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És a nossa Fé!

Milagre!

 

Sim, já todos sabemos que o futebol é terreno fértil em factos assombrosos. E que desde que um célebre dirigente viu um porco a andar de bicicleta os fenómenos sobrenaturais começaram a suceder-se a uma velocidade vertiginosa. Se dúvidas houvesse, aí teríamos o cabelo de Jorge Jesus a comprová-lo. Todavia, há fronteiras que eu próprio acreditava serem insuperáveis. Por exemplo, parecia-me impossível que uma equipa com um guarda-redes e sete jogadores de campo pudesse actuar em 4x3x3. Mas isso foi antes de ler a edição online do Record.

Letras na bola

Bruno Prata, no Público: «É fácil encontrar portugueses que ainda há pouco tempo falavam como se fossem adeptos do Barcelona desde pequeninos e que agora, à custa do entusiasmo nacionalista criado pelo "Mou team", já defendem que as derrotas do Barça na liga espanhola e na Champions significam o fim de um ciclo. Um disparate. Um ano sem vitórias significativas não anula a capacidade nem os méritos de um treinador que foi capaz de reinventar um novo conceito de futebol.»

Arquivo do Passado

Postal (original): De pé: João Sobrinho, Jorge Costa, Chana, António Livramento, António Garrido e Torcato Ferreira (Treinador) Em baixo: Carlos Alberto, Carmelino, António Ramalhete e Júlio Rendeiro (cap.) - Campeão Nacional 1975/76 e 1976/77, Vencedor da Taça de Portugal 1976/77 e Campeão dos Clubes Europeus 1977 * O primeiro clube português de hóquei em patins a conquistar o título europeu. 

Ninguém pára o Benfica

 É verdade, ninguém pára o Benfica, mas o Futebol Benfica, ou melhor, o Fofó. Ontem, uma belíssima vitória contra o grande Casa Pia: 4 a 1 depois de ter chegado ao intervalo a perder 1 a 0. Para a semana, uma vitória sobre o Pêro Pinheiro e mais um passo histórico rumo à II Divisão B. Na foto: este é o primeiro golo do "Drougba do Fofó", Adilson.

" Enorme rival, enorme afición y enorme Club."

Fui a Bilbau e tenho a dizer que foi uma experiência única. Com um final muito triste mas orgulhoso. O convívio entre os adeptos de ambos os clubes foi algo que nunca tinha visto ou presenciado. Nas ruas antes do jogo havia sempre um sorriso, uma picardia positiva ou um convite para beber uma cerveja. O sentir orgulho em ser Sporting Clube de Portugal esteve muito presente nestes dias. A noite anterior e o dia do próprio jogo foram momentos de verdadeiro rejubilo Sportinguista. No final do jogo os adeptos do Athletic estiveram de pé vários minutos a aplaudir-nos e a cantar "eSporting". Quando saímos do estádio tínhamos à nossa espera um corredor humano com milhares de adeptos mais uma vez a aplaudir-nos, a cantar "eSporting" e a pedir para trocarmos camisolas ou cachecóis. Foi um momento fantástico e que nunca vou esquecer. 

 

Passei pelo fórum deles e partilho convosco algumas frases que lá se encontram:

 

"Todo fue perfecto ayer, todo salio como estaba planeado. Y en este post queria dar las gracias a todos los aficionados de este club, que lograron que despues del partido el ambiente fuese espectacular. Te paraban a hablar, nos deseaban suerte para la final... Un lujo de aficionados. Que pena que esto se vea poco en el futbol."

 

"No pararon de animar a su equipo (fueron bulliciosos en el buen sentido), y al final se llevaron la ovación de San Mamés.
Me dieron muy buena impresión."

 

"Club, equipo y afición han demostrado excelencia. Chapeau para ellos.Da gusto cruzarse con gente así."

 

"Demostraron ser un equipo grande en el campo y en las gradas. Suerte Sporting!!! "

 

"El fair play ha estado presente en todo momento. Así da gusto, el fútbol es una fiesta. Un Gran rival "

 

"Espectaculares en Lisboa y lo mismo en San Mamés. Es una afición muy parecida a la nuestra. "

 

"Enorme rival, enorme afición y enorme Club." 

 

"Les voy a tener siempre en el corazón. Estuve en Lisboa y nos trataron de lujo, y ayer verles tras la derrota cambiándose las camisetas con nosotros era la hostia. "

 

"Un gran equipo y una gran afición "

 

Sporting Sempre!

Arquivo do Passado

Junho 6, 1993: Hilário da Conceição ladeado por um «simpático» rapaz, muito parecido comigo, na Tribuna do Estádio José de Alvalade no dia da recepção ao Paços de Ferreira. O mais interessante da fotografia não são os retratados mas sim o fotógrafo, o defesa central holandês Stanislaus Valckx que, momentos antes, em pleno balneário, foi impedido de se equipar pelo então presidente José Sousa Cintra. Quando o questionei sobre a sua surpreendente presença ali, uma hora antes do jogo, ele respondeu: «o presidente não me deixa jogar.» A causa desta extraordinária intervenção presidencial deve-se a um comentário do Stan, durante a semana, relativamente ao atraso do pagamento dos prémios de jogo. 

A luta continua

Cheguei ontem de Bilbao com a sensação do dever cumprido, ainda sem voz e com a cabeça a rebentar. Foi uma viagem emotiva, um aquecimento partilhado em festa com toda a cidade e um jogo grande. Não me lembro de um adversário que nos tenha recebido tão bem nos últimos anos, eu que nem sou de amizade fácil com a vermelhada. Isto, fora do campo. Já lá dentro a história foi outra. Um galinheiro que conseguiu ser pior do que o que o de carnide. Já sabíamos que ia ser difícil com um San Mamés tão unido, mas assim foi cruel. Coisa que não aconteceu em Alvalade. Quatro mil bascos com todas as condições de conforto e visibilidade. É óbvio que não foi por isto que Bucareste não vai constar no currículo, mas houve um Bilbao fora e dentro do estádio. Cá fora sempre a festejar. Lá dentro e com o apito final, só lágrimas. Muitas lágrimas. Amanhã lá estarei em Alvalade. A luta continua.

O futebol como metáfora da política

 

O futebol pode ser uma metáfora da política. Pensei nisto esta noite, ao ver o jogo das meias finais entre o Barcelona e o Inter, com um Camp Nou cheio de adeptos a incentivar o clube catalão. Durante 90 minutos, o Barça jogou ao ataque, pressionando o último reduto italiano. E chegou a marcar um belíssimo golo, por Piqué. Insuficiente, no entanto, para anular o 3-1 da primeira mão, jogada em casa do Inter.

Sem uma jogada ofensiva, sem um remate à baliza, sem um único avançado, o clube treinado por José Mourinho ganhou o acesso à final com o Bayern de Munique. Só por ter sido eficaz a defender. O espectáculo que deu no estádio foi deprimente. A "justiça" - termo que os nossos comentadores desportivos adoram - do desfecho foi nula. Mas não estamos no reino da estética: como dizia o outro, quem quer espectáculo compra bilhete para a ópera. E também não estamos no domínio da justiça, como se um relvado fosse um tribunal: se estivéssemos, o Barça seria um vencedor obrigatório.

Estamos no domínio dos resultados. Só isso. Mourinho transformou a sua equipa num intransponível muro de betão. Dando mau espectáculo e condenando ao fracasso o futebol de ataque. Mas carimbou o passaporte para a final.

E é por isto que o futebol me parece uma metáfora da política. Não interessa se o espectáculo é feio ou se o desfecho é "injusto".

Só os resultados contam.

Reedito este texto, publicado originalmente aqui. Faz hoje precisamente dois anos.

Lagartos e lampiões

 

No seu mural de facebook o meu querido amigo Miguel Valle de Figueiredo, sportinguista imenso, dá a conhecer esta preciosidade, acompanhada da explicação:

 

"Daqui vem o nome "Lagartos", assim apelidados os títulos da subscrição para a construção do estádio "José Alvalade."

 

Aí mesmo um seu amigo, Jorge Roza de Oliveira, esclarece ainda:

 

"Lampiões nada tem a ver com as luzinhas atrás nos comboios, como se diz por aí. Nos anos 30, começo de 40, os sportinguistas começaram a chamar aos benfiquistas de lampiões, porque Lampião era nessa altura um famoso ladrão e bandido do nordeste brasileiro. E os sportinguistas achavam que o Benfica era muito beneficiado pelos árbitros e começaram a aplicar assim o termo lampião."

 

Irmanados nas alcunhas. No convívio da bola, por mais que tantos não o queiram assim.

Johan Cruyff - Pep Guardiola, as comparações

Pela despedida de Pep Guardiola do Barcelona, surge novamente o debate sobre o sucesso do seu reinado e o do lendário Johan Cruyff. Algumas das manchetes da actualidade denominam os quatro anos de Guardiola como «o melhor Barça de sempre», argumento compreensível mas discutível, mormente pelo futebol mais dinâmico e empolgante que, na opinião de muitos, as equipas do técnico holandês praticavam, pese a elevada nota artística e o domínio do mais recente Barcelona.

Guardiola orientou a equipa entre 2008 e 2012, enquanto Cruyff permaneceu exactamente o dobro das épocas, entre 1988 e 1996. O primeiro conquistou o total de 14 troféus, incluindo três campeonatos (2008-09/2009-10/2010-11), duas Taças da Liga dos Campeões (2008-09/2010-11), duas Supertaças Europeias e duas Taças do Mundial de Clubes da FIFA. Johan Cruyff gravou o seu nome em 11 troféus, quatro campeonatos consecutivos (de 1990-91 a 1993-94), uma Taça das Taças (1988-89), uma Taça dos Campeões Europeus (1991-92) e uma Supertaça Europeia. Curiosamente, Guardiola, enquanto jogador, esteve seis épocas sob o comando de Cruyff.

Os tempos são diferentes e os jogadores que constituiam as equipas também. Cruyff formou a então denominada «equipa de sonho», com Ronald Koeman, Michael Laudrup, Romário e Stoichkov. Guardiola contou com Xavi, Iniesta, Puyol e o inevitável Lionel Messi. Pep Guardiola foi muito rápido a somar títulos mas, com eles, a acrescida pressão que, pelas suas próprias palavras, é a principal causa da sua saída do clube. Dois períodos fabulosos do futebol do Barcelona. Fica para a história e para os «aficionados» decidirem qual o mais glorioso. 

Frase da Semana

 

«Boa noite família sportinguista. Em primeiro lugar quero agradecer o vosso apoio e dedicação. Hoje, independentemente de não conseguirmos realizar o vosso sonho, têm de ter orgulho nesta equipa fantástica. Em nome de toda a equipa, um enorme obrigado.

 Viva o Sporting, viva o Sporting ! »

 

-    Ricardo Sá Pinto    -

Um louvável acto de contrição

Por questão de elementar justiça, cumpre-me assinalar aqui o assumido "acto de contrição" de Daniel Oliveira na sua habitual coluna das sextas-feiras no Record. Há dois meses critiquei-o aqui pelas rudes palavras com que alvejou Ricardo Sá Pinto no início das funções do actual treinador do Sporting. «Ninguém põe em causa o sportinguismo de Sá Pinto. Mas o clube precisa de alguém que crie uma equipa, não de um boxeur que as claques aplaudam» , escreveu na altura aquele colunista. Eram palavras indignadas. Eu reagi também com indignação a essas palavras, considerando-as "monumentais tiros no próprio pé".

Hoje, com louvável honestidade intelectual, vem reconhecer que estava enganado. Sem chutar para canto: «Enganei-me redondamente. Ricardo Sá Pinto não é apenas um grande sportinguista, coisa de que nunca duvidei. Revelou-se um excelente treinador. Ver a equipa do Sporting a jogar, nas últimas semanas, tem sido esmagador. Preciso de procurar muito nas minhas memórias recentes para me lembrar de uma coisa assim.»

São palavras que o dignificam. Até por ser pouco frequente que um líder de opinião em Portugal reconheça um erro de análise cometido por preconceito ou precipitação. Critiquei Daniel Oliveira na altura, só posso elogiá-lo agora.

Importa olhar em frente

Custa sempre perder. Mas custa menos perder quando vemos a nossa equipa bater-se com brio e tenacidade até ao fim.

Custa ver um golo sofrido mesmo ao cair do pano da primeira metade do jogo e outro à beira dos 90 minutos. Mas custa menos sofrê-los quando fica patente que a atitude combativa nunca esmoreceu.

Custa não ir à final da Liga Europa, a 9 de Maio. Mas custa menos por sabermos que nessa final estará uma equipa que soube defrontar a nossa em campo num jogo aberto e foi apoiada por um público que valorizou o espectáculo. 

Custa chegar ao fim da época e reconhecer que se perdeu demasiado tempo pelo caminho até se formar uma equipa de futebol profissional verdadeiramente digna desse nome. E custa estar longe do combate pelo título ainda antes de o campeonato chegar ao fim. Mas custa menos por sabermos que, apesar dos percalços, o nosso clube tem dois titulares indiscutíveis da selecção nacional - Rui Patrício e João Pereira - que estará presente no Europeu da Polónia e da Ucrânia.

Custa ainda não termos ultrapassado a fase do quase. Mas custa menos pela certeza reforçada de que essa fase ficará para trás e novas vitórias virão aí.

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