Rescaldo do jogo de hoje
Não gostei
De empatar em casa. Ainda por cima com o Tondela, último classificado no campeonato.
Da nossa primeira parte. Pálida exibição do Sporting - uma das mais fracas de toda a temporada. Pecámos por lentidão, displicência, alguma sobranceria própria de quem presumia serem favas contadas. Sem uma oportunidade clara de golo. Chegámos ao intervalo a perder 0-1.
Da expulsão de Rui Patrício. Forçadíssima, tanto mais que o jogador do Tondela ia já em evidente desequilíbrio quando ocorre o contacto físico com o nosso guarda-redes. Esta decisão do árbitro Luís Ferreira levou-nos a actuar só com dez jogadores durante mais de uma hora.
De William Carvalho. Voltou a falhar passes e a pecar por lentidão. Saiu ao intervalo.
De Ewerton. Regressou após lesão. Pareceu nervoso e desconcentrado.
Do espaço que oferecemos ao Tondela atrás da nossa linha defensiva. A equipa beirã teve autênticas avenidas ao seu dispor. Numa dessas ocasiões, já quase no fim do encontro, aproveitou para empatar a partida.
Da ausência de Paulo Oliveira. Hoje ficou provado, sem a menor dúvida, que o internacional português é um pilar fundamental da nossa equipa. Com ele ausente, tudo corre menos bem.
Da substituição feita a dois minutos do fim. Jorge Jesus fez entrar Carlos Mané - após longa ausência - já no tempo extra da segunda parte, como se quisesse segurar o resultado. Ninguém percebeu.
Gostei
De meia hora na segunda parte leonina. A jogarmos com menos um, tivemos uma alucinante sucessão de lances de ataque, em pressão alta, que nos valeram dois golos. Faltou mais um.
De Gelson Martins. Substituiu William após o intervalo e a sua entrada em campo fez toda a diferença. Imprimiu velocidade, consistência e qualidade à nossa equipa, baralhando por completo as marcações do Tondela. E teve uma rara felicidade, mais do que merecida: aos 60' coube-lhe apontar o nosso segundo golo. O golo cinco mil do Sporting em toda a história do campeonato nacional de futebol.
De Slimani. Voltou a marcar, pelo quarto jogo consecutivo e pela 14ª vez neste campeonato. Culminando a mais bela jogada do desafio - excelente trabalho de equipa iniciado com uma recuperação de bola por Naldo e prosseguido por Gelson, que desmarcou Adrien, que serviu João Mário, que fez a assistência ao argelino quando iam decorridos 54'. Brilhante.
De Bryan Ruiz. Uma vez mais, grandes apontamentos técnicos do avançado da Costa Rica. Que esteve quase a marcar, aos 56', já com o guarda-redes adversário batido. Valeu ao Tondela o desvio de cabeça feito in extremis por um defesa.
Do ruidoso apoio nas bancadas à nossa equipa. Mais de 36 mil espectadores em Alvalade. Nem o facto de o jogo ser contra o último fez esmorecer o interesse dos adeptos.
De continuar na liderança. Iniciamos a segunda volta como terminámos a primeira: no comando do campeonato.