«A questão da formação é a questão central do Sporting e articula-se com a do treinador. Sendo a sua maior mais-valia e o factor distintivo que lhe confere vantagem na competição com os seus rivais, o clube especializou-se a desbaratar essa vantagem. Normalmente o clube adopta uma posição subserviente relativamente à concepção do treinador que escolhe. Se ele não aposta na formação o clube condescende com o adiamento da afirmação plena dos jogadores, rodando-os de empréstimo em empréstimo até que eles se consigam libertar ou que desistam. Essa é, infelizmente, a situação actual depois de no ano passado esse caminho nos ter conduzido a uma época desportiva medíocre. Temos um bom treinador que, infelizmente para nós, não aposta na formação.»
Meu caro Carlos Silva, escreve no seu comentário a dado passo: "A nossa academia é excelente [ esta é a parte em que não podíamos estar mais de acordo, mas estamos perante aquela que é a maior marca do Sporting a nível mundial] mas sejamos realistas, dos que acabam a sua formação, só dois ou três estarão em condições de integrarem na época seguinte o nosso plantel. Façamos um simples calculo." O seu cálculo é para dizer o mínimo maximalista e conduziria a um a hipertrofia do plantel. Proponho-lhe uma versão mais aceitável: admita que em cada ano a tal excelente academia dá dois ou três jogadores para o plantel principal. Nos três anos em que JJ inicia a época ao comendo do nosso clube teriam sido promovidos por essa via entre 6 e 9 jogadores da Academia. Se não se importar de listar o nome dos 6 ou dos 9 jogadores que foram promovidos agradeço-lhe. Mas, admito que a opção possa ser mais austera e possamos admitir que em cada ano sobem 1 ou dois. Mesmo assim teria que lhe pedir que listasse um conjunto entre 3 e seis jogadores. Demasiado para JJ. Muita formação, jogadores que não conhecem a ideia de jogo, que fizeram toda a formação a jogar no local errado, aos quais falta isto ou aquilo. Isto apesar da excelência da academia, porque há paradoxos que são assim. Aproveito para dizer que acho a ascensão de J.Mário muito fruto do tempo antes de JJ, o mesmo se passando com a de Adrien, Cédric ou William. No caso de João Mário atribuo a Couceiro e à Academia onde se formou quatro quintos dos méritos. E ao facto de te regressado em Janeiro - antes de JJ - para jogar e não para aprender a ir para a ... bancada. O oposto do que se passou com Gauld, Geraldes e Podence em Janeiro. JJ também acha que os nossos jovens têm que aprender mais e mais, até ao infinito, ou pelo menos até que ele não esteja ao comando em Alvalade. Por exemplo o Iuri para ser titular não lhe basta ser melhor, ser capaz de fazer aquele passe tão simples, de uma nota só, como fez para o golo de Adrien. Tem que melhorar em todas as vertentes, sobretudo no tempo que passa no banco e na bancada, depois de ter sido três anos seguidos um dos melhores jogadores jovens da Liga.
JG. Iuri Medeiros está na equipa A (entrou em Guimarães). Palhinha e Podence também fazem parte da equipa . Este último a ter um papel muito activo na equipa principal. Não veja no texto anterior uma aceitação cega ao que Jesus faz, não sou seu apostolo. Choca-me mais, por exemplo, as contratações que tem feito. Exemplo disso, entre muitos e muitos o caso Mattheus, o qual não mostrou até agora ser uma mais valia.