Contagem decrescente: reflexões sobre o Sporting (VII)
O melhor e o pior, em futebol, medem-se com factos concretos. É algo que não pode confinar-se ao domínio da pura subjectividade. Essa é uma vantagem que o futebol tem, por exemplo, em relação à política.
Que a saída de Domingos Paciência foi grave, como alguns de nós (poucos) na altura dissemos, ficou bem demonstrado nos meses que se seguiram a esse despedimento. A equipa ficou pior, sempre pior. Não sou eu que o digo, no bom 'achismo' à portuguesa: são os factos que gritam. O Sporting cumpriu a pior época e situou-se no pior lugar de sempre no campeonato, ficando igualmente excluído da qualificação para uma competição europeia - algo que não sucedia há 37 anos.
Alguns defendem que a eventual saída de Jesualdo Ferreira, no termo desta época, constituirá algo "mais grave" que a de Domingos quando iam decorridos dois terços da época passada. É um raciocínio que não consigo acompanhar. Porque isso implicaria que na próxima época o Sporting viesse a comportar-se ainda pior do que se comportou nesta. Algo em que, sinceramente, nenhum sportinguista acredita.
Mas, uma vez mais, os factos cá estarão para o demonstrar.