A triste final da Taça de Portugal
É um momento doloroso, para mim, para todos os sportinguistas. Queríamos esta Taça de Portugal, não conseguimos. O Sporting não esteve ao nível que nos habituou em tempos mais recentes, faltou dinâmica, faltou maior agressividade na disputa da bola a meio campo e a criatividade do mesmo e, nos momentos cruciais, faltou a indispensável finalização. Um golo teria desmantelado os «estudantes», não surgiu, demérito do Sporting. A Académica está de parabéns, não tanto pela qualidade da sua exibição, mas pelo facto de ter conseguido tirar proveito máximo de um golo marcado aos três minutos, perante um adversário com valores acentuadamente superiores. Não gostei do trabalho de Paulo Baptista e dos seus auxiliares mas não foi por aí que o Sporting saiu derrotado. É o fim de uma época com alguns altos e muitos mais baixos, com imensa controvérsia à mistura, e compete agora à SAD «leonina» levar a cabo uma revisão minuciosa do trabalho efectuado e tirar as respectivas ilações para a definição do plantel que pretende para a próxima temporada.
Uma palavra final para Anderson Polga. Nunca foi um dos meus favoritos, mas sempre respeitei o seu profissionalismo ao longo dos nove anos que envergou a camisola verde-e-branco. Se existiam dúvidas, é a opinião deste observador que este foi o seu último jogo no Sporting. Por muito do bom que fez, acabou por estar novamente num lance que resultou num golo, pese a infelicidade, como esteve com alguma frequência ao longo do tempo. Agora há que montar a barricada face à expectável avalanche ruídosa dos usuais detractores.