orgulho e júbilo.

E por que motivo o Euro 2016 figura aqui? Porque nos 23 seleccionados de Fernando Santos havia quatro jogadores do Sporting (todos titulares) e dez formados na nossa Academia.

Motivos redobrados para festejarmos o maior título de sempre do futebol português.

 

Vitória do ano em 2012: meia-final da Liga Europa (19 de Abril)

Vitória do ano em 2013: 5-1 ao Arouca (18 de Agosto)

Vitória do ano em 2014: eliminação do FCP da Taça no Dragão (18 de Outubro)

Vitória do ano em 2015: conquista da Taça de Portugal (31 de Maio)

2016 em balanço (7)

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DERROTA DO ANO: 0-1 CONTRA O BENFICA

Há jogos assim, em que tudo parece fadado para correr mal em termos de resultados. Mesmo correndo bem em termos de exibição. Sucedeu com o Sporting a 5 de Março, quando recebeu o Benfica em Alvalade. Foi um desafio decisivo para a atribuição do título de campeão nacional.

Se a vitória sorrisse ao Sporting, que liderava o campeonato pela margem mínima, dificilmente a conquista da Liga 2016/17 fugiria à nossa equipa, que passaria a depender apenas de si própria. Se fosse o Benfica a vencer, ascenderia à liderança e teria de ser desalojado.

Houve excesso de triunfalismo por parte dos sportinguistas, que receberam em euforia o autocarro transportando os jogadores, celebrados como quase conquistadores do campeonato. Perdeu-se de vista uma regra de ouro das competições: nunca se deve participar com a certeza antecipada da vitória. Este excesso de confiança costuma ser mau conselheiro.

E assim foi. O Sporting, que tinha derrotado o Benfica em três ocasiões nessa mesma época (vitória da Supertaça a 9 de Agosto, vitória por 3-0 na Luz a 25 de Outubro para o campeonato e triunfo na Taça de Portugal a 21 de Novembro), soçobrou naquele que parecia ser o desafio mais acessível, disputado em sua casa, na segunda volta da Liga, perante 49.699 espectadores (recorde de assistência à época). Com o Benfica remetido à defesa durante quase todo o encontro, Jefferson a rematar com estrondo à barra e Bryan Ruiz a falhar duas soberanas ocasiões de golo que teriam ditado uma sorte muito diferente ao desafio – e à própria marcha do campeonato.

Havia ainda bastantes jogos. Mas muitos de nós tivemos a convicção de que aquela derrota em Alvalade traçava uma espécie de linha de fronteira. Que transformava o título há tanto tempo sonhado numa hipótese remota, na medida em que deixávamos de depender apenas de nós próprios e ficávamos a partir daí à mercê de um putativo tropeção do nosso rival mais directo.

Que nunca aconteceu, como sabemos.

 

 

Derrota do ano em 2012: final da Taça de Portugal (20 de Maio)

Derrota do ano em 2013: 0-1 em casa contra o Paços de Ferreira (5 de Janeiro)

Derrota do ano em 2014: 3-4 contra o Schalke 04 em Gelsenkirchen (21 de Outubro)

Derrota do ano em 2015: 1-3 contra o CSKA em Moscovo (26 de Agosto)

2016 em balanço (6)

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DESPEDIDA DO ANO: SLIMANI

Muitos sportinguistas nem queriam acreditar: pressentiam, e com aparente razão, que com ele fora de Alvalade as nossas possibilidades de conquistar o campeonato nacional diminuíam. Mas esse dia triste chegou, a 28 de Agosto, quando o ponta-de-lança argelino se despediu do nosso estádio e do nosso clube lavado em lágrimas, sob uma impressionante ovação dos adeptos.

Alguns imbecis especulavam antes deste desafio sobre o ânimo de Islam Slimani, considerando que já estaria com a cabeça noutro local, e que certamente iria "poupar-se" para preservar eventuais lesões. Enganaram-se redondamente: ele foi a figura do jogo, batendo-se com bravura, como se aquele não fosse o último mas o seu primeiro dia a actuar de Leão ao peito.

Despediu-se como merecia: num jogo grande, com uma vitória. Foi na terceira jornada desta Liga 2016/17, no primeiro clássico da temporada: foi dele o golo inaugural da vitória leonina frente ao FC Porto, que nos colocava na liderança do campeonato. Rumou então ao Leicester, campeão de Inglaterra, onde já marcou seis golos – um na Premier League, outro na Liga dos Campeões.

Deixou muitos adeptos inconformados com esta saída, apesar de ter sido a segunda mais lucrativa de sempre na história do Sporting: a transferência do internacional argelino, de 28 anos, para o mais disputado campeonato mundial rendeu 30 milhões de euros. Mais lucrativa só a saída de João Mário para o Inter, dias antes, por 40 milhões – outra despedida que todos lamentámos também.

Slimani tem manifestado desde então, nas redes sociais, o seu incondicional carinho pelo clube que adquiriu o seu passe em Agosto de 2013, por irrisórios 300 mil euros, e no qual viu o seu valor contratual multiplicar-se por cem. Em Alvalade, cresceu e multiplicou o talento, bem ilustrado em golos: marcou 57 em três épocas, 31 dos quais na fabulosa temporada 2015/16, sob o comando de Jorge Jesus, sagrando-se melhor marcador sub-30 da Liga. Foi ainda ele a marcar o golo que iniciou a nossa reviravolta na trepidante final da Taça de Portugal em 2015.

Como não ter saudades de um jogador assim?

 

Despedida do ano em 2012: Polga

Despedida do ano em 2013: Wolfswinkel

Despedida do ano em 2014: Leonardo Jardim

Despedida do ano em 2015: Marco Silva 

2016 em balanço (5)

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 DECEPÇÃO DO ANO: ELIAS

Nunca devemos voltar aos locais onde já fomos felizes, diz quem sabe. Por maioria de razão, devemos evitar o regresso aos locais onde fomos infelizes. Nada garante que aquilo que à primeira não funcionou bem passe a funcionar melhor quando se dispõe de uma segunda oportunidade.

O brasileiro Elias Mendes Trindade, paulista de 31 anos, dispôs dela. E acabou por regressar a Alvalade três anos depois da abortada tentativa de conquistar um troféu ao serviço do Sporting – com tanto mais responsabilidade quanto era sabido que tinha sido o jogador mais caro da história leonina, custando cerca de 8,8 milhões de euros aos nossos cofres.

Os adeptos torceram o nariz. Para quê trazer de volta este médio que ficou ligado ao humilhante sétimo lugar de 2012/13 – a pior classificação de sempre do clube onde noutros tempos brilharam brasileiros como Géo, Osvaldo Silva, André Cruz, Jardel e Liedson?

Fui dos mais cépticos, confesso. Nem lhe concedi o benefício da dúvida. “Dizem que um tal Elias está em Lisboa para ‘substituir Adrien’. Só pode ser anedota de mau gosto. Na melhor das hipóteses, vem reforçar a equipa B”, escrevi aqui a 31 de Agosto, mal foi conhecida a notícia do seu regresso. Bem recordado da entrevista que o jogador deu há quatro anos em que confessava sentir-se “infeliz no Sporting”.

Gostaria de ter-me enganado. Infelizmente, não foi o caso. O Elias que voltou era demasiado semelhante ao Elias que partira: incapaz de acertar as marcações, falhando passes, rematando para trás, soltando a bola como se lhe queimasse os pés.

Em boa verdade, talvez não devesse ser decepção. Porque nunca foi ilusão. Quem disse que a história não se repete?

 

Decepção do ano em 2012: Elias

Decepção do ano em 2013: Bruma

Decepção do ano em 2014: Eric Dier

Decepção do ano em 2015: Carrillo 

2016 em balanço (4)

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CONFIRMAÇÃO DO ANO: GELSON MARTINS

A aposta que Jorge Jesus nele fez em 2015 teve plena tradução prática ao longo do ano que agora terminou. Gelson Dany Batalha Martins, hoje com 21 anos, é um dos valores mais seguros do Sporting, como ficou amplamente demonstrado em 2016. Ganhou a titularidade no campeonato, como médio ofensivo actuando na ala direita, e deslumbrou os adeptos leoninos com os desequilíbrios que foi capaz de criar, flectindo da linha para o eixo do ataque.

Em nenhum desafio isso foi tão evidente como na eliminatória no Santiago Bernabéu frente ao Real Madrid, para a Liga dos Campeões. O menino nascido na Cidade da Praia, em Cabo Verde, deu espectáculo num dos mais temíveis palcos futebolísticos do mundo, a 14 de Setembro: desmarcou-se, fez tabelinhas, centrou, baralhou a defesa madridista e quebrou os rins ao brasileiro Marcelo, seu antagonista mais directo. Uma exibição culminada na assistência para o golo de Bruno César, que pôs o Sporting a vencer até cinco minutos antes de soar o apito final.

No dia seguinte, o cronista do influente El País, chamava “filão” ao jovem Gelson, formado na Academia de Alcochete. Olheiros dos principais emblemas europeus passaram a estar desde aí com particular atenção ao desempenho do luso-caboverdiano. Por coincidência ou talvez não, duas semanas depois, Fernando Santos chamou-o pela primeira vez aos trabalhos da selecção nacional. A estreia ocorreu a 7 de Outubro, num desafio contra Andorra.

Seguro por uma cláusula de 60 milhões de euros, Gelson Martins vai certamente continuar a passear a sua classe pelos estádios portugueses até ao fim da presente temporada. Já com dois golos e sete assistências contabilizados na Liga 2016/17. Não custa vaticinar que o aguardam voos cada vez mais elevados no mundo do futebol. Saiba ele ter a lucidez para perceber que não deve queimar etapas: na inevitável ascensão à glória, cada passo deve ser dado de sua vez.

 

Confirmação do ano em 2012: André Martins

Confirmação do ano em 2013: Adrien

Confirmação do ano em 2014: João Mário

Confirmação do ano em 2015: Paulo Oliveira

2016 em balanço (3)

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PROMESSA DO ANO: FRANCISCO GERALDES

Por estes dias, tem circulado uma notícia que enche os sportinguistas de satisfação: Francisco Geraldes pode regressar a Alvalade. É um dos jovens mais promissores do campeonato nacional de futebol, tendo-se destacado mais recentemente com a camisola do Moreirense, onde actua por empréstimo do Sporting.

Chegou de facto a hora de Francisco Oliveira Geraldes provar o que vale no clube que o viu nascer para o futebol e ao qual está vinculado há sete épocas. Médio criativo, com forte capacidade de desequilíbrio, excelente leitura de jogo e uma maturidade competitiva superior aos seus 21 anos de idade, este jovem natural de Lisboa tem arrancado justos elogios à imprensa desportiva: são frequentes as menções ao seu nome, como melhor em campo, nas actuações ao serviço da turma de Moreira de Cónegos.

Já nas duas temporadas anteriores assim foi: deu nas vistas como profissional do Sporting B, onde se revelou um dos elementos mais dinâmicos, que faz da velocidade um argumento em campo e é capaz de cruzamentos milimétricos quando se movimenta junto à linha, o que sucede com alguma frequência. Em 2014/15 e 2015/16 cumpriu 62 jogos pela segunda equipa leonina, tendo marcado 11 golos.

Jorge Jesus, ao que parece, não tarda a chamá-lo à equipa principal. Faz bem: Francisco Geraldes merece. Não custa muito vaticinar que daqui a uns anos poderá ser referenciado como um valor seguro não apenas do Sporting mas da própria selecção nacional. Como antes dele foram um Quaresma, um Moutinho ou um Nani.

Assim tenha a sorte do seu lado. Assim tenha as oportunidades que merece.

 

Promessa do ano em 2012: Eric Dier

Promessa do ano em 2013: William Carvalho

Promessa do ano em 2014: Carlos Mané

Promessa do ano em 2015: Gelson Martins

 

2016 em balanço (2)

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TREINADOR DO ANO: FERNANDO SANTOS

Tem sido justamente reconhecido e premiado a nível internacional neste final de ano. É caso para isso: Fernando Santos conduziu a selecção nacional de futebol sénior à maior conquista da sua história, sagrando-se campeã da Europa. Um exemplo do que Portugal devia fazer noutros sectores mas que apenas alcança no desporto.

Santos foi o grande obreiro deste triunfo. Mais do que ninguém, ele acreditou sempre. Num país em que o derrotismo é moeda corrente e onde nenhum profeta da desgraça está desempregado, o mais célebre engenheiro do futebol português ministrou sucessivas injecções de optimismo nos adeptos nacionais, transmitindo-lhes toda a confiança do mundo. Uma atitude que ficou bem expressa nestas suas palavras, proferidas a 19 de Junho: “Já avisei a família que só volto no dia 11 [de Julho] e vou ser recebido em festa.”

Gozaram com ele, dedicaram-lhe piadas e anedotas, mas no fim quem mais sorriu foi Fernando Santos. Portugal conquistou um título que desde sempre ambicionava (e que lhe fugira em casa, 12 anos antes, na frustrante final frente à Grécia) e alcançou tal proeza com brilho, derrotando na final a própria selecção anfritrã da prova – a arrogante França, de Lloris, Griezmann, Payet e Dogba. A França que já nos afastara das meias-finais dos Europeus de 1984 e 2000. A França contra quem praticamente ninguém ousava apostar.

Mesmo com Cristiano Ronaldo lesionado logo aos 8’, por falta que o árbitro não sancionou, a selecção das quinas nunca baixou os braços no jogo decisivo. O nosso esquema táctico funcionou na perfeição. Rui Patrício brilhou entre os postes. E já no prolongamento a sorte sorriu-nos com aquele remate à meia-volta de um Éder que se estreou como vilão e terminou como herói no Euro-2016.

Nunca esqueceremos esta façanha – uma das maiores de sempre do futebol português. Sobretudo nós, sportinguistas, que tínhamos quatro jogadores no onze titular da selecção: Adrien, João Mário, Rui Patrício e William Carvalho. E outros seis seleccionados oriundos da formação leonina: Cédric, João Moutinho, José Fonte, Nani, Quaresma e Ronaldo – o melhor jogador do mundo.

O Sporting é uma fábrica de talentos. Como Fernando Santos se encarregou de evidenciar neste Europeu do nosso contentamento.

 

Treinador do ano em 2012: Domingos Paciência

Treinador do ano em 2013: Leonardo Jardim

Treinador do ano em 2014: Marco Silva

Treinador do ano em 2015: Jorge Jesus

2016 em balanço (1)

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JOGADOR DO ANO: ADRIEN

Entre os obreiros do futebol-espectáculo proporcionado pelo Sporting em 2016, Adrien Silva figura em natural destaque. Desde logo por ser capitão de equipa - e não se limita a usar a braçadeira, pois assume-se como o maestro do onze leonino no eixo do terreno. Depois por nascer nos pés dele grande parte das nossas jogadas de ataque - sempre com a bola bem controlada, constante abertura de linhas de passe e uma superior visão do jogo. Adrien é um jogador cheio de intensidade e fulgor, ao nível dos melhores médios de sempre na história do Sporting Clube de Portugal. E no ano que agora acaba revelou maior destreza técnica que nunca, fruto já do seu trabalho com Jorge Jesus.

Idolatrado em Alvalade, invejado pelos emblemas rivais, o n.º 23 deu um enorme desgosto aos adeptos no final de Agosto, ao anunciar que trocaria o Sporting por uma equipa estrangeira (supostamente o Leicester). Mas acabou por dar o dito por não dito, permanecendo no seu clube do coração e procurando assim mais uma hipótese de se sagrar campeão nacional.

O título de campeão europeu já é dele: a 10 de Julho, na emocionante final de Paris frente à França, Portugal arrebatou o eurocampeonato à turma da casa - consumando assim a maior proeza de sempre do futebol pátrio.

Quem viu, não esquece. Quem não viu, que visse. Todo o país desportivo rendido à virtuosa magia da equipa das quinas, capitaneada pelo nosso Adrien. Ídolo do Sporting, elogiado até por adeptos de clubes rivais e reconhecido em toda a Europa do futebol.

 

 Jogador do ano em 2012:  Rui Patrício

Jogador do ano em 2013: Montero

Jogador do ano em 2014: Nani

Jogador do ano em 2015: Slimani

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