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És a nossa Fé!

Rescaldo do jogo de hoje

Gostei

 

Da vitória tranquila num estádio difícil. Saímos esta noite de Chaves com três pontos que nos podem ser muito preciosos para a classificação final. Vencemos a equipa da casa por 2-1. E convencemos. Não por termos feito uma grande exibição mas por termos mantido uma supremacia natural em campo do princípio ao fim do encontro. Num ritmo médio-baixo que nos permite poupar fôlego para os próximos desafios - desde logo para o de quinta-feira, na República Checa, para a Liga Europa. Nesta fase do campeonato convém sermos calculistas. Até porque nenhuma outra equipa portuguesa tem feito tanto jogos como a nossa.

 

De Bas Dost. O holandês não foi aposta do treinador para o onze titular. Mas face ao empate a zero que se mantinha ao minuto 45, com o meio-campo leonino incapaz de rasgar o jogo e criar desequilíbrios que permitissem inaugurar o marcador, Jorge Jesus deu-lhe ordem para entrar enquanto mandava sair Misic. Em campo desde o minuto 56, Dost fez logo a diferença, nomeadamente no jogo aéreo, mostrando-se muito mais acutilante do que Montero, o apático ponta-de-lança inicial. Tanto assim que demorou apenas seis minutos a conseguir o golo, num cabeceamento letal, correspondendo a um soberbo centro de Rúben Ribeiro. Bisou aos 86', com Battaglia a construir o lance de golo em exclusivo para ele. Voltou a valer-nos três pontos após 18 dias de ausência: o Sporting só beneficiou com isso. O melhor em campo.

 

De Rui Patrício. Voltou a ser determinante, com duas excelentes defesas, aos 11' e aos 55', impedindo que a equipa flaviense se adiantasse no marcador. É cada vez mais um dos baluartes do Sporting. Só lhe faltou defender a grande penalidade que originou o solitário golo do Chaves, já depois dos 90': não era possível pedir-lhe mais.

 

De Battaglia. Na equipa mais remendada desde o início da época em curso, com cinco titulares ausentes, o argentino foi o escolhido por Jesus para ocupar a lateral direita. Uma posição que não costuma ser a dele, embora não lhe seja desconhecida. Demasiado contido nas incursões ofensivas do seu corredor durante a primeira parte, soltou-se no segundo tempo e foi crucial em dois momentos do jogo: ao impedir o golo flaviense em cima da linha de baliza, aos 78', já com Rui Patrício fora do lance, e na assistência para o golo da vitória, entregando a bola para Dost empurrar. Grande exibição.

 

De Rúben Ribeiro.  Só a excepcional jogada dele na grande área do Chaves, em sucessivos dribles e com uma assistência perfeita para Dost, valeu o bilhete para este jogo. Mas o ex-Rio Ave, que hoje actuou como ala esquerdo ofensivo, fez bastante mais que isso. Apoiou com eficácia a defesa e foi um dos pensadores da equipa na fase da construção. Vai consolidando a sua presença no onze leonino após alguns jogos muito decepcionantes. Ainda bem.

 

Da boa réplica do Chaves. Hoje desfalcada de dois dos seus melhores elementos (Matheus Pereira e Domingos Duarte, emprestados pelo Sporting), a equipa flaviense nunca baixou os braços, criou oportunidades de golo e não desistiu de conseguir pelo menos um ponto. Merece elogio por não estacionar o autocarro nem fazer qualquer espécie de antijogo.

 

Da nossa recuperação na tabela classificativa.  Face à derrota de ontem do FC Porto em Paços de Ferreira e ao nosso triunfo desta noite, encurtámos a distância que nos separa do líder do campeonato. Estamos agora a cinco pontos dos portistas (que serão seis se for accionado o critério do desempate) e a três do Benfica, que ainda terá de jogar em Alvalade. As perspectivas são hoje mais favoráveis do que eram há uma semana.

 

 

 

Não gostei

 

 

Das ausências. O Sporting voltou a entrar em campo com uma equipa muito alterada, estando cinco titulares ausentes por castigo, lesão ou opção técnica. Não pudemos contar desta vez com Acuña, Bruno Fernandes, Fábio Coentrão e Piccini. E Bas Dost, ausente do onze inicial, só entrou aos 56'. Quase meia equipa saiu do habitual lote dos suplentes, o que ajuda a explicar alguma falta de intensidade do fio de jogo leonino - algo perfeitamente natural e compreensível.

 

Da lesão de Bruno César. O brasileiro anda em maré de azar: colocado em campo como titular, substituindo Coentrão, mal teve tempo de tocar na bola. Aos 14' viu-se forçado a abandonar o relvado, cedendo lugar ao ganês Lumor. E forçando assim o técnico a queimar uma substituição nada previsível.

 

De Misic. Estreia a titular no Sporting do jovem internacional croata - um dos nossos reforços de Inverno - que só tinha sido utilizado, durante escassos minutos, a 26 de Fevereiro frente ao Moreirense. Chumbou neste teste em Chaves: demasiado posicional, actuando excessivamente próximo de William Carvalho, perdeu várias bolas e mostrou-se ainda muito desenquadrado dos seus companheiros. Sem capacidade de construção ou de criação de passes de ruptura, mastigou e lateralizou o jogo,tornando-se presa fácil para as investidas adversárias. Sem surpresa, acabou substituído aos 56'. Duvido que Jesus volte a apostar tão cedo nele.

 

Do resultado ao intervalo. Quando o árbitro deu por terminada a primeira parte, mantinha-se o nulo inicial, o que fez certamente soar campainhas de alarme junto da equipa técnica leonina. Durante os primeiros 45', o Sporting teve mais posse e controlo de bola, mas voltou a pecar no capítulo da finalização: só criou uma oportunidade de golo, aos 32', em lance criado por Rúben Ribeiro, com Gelson Martins a permitir a intervenção do guarda-redes. Impunha-se mexer na equipa. E, de facto, só a entrada já tardia de Bas Dost acabaria por fazer a diferença.

2 comentários

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    Pedro Correia 13.03.2018

    Bryan Ruiz não rende mais que isto: serve para segurar a bola, é bom tecnicamente, mas contribui mais que qualquer outro para que a equipa jogue a passo.
    Falta-lhe estofo leonino.
    E continua perdulário na hora de finalizar. Não consegue metê-la lá dentro. Como ontem se viu.
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