Que camadão de nervos
Eram decorridos 85 minutos do jogo de hoje e o meu mano, em casa de quem vi o jogo e jantei um belo bacalhau com broa, disse "desta vez não sofremos". Respondi-lhe que não deitasse ainda os foguetes.
Meu dito, meu feito! De um resultado de sonho (que poderia ter sido "do outro Mundo"), passámos em dois minutos a ter o credo na boca, como em tantas vezes tem acontecido.
A verdade é que se alguém me tentasse vender um resultado de 2-3 antes do jogo começar, eu comprava sem discutir preço, mas após aquela primeira parte estupenda e os três golos marcados sem resposta, fica um sabor amargo com o desequilíbrio mental dos últimos minutos que me fez vir à memória Madrid e as consequências nefastas que daí advieram.
Enfim, uma reprise com fita muito gasta, mas que continua a rodar ano após ano, como uma (má) sina.
No entanto, como eu comprava este resultado antes do jogo começar, apesar do camadão de nervos por que me fizeram passar, estou imensamente satisfeito. P'ra já porque estamos em primeiro do grupo, fazendo companhia ao Barcelona e porque a ansiedade associada a este primeiro jogo numa luta a dois, passou e pode dar-nos embalagem para encarar os jogos contra os "galifões" de igual para igual e, quem sabe, ao contrário do que alguns previam e outros desejavam, fazer uma gracinha num grupo muito complicado. Como disse num post lá atrás, não há vitórias ou derrotas antecipadas e o futebol é uma caixinha de surpresas.
Por fim, nota positiva para os marcadores, nota negativa para Jonathan Silva (e um bocadinho também para Patrício) e nota assim-assim para Jorge Jesus, que esteve bem na antecipação ao jogo, montando muito bem a equipa e mais uma vez esteve péssimo nas substituições.
Já cá cantam três pontos e 1,5 milhões. Há quem, aqui ao lado, contasse com eles e nickles!