Não comprometeram nem prometeram…
Quando andei na escola primária tive sempre a mesma professora, excepto num curto período em que esteve doente e foi substituída por um professor.
Quase quarenta anos depois, olhando para esse período vejo a Prof.ª Lurdes como uma óptima professora e uma excelente senhora. Apesar de nesse tempo os professores ainda poderem bater nos alunos, por algum disparate feito, ela nunca o fez, contudo, já o professor, "o filho-da-mãe" do professor, que nesse longo curto período a substituiu, por qualquer razão de somenos importância deu a conhecer a dureza da régua a todos nós. Rai's o partam!!!
Nos vários exercícios que tinhamos que fazer um era quase sempre obrigatório - o ditado. Depois, de acordo com os erros que tivéssemos dado, levámos como «trabalho de casa» (a sigla TPC é para mim posterior) as palavras difíceis – aquelas palavras que tínhamos errado - as quais deviamos repetidamente escrever.
Olhando para o jogo de ontem, encontro algum paralelismo com o que descrevo.
Um grupo de alunos, ou melhor – jogadores -, que fizeram um ditado, isto é – um jogo -, e que deram erros.
Assim, nada melhor do que terem que fazer as «palavras difíceis».
E que «palavras difíceis» seriam essas?
Não sei, não sou a Prof.ª Lurdes (isto é – o Jorge Jesus) para o dizer!
Aquilo que eu vi foi pouco discernimento nos nossos jogadores e a baliza adversária desviar-se e baixar-se a qualquer remate por nós efectuado.
Posso estar a ser injusto, por certo estou, afinal de contas esta equipa não comprometeu.
Sim, não comprometeu, mas também... não prometeu.
Isso preocupa-me!