Batalhas fundamentais
«Está criado o tom para falar das posições tomadas por Bruno de Carvalho: é conflituoso e falta-lhe sentido institucional. O que, imagino, contrasta com a dignidade, a educação e a civilidade de Luís Filipe Vieira e Pinto da Costa.
O presidente do Sporting compra guerras úteis e inúteis. As inúteis são comuns a qualquer presidente de um clube. As inéditas são fundamentais para o futuro do futebol. (...)
Misturar arrufos banais com combates importantes tem sido a estratégia de quem quer desacreditar o espírito reformador de Bruno de Carvalho. A guerra que teve com a banca, para conseguir o melhor acordo possível, determinou a sobrevivência do Sporting. As que tem na Liga, na federação e até na UEFA para reformas no sistema são um serviço que presta ao futebol. A que teve com os agentes e contra o papel perverso dos fundos deveria merecer apoio de todos os que querem transparência e justiça. A responsabilização de antigos dirigentes é o cumprimento de uma promessa eleitoral.
Talvez Bruno de Carvalho devesse comprar uma guerra de cada vez. Mas misturar, na avaliação do seu comportamento, as batalhas fundamentais que está a travar com as que fazem parte da praxe dos clubes, reduzindo tudo a uma questão de temperamento, apenas serve a quem quer que tudo fique na mesma.»
Daniel Oliveira, hoje, no Record