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És a nossa Fé!

Depois de apitar o Sporting é tempo de pôr as pantufas

É assim que o apitador João Pinheiro parece encarar o problema, ele aparecer como árbitro ou como VAR em jogos do Sporting é sinónimo de penáltis e expulsões, levado ao colo pela APAF e sempre disposto a disparar primeiro e pensar depois quando o Sporting está envolvido.

Depois, quando confrontado com mais uma actuação lamentável com influência no resultado, mete as pantufas e vai passear o cão para o quintal.

A falta de vergonha desta gente não tem limites.

Mas é só o Pinheiro? Que dizer da dupla Narciso / Nobre, um VAR que se está a lixar para um árbitro que não quer saber do que lhe diz e tem a mania que é o melhor do mundo? Manda-o apitar sozinho, e mais uma vez quem se lixa é o Sporting.

Dizem alguns, nostálgicos daquele que berrava muito só pelo prazer de se ouvir, e que andou a promover o lampião Proença para presidente da Liga, que logo deveria o presidente vir a terreiro denunciar o roubo de Vila do Conde.

Para quê exactamente? Ficou à vista de todos, bem documentado na comunicação social. Dizer o quê?

Se o protesto (que já existiu antes dirigido ao próprio Pinheiro e incluindo uma crítica construtiva ao funcionamento do VAR e aos problemas derivados de árbitros em actividade andarem a fazer de VAR de colegas com os quais competem pelas notas e promoções) servisse para afastar de vez uma geração corrompida pelas máfias do Pinto da Costa e do Vieira, apostar nos mais novos e trazer árbitros estrangeiros para apitar na Liga portuguesa valia a pena.

Assim, mais vale estar calado.

SL

Nós, há dez anos

 

Adelino Cunha«É difícil chamar incompetente a Pedro Proença quando Pedro Proença é considerado lá fora um dos melhores árbitros europeus. Mas a verdade é que Pedro Proença é mesmo incompetente. É incompetente pelos erros sistemáticos que comete em Portugal. É incompetente acima de tudo pela perspectiva tacanha que tem do futebol em Portugal quando protege árbitros realmente medíocres como Duarte Gomes. Era mais ou menos aqui que queria chegar: Pedro Proença é um dos melhores árbitros europeus e um dos piores portugueses. O problema nem sequer é dele: é de todos os árbitros. Estas pessoas seriam socialmente irrelevantes se não fossem árbitros. A arbitragem é a sua forma de distinção social. É assim que sobem na cadeia alimentar. É pela arbitragem que se destacam entre os vizinhos, os amigos e o país em geral. Os árbitros erram porque utilizam a arbitragem para se promoverem na sociedade, para se distinguirem, para se colocarem ao lado (e acima) daqueles que realmente contam: os jogadores.»

 

João Paulo Palha: «Ando eu, há tanto tempo, à procura, já cansativamente extenuado, de palavras que exprimam, de forma energicamente vigorosa, os muitos vícios de que me queixo, amargamente acerbo, na organização, práticas e tiques do futebol português e deparo-me, assim de repente, com esta fórmula brilhantemente luminosa, de valor inapreciavelmente incalculável, ricamente preciosa. Prejudicialmente nocivo é genial, vai, sem dúvida, constituir-se num bordão linguístico inestimável dos meus piores juízos e dos meus vaticínios mais pessimistas. Ao eloquentemente facundo criador deste encanto, um sincero bem-haja.»

 

Eu: «Depois das duríssimas declarações de Pinto da Costa visando o árbitro Soares Dias que na prática passou a ser vetado em qualquer jogo disputado pelo FCP, fico à espera de uma greve de protesto desencadeada pelos homens do apito, semelhante à que - por muito menos - já fizeram contra o Sporting. Mas, claro, vou esperar sentado.»

A vitória que eu mereci!

Hoje foi um dia especial já que o mais velho leão da família fez a bonita idade de 91 anos. Por isso e por muitas outras coisas levantei-me às seis da manhã para ir ao pão lá na bela aldeia beirã para onde havia partido na passada quarta-feira perdendo com isso o jogo com o Atalanta.

Tomei o pequeno-almoço, para logo a seguir carregar a carrinha para regressar ainda hoje à capital.

Seriam aproximadamente 10 da manhã quando entrei na A23 no sentido Norte-Sul.

A primeira paragem foi mais ou menos a meio caminho numa outra aldeia encravada no sopé da Serra dos Candeeiros. Aqui encontrei os meus idosos antecessores e pude com alegria felicitar o meu pai por mais um ano de vida. Então este que em termos de saúde não tem sido perfeito.

Descarreguei toda a tralha da carrinha para correr ao barracão carregá-la de sacos de azeitona apanhada pelo meu pai durante a última semana. De seguida eis-me a caminho do lagar para aí deixar os viúvos bagos. Porém havia fila e aguardei perto de uma hora até ser atendido. Azeitona no pio, limpa e pesada parto para o restaurante para almoçar. Quando cheguei já os meus pais tinham chegado.

O repasto correu bem, já que se comeu maravilhosamente bem! Como é apanágio daquele local.

Conta paga e com o calor tórrido a abrasar os corpos, tive de voltar ao lagar para deixar o vasilhame para o azeite que sairá dos 484 quilos de azeitona que lá ficaram para moer. Chego a casa dos meus velhotes, volto a carregar a carrinha com a mercadoria que trouxe da Beira Baixa, comi à pressa uma fatia de bolo e rapidamente regresso à auto-estrada, desta vez à A1 no sentido de Lisboa.

Muito trânsito àquela hora, o que me obrigou a andar sempre devagar.

Chego a casa... finalmente, descarrego a carrinha e quando estou a fechá-la vejo o meu filho vestido e pronto para ir “à bola”. Apressei-me ainda mais. Visto uma camisola verde, muno-me do amigo e inseparável cachecol e parto para Alvalade onde finalmente penso ver um bom jogo e quiçá repousar deste furacão em forma de dia!

Pois, mas um qualquer salsicheiro, talvez a pedido ou apenas incompetente, armou-se em poeta e ia-me estragando o resto das horas. Para tudo acabar bem.

Esta noite, naquele estádio, se havia alguém que merecia ver uma vitória do Sporting, esse alguém seria certamente eu!

E o meu pai que nem imagino o que terá sofrido a escutar o relato!

Rugby exemplar

Por mim, Luís Godinho ia já passar uma temporada num centro de treinos de rugby. Primeiro como jogador, e isto na esperança de que levando como umas frutas passasse, finalmente, a saber como elas moem e doem nos jogadores de verdade - aqueles que não são dados ao teatro barato. Logo a seguir, e por um imenso rol de razões (as mais recentes dadas no último sábado em Faro), porque era imperioso que aprendesse como se ganham as insígnias de juiz do World Rugby para saber dar-se ao respeito como árbitro de futebol. 

Assistir ao campeonato do mundo de rugby tem sido um bálsamo. Seja ao nível da seriedade dos jogadores e das equipas, juntos cultores da entreajuda, valentia, galhardia em campo; seja-o no que diz respeito às arbitragens.

No futebol muito há a aprender com a entrega dos jogadores de rugby e, mais do que isso, com a honestidade daqueles que compõem a equipa de 15: levam efectivamente pancada e não rebolam, não procuram sangue na orelha, na testa, na bochecha, como fazem os mariolas da bola que logo se contorcem no relvado como se acometidos por uma cólica renal aguda de cada vez que levam um encosto, um ligeiríssimo raspão na pele.

No segundo capítulo deste comparativo, o da arbitragem, a diferença da prática do apito entre as duas modalidades é abissal.

No rugby ouvimos o árbitro, cordial, a explicar aos jogadores (e a todos nós) as decisões que toma, as mesmas sentenças que partilha com o vídeo-árbitro que avalia o lance à vista de todos, no estádio e em casa, explicando alto e bom som para ouvirmos o que decide. E, finalmente, vemos os jogadores a acatarem a deliberação sem protesto. De resto quando o fazem a equipa adversária avança 10 metros no campo, o que para um jogo que passa pela conquista de terreno diz tudo da importância de respeitar as leis do jogo.

Fã e adepto fervoroso das nossas equipas todas, a começar pela equipa principal de futebol, não tenho dúvida que o denominado desporto-rei tem muito, mesmo muito, a aprender com o rugby que, julgo, através do que aqui enunciei, destrona o futebol na justiça e verdade desportivas, o que também o torna muitas vezes mais apaixonante.

All garves

Creio que o jogo é marcado pela excelente disponibilidade física dos 10 do Farense. Aguentaram os quase cem minutos com uma energia tal que até parecia que podiam começar outro jogo logo a seguir. Parabéns! Quem me dera ter aquele potência quando corro na passadeira...

O Sporting continua a jogar de forma enervante (para o adepto). Devagarito a sair, alas a tentar acelerar, muita movimentação na área, pouca eficiência. O primeiro golo é um brinde do defesa do Farense, o segundo inventado por Pote e o terceiro sacado por Edwards. 

Tenro como um pastel, Huljamand não é Palhinha, ainda se está a adaptar ao nosso futebol, creio que não será o patrão que todas as equipas grandes portugueses necessitam. Educado e correto, Morita sozinho, também não chega. Bragança é de um tempo de outro futebol. 

Sobre o refilanço dos rivais. Quem com ferros coiso, com ferros coiso. O ambiente geral do futebol português, em que qualquer falta (repito, qualquer falta) é refilável para sacar amarelo ao adversário e qualquer lance (repito, qualquer lance) na grande área é refilável para sacar penalti, dão nisto. A competitividade está transformada num ódio que as bancadas fazem crescer para os jogadores e vice-versa. Pela televisão, quantas vezes não vimos os bravos e inesgotáveis jogadores do Farense com cara de quem disputa uma guerra?

Certos rivais, que gostam e adubam estes contextos, não gostam que de ser só eles a beneficiar do ambiente de guerrilha, de um futebol que mais parece estar a ser jogado no pátio de uma cadeia como nos filmes. 

De uma vez por todas, creio que devemos uma palavra aos árbitros e aos VAR. Ninguém consegue ser competente quando os 22 em campo se esforçam no sentido de enganar os árbitros e subjugar os adversários com todo o tipo de estratagemas, simulando quedas e agressões em qualquer lance de contacto. 

Il Capo

Diz Pedro Proença: "Não é ao acaso que digo que temos o melhor jogador do mundo, o melhor agente e, com toda a convicção, os melhores árbitros do mundo".

Assim sendo também "não é ao acaso" e é "com toda a convicção" que percebemos o recado: o Sporting bem pode pôr a viola no saco e é uma questão de tempo até que Gyökeres leve um vermelho.

Ainda há dúvidas?

Até ao fim

lendo a imprensa da especialidade, o Casa Pia arrasou o Sporting, numa superioridade só anteriormente vista quando o Barça de Guardiola espezinhou o Inter de Mourinho. 

Não fosse a bota branca de Paulinho e teríamos perdido por tantos que Varandas, Ruben e Viana estariam neste momentos a viver na rua, humilhados e sem nada. 

Ah e tal, mas o golo mal validado ao Paulinho foi aos três ou quatro minutos de jogo, estava zero a zero e faltavam uns bons 95 minutos, descontos incluídos. Quem sabe o Sporting pudesse ter hipóteses de ganhar... Seria complicado, mas quem sabe...?

Não interessa! O Sporting só ganhou por causa daquele golo validado por menos de um palmo quando faltavam mais de 90 minutos para jogar!

Toda a gente sabe que se o VAR tivesse varado como deve ser, o Sporting teria perdido por tantos com o Casa Pia, que os regulamentos seriam alterados nessa semana e perderia também os três pontos que ganhou ao Vizela na jornada precedente. 

Só os mal intencionados não veem que se houvesse justiça no mundo e no futebol português, o Sporting teria neste momento zero pontos.  

Árbitros: estes são os piores

João Pinheiro, Soares Dias, Luís Godinho

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Perguntei há dias aos leitores quais seriam os árbitros que mereciam ser riscados mais rapidamente da lista de apitadores no futebol nacional.

Houve muitas respostas, várias delas com adjectivos nada abonatórios para os visados, como se compreende. 

Do que me foi chegando, resultou a lista que se segue, devidamente pontuada.

Concordam? Discordam?

Quem quiser, pode comentar à vontade.

 

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João Pinheiro 16

Artur Soares Dias 13

Luís Godinho 8

Rui Costa * 8

Tiago Martins 4

Hélder Malheiro 2

Cláudio Pereira 2

Fábio Veríssimo 1

Vítor Ferreira * 1

 

* Rui Costa terminou carreira (demasiado tarde) e Vítor Ferreira foi entretanto despromovido.

Duas UEFA's?

 

Reproduzo aqui a capa dos desportivos espanhóis "AS", "Marca", "Sport", "Mundo Deportivo" de hoje, com os de Madrid mais incisivos e os de Barcelona mais focados na defesa do "seu" clube.

O que é certo é que em todos o presidente da UEFA é claro, para o organismo que manda na bola na Europa, não há prescrições.

Que conste, não foi feita qualquer queixa à UEFA por parte de nenhum clube espanhol adversário do Barcelona.

Não pode Ceferin dar um pulo aqui ao rectangulozinho, ou fica muito fora de mão? A malta agradecia encarecidamente.

Como será a partir de agora?

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Stephanie Frappart, Yamashita Yoshimi e Salima Mukansanga fazem história neste Mundial

 

Havendo agora mulheres de apito na boca, neste Mundial de Futebol, não custa vaticinar que aparecerão cada vez mais nos relvados, incluindo em jogos dos campeonatos nacionais. Portugal não será excepção.

Nada tenho a objectar: são sinais dos tempos. Só me questiono como falarão e escreverão, a partir de agora, alguns que passam o tempo a injuriar os árbitros. Farão o mesmo com as árbitras?

Do excelente ao péssimo

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Os jogadores portugueses estão cada vez mais bem cotados no mercado futebolístico internacional. Para um país da dimensão do nosso, é um bem inestimável. E uma publicidade permanente a Portugal em qualquer recanto do planeta.

Os treinadores portugueses também nunca foram tão apreciados além-fronteiras como agora. Até no Brasil, que durante décadas alimentou fobias e preconceitos em relação aos nossos técnicos e ao nosso futebol. Esse tempo terminou. Temos hoje compatriotas a orientar clubes nas principais Ligas europeias e até nos mais destacados emblemas brasileiros.

O próprio dirigismo clubístico melhorou um pouco, em termos gerais. Sobretudo se o compararmos com as décadas de 80, 90 e a primeira do século XXI. Não temos Pimentas nem Valentins nem Fiúzas nem outros que tais.

 

Na arbitragem, pelo contrário, tem-se andado para trás. Apesar de nunca ter havido tanto investimento em formação, em condições de trabalho, em financiamento de todo o género, em acções de esclarecimento e reciclagem de conhecimentos, em intercâmbio com organismos internacionais.

É lamentável. E com efeitos óbvios nesta segunda ausência de árbitros portugueses do palco de um Mundial.

O último foi Pedro Proença, em 2014.

 

Antes tivemos Joaquim Campos (1958 e 1966), Saldanha Ribeiro (1970), António Garrido (1978 e 1982), Carlos Valente (1986 e 1990), Vítor Pereira (1998 e 2002) e Olegário Benquerença (2010).

Ou seja: desde a década de 50 (1950 e 1954) que não estávamos há dois Mundiais seguidos sem um representante da arbitragem portuguesa.

Coincidência? Nem pensar.

É incompetência mesmo.

A APAF

Há no futebol luso uma Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol, mais conhecida como APAF. Esta entidade tem por obrigação essencial “promover e defender os árbitros portugueses, como refere no primeiro dos seus sete pontos dos estatutos.

Sempre pensei que este tipo de agremiação, quase sindical, teria algum cuidado e atenção para com os seus associados quando muitos deles são ampla e publicamente acusados de não serem isentos.

A verdade é que nenhum dos actuais árbitros intervenientes no nosso futebol de 11 foi convocado para o próximo Mundial que se realizará no fim deste ano no Catar.

Pior que esta já normal e esperada ausência da fase final do Mundial, é a APAF não vir publicamente dizer alguma coisa, pedir explicações e acima de tudo provar que defende os seus associados.

Sintomático de que as entidades europeias de superintendem o futebol percebem que em Portugal os árbitros não são juízes competentes, mas tão-somente meros monges ao serviço de um qualquer Papa futebolístico!

Nota de rodapé: tivesse o Sporting vetado um árbitro para uma qualquer partida, como fez noutros tempos, e provavelmente a APAF já saberia dizer alguma coisa!

Competente incompetência!

Um amigo adepto portista escreveu hoje numa rede social “… Sérgio Conceição é o treinador português mais competente do nosso campeonato…”

Estive assim (juntem o indicador e o polegar!!!) de dar uma resposta a preceito. Mas depois pensei que o melhor seria ele manter-se longe da verdade pois provavelmente lidaria mal com esta.

Mas a ideia pespegada sem dó nem piedade fez o seu buraco na minhas meninges, qual verruma, e assim deu-me para escrever sobre o treinador do Porto e respectivas competências.

Dito assim de uma maneira mais simplista acrescento que a competência de SC está na razão inversa dos árbitros lusos. Por outras palavras, se não fosse a incompetência destes provavelmente o FCPorto estaria com menos alguns pontos no seu bornal. E Sérgio sem grande margem para sorrir nem para ser elogiado!

Todos os fins de semana há casos nos jogos do Porto. Todos! E normalmente decididos a favor do líder da classificação. Cartões icterícios ou rubros por mostrar, faltas duras por assinalar e a cereja no topo do bolo, faltas cometidas pelos próprios jogadores portistas, mas atribuídas aos adversários.

Todavia não quero com isto dizer que todos os nossos árbitros sejam assim tão incompetentes. Bem pelo contrário… Considero que a arbitragem portuguesa é deveras competente (quiçá demais)… na sua incompetência.

Ou será que não é incompetência?

O clássico assassinado

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O jogo Paços de Ferreira-Braga contou com um ingrediente inédito: foi arbitrado por um francês, no âmbito de um protocolo estabelecido entre a Federação Portuguesa de Futebol e a sua congénere gaulesa.

Willy Delajod: assim se chama o chefe da equipa de arbitragem desse desafio, que terminou empatado a zero.

Ao abrigo do mesmo protocolo, a FPF enviou para França o árbitro Luís Godinho. Que apitou o Bordéus-Lens (1-2), com videoarbitragem de Bruno Esteves. Um desafio que terminou envolto em polémica: os adeptos da equipa visitada acusam Godinho de ter inventado o penálti que permitiu a vitória dos visitantes.

É absolutamente incompreensível a escolha do juiz francês para o irrelevante jogo em Paços de Ferreira na mesma jornada em que se disputou o primeiro dos seis clássicos da Liga 2021/2022. Com miserável arbitragem de Nuno Almeida, um apitador que já devia estar reformado pois atingiu a data limite para o exercício da actividade na temporada anterior mas acabou repescado para esta época.

A pergunta tem de ser feita: por que motivo não foi escolhido o árbitro francês para apitar o Sporting-FC Porto?

 

O senhor Almeida, "coadjuvado" pelo inefável João Pinheiro na vídeo-arbitragem, assassinou o clássico desde o apito inicial. Com três cartões exibidos em menos de quatro minutos e 40 faltas assinaladas ao longo de toda a partida. Em total antítese com os critérios adoptados no recente Campeonato da Europa e contrariando as próprias recomendações dos responsáveis da arbitragem portuguesa, aconselhando menos interrupções de jogo no nosso campeonato, o oitavo com mais faltas em 35 Ligas europeias.

Como assinalava ontem Daniel Sá no Record, «raramente conseguimos assistir a mais de um minuto de futebol contínuo» neste primeiro clássico da temporada. O que só acelera o desinteresse das novas gerações pela modalidade: em vez de um jogo, há meio-jogo.

«Os 90 minutos de futebol de 40 faltas serão cada vez menos apelativos para o público em geral», acentuando a tendência para só ver resumos em vez da transmissões integrais das partidas. Com a queda de receitas daí decorrente.

 

Árbitros como Nuno Almeida conseguem o inimaginável noutras épocas, não muito recuadas: hoje o tempo de jogo médio na Liga portuguesa resume-se a 49 minutos. Com mais um terço de faltas do que na Premier League. 

Temos o pior campeonato em tempo útil, faltas, paragens - e golos. E um lamentável recorde: ninguém apita mais faltas na Europa do que o nosso conhecido Fábio Veríssimo.

Puseram o senhor francês a apitar o Paços de Ferreira-Braga para quê?

Isto está tudo ligado

O Pedro Oliveira aqui em baixo já fala e bem sobre o fim da quaresma e do jejum motivado pela Covid e do recomeço das homilias com coro e música de órgão e ainda só vamos na quinta jornada.

Mas explicando o título acima, vocemessês lembrar-se-ão do Bobi, ou do Tareco, já não sei bem qual deles era ele ou seria os dois, sei lá, mas o Teles, Reinaldo de seu nome, começou na secção de boxe. Alguma coisa haveria de restar do legado do gão ou do cato (uma mistura de gato com cão ou vice-versa), que se perpetuaria pelo "bicho" e pelo insofismável Paulinho que para disfarçar tinha como apelido Santos.

Ontem sete gajos, a saber: O Ferrari vermelho e sus dos muchachos, o quarto árbitro e o VAR e seu ajudante, o AVARiado, não viram uma agressão do tamanho da Torre dos Clérigos de Coates a Pepe, que numa clara tentativa de ludibriar estas sete alimárias, amandou suas enormes queixadas contra o punho de Pepe que coitado, não conseguiu evitar o contacto. Felizmente o douto juíz da partida estava atento, a mais os seus seis auxiliares e deixou a jogada seguir. Estiveram  estas sete figurinhas mal, no entanto. Deveria ter sido admoestado o jogador do Sporting por teatro. Assim, exige-se um sumaríssimo, de modo a colocar as coisas no seu lugar e que Coates veja na secretaria o castigo que Nuno Almeida descaradamente lhe perdou, com a conivência de mais seis pilantras.

Se não acreditam no que escrevi, vejam as imagens!

Nota 1: Que me desculpem pela fonte das imagens, mas é o que há...

Nora 2: Vai sendo tempo de o Sporting começar a mandar recados de que não tolerará regabofes como os de ontem nos Açores e em Lisboa, Alvalade. Se possível ao mais alto nível.

O mais invejado do mundo

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Ser o maior do mundo provoca efeitos secundários: Cristiano Ronaldo é também o futebolista mais invejado do mundo.

Que o seja pelos próprios compatriotas, já não estranho: sempre tivemos uma certa tendência para a autoflagelação. E a clubite aguda leva muitos benfiquistas e alguns portistas a detestá-lo só por ter sido formado na Academia leonina.

Lamentável? Claro que sim. Nunca vi, por exemplo, um argentino falar ou escrever contra Messi.

 

Acontece que CR7 volta a ser notícia. Não por motivos fúteis mas por contestar um gravíssimo erro da equipa de arbitragem no Sérvia-Portugal que lhe anulou um golo limpo no último lance da partida, disputada em Belgrado. Este erro - que alguns pretendem menorizar - pode custar-nos o apuramento para o Mundial de futebol.

As imagens do protesto deram a volta ao mundo. Cristiano, tão bom a comunicar como a jogar, sabia o efeito que produziria. Assim aquele erro indesculpável tornou-se notícia em todos os continentes. Não reparou a injustiça de que fomos vítima, mas deu-lhe projecção universal. 

 

Fez ele muito bem ao proceder como procedeu: assim o roubo não passou despercebido. E ou muito me engano ou o gesto do capitão da equipa das quinas traçará uma linha de fronteira: a FIFA passará finalmente a incluir a tecnologia de linha de baliza e o vídeo-árbitro nas competições para o apuramento do Mundial.

Acontece que por cá, nas redes sociais e nos meios de informação, muita gente ferveu de indignação ao vê-lo atirar a braçadeira ao chão mal saiu de campo. Dizem-me (não vi) que nessa mesma noite um canal de televisão dedicou duas horas (!) ao tema. Com intervenientes escandalizados, não com o roubo mas com o gesto de Cristiano. 

Preferiam talvez que comesse e calasse.

Como se o roubo de catedral que tanto nos prejudicou não devesse ter sido assinalado com fúria e frustração.

Como se fizessem tábua rasa desta sabedoria popular que nos devia servir de lema: quem não se sente não é filho de boa gente.

 

ADENDA: O VAR é uma conquista civilizacional do futebol. Como é possível duvidar-se disto? Que a mais elevada instância da modalidade prescinda deste instrumento já utilizado nas competições internas para analisar os lances polémicos na fase de apuramento do Mundial é algo que roça o escândalo.

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