As eleições dos pobres
A medida do sucesso de um clube grande é a conquista do campeonato nacional. Tudo o resto importa mas é secundário. Os que os adeptos do Sporting querem, mais do que tudo, é voltar a fazer a festa suprema, por muito que queiram e fiquem orgulhosos de formar craques mundiais, encher o estádio num exercício de amor e persistência, jogar futebol bonito, restruturar a dívida e inaugurar um pavilhão multidesportivo de excelência. Nesse sentido, era natural que Bruno de Carvalho, que fez muito mas não foi campeão, tivesse concorrência nas eleições. E Bruno não só não foi campeão como este ano está a dez pontos do topo e já caiu em todas as outras frentes. Isto, com um treinador que tem salário principesco e com muitos milhões gastos em contratações falhadas – Petrovic, Elias, André ou Castaignos.
Mas quem apareceu foi Madeira Rodrigues e desde logo se percebeu que Bruno não teria problemas em continuar. Madeira Rodrigues nada trouxe ao debate, sendo o único ponto positivo, umas imagens 3D daquilo que ele gostaria que fosse o estádio. A única piada dos atos eleitorais costumam ser as promessas loucas. Futre tinha uma lista de craques que aterravam em Alvalade (estava lá Bryan Ruiz) se a sua lista ganhasse. Bruno prometeu Van Basten, Alex Teixeira e dinheiro russo na sua primeira tentativa. Madeira Rodrigues, na reta final, acena com Boloni e Delfim…Está tudo dito.