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És a nossa Fé!

Melão de nata

Apostaram muitas fichas no Benfica C, que quase cumpriu o papelão que lhe foi atribuído. Mas a gente lá vai aprendendo a desbravar esta selva de manhas que é o futebol português. Resultado: mais um melão. No estádio, houve um momento de pânico quando ocorreu ao catedrático mandar o William marcar o penálti. Toda a gente se lembrou da final do Europeu de sub-21: ia o catedrático estragar com uma das invenções em que é pródigo aquela oportunidade tão duramente conquistada? Não estragou.

Sá Pinto

Enquanto treinador de futebol, eu estimo mais é que o Sá Pinto se lixe!

Gostava que ele tivesse a gentileza de explicar porque foi jogar de perna aberta à capoeira, e porque veio hoje a Alvalade com duas camionetas de pasteis que plantou em frente à sua baliza.

Patrício deve ter tido o jogo mais descansado da sua excelente carreira.

Obrigado Tonel, por teres ajudado a desatar o nó.

Os nossos jogadores, um a um

Tardou mas chegou. Uma vez mais o Sporting arranca uma vitória quase ao cair do pano. Confirmando que no campeonato em curso ninguém deve abandonar o estádio antes do apito final.

Tal como já havia sucedido frente ao Arouca, superámos esta etapa com alguma dificuldade mas o nosso triunfo é indiscutível. Desta vez perante um Belenenses que sob o comando de Sá Pinto se revelou uma equipa bem organizada em termos defensivos mas inócua do meio-campo para a frente.

Realce para a dupla Montero-Slimani, que desta vez funcionou embora a boa articulação entre o argelino e o colombiano não tenha resultado em golo. Perante o impasse que permanecia no marcador, Jorge Jesus fez tudo para virar o resultado. Fazendo entrar sucessivamente Gelson Martins, Matheus Pereira e Tanaka.

Aposta bem-sucedida. Confirma-se que a sorte protege os audazes.

O melhor em campo, para mim, foi William Carvalho.

 

...........................................................................

 

 

RUI PATRÍCIO (5). Discreto. Limitou-se praticamente a ser mais um espectador no estádio José Alvalade. O Belenenses fez tudo para não incomodar o nosso guarda-redes.

JOÃO PEREIRA (5). Oscilante. Foi pela ala direita que canalizámos quase todo o nosso jogo na primeira parte. Mas os centros não lhe saíram bem. Perdas de bola aos 82' e 84'.

PAULO OLIVEIRA (6). Eficaz. Sacudiu a bola sem cerimónias sempre que necessário. Grande corte aos 51'. Subiu várias vezes no terreno, procurando apoiar o nosso ataque.

EWERTON (7). Sereno. Travou as investidas do clube adversário com calma olímpica e boa capacidade técnica. Saiu diversas vezes com a bola controlada, galgando terreno.

JONATHAN SILVA (5). Contido. Pareceu passar ao lado do jogo na etapa inicial. Despertou na segunda parte com uns passes bem medidos, embora escassos.

WILLIAM CARVALHO (7). Decisivo. Falhou passes mas recuperou bolas e travou contra-ataques. Determinante a sua frieza no instante do penálti - o seu golo de estreia nesta Liga.

ADRIEN (6). Combativo. Bom distribuidor de jogo no carrocel do meio-campo leonino. Mas aquém de outras exibições nesta temporada. Acusou algum cansaço. Saiu aos 57'.

JOÃO MÁRIO (7). Lutador. Alguma inconsistência na primeira parte. Foi melhorando à medida que o tempo passava, conduzindo o ataque. Grande qualidade de passe.

BRYAN RUIZ (7). Arguto. Quase marcou aos 38', na melhor jogada do jogo. Merecia o golo, que faria levantar o estádio. Só raras vezes se libertou das marcações cerradas.

MONTERO (7). Desequilibrador. Combinou bem com Slimani na frente. Grandes passes aos 4', 7' e 44', servindo o argelino e Ruiz. Quase marcou aos 62' a passe de Jonathan.

SLIMANI (6). Batalhador. Desta vez não fez a diferença - sobretudo porque lhe chegou pouco jogo em condições. Bom cabeceamento aos 84'. Cada vez melhor tecnicamente.

GELSON MARTINS (7). Determinado. Entrou aos 57', para substituir Adrien, e não tardou a esticar o jogo, tornando-o mais veloz. Excelente passe isolando Matheus Pereira aos 79'.

MATHEUS PEREIRA (6). Irrequieto. Substituiu Montero aos 67'. Grande jogada aos 75' mas abusou do individualismo na finalização. Falhou golo aos 79' por muito pouco.

TANAKA (5). Voluntarioso. Entrou aos 80', rendendo Bryan Ruiz. Bom cruzamento aos 84', servindo Slimani. Tentou bastante mas conseguiu pouco nesta estreia na Liga 2015/16.

Rescaldo do jogo de hoje

Gostei

 

De ganhar ao Belenenses. Mais uma etapa superada na conquista do título de campeão nacional que todos ambicionamos para o Sporting.

 

De ver a nossa equipa com a liderança consolidada. Já vamos com 29 pontos. Mais cinco do que o FC Porto, segundo classificado.

 

De Bryan Ruiz.  Coube-lhe a mais vistosa jogada individual do desafio, aos 38', quando driblou sucessivos adversários e rematou para golo, forçando o guarda-redes Ventura à defesa da noite. Uma vez mais o costarriquenho em grande nível.

 

De William Carvalho. Recuperou bolas, abriu linhas de passe, empurrou a equipa para a frente. E protagonizou o momento do jogo ao marcar de forma exemplar, com nervos de aço, a decisiva grande penalidade que nos deu a vitória aos 93'. O melhor Leão em campo.

 

De Gelson Martins. Entrou aos 57', substituindo Adrien. Imprimiu mais velocidade à equipa logo no primeiro minuto em campo. Jogou e fez jogar. Está menos individualista. Melhora de desafio para desafio.

 

Da estreia de Tanaka na Liga 2015/16. O japonês foi lançado aos 80', entrando para o lugar de Bryan Ruiz sob uma calorosa ovação das bancadas. Não marcou mas ajudou a abrir o nosso ataque.

 

Da nossa quinta vitória consecutiva no campeonato. Após derrotarmos o V. Guimarães (5-1), Benfica (3-0), Estoril (1-0) e Arouca (1-0).

 

Do nosso quarto jogo sem sofrer golos. A solidez do nosso reduto defensivo faz toda a diferença em relação ao campeonato anterior.

 

Da arbitragem. Artur Soares Dias teve um bom desempenho que merece ser assinalado.

 

 

Não gostei

 

Do zero a zero aos 90'. O golo isolado só surgiu ao cair do pano, no tempo extra. Podia e devia ter surgido mais cedo, atendendo ao domínio indiscutível do Sporting.

 

Da lentidão na primeira parte. Faltou imprimir velocidade ao nosso jogo. Tardámos em pôr o pé no acelerador.

 

Do nosso ataque demasiado previsível. Quase todos os lances ofensivos do Sporting, na primeira parte, foram conduzidos pelo lado direito. Como se não tivéssemos ala esquerda.

 

Da lesão de Jefferson. O brasileiro, rei das assistências leoninas na Liga 2015/16, fez falta nesta partida.

 

Da inépcia do Belenenses. Os azuis do Restelo não fizeram um ataque digno desse nome. Rui Patrício foi praticamente um espectador neste desafio em que o Sporting fez seis vezes mais remates (18 contra 3) e teve 64% de posse de bola.

Não apreciei de todo...

... Que só a 45 minutos do início do jogo tenham aberto as portas do estádio. Cheguei cedo mas acabei por me sentar no meu lugar quase à hora do jogo muito por causa das filas e das tão costumadas revistas. Não sei de quem foi a culpa desta situação ou se são os regulamentos da Liga que impõem esta regra, mas que não gostei isso é certo.

O que diz Bruno

«Não sairá nenhum jogador essencial em Janeiro.»

 

«Continuo a achar que Carrillo não sairá a custo zero.»

 

«Ficaria muito feliz e contente em poder ter o Quaresma na equipa do Sporting.»

 

«O Sporting não quer ser campeão de Inverno: quer ser campeão nacional.»

 

«O Jorge Jesus é um dos grandes treinadores mundiais da actualidade.»

 

«Nem eu nem o Jorge Jesus gostamos de perder, nem ao berlinde.»

 

Bruno de Carvalho, em entrevista à edição de hoje do Record

Metade dos golos sofridos

Continuamos em primeiro lugar no campeonato. Com oito vitórias e dois empates. Há um ano tínhamos menos nove pontos. Seguíamos num desolador oitavo lugar. Com quatro vitórias, cinco empates e uma derrota.

Temos mais golos marcados (19, mais um do que há um ano) e metade dos golos sofridos (agora apenas cinco, enquanto na Liga anterior seguíamos já com dez golos sofridos à décima jornada).

As coisas são o que são.

À atenção de Fernando Santos

Adrien Silva esteve em destaque na vitória do Sporting que ditou a eliminação do Benfica da Taça de Portugal, meu caro engenheiro.

O médio leonino, capitão da equipa, marcou o primeiro golo e foi o autor do fortíssimo remate que esteve na origem do segundo, proporcionando a recarga vitoriosa de Slimani.

 

O excelente desempenho de Adrien ficou assinalado de forma unânime na imprensa desportiva:

A Bola: «Um golo de raiva e um início de segunda parte arrebatador.»

O Jogo: «Jogaço do médio. Desatou o nó que o Benfica atou e igualou num fuzilamento. De grande tenacidade, foi vital nas recuperações.»

Record: «Foi decisivo. (...) O equilíbrio que dá à equipa é um luxo.»

 

Deixo estes factos à sua consideração, meu caro. Não vá repetir-se na próxima convocatória da selecção nacional o esquecimento ocorrido na mais recente, em que Adrien - certamente por lapso - ficou esquecido.

Prefiro assim...com Montero!

Nunca me esqueci de uma frase que Jorge Palma escreveu no interior do álbum "Só":

"Havia duas maneiras de fazer este álbum: ou fazíamos bem ou fazíamos assim. Fizemos assim."

 

Em relação ao ataque do Sporting também penso o mesmo. Há duas formas de jogar: ou com Montero ou com Slimani. Na minha opinião os dois são totalmente incompatíveis porque a inteligência de um é totalmente sonegada pela forma de agir do outro. O que muitas vezes parece um erro do primeiro mais não é que a falta de percepção do segundo.

 

Há quem pense (seguramente a maioria) que com Slimani é que é, mas eu não tenho dúvidas: com Montero é muito melhor e muito mais bonito. Só com Montero em campo é possível jogar como jogámos ontem. E ontem foi muito melhor e muito mais bonito. Em termos de futebol jogado, que é o que me interessa.

Nada fácil

«Não está ser fácil ser benfiquista esta época. As saborosas vitórias do ano passado parecem longínquas. O bicarbonato de bola dilui-se como bicarbonato de soda, na água que vai passando a cada semana debaixo da ponte onde se perdem expectativas na Liga e aspirações na Taça. (...) Quando um empate contra o Astana sabe quase a vitória, pela recuperação de um resultado negativo ao longo do jogo, está mais marcada a aflição do que a ambição.»
Pedro Santos Guerreiro, no Record de ontem

Os nossos comentadores merecem ser citados

«É minha convicção que o Sporting Clube de Portugal deveria ser seriamente punido, quiçá com descida de divisão, por bullying continuado, perpetrado numa agremiação que, pela sua evidente vulnerabilidade, apresenta poucas hipóteses de reacção, mesmo tendo em conta o seu hálito de cebolada, acrescido do odor a iogurtes fora de prazo e que, pela sua putrefacção, poderia servir-lhe de arma de defesa.»

Francisco Gonçalves, neste texto do José da Xã

Montero e Gutiérrez: quem marcará mais? - VI

No passado dia 1 de Novembro avisei aqui Montero que tinha de arrepiar caminho pois Teo parecia ter ganho vantagem neste simpático e saudável duelo entre os ponta-de-lança colombianos.

Fredy, que contra o Benfica nem jogou grande coisa, acabou ontem à tarde/noite por ser o herói de Moscovo, ao marcar o seu quarto golo nesta temporada. E se fosse só isso...

Também mostrou muita raça, grande vontade e soberba qualidade tendo contribuído para a enorme alegria dos sportinguistas.

Ora neste mini campeonato temos: Teo - 6 - Montero - 4.

Está interessante este duelo, não está?

Leão da Estrela só há um

O Leão da Estrela é um dos mais memoráveis filmes do cinema português e tem um lugar especial no coração dos sportinguistas. Um filme de família, uma comédia de ligeiros costumes, como se impunha na época. A propósito de um Porto-Sporting, o filme narra as venturas e desventuras intemporais da classe média-médiaalta-médiabaixa, das diferenças de classes, das aspirações sociais e do amor que no fim tudo vence. Um tema recorrente nas telenovelas e como tal apetecível para grandes bilheteiras, uma assumida ambição do realizador Leonel Vieira, que decidiu fazer um "remake".

O filme, que não vi nem tenciono ver, vem a revelar-se um enorme embuste. Mantém o título "O Leão da Estrela" e, vai-se a ler,  "Com argumento adaptado de Tiago R. Santos, "O Leão da Estrela" tem algumas alterações em relação à comédia de 1947. O protagonista, Anastácio, trabalha nas Finanças e, em vez de ser sportinguista, é um ferrenho adepto dos Leões de Alcochete, clube que irá defrontar o Barrancos do Inferno."

A essência da versão original colocava o jogo Sporting-Porto num plano secundário, como pano de fundo para a comédia de costumes. Ainda assim, passava a mensagem de uma saudável rivalidade entre os dois clubes, a cordialidade entre adeptos e a emoção de um jogo de dois grandes (o filme original, de 1947, decorre curiosamente também num período áureo do Sporting).

Este branqueamento da essência do original, e que dá título ao original, é um lamentável e inútil engodo.

 

(Agradeço ao João Castro para este alerta no Twitter @castrojr76)

 

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