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És a nossa Fé!

Tiago Martins: o primado da incompetência

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O árbitro Tiago Martins expulsou Petrovic no Sporting-Moreirense. Sem motivo, mostrando-lhe um segundo cartão amarelo, num lance em que não houve qualquer falta. E que, estranhamente, fica fora dos poderes atribuídos ao vídeo-árbitro - algo que devia ser revisto com carácter de urgência.

Este foi, de resto, o veredicto unânime de toda a crítica da arbitragem na imprensa desportiva portuguesa.

 

Qual foi o juízo dos ex-árbitros?

Duarte Gomes (A Bola): «Erro grave do árbitro ao exibir o segundo cartão amarelo a Petrovic, pois o jogador leonino não faz falta sobre Zizo, num lance a meio do meio-campo do Moreirense.»

Fortunato Azevedo (O Jogo): «Erro grave do árbitro, dado que Petrovic nem falta comete sobre o adversário. Mesmo que existisse falta, ela teria sido feita numa zona do terreno em que não trava um ataque prometedor do adversário.»

Jorge Coroado (O Jogo): «Petrovic não cometeu qualquer falta. Zizo escorregou e a punição ter-se-á assinalado devido à pressão do banco do Moreirense ou a errada informação vinda de outro lado.»

Jorge Faustino (Record): «Mesmo aceitando que possa ter havido falta de Petrovic sobre Zizo, não há justificação para a exibição do cartão amarelo ao jogador do Sporting. Benefício da dúvida para a falta. Erro disciplinar claro.»

José Leirós (O Jogo): «Demorou muito a usar o apito, nem sequer foi hesitação. Talvez tenha ouvido algo no seu aparelho. No entanto, Petrovic nem sequer tocou no adversário. Mal punido com cartão amarelo e consequente expulsão.»

Marco Ferreira (Record): «Petrovic tenta disputar a bola e não comete infracção sobre Zizo. Árbitro assinala infracção incorrectamente e exibe o cartão amarelo e respectivo vermelho por acumulação. Nesta situação, o VAR não pode intervir.»

 

É indispensável apontar aqui o nome deste árbitro e a extrema injustiça da sua intervenção, que inclinou de imediato o campo a favor do Moreirense. Tiago Martins - um dos tais surgidos da famigerada "proveta" de Vítor Pereira - não tem categoria para apitar jogos da primeira Liga portuguesa.

Ficaremos atentos ao seu percurso.

Jogar para o empate... à Jesus

Estive indeciso em escrever estas palavras, mas pela calma da noite decidi refletir e partilhar com vocês um pouco daquilo que penso que poderá acontecer na próxima sexta...

Diz Jesus, "se não jogar um joga outro", que "os meus jogadores são uns campeões". Perfeitamente de acordo, mas jogue A ou B, ou mesmo C, uma coisa acredito que vai acontecer. Com o treinador que temos, vamos tentar não perder o jogo. Reforçar a defesa, e esperar uma oportunidade para tentar numa falha do Porto e termos a tal estrelinha que nos possa levar à conquista de um ponto. Sim, porque não acredito que Jesus jogue para ganhar, vai jogar para não perder... como tem acontecido quase sempre ao longo da sua carreira em situações similares... e quem não joga para ganhar, arrisca-se quase sempre a perder.

Espero e desejo que me engane, mas... não sou pessimista, sou realista.

Quem irá substituir Gelson?

Já todos sabemos que Gelson Martins não vai alinhar sexta-feira no Dragão. O jogador cometeu um erro grave, que lhe valeu um duplo amarelo e a expulsão no Sporting-Moreirense, ficando portanto fora do clássico.

Olhemos então para a frente e não para trás. Gostava muito de saber qual será, no vosso entender, o substituto de Gelson neste jogo. Quem é que Jorge Jesus acabará por decidir pôr no lugar dele?

Calma

Razões para optimismo:

1. Vejo os meus confrades sportinguistas muito torturados com o que se tem passado. Até parece que nem ganhámos o jogo ontem. Eu cá continuo na minha: do que eles têm medo não é de equipas todas espectaculares e tal, têm medo é de equipas que ganham, mesmo que não se perceba bem como. Mais medo têm ainda de equipas que ganham mesmo tendo tudo contra elas, como o Sporting nos dois últimos jogos. Ganhar com tapetinhos estendidos, como o Porto no Estoril ou em Portimão, é uma coisa. Ganhar como o Sporting ganhou os dois últimos jogos é outra. Logo veremos na sexta-feira o que acontece.

2. É capaz de ter sido desta vez que os idiotas do assobio aprenderam a lição: esteve bem o Jorge Jesus a mandá-los calar. Cito: "esta equipa murece carinho".

Hoje giro eu - pedido a Bruno de Carvalho

Sexta-feira temos clássico no Dragão. É só o jogo mais importante da época e é necessário enfatizar isso. Qualquer resultado que não seja a nossa vitória coloca o título como uma miragem. Em tempos de grandes tormentas, grandes homens são requeridos.

 

O próximo desafio, a vizinha primeira final, constitui uma oportunidade de ouro para o presidente afirmar a sua liderança no futebol. É certo que não lhe caberá definir a táctica do jogo, seleccionar os convocados, escolher o onze titular e pôr os jogadores nas posições certas, mas cumpre-lhe ser - nas suas conversas com jogadores e treinador - o elo de transmissão dos anseios e sonhos de três milhões e meio de sportinguistas e o fiél depositário de uma cultura de exigência que queremos definitivamente vêr implementada. 

 

Costuma dizer-se que sorte é quando uma boa preparação encontra a oportunidade certa. Pois ela aí está: estamos forçados a valorizar o que temos internamente, estimando, estimulando e motivando os que vão à luta - a razão da profundidade, e custo, do nosso plantel - e não focando nas contrariedades. Os jogos preparam-se para ganhar no campo, não nas conferências de imprensa. Se, na antecâmara do jogo, perdermos muito tempo com desculpas vãs, estaremos a desresponsabilizar os nossos jogadores e muito mais perto do desaire. Por isso, façamos das fraquezas forças, unamo-nos à volta da equipa e ganhemos aquele suplemento de alma que nos deixará mais perto da vitória.

 

Não será facil, mas não nos esqueçamos que um obstáculo, um pedregulho, só o é consoante a nossa noção de perspectiva. Se estivermos muito perto, se não virmos o que está ao redor, então sim, será um pedregulho, mas se dermos 10 passos atrás já só será uma pedra e se nos afastarmos mais ainda, então o obstáculo será uma simples pedrinha.

 

Senhor presidente Bruno de Carvalho, do seu posto de observação terá uma perspectiva única das coisas. Nestes momentos há silêncios que devem (e têm de) ser respeitados - concerteza terá a sua opinião sobre o desenrolar desta época - , mas de si espero que seja portador do indomável espírito de luta do Leão, porque como alguém sábio um dia disse, "por cada Leão que cair, outro se levantará". É que, quando o jogo terminar, queremos todos ter a certeza de que nos mobilizámos, que o preparámos com rigor e que, no campo, deixámos a pele e tudo fizemos para ganhar, com o "mind-set" correcto, o do nosso ADN vencedor, independentemente do resultado final.

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Pódio: Gelson, Rafael Leão, Rui Patrício

Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Sporting-Moreirense pelos três diários desportivos:

 

Gelson Martins: 18

Rafael Leão: 17

Rui Patrício: 17

Bruno Fernandes: 16

Coates: 16

Bryan Ruiz: 15

André Pinto: 15

Battaglia: 15

Acuña: 13

Misic: 12

Doumbia: 12

Montero: 10

Petrovic: 10

 

Os três jornais elegeram Gelson Martins como melhor jogador em campo.

E se a mensagem fosse outra?

Gelson é, depois de Bruno Fernandes, o jogador mais importante do Sporting.
Parece perigoso dizer isto tendo grandes jogadores como Coates, Mathieu, Patricio, Acuna e Bas Dost.
Mas na verdade, a seguir ao sobre-dotado que enverga a camisola 8, é um jogador que revela uma entrega incrível e menos oscilações de forma, basta ver o jogo de ontem, em que depois de ter estado agarrado a coxa meio da segunda parte, veio já nos últimos 10 minutos travar um ataque do lado contrário, o que lhe valeu o primeiro amarelo, tendo ainda corrido como se viu no lance do golo.
É verdade que não decide muitas vezes bem, faz parte da sua imprevisibilidade, mas não é menos verdade que muitas das vezes se não fosse ele a ajudar os laterais a fechar o corredor, o desfecho dos lances poderia ser outro. E o mais incrivel é que tão depressa está a fazer isso, como está a municiar com qualidade o nosso sector ofensivo.
Ontem, Gelson teve a página mais negra da sua ainda curta e promissora carreira, agindo irreflectidamente, tal eram o entusiasmo provocado pela situação e a situação conturbada que vive um dos seus melhores amigos.
Esse erro vai deixá-lo fora do jogo da próxima sexta-feira no dragão, mas, dada a humildade que já demonstrou ao logo dos anos, não tenho dúvidas que o ajudará a aprender e a crescer.

Este infeliz episódio de ontem, com o qual tambem fiquei obviamente insatisfeito e incredulo, leva-me a lançar uma questão para refletirem:

 

Seriam os criticos tão duros para com o jogador caso ele, em vez de demonstrar apoio a um ex jogador com um historial problemático, tivesse sido expulso por tirar a camisola para mostrar apoio a um familiar ou amigo, sem o mesmo mediatismo, mas com um problema tão ou mais grave?

A vingança serve-se fria

Em Janeiro do ano da Graça de 2016 o Tondela visitava Alvalade, naquela que seria a primeira jornada da segunda volta da épo9ca 2015/2016.

Se a memória não me falha o Sporting foi para o intervalo a perder por 1 a zero, golo de penalti. Depois, na segunda metade a equipa deu a volta, mas a cinco minutos do fim o Tondela repôs a igualdade.

Hoje, passados dois anos posso afirmar que estivemos a 5 minutos de sermos campeões.

Era treinador nessa altura do Tondela, Petit. E o Sporting jogou grande parte do jogo com 10 jogadores devido à injusta expulsão de Rui Patrício e que daria a grande penalidade para a equipa beirã.

Coincidências?

Passado este par de anos creio que a Sporting vingou-se desse jogo. E de forma gelada quando (quase) ninguém acreditava na vitória leonina.

Gelson

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Fico francamente estupefacto face à onda de simpatia, qual compreensão, para com o acto do Gelson Martins ontem em Alvalade. Por duas razões. A primeira, mais rasteira, isto da bola e dos hipotéticos triunfos: o jogador já tem 22 anos, cumpre a terceira época na equipa principal, na qual decerto que sabe ser figura fundamental, é internacional A, e é um profissional bastante bem pago, ainda que possa aspirar a novos e "arábicos" contratos, desses que animam a cena futebolística actual. Ou seja, é já experiente e exige-se-lhe responsabilidade. Presume-se ainda que tenha alguma compreensão do que o que o rodeia e espera: diz-se que Garrincha quando se sagrou campeão do mundo no Suécia-58 não sabia que o campeonato tinha acabado, denotando a bruma (genial, mas obscura) em que dirimia o seu inesquecível talento. Mas espero que Gelson, para seu bem, extra-futebol até, não seja epígono dessa abstracção existencial. E que assim saiba, pelo menos, o "jogo" que a vida lhe prepara, o "calendário" que aí vem. Pelo menos o a curto prazo, que, de facto, é o máximo que podemos antever com alguma razoabilidade. Em suma, que soubesse que a próxima jornada é fundamental para as aspirações do clube que o formou, acarinhou e lhe paga. Fazer-se expulso, isentar-se desse compromisso, é totalmente inaceitável. Mimar um jogador querido, "da casa", competente, ainda para mais jongleur, assim alegria do povo? Sim, com toda a certeza. Mas aceitar isto que aconteceu, "compreendê-lo", é estragá-lo com mimos. Gelson está em dívida.

Mas a segunda razão é mais importante, e não se prende apenas com Gelson. Podemos compreender a amizade, a preocupação, o cuidado, dos jogadores do Sporting para com Ruben Semedo, seu ex-colega. Mas acontece que este não está envolvido numa qualquer situação, dessas corriqueiras que por vezes as notícias ecoam. Crimes ou prevaricações de futebolistas, gente jovem algo inebriada com as facilidades advindas da sua profissão ou, pura e simplesmente, fazendo o que outros fazem mas com as repercussões devidas à sua (relativa) celebridade. Coisas mais ou menos inconscientes, mais ou menos gravosas, por vezes até cândidas. A serem dirimidas pela justiça, com toda a certeza, mas às quais podemos conceder a suspensão da nossa avaliação moral, naquilo do "errar é humano", muito mais em jovens: a pancada no bar, se em dia de folga; a condução desabrida, e por vezes acima do limite de alcoolização; o destrambelhar de uma situação orgiástica, etc. Maus julgamentos momentâneos, sangue na guelra, imaturidade, valores pouco burilados, tudo a vir ao de cima em situações espontâneas. Lamente-se mas que atire a pedra quem nunca pecou. Ou seja, que a justiça funcione, ressarcindo hipotéticos lesados, mas sempre submetendo-se à vontade de regenerar, de a todos, os lesados e os prevaricadores, proteger pois enquadrar. O que significa a inadmissibilidade de "julgamentos exemplares". E que nós, cidadãos, compreendamos que a vida não é um mosteiro, que os jovens atletas não são uns monges ascetas, e que não devemos ser excessivamente moralistas. Nisto, como no resto.

Mas as notícias que nos chegam sobre este caso dizem algo diferente. Ruben Semedo está detido por, em grupo, ter sequestrado um homem no intuito de lhe sacar informações sobre o paradeiro de outrem. Agrediu-o, feriu-o, ameaçou-o de amputação, ameaçou-o de morte com uma arma de fogo. Isto não é um conjunto de putos jogadores (muito bem pagos) a roubarem numa loja, pela piada da malandrice, um miúdo já algo aviado à porrada numa discoteca, um tonto inconsciente demasiado bebido a perder o controle da "bomba" que comprou com o magnífico salário (ou que a marca lhe deu, para sua publicidade), ou o aguerrido viril a não aceitar o inopinado "não" que a miúda, daquelas que circundam os jogadores, decide no momento dos "finalmente". Tudo coisas de facto "inaceitáveis", crimes umas, burrices outras, mas "compreensíveis", enquadráveis no sentido de serem alvo de solidariedade, o que não significa "desculpabilização", irresponsabilização. Pois um "não é um não", sempre, ou a segurança rodoviária é fundamental, etc.

Mas os actos do Ruben Semedo não são isso, nem uma cena de momento, de exaltação, inebriada até. São puro gangsterismo. São mais do que inaceitáveis. Que os seus amigos jogadores do Sporting queiram pegar no telefone e fazer-lhe chegar a sua solidariedade é com eles. Que os profissionais do Sporting utilizem as instalações e as actividades do clube e, também, o capital social (a visibilidade, acima de tudo) que lhes advém da sua situação profissional e do seu enquadramento institucional (clubístico) para demonstrarem solidariedade pública - como o capitão William Carvalho também acaba de fazer  - com o autor destes actos é muito gravoso. A questão não é que o jogador tenha sido "formado" no clube. Foi-o, mas não é relevante para o caso ("acontece nas melhores famílias"). A questão é que solidariedade pública assumida em quadro institucional usa e abusa da instituição. Conspurca-a, até. Violenta-a.

E devia ter havido alguém a explicar estas matizes aos jogadores.

Tudo ao molho e FÉ em Deus - Cu bo ti fim do mundo(*)

O Sporting joga muito pouco. Em 24 jogos, temos menos 1 golo marcado que o Sporting de Braga, menos 14 que o Benfica e menos 18 que o Porto. Em contrapartida, no que diz respeito a estrelinha da sorte, ninguém nos bate

 

O Sporting iniciou o jogo com Battaglia a lateral direito - só tinha jogado nessa posição em Santa Maria da Feira, após lesão de Piccini - , Acuña a lateral esquerdo e Petrovic a trinco. Discursar sobre táctica nesta partida seria o mesmo que debater o papel de um conjunto vazio na teoria dos conjuntos. O jogo leonino foi de uma anarquia total, apenas abanada pela raça de Bruno Fernandes (foi ele que foi estorvar Bilel no golo anulado ao Moreirense), pelas arrancadas de Gelson - sempre a definir mal o último passe, até no golo, em que beneficiou de uma carambola - e por alguns movimentos interessantes de Bryan Ruiz (durante a primeira parte).

 

A equipa leonina podia e devia ter matado o jogo durante a primeira parte. Contra o último colocado na Liga, uma equipa "petite" treinada por um treinador Petit, o Sporting desperdiçou várias oportunidades nesse período, com Bruno Fernandes (por duas vezes), Battaglia e André Pinto a falharem a concretização. Também Bryan Ruiz perdeu a habitual oportunidade quando isolado perante Jhonatan. Este, sem saber (como), chegou ao intervalo com a sua baliza inviolada. É de familia, os seus pais também não sabem (onde) pôr os "h"...

 

O que Jhonatan sabe muito bem fazer é antijogo. Ele e os cónegos que o acompanham. A partida ficou marcada por um estranho critério técnico e disciplinar do juíz Tiago Martins, o qual, por indicação errada do quarto-árbitro, viria a expulsar Petrovic na segunda parte. Não que isso tivesse um grande efeito na nossa equipa, afinal continuámos a jogar com 10, embora sem termos 11 em campo a partir sensivelmente da hora de jogo.

 

Com 2 inocentes na frente de ataque, um (Montero) sem raça para ganhar a bola e fazer jogo entrelinhas, outro (Doumbia) com uma relação péssima com qualquer tipo de objecto esférico, o "frisson" vinha apenas dos pés de Gelson e Bruno Fernandes. Até que entrou o jovem Leão, naquele seu jeito de quem está a jogar uma peladinha, o qual, já no segundo minuto do período de compensação, ziguezagueou entre dois adversários e serviu Gelson para um golo feliz. 

 

Como referi em cima, os melhores foram Bruno Fernandes, Gelson e Bryan Ruiz (deu dois golos cantados). Para além destes, Rui Patrício (2 grandes defesas e uma antecipação providencial numa bola perdida). Battaglia foi muito esforçado, mas fez essencialmente falta no meio campo, onde Petrovic ficou claramente aquém e Misic estreou-se discretamente. Os centrais estiveram algo irregulares e Acuña mostrou a raça do costume, mas esteve menos certeiro no cruzamento.

 

Jorge Jesus montou mais uma vez uma "táctica" em que expôs desnecessáriamente a equipa, dado o despovoamento do miolo central, mais potenciado pelo curto raio de acção e ausência de ritmo de Petrovic. Houve momentos do jogo onde Bruno Fernandes ou Gelson eram o último homem. Noutros, Coates era o homem mais adiantado. Bem sei que JJ sonha com a Laranja Mecânica, mas o que vimos ontem foi um limão espremido à mão. Definitivamente, ficou provado nos 2 jogos com o Moreirense que não temos boa ligação com cónegos...

 

No final do jogo, na "flash-interview" e na conferência de imprensa, Jesus queixou-se dos adeptos que "não souberam ajudar a equipa". Eu sei que, para o Mister, os adeptos do Boavista é que são bons, mas dizer mal dos bravos que desafiaram a intempérie, numa segunda-feira à noite, não me parece bem. Ainda acabou a dizer que a vitória foi dos jogadores do Sporting. Pudera!... Sinal de esperança, e contrariando declarações recentes, foi quando JJ afirmou que "não jogam esses, jogam outros". That`s the spirit!!!

 

A arbitragem esteve desastrada. Tiago Martins esteve muito mal, o quarto-árbitro influenciou-o negativamente e o vídeo-árbitro não reparou a injustiça da expulsão de Petrovic, embora tenha anulado, bem, o golo do Moreirense, por mão na bola de Bilel que escapou à visão do auxiliar.

 

Em resumo, um jogo muito pouco conseguido e uma vitória à Pirro que vai fazer com que Gelson não esteja presente no Dragão e Bruno Fernandes chegue a essa partida ainda mais desgastado que a estrelinha que nos tem acompanhado (Dost jogará?). Na sexta-feira, no Porto, ou ganhamos ou a disputa pelo campeonato termina para nós. Espero, por isso, que deixemos de jogar à italiana, para que na próxima época não tenhamos de jogar à albanesa (do antigamente), isto é, isolados do resto da Europa. 

 

(*) em crioulo, "estou contigo até ao fim". Mensagem destinada a Ruben Semedo, mas que bem podia ser aquela que melhor define o apoio incondicional proveniente das bancadas a este clube, a esta equipa.

 

Tenor "Tudo ao molho": Gelson Martins

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José Carlos Quitério Almeida: fixem este nome!

Almeida, personagem da twilight zone*, agora também pode ficar conhecido por Linceu, aquele que na mitologia grega “tinha uma visão tão apurada que podia ver através de uma parede de pedra o seu interior...”. Sim, um verdadeiro olho de lince.

Só nos sai disto!

 

*Série que no Brasil recebeu o nome de “Além da imaginação” e em Portugal “A quinta dimensão”

Rescaldo do jogo de ontem

Gostei

 

Segunda vitória consecutiva por margem mínima ao cair do pano. Há uma semana, 2-1 em Tondela aos 98'. Hoje, um pouco mais cedo: iam decorridos 92' quando Gelson Martins conseguiu enfim introduzir a bola na baliza do Moreirense. Saímos nesta noite chuvosa de Alvalade com um resultado muito escasso: 1-0, frente ao último classificado da Liga. Mas o que interessa são os três pontos que conseguimos amealhar. Mantemo-nos na segunda posição, com a mesma pontuação do Benfica, e a cinco pontos do comandante, FC Porto, que defrontaremos na próxima sexta-feira na Invicta.

 

De Gelson Martins. Foi sempre o nosso jogador mais inconformado, mais veloz, mais irreverente, o que mais acelerou o jogo e mais procurou a baliza adversária. Foi recompensado pelo golo, que procurou sem desfalecimentos e que mantém o Sporting na corrida pelo título. Municiou muito bem Bryan Ruiz aos 31', teve uma grande arrancada pela direita aos 46', rematou com boa colocação aos 58', conduziu de forma exemplar um contra-ataque ao 64'. E ainda fez de lateral sempre que foi necessário, indo à dobra de Battaglia, hoje defesa direito improvisado. Pena ter despido a camisola quando marcou o golo: valeu-lhe o segundo cartão amarelo e vai falhar o jogo do Dragão. Uma lamentável infantilidade daquele que foi o melhor jogador em campo.

 

De Rafael Leão. Jorge Jesus voltou a apostar nele, lançando-o aos 59'. Valeu a pena: o avançado júnior formado em Alcochete protagonizou o momento crucial do jogo ao conduzir o lance do golo, progredindo com a bola controlada e deixando três adversários para trás numa sequência de dribles antes de servir Gelson. Primeira assistência na equipa principal deste jovem tão promissor.

 

De Bruno Fernandes. Tentou muito, faz várias vezes a diferença: faltou-lhe apenas aprimorar a finalização em dois lances na primeira parte, aos 14' e aos 40'. Revelou sempre boa leitura de jogo, mas foi condicionado pelo duplo pivô do onze adversário que lhe travou a manobra enquanto médio de construção, desta vez mais recuado em função da ausência de William. Melhorou de rendimento quando subiu para segundo avançado, aos 59', com a saída do inútil Montero. E chegou até a funcionar como improvisado defesa central num perigoso contra-ataque do Moreirense, aos 52', em que acompanhou sempre o adversário que transportava a bola, forçando-o a cometer falta, o que levou à anulação do golo que surgiu nesse lance da equipa comandada por Petit.

 

Da estreia de Misic.  Contratação de Inverno do Sporting, o médio defensivo croata só esta noite se estreou de verde e branco, entrando aos 69'. Não deu muito nas vistas, numa fase em que a equipa já denotava bastante nervosismo por não conseguir desfazer o 0-0 inicial, mas também não comprometeu. Precisa de mais tempo de jogo.

 

Dos dois jogadores poupados ao amarelo.  Bruno Fernandes e Coates entraram em campo "tapados" com quatro amarelos: bastava terem visto mais um para falharem o decisivo clássico do Dragão. Felizmente nenhum deles mereceu advertência disciplinar neste jogo. Vamos contar com eles na sexta-feira.

 

Da nossa boa organização defensiva. Levamos já um total de 630 minutos consecutivos sem sofrermos golos em casa para o campeonato. Hoje voltámos a ver a nossa baliza invicta, apesar de termos jogado com dois médios adaptados a laterais - algo nada comum.

 

Da sorte que nos vai sorrindo. Outro jogo disputado, outra vez a "estrelinha" da fortuna a brilhar sobre a equipa do Sporting. Mesmo em noite de chuva. Será a "estrelinha de campeão"? Se não é, imita muito bem. Ela que apareça: será sempre bem-vinda.

 

 

 

Não gostei

 

 

Das ausências. O Sporting entrou em campo com uma equipa totalmente retalhada. Bas Dost ficou de fora por lesão, Mathieu esteve ausente por castigo. Uma síndrome viral impediu outros jogadores de alinhar: Fábio Coentrão, William Carvalho, Piccini, Ristovski e Palhinha. Jesus viu-se forçado a formar o onze titular com o irrelevante Petrovic como médio defensivo enquanto Battaglia e Acuña asseguravam as laterais e André Pinto colmatava a ausência de Mathieu no eixo da defesa. Demasiadas alterações para um jogo só.

 

Das oportunidades perdidas. Neste jogo foram diversas, para não variar. Duas de Bruno Fernandes (14' e 40'), uma de Battaglia (17'), outra de Bryan Ruiz (31'), outra ainda de André Pinto (45'+1'), mais duas de Coates (64' e 89'). Uns atiraram por cima, outros remataram ao lado, alguns permitiram a intervenção do guarda-redes. Continuamos a revelar problemas sérios em zona de finalização, algo inadmissível num candidato ao título.

 

De Montero. Actuando como segundo avançado, o colombiano voltou a desiludir. Nunca combinou com Doumbia, desta vez o ponta-de-lança de serviço, não esticou o jogo, não deu profundidade nem agressividade ao nosso ataque, não abriu linhas de passe nem soube procurar as entrelinhas. Falta-lhe intensidade e a equipa reflecte-se disso. Saiu aos 59', dando lugar a Rafael Leão.

 

Da expulsão de Petrovic. O sérvio, que jogou na posição habitual de William Carvalho, recebeu um cartão amarelo aos 39'. Por falta que existiu. Mas foi advertido com um segundo - e a consequente expulsão - por falta que só ocorreu na imaginação do auxiliar da equipa de arbitragem comandada por Tiago Martins. Estavam decorridos 60'. O Sporting, lesado por tamanha incompetência, jogou mais de meia hora só com dez jogadores. A expulsão de Gelson - também por acumulação de amarelos - ver-nos-ia reduzidos a nove já ao cair do pano.

 

Dos assobios. Jesus, no final, estava furioso com os adeptos. E percebia-se porquê. Uma vez mais, quando as coisas não correm de feição, as bancadas de Alvalade desatam a vaiar os jogadores. Como se isso resolvesse algum problema. É um comportamento inaceitável, que merece a mais severa reprovação. Quem vai para o estádio assobiar os jogadores durante a partida, mais vale ficar em casa.

Olheiro de Bancada - XXIV

Estava nas rulotes a enganar o estômago com uma sandocha e uma loira, quando o meu filho me avisa que Piccini e William não jogariam entrando em substituição Battaglia e Petrovic.

Logo no dealbar do jogo percebi das dificuldades do Sporting em resolver o problema chamado Moreirense.

- Hoje vai ser um jogo para sofrer - disse ao meu infante.

O relógio corria a uma velocidade louca, louca. Mas eu acreditei, acreditei. Sempre! Como sempre!

E ao invés do que disse JJ nas entrevistas rápidas nunca assobiei a equipa. Nunca! Mesmo nos momentos mais perdulários.

Sofri como há muito não sofria.

E agora digam-me lá, sportinguistas sofredores, quem foram o melhor e o pior jogadores leoninos esta noite em Alvalade?

Acabámos

Com nove.

Contra o Moreirense, que conseguiu desde o primeiro minuto (foi dos forasteiros o primeiro remate, pouco passava do minuto de jogo) contrariar a invenção, vim a saber após o jogo, forçada, de Jesus (um síndrome gripal atacou mais de meia equipa e parece que alguns até jogaram inferiorizados).

Já se percebeu que é muito fácil contrariar a táctica de Jesus: Defender alto e não deixar iniciar a fase de construção, é simples! A isto junta-se uns jogadores que sabem que não é daqui que lhes chegará o ordenado e uma equipa de arbitragem rafeira e está o caldo entornado.

Apesar de tudo a equipa criou algumas oportunidades de golo, algumas, duas pelo menos na primeira parte, falhadas infantilmente (mais uma vez) em cima da linha de golo.

Depois o quarto árbitro inventou uma falta que deu a expulsão de Petrovic, que até nem estava mal no jogo e o adversário cresceu mais ainda, mas curiosamente não chegou a rematar com perigo.

A entrada de Leão, ao que parece também ele um pouco combalido, não acrescentou grande coisa talvez mesmo por causa disso, mas a classe está lá e aquela assistência que acabou no golo é de craque!

O golo. A gente sabe que aquilo é muita adrenalina, havia a ânsia de dedicar o golo a um amigo em dificuldades, mas caramba, estamos a falar de um profissional que tendo acabado de "meter" a equipa na luta pelo campeonato, veio a prejudicar a equipa precisamente nessa luta, porque aquele vermelho impede-o de jogar na sexta próxima contra o FCPorto e todos sabemos a falta que fará.

E acabou então com nove. E com assobios a Doumbiá que me irritaram mais uma vez. Os nossos são para apoiar, sempre! E muito bem esteve Bruno Fernandes (um moiro de trabalho mais uma vez), a "exigir" as palmas aos adeptos.

Estamos vivos, pode ser por pouco tempo, mas estamos vivos e isso é o mais importante.

Um recadinho para Jesus: Eu repudio os assobios, mas não é ao treinador que compete criticar os adeptos. Jesus não se pode esquecer que já lá vão quinze anos que não ganhamos nada e que continuamos lá, todos os jogos, mais de quarenta mil. Se os jogadores, para ele, hoje foram leões, os adeptos são o quê, todas as semanas?

Sporting-Moreirense, uma crítica necessária

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Por mais simpatia que tenha pelo roupeiro (muitas vezes na actualidade dito "técnico de equipamentos") titular do Sporting não posso deixar de criticar esse sector da estrutura do clube: sabida a prisão do adepto do Benfica e jogador do Villareal, antigo colega de Gelson Martins, consabida a amizade de ambos, não poderia ter havido o cuidado de avisar Gelson da desnecessidade de incorrer riscos de castigo e, mais do que tudo, controlar os seus equipamentos antes de entrar em campo? Pois não são estas mensagens um hábito actual, sucedâneos da publicidade pessoal que a FIFA entendeu proibir, protegendo a publicidade institucional?

Enfim, devido a esse verdadeiro auto-golo não há dúvida de que o sector dos equipamentos foi o pior em campo hoje.

Nada mais me ocorre dizer, dado que também eu fui alvo daquilo do "surto gripal", essa maleita nova, e vou-me tratar.

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