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És a nossa Fé!

Uma estória

Mesa do 'jornaleiro' Bar Snob, em Lisboa, uns bons anos atrás, após um Domingo Desportivo da RTP. E após uns copos de uísque, como é de regra (não muitos, esclareço, para que se não crie a ideia de que...). Numa mesa, lá no cantinho da segunda sala, dois jornalistas do canal público, Miguel Barroso e Manuel da Costa, e alguns convidados do Domingo Desportivo daquela noite: Humberto Coelho, o árbitro Carlos Calheiros e... eu. Conversa fluente, cada vez mais fluente e íntima. Calheiros iria ser, esperava ele e mais gente no país do futebol, o próximo presidente da Comissão de Arbitragem. Arbitragem para aqui, arbitragem para ali, e eis senão quando o dito árbitro confessa a sua (e de alguns colegas seus) incomodidade com o Sporting, «sempre queixando-se dos árbitros, sempre chateando, eles que falam muito mas não riscam nada». Ah é isso? É isso é!, e «enquanto eu for presidente da Comissão de Arbitragem, três anos de mandato, o Sporting não será campeão». Isso mesmo, «não será»!

Pasmo na mesa, mas o homem estava imparável. E, estimulado por Miguel Barroso, que com um sorriso de simulada cumplicidade lhe arrancava dizeres espantosos, o dito árbitro-que-ia-ser-presidente-dos árbitros explicava como os túneis da Luz e das Antas eram difíceis para os rapazes do apito. E o do Sporting?, «ah esse não mete medo a ninguém». E o amarelo ao Vitor Baía, naquele jogo em que ele saiu da área para impedir golo do adversário (e quase matar o adversário) e apenas viu um amarelo-que-deveria-ter-sido-vermelho (do Calheiros)? «Olhem, sabem vocês?, o Baía veio ao meu encontro e disse-me 'só o amarelo, senhor árbitro, só o amarelo' e, olhem, joguei a mão ao bolso e... saiu-me o amarelo!». O Miguel Barroso, imparável: ó Humberto Coelho, e quando eras capitão do Benfica e dizias ao juiz de linha do teu meio campo «ouve lá meu filho da p..., quando eu levantar o braço marcas fora de jogo!». Sorriso do Humberto.

Puxa, mas porque é que me lembrei desta estória agora? Isto já foi há um bom par de anos, os juizes de linha já nem inventam nem esquecem foras de jogo, os túneis de hoje não são perigosos e o Calheiros não foi presidente dos árbitros - o sol do Brasil lixou-lhe a carreira de dirigente. Por que raio me lembrei disto eu agora, ah por que raio? Alguem me ajuda a encontrar um nexo para esta estória?

Ó coitado!

Pobre, pobre Djaló. Como se não bastasse terem-no obrigado a jogar à bola quando ele sempre teve queda para o atletismo – competir com o Obikwelu, isso é que era!; como se não fosse suficiente sofrer aqueles penteados de barbeiro maneta; como se não chegasse um pândego qualquer ter-se aproveitado de um instante de distração e crismar-lhe a filha com um nome meio mandinga meio finlandês; como se não tivesse tido que se haver com um empresário intrujão – diz ele – que lhe escondeu a caneta na hora de assinar pelo Nice (ali tão perto de Génova, que paródias já estavam prometidas com o Miguelito!) por causa de umas contas enroladas e depois já tinha passado a hora.

Como se tudo isto não fosse demasiada desgraça só para um homem, guardado estava o bocado e haveria agora de emular a carreira à moda de Amaral, Andrade, Botelho, Cadete, Fernando Mendes, Dani, Morato, Peixe, Porfírio, uma horta de melancias que se estragaram quando expostas à Luz.

A evolução das espécies

 
 

Quem é que tu pensas que és? Isto perguntado assim intimida qualquer um e a mim intimidou ainda mais. Glup! Engoli em seco, enfiei a cauda prêensil entre as pernas e desapareci dali. Cheguei a casa com a língua ainda áspera e perguntei: quem sou eu? Depende de muita coisa, responderam-me. Mas quem sou eu?, tive de repetir. És um camaleão! Um camaleão? Meu Deus, isso explicava tanta coisa na minha vida. Sou um camaleão. Quando perguntei o que isso queria exactamente dizer, isso de ser um camaleão, premiaram-me como nunca pensei ser possível: significa que não tens personalidade. Eu não tenho personalidade?, e esbugalhei os olhos, articulando-os em direcções diferentes. Não, não tens personalidade nenhuma. Mas isso é uma vantagem da cadeia alimentar, garantiram-me. Significa que basta encheres os teus divertículos pulmonares para teres as fantásticas cores que quiseres. Esta parte deixei de entender: então mas eu não sou verde? Estou confuso! O facto de estar confuso com as cores já fazia de mim um bom camaleão e depois ainda me explicaram que mudar de cor e não ter personalidade é, na verdade, uma grande vantagem competitiva. A maior de todas as vantagens competitivas. Ai sim? Sim, para quê ter uma personalidade quando se pode ter todas? Ah, bom! Repeti feliz: para quê ter uma personalidade quando de se pode ter todas?

À tarde, longe de Alvalade

Ontem à tarde não estive em Alvalade.

 

(Pausa para respirar fundo)

 

Ouvi a festa pelo rádio, enquanto os meus filhos (estudantes com demasiados testes durante esta semana para que pudesse dar-me ao luxo de lhes roubar um dia de estudo) assistiam pela televisão. 

Ouvi o repórter falar nas centenas de miúdos sportinguistas, equipados a rigor à volta do campo para receberem as equipas. Ouvi-o descrever a forma como milhares de famílias sportinguistas encheram as bancadas. Ouvi as suas vozes de apoio do princípio ao fim do jogo. Ouvi os cânticos e as palmas e pela primeira vez em muitos anos não gritei com eles quando a bola entrou na baliza, apenas respirei fundo, outra vez.

No final da primeira parte, a minha cabeça estourava e resolvi dar uma volta com o Stromp, o nosso cão. Regressei a casa, já o jogo tinha terminado e um Domingos mais aliviado era entrevistado pelos repórteres de serviço. 

 

Num jogo sem história e quase sem brilho, foi um dos dias em que senti mais orgulho de ser Sportinguista. Ontem demos uma lição a muita gente, pela forma como os Sportinguistas mostraram a sua garra, a sua fé e disseram Presente!, sem se importarem com os resultados que a equipa apresentou nos últimos tempos. 

Quantos clubes têm uma massa associativa e adepta feita desta fibra? Em Portugal, só há um, o Sporting e mais nenhum.

Também publicado aqui.

Vida de formiga

 

Tenho sido uma formiga tão pacífica quanto uma formiga pode ser pacífica entre tantos insectos hostis. Passei os últimos vinte anos a ver guerreiros da linfa azeda a fazer guerras contra todos os outros formigueiros como se fossem uma nova espécie de insectos na cadeia da evolução. Estas formigas-soldado têm agido eficazmente nos subterrâneos lamacentos e triunfado sobre todos os outros formigueiros: mandíbulas hostis e mesotórax que impõe respeito. Muitos formigueiros deixam que as suas formigas sejam recrutadas sem mexer uma antena ou segregar uma reacção. Toda a gente sabe que uma formiga sem odor é uma formiga sem identidade, mas já me cheira a Éder no Porto. Eu sei, posso estar enganado, afinal, eu sou apenas uma formiga, mas ainda me lembro de ter batido as patinhas ao Rúben Micael em Alvalade e no dia seguinte ele lá estava no formigueiro dos outros. Cá no nosso formigueiro estamos habituados aos néctares e às papas reais, mas talvez um dia tenhamos que aprender a mostrar as nossas mandíbulas.

Festa da família

1. Primeiro, um elogio merecido. Quem no Sporting se lembrou de fazer o dia da família, baixar o preço dos bilhetes e fazer o jogo às cinco da tarde devia ter uma medalha por simples bom-senso. Não fosse isso, Alvalade dificilmente teria mais de 20 mil pessoas. Teve quase 40 mil.

 

2. Por isso mesmo (pela hora e pela festa) também eu regressei. E levei a Maria Clara, a filhota de quatro anos, pela primeira vez ao estádio. Escusado será dizer que ela amou. E que eu também. Expliquei-lhe o jogo, nas coisas básicas, vesti-lhe (literalmente) a camisola, sentei-a ao meu colo e curtimos o Sporting juntos.

 

3. Quanto ao jogo, não foi brilhante. Mas voltámos às vitórias - que era, por ora, o essencial. Ao nosso Sporting voltou a faltar confiança e também um fio de jogo mais consistente. Ganhar ajuda. O Porto perder também. Mais umas semanas e teremos o Ricky, mas também o Ismailov. E sobretudo o Rinaudo - que se não se tivesse lesionado teria empurrado o clube para o topo.

 

4. Agora vem o mais importante: estamos na luta pelo segundo lugar (o Porto vai à Luz dentro de um mês); temos a Liga Europa de regresso; estamos com a Taça de Portugal e a Taça da Liga ainda no caminho. Recupere-se a confiança, que jogar nós sabemos - e isso é um enooooorme progresso face aos últimos anos.

 

5. Mais importante de tudo: quem enche o estádio de gente nova, de famílias vestidas a rigor, tem vida assegurada. Que em Alvalade se lembrem disso muitas vezes e façam os jogos à tarde um objectivo central.

O que faz falta

O Público decidiu abrir um fórum intitulado "O que falta ao Sporting para lutar pelo título?" Lá encontrei um comentário, da autoria de Leao66316, que considerei perfeito e que, por isso, achei que deveria partilhar aqui.

O que falta ao Sporting para lutar pelo título?

 

Em primeiro lugar: cultura vencedora e de competência em tudo o que se faz. O Porto tem as duas, o Benfica a primeira. Isto é da responsabilidade de quem manda no clube. Em segundo lugar: identidade de clube. Querem exemplo de que não temos identidade? O nosso estádio. Somos leões e somos verde/brancos. Não somos tuti-fruti com um fosso que afasta o nosso rugido dos nossos adversários. Querem um exemplo do que poderíamos ter feito com o estádio? Vejam o estádio do Celtic. A identidade consegue-se também através das pessoas que sempre foram identificadas como sportinguistas, como o M. Fernandes, o Sá Pinto e outros. Em terceiro lugar: estratégia bem definida na gestão desportiva. Uma estratégia com base na formação apenas não tem qualquer hipótese de sucesso. Uma estratégia mista de formação e contratação e venda é o caminho a seguir. Neste aspecto acho que o Sporting mudou, e bem, de estratégia da época passada para esta. Mas será que estamos a usar metodologia de ponta para observarmos, contratarmos, gerirmos e vendermos os jogadores? Tenho algumas dúvidas quando vejo as inúmeras lesões que existem assim como a contratação de alguns jogadores, como por exemplo, Bojinov, com grande qualidade mas com um histórico de falhanços por onde passou. Pela positiva, acertámos  na contratação de Insua, Capel, os holandeses, Oniweu, Rinaudo, João Pereira. Em quarto lugar: uma competente estratégia comercial. Aproveitar e potenciar o brand Sporting. Em Portugal, na diáspora, nas empresas, nos núcleos e em novos mercados como os asiáticos. O Sporting está associado a 4 jogadores de renome mundial que são o Figo, o CR, o Nani e o Quaresma. Vamos potenciar este facto através de uma estratégia de marketing inteligente. Nestas quatro vertentes, estamos hoje atrás dos nossos dois grande rivais. É um facto indesmentível. Temos que ter um plano para melhorarmos e ultrapassá-los. Para terminar, dizer que acredito na actual direção e equipa técnica. Acho que para sermos campeões precisamos de, além de tudo o que disse acima, um banco melhor para podermos substituir jogadores por outros. Saudações leoninas.

Eu quero ir à bola ao Domingo à tarde, eu não quero ver na TV

Regressado de Alvalade, tenho a dizer algumas coisas. Jogos à tarde sempre que for possível, "eu não quero ver na tv". Os sócios encheram o estádio e estão com Domingos, mesmo que não estejam com todos os jogadores. Domingos é o elo de ligação entre bancadas e equipa. Espero que se mantenha assim. Independentemente de ter sido um dos meus ódios de estimação enquanto jogador, acho que é um bom treinador, com peso no balneário e carisma no clube. Só espero que leia alguns jogos mais cedo, uns até antes de começarem. O Renato Neto foi hoje um desastre, como já tinha sido em Olhão, aí muito ajudado pelo Carriço, para mim o pior jogador do actual plantel (sempre o considerei hipervalorizado). Para um tipo que foi elevado a símbolo da academia e capitão sem saber ler nem escrever, está visto o lado nefasto da cantera: formar juvenis e desleixar a formação de jogadores com fibra para sénior. Depois, Alberto Rodriguez. Um desastre. Não fosse o Capitão América a fazer as vezes dele, do Pereira e ainda ir lá à frente marcar duas batatas, não sei que seria. No final, vejo uma equipa de rastos a meio da época. Literalmente de rastos. Uns a coxear, outros agarrados às coxas, outros praticamente inertes. Uma equipa que quer ser campeã não pode estar assim fisicamente a meio do campeonato. É verdade que as lesões do Deus Rinaudo, do Schaars, do Ricky e do Izmailov acabam com uma equipa. Mas não se percebe como é que a que resta está no estado físico em que está. Isto também faz toda a diferença.

"a las cinco de la tarde"

Sei tudo sobre futebol de sofá, ou melhor, de bancada que sou dos finos, dos que vêem a coisa de perto, no estádio. Estou por isso perfeitamente habilitado para também jogar aquele sudoku táctico, que dá muito aspecto aos especialistas da matéria. Ó Luís, há-de ser um 4X4X2 ou entramos logo de 4X3X3? E que tal servirmos um surpreendente 4X2X4? Complica aí com um sofisticado 4X2X1X2X1. Fala agora do “pivot defensivo” e da “fase de transição ofensiva”, a ver se deixas o pessoal e boca aberta. Vai mais uma bifana?

São tão magistrais e delicadas estas contas de cabeça, que parece entediante o plano para logo ser decidido por um fulano cujo único atributo é ter passado a semana a aturar as vaidades, as birras, as manhas, as distrações de 24 rapazes petulantes e de penteados duvidosos, ansiosos por exibir uns truques de bom recorte para gravar no dvd do agente.

Assim sendo, vamos lá fazer umas perguntinhas cuja resposta poderá ser dada hoje à tarde:

- Será que o Rui Patrício vai ser o melhor jogador em campo?

- Será que o estado da relva aguenta as pisadelas do RenatoCarriçoNeto?

- O Elias joga ou só estará presente?

- Se entrar o Pereirinha, jogará mais à frente, mais atrás, ou nem por isso, como de costume?

- O quadro electrónico dirá “Seba” ou “Ribas” no caso improvável de o rapaz marcar um golo?

Logo se verá.

Ricky na reinação


Cada vez gosto mais do Wolfswinkel, além de não se desorientar totalmente quando está diante da baliza, o rapaz é de uma descontração desarmante.

Por cima dos troféus que já ganhou como jogador do mês, deveria ter recebido o Oscar para Melhor Resposta de 2011. Foi numa edição de Dezembro no aprumado Expresso:

"P – E o treinador, fala inglês?

R – Sobretudo português e tenta o inglês, se estivermos à parte. (...)

P – Por exemplo, go?

R – Ou mesmo “foda-se Ricky”, percebo tudo na mesma."

Querias música? Ora toma.

Agora, fazendo jus à circunspeção calvinista em que foi educado, descreve minuciosamente os hábitos laborais portugueses, fingindo que está a falar do Sporting.

Está aqui.

Muito sábio é o provérbio que diz que a verdade sai da boca dos ingénuos.

Rir como um sportinguista

Além de ser sportinguista, gosto muito de ser sportinguista. Isto porque o Sporting tem a superior qualidade de lhe faltar aquilo que sobra nos outros: uma ideologia. O Sporting é, dos ditos 3 grandes, o único clube desmistificado, digamos assim: não joga futebol numa catedral mas apenas num estádio de futebol, não representa a Nação e não simboliza a Cidade. Por mais bizarro e desconcertante que isto possa parecer em Portugal, o Sporting é apenas um clube desportivo e representa-se a si mesmo.

Por isso a característica primeira de um verdadeiro sportinguista é saber rir-se de si próprio. Ora isto traz a vantagem de nos limitarmos a encolher os ombros quando as coisas correm mal e ficarmos contentes (disse “contentes” não disse “felizes”) quando tudo vai de feição. Deveria também trazer a vantagem de nos podermos rir dos espasmos e dos frenesins de outros, para quem dos êxitos do seu clube parece depender a grandeza e o heroísmo que lhes falta na vida quotidiana.

Ninguém tem um sentido de ridículo tão apurado como um sportinguista, até porque, sabemo-lo bem, às vezes os nossos resultados são ridículos. Isto deveria permitir-nos rimos deles, quando eriçadamente exaltam a glória da pátria entregue a um punhado de sul-americanos em calções ou quando veneram como ídolos da portugalidade uns rapazes que deram uns pontapés numa bola, mal sabendo articular uma frase e de maus costumes. Um bocadinho deprimente, não acham? O melhor é mesmo rir, felizmente somos sportinguistas...

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