Bem aproveitado é quem conhece as suas funções
Eduardo Barroso afirma que não quer ser um presidente da assembleia geral “igual aos de Benfica e FC Porto”. Mas as funções de um presidente de uma assembleia geral, seja de que coletividade for, não são muitas, de facto: dirigir os trabalhos das assembleias sempre que elas são convocadas, ordinária ou extraordinariamente; coordenar os processos eleitorais; escrever as atas, e pouco mais. Talvez Eduardo Barroso se sinta mal aproveitado enquanto presidente da assembleia geral, e gostasse de ter outras funções mais executivas. É legítimo que assim seja, mas para isso deveria candidatar-se a essas funções na altura devida, e não falar assim agora. Mas se quer ser tomado a sério nessas suas intenções, convinha que procedesse de outra maneira: que fosse consequente nas suas palavras, não se limitando a desestabilizar com atitudes do género “agarrem-me senão eu vou”; que atendesse o telefone quando é contactado pelo presidente do clube, ao contrário do que fez aquando do despedimento de Domingos.
Os adeptos do FC Porto, dos seus corpos sociais, só conhecem o seu presidente: é o único que aparece nos jornais. A falarem em nome do Braga aparecem o presidente do clube e o presidente da câmara. No Benfica também aparece o presidente e pouco mais (talvez um porta voz e mais alguém ligado ao futebol). No Sporting são manchete de jornais o presidente da direção do clube (triste ideia essa do “conselho diretivo”), alguns ex vice presidentes, o presidente da assembleia geral do clube, o presidente do conselho fiscal do clube, os dirigentes da SAD, o presidente da assembleia geral da SAD, o presidente do conselho fiscal da SAD, o presidente do conselho leonino, alguns membros do conselho leonino, o presidente do “Grupo Stromp”... É assim o nosso clube.