Só eu sei porque não fico em casa!
Um jogo de futebol é ou deverá ser sempre um espectáculo. Os adeptos e as claques puxam e incentivam a sua equipa, cada um à sua maneira, obviamente dentro dos limites, os jogadores farão a parte deles, assim como os treinadores, árbitros e restantes agentes… Tudo normal.
Este Sábado haverá novo dérbi (o terceiro esta época). Fantástico!
Curiosamente ontem alguém me perguntou se, face aos últimos e tenebrosos acontecimentos, será “saudável” ver o jogo no estádio. Eis uma questão que faz sentido, mas que não faz o meu género…
Passo a explicar…
O terrorismo não é só aquele de que damos conta através de atentados criminosos que as televisões vão repetidamente passando, mas também o medo que se instala no dia-a-dia das pessoas. A inibição de sair, divertir-se, de fazer uma vida absolutamente normal, só porque alimenta o receio de ser vítima de algum atentado, é a forma mais terrível e mais vil de terrorismo.
Portanto se eu ficar em casa só porque tenho medo será sinónimo de que os terroristas estão a ganhar esta batalha. Deste modo irei a Alvalade com a família numa (quase) excursão. Sem medos, sem pensar nesta nova vertente de guerrilha, confiantes de que o Sporting pode voltar a ganhar e seguir em frente na Taça.
E dizer: “Só eu sei porque não fico em casa!”
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